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SAI IV – Hematologia Aula 3 Cecilia Antonieta 82 A 1 ANEMIAS HEMOLÍTICAS Grupo de doenças em que a sobrevida das hemácias em circulação está acentuadamente reduzida e a medula óssea não é capaz de compensação mesmo aumentan- do sua produção. Além da anemia, os pacientes exibem sinais clínicos e la- boratoriais de aumento do catabolismo de hemoglobina e aumento da produção de hemácias. CICLO DAS HEMÁCIAS Formação na medula óssea, sobrevive em média 120 dias. O metabolismo eritrocitário e consequente produ- ção de energia visam fundamentalmente a manter a fle- xibilidade da membrana, a forma bicôncava da hemácia e a integridade da hemoglobina. 2,3 DPG importante no controle da afinidade da hemo- globina pelo oxigênio. Com o envelhecimento, a maioria das enzimas da via gli- colítica torna-se menos efetiva e há dificuldade de ma- nutenção da concentração intracelular de ATP, a mem- brana perde lipídeos, a relação superfície-volume dimi- nui e a célula torna-se semelhante a uma esfera. A con- centração de Hb intracelular aumenta em consequência da redução do volume e proteínas de membrana tor- nam-se desnaturadas. A célula fica menos deformável, o que determina sua destruição pelos macrófagos do sistema fagocítico mononucleose. SÍNDROME HEMOLÍTICA APRESENTAÇÃO CLÍNICA mudança na coloração da urina ou fezes, sangramento recente ou trauma, febre, mal-estar, suor noturno. Lindoadenopatia pode sugerir doença linfoproliferativa, enquanto petéquias e hematomas podem sugerir trombocitopenia concomitante. LABORATORIAL reticulocitose, elevado LDH, alta da bilirrubina indireta e baixa haptoglobina, presença de esquizócitos e esferócitos. Teste de Coombs (teste de antiglobulina direto) positivo em aproximadamente 90% dos pacientes com anemia hemolítica autoimune. MECANISMOS DE DESTRUIÇÃO DAS HEMÁCIAS EXTRAVASCULAR fagocitose pelos macrófagos. Cerca de 1/20 da massa total de hemácias é destruída diaria- mente, e outra quantidade igual é produzida, resultan- do em equilíbrio. Em condições normais, a destruição das hemácias ocor- re preferencialmente no interior dos marófagos, e so- mente pequena quantidade de hemólise ocorre no compartimento intravascular. Ocorre em anormalidades da membrana eritrocitária, a- normalidades enzimáticas eritrocitárias, hemoglobino- patias, algumas anemias hemolíticas autoimunes e hi- peresplenismo. HEMÓLISE NO SISTEMA FAGOCÍTICO MONONU- CLEAR primariamente no baço e na medula óssea. Baço extremamente sensível para detectar defeitos eri- trocitários mínimos. Remove eritrócitos pouco defor- máveis, partículas ligadas à membrana (corpos de Heinz, corpúsculos de Howell-Jolly, grânulos sideróticos e vacúolos). Fígado não é tão sensível para detectar defeitos. INTRAVASCULAR ocorre por lesão grave das hemácias como em traumas, na hemólise por ação do comple- mento ou em infecções. Ocorre em trauma mecânico por valvas cardíacas proté- ticas, coagulação intravascular disseminada (CIVD), toxi- nas, infecções, reações de incompatibilidade ABO, he- moglobinúria paroxística noturna e anemias hemolíticas autoimunes. Hb LIBERADA NA CIRCULAÇÃO hemoglobinemia, pode ser perdida pela urina. Quantidade pequena toda ela se liga à haptoglobina, o que reduz a concentração plasmática de haptoglobina. Esferocitose hereditária hemácias destruídas no baço. Esplenectomia é terapêutica eficaz. Anemia falciforme hemácias suficientemente deforma- das para serem detectadas pelo fígado. LDH (lactato desidrogenase) catalisa a conversão de lactato em ácido pirúvico e é liberada no sangue quando as células são hemolisadas. *Não é específica de hemólise. Haptoglobina glicoproteína plasmática sintetizada pelo fígado. O complexo Hb-haptoglobina é levado para o fígado onde é catabolizado. SAI IV – Hematologia Aula 3 Cecilia Antonieta 82 A 2 Quantidade excede a capacidade de ligação da hapto- globina Hb livre é filtrada nos glomérulos e a maior parte é reabsorvida nos túbulos, se a capacidade de reabsor- ção é excedida, aparece Hb na urina (hemoglobinúria). A Hb reabsorvida é metabolizada na célula