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A3 - Reproducao Assistida

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Atividade 3 (A3)
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Paulo e João estão casados há mais de 05 anos e resolveram que era o momento de terem um filho. Eles procuraram uma clínica de fertilização para viabilizarem o seu desejo. Após a coleta dos gametas, eles esbarraram em dois problemas: eles não sabiam qual dos dois seria o doador do sêmen e quem seria o útero solidário, uma vez que ninguém na família se ofereceu para assim o fazer. Responda as questões abaixo:
a) Quais as alternativas que o casal tem em relação a quem irá gestar a criança, pautados nos princípios éticos da legislação brasileira?
Conforme a resolução CFM Nº 2.294, DE 27 DE MAIO DE 2021:
As clínicas, centros ou serviços de reprodução podem usar técnicas de RA para criar a situação identificada como gestação de substituição, desde que exista um problema médico que impeça ou contraindique a gestação, ou em caso de união homoafetiva ou de pessoa solteira.
1. A cedente temporária do útero deve ter ao menos um filho vivo e pertencer à família de um dos parceiros em parentesco consanguíneo até o quarto grau. Demais casos estão sujeitos a avaliação e autorização do Conselho Regional de Medicina.
2. A cessão temporária do útero não poderá ter caráter lucrativo ou comercial e a clínica de reprodução não pode intermediar a escolha da cedente.
3. Nas clínicas de reprodução assistida, os seguintes documentos e observações deverão constar no prontuário da paciente:
3.1 Termo de consentimento livre e esclarecido assinado pelos pacientes e pela cedente temporária do útero, contemplando aspectos biopsicossociais e riscos envolvidos no ciclo gravídico-puerperal, bem como aspectos legais da filiação;
3.2 Relatório médico atestando adequação clínica e emocional de todos os envolvidos;
3.3 Termo de Compromisso entre o(s) paciente(s) e a cedente temporária do útero que receberá o embrião em seu útero, estabelecendo claramente a questão da filiação da criança;
3.4 Compromisso, por parte do(s) paciente(s) contratante(s) de serviços de RA, públicos ou privados, de tratamento e acompanhamento médico, inclusive por equipes multidisciplinares, se necessário, à mãe que cederá temporariamente o útero, até o puerpério;
3.5 Compromisso do registro civil da criança pelos pacientes, devendo essa documentação ser providenciada durante a gravidez;
3.6 Aprovação do(a) cônjuge ou companheiro(a), apresentada por escrito, se a cedente temporária do útero for casada ou viver em união estável.
b) Após resolver essa questão, discorra sobre quais os testes pré-implantação deverão ser feitos para garantir a viabilidade do embrião. 
Existem três principais testes genéticos embrionários: análise da quantidade de cromossomos (PGT-A), de distúrbios cromossômicos (PGT-SR), antigos PGS, e análise dos genes (PGT-M), antigo PGD.
O teste genético é indicado a partir da avaliação inicial do casal. A primeira etapa para detectar alterações nos embriões é mapear o cariótipo do casal, exame cuja finalidade é identificar as possíveis alterações que possam ser transmitidas aos descendentes. Uma vez conhecidas essas alterações, é possível detectá-las nos embriões e selecionar os que forem saudáveis.
PGT-A
O tipo de análise genética mais realizado atualmente é o teste genético pré-implantacional para aneuploidias (PGT-A).
Aneuploidia é uma alteração no cariótipo humano (o ser humano tem 23 pares de cromossomos, em um total de 46) em que há presença ou ausência de um ou mais cromossomos, provocando diferentes tipos de doenças, como a síndrome de Down. Nessa doença, ocorre a trissomia do cromossomo 21 e o indivíduo apresenta 47 cromossomos, que ocasiona atrasos no desenvolvimento físico e cognitivo.
O PGT-A identifi ca alterações na quantidade cromossômica, possibilitando a seleção de embriões saudáveis para transferência..
O PGT-A é indicado em casos de:
· Histórico de falhas de implantação;
· Histórico de aborto de repetição;
· Idade materna avançada;
· Problemas na meiose dos espermatozoides durante a espermatogênese;
· Necessidade de aumentar as taxas de sucesso do tratamento.
O laboratório que realiza o PGT-A pode fornecer os resultados dentro de 24h, dependendo da técnica empregada. Portanto, é possível fazer a transferência dos embriões no mesmo ciclo de preparo endometrial, com os embriões no 6o dia de desenvolvimento, ou no ciclo seguinte.
PGT-SR
O PGT-SR é semelhante ao PGT-A. É uma pesquisa nos cromossomos com o objetivo de identificar alterações cromossômicas estruturais (não de quantidade de cromossomos), como translocações, que são anomalias provocadas por rearranjos (trocas) de partes dos cromossomos não homólogos, ou seja, diferentes.
Na translocação, parte de um cromossomo é identificada em outro e vice-versa, o que pode provocar diferentes distúrbios.
Essa análise é mais complexa. Portanto, o tempo para o laboratório fornecer os resultados é mais longo, sendo necessário o congelamento dos embriões para utilização em um futuro ciclo de preparo endometrial (ciclo menstrual).
As indicações são as mesmas do PGT-A.
PGT-M
O teste genético pré-implantacional para doenças monogênicas (PGT-M) é diferente dos anteriores. Ele identifica alterações nos milhões de genes do descendente que compõem cada um dos cromossomos.
O PGT-M também é mais complexo que o PGT-A e requer o congelamento dos embriões para transferência em ciclo futuro.
O PGT-M é indicado em casos de:
· Famílias com doenças hereditárias;
· Indicação respaldada em resultados de teste de compatibilidade genética (que identifica o risco de transmissão de doença hereditária).
O teste de doenças monogênicas evolui constantemente, aumentando o número de doenças hereditárias que podem ser evitadas na FIV com seleção embrionária.

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