epitelial tu- bular, e o ferro fica acumulado sob a forma de ferritina e hemossiderose. Quando a hemólise intravascular ocorre cronicamente, as células epiteliais carregadas de hemossiderose podem ser demonstradas na urina pela reação do azul da prússia (hemossiderinúria). CONSEQUÊNCIAS DA HEMÓLISE EXACERBADA DESTRUIÇÃO EXCESSIVA DE HEMÁCIAS a maior destrui- ção de Hb resulta em um rápido catabolismo do heme com produção acelerada de pigmentos biliares e monó- xido de carbono. Nos macrófagos o heme livre é rompi- do, o ferro é aproveitado, e a protoporfirina oxidada for- ma biliverdina que é reduzida a bilirrubina. A bilirrubina é lipossolúvel, por isso circula ligada à albumina. FÍGADO bilirrubina é captada e conjugada com ácido glicurônico – bilirrubina conjugada que é hidrossolúvel e excretado nas fezes juntamente com a bile. Em algumas condições patológicas pode ocorrer aumen- to de sua concentração plasmática e é facilmente filtra- da e excretada na urina. INTESTINO a bilirrubina é reduzida a urobilinogênios que podem dar origem a compostos nas fezes (urobili- nas) ou ser absorvidos e levados ao fígado e reexcreta- dos. Pequena quantidade desse urobilinogênio reabsor- vido é filtrada e excretada pelos rins. Como consequência do catabolismo aumentado do heme, a quantidade de bilirrubina produzida aumenta, o que leva à elevação da BI no plasma manifestando-se clinicamente por icterícia. Como a BI não é excretada na urina não há escurecimento da urina. CÁLCULOS BILIARES formados devido à grande quan- tidade de urobilinogênio excretada diariamente. Nas anemias hemolíticas hereditárias podem ser detectados em 30-60% dos pacientes, embora somente 10-15% a- presentem sintomas. Pacientes podem ter crises inter- mitentes de icterícia instrutiva com elevação da BD e excreção de pigmentos biliares na urina. A excessiva destruição de eritrócitos no sistema fagoci- tário quase invariavelmente conduz a hiperplasia celular e esplenomegalia e, ocasionalmente, a esplenomegalia. COMPENSAÇÃO PELA MEDULA ÓSSEA hiperplásica. A medula óssea ativa expande seu volume ocupando áreas que normalmente conteriam medula óssea inativa (gordurosa). A produção de eritrócitos pode atingir seis a sete vezes o normal. A sobrevida das hemácias pode cair de 120 para 20 dias e a medula compensaria produzindo seis vezes o normal – hemólise compensada. Quando a sobrevida das hemácias for menor que 20 di- as, provavelmente não haverá compensação pela me- dula, manifestando-se a anemia. Após um período inici- al em que a quantidade de hemácias destruídas é maior que a produzida, o volume de hemácias circulantes di- minui alcançando um novo equilíbrio, em que as quanti- dades iguais de hemácias são produzidas e destruídas, mas o volume total de hemácias está abaixo do normal. Como consequência da hiperatividade da medula há aumento de reticulócitos. Nas anemias hemolíticas de evolução crônica, o esque- leto pode manifestar alteração importantes, particular- mente evidentes na talassemia beta-homozigótica, visí- veis nas radiografias. MECANISMO DE HEMÓLISE ALTERAÇÕES DA ESTRUTURA OU FUNÇÃO DA MEM- BRANA afetam a forma e a deformabilidade eritrocitá- ria, em geral há uma diminuição da relação superfí- cie/volume. Esferocitose hereditária, HPN, cirrose (excesso de coles- terol acumula na membrana, a célula perde a deformi- dade podendo ser destruída prematuramente no baço). INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL hemograma e ob- servação cuidadosa da morfologia do sangue periférico, teste de fragilidade osmótica das hemácias, análise ele- troforética das proteínas da membrana, análise do gene correspondente à proteína quali ou quantitativamente alterada, ectacitometria (índice de deformidade). ANORMALIDADESDA HEMOGLOBINA estruturais e no ritmo de síntese das globinas. A presença da Hb anormal no interior das hemácias pode alterar sua viscosidade ou sua deformabilidade – HbS. As anormalidades no ritmo de síntese – síndromes talassêmicas β e α. INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL hemograma, índices hematimétricos confiáveis, análise da morfologia do sangue periférico, eletroforese das hemoglobinas, ele- troforese de cadeias de globinas. ANORMALIDADE DAS ENZIMAS ERITROCITÁRIAS defici- ência de piruvato quinase (PK) ou de G6PD. SAI IV – Hematologia Aula 3 Cecilia Antonieta 82 A 3 INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL avaliação semiquan- titativa e quantitativa da G6PD. FATORES EXTRÍNSECOS À HEMÁCIA FIXAÇÃO DE ANTICORPOS À MEMBRANA processos em que aglutininas tipo IgM, anticorpos incompletos tipo IgG ou anticorpos que ativam o complemente se fixam à membrana celular. Quando o anticorpos fixa e ativa o complemento, ocorre hemólise intravascular. Os macrófagos podem fagocitar apenas parte da mem- brana, levando à formação dos esferócitos. Anemias he- molíticas secundárias a drogas: provocam hemólise por desencadearem mecanismos autoimunes (α-metildo- pa), interferência com a membrana eritrocitária (cefa- losporinas) ou aceleram processos oxidativos (dapsona). Investigação laboratorial Coombs direto e indireto. HEMÓLISE MECÂNICA rompimento das hemácias o- corre por lesão por próteses valvares cardíacas e mar- cha prolongada ou associadas à deposição de fibrina na microcirculação – anemias hemolíticas microangiopáti- cas (Coagulação Intravascular Dissemianda, Púrpura Trombocitopênica Trombótica, Síndrome Hemolítico- Urêmica e pré-eclâmpsia grave complicada com síndro- me de HELLP). ANEMIA HEMOLÍTICA EM INFECÇÕES ação direta do parasita na hemácia, produção de substâncias biológi- cas que atuam sobre a hemácia e sua membrana ou desencadeando mecanismos imunes. ANEMIAS HEREDITÁRIAS ENZIMOPATIAS DEFICIÊNCIA DE G6PD distúrbio ligado ao X. A maioria do pacientes não apresenta evidência clínica ou laboratorial de hemólise até um evento (infecção, reação a droga ou ingestão de fava) que causa dano oxidativo à hemoglobina. A hemoglobina oxidada precipita intracelularmente, for- mando inclusões, corpos de Heinz, que são removídos pelo baço os eritrócitos com uma seção faltante do citoplasma; essas “células de mordida” podem ser vistas no esfregaço de sangue de rotina. Os eritrócitos alterados sofrem hemólise intra e extravascular. Não há terapia específica além do tratamento da infecção e evitar as drogas implicadas. Os níveis de atividade de G6PD podem ser medidos co- mo normais durante um episódio agudo, porque apenas células mais jovens e não hemolisadas são testadas. MEMBRANOPATIAS – ESFEROCITOSE Distúrbio autossômico dominante causado por muta- ções nos genes para proteína do citoesqueleto das he- mácias. A membrana sofre deterioração progressiva na estrutura, resultando em um esferócito – anormalidade característica observada no esfregaço periférico. Os esferócitos são incapazes de passar pelos cordões esplênicos, sofrem hemólise intraespênica e fagocitados pelos macrófagos. DIAGNÓSTICO esferocitose no esfregaço periférico, história familiar, teste direto de antiglobulina negativa e curva de fragilidade osmótica. O HCM pode estar elevado. A esplenectomia interrompe efetivamente a hemólise extravascular e previne suas complicações a longo pra- zo, como colelitíase e crises aplásticas, mas devido ao risco inerente de infecções e sepse, é reservada para uso em pacientes com mais de cinco anos com doença mo- derada a grave. A esplenectomia parcial demonstrou ser eficaz na diminuição da hemólise, mantendo a função fagocítica do baço. HEMOGLOBINOPATIAS DOENÇA FALCIFORME causada por uma mutação pon- tual que leva a uma substituição da valina por ácido glu- tâmico na sexta posição da cadeia beta da hemoglobina. As anormalidades da falcização e dano oxidativo causa- dos pela HbS untamente com deformabilidade das célu- las falciformes, leva ao aprisionamento esplênico e re- moção das células. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS repetidos episódios dolo- ros, geralmente vasoclusivos, com ou sem efeitos mielo- depressivos. Sinais e sintomas especialmente causados por anemia crônica, períodos de agravamento de ane- mia, dores nas juntas e nas extremidades de mãos e pés, dores abdominais. Dor Aguda: isquemia tecidual aguda causada pela vaso-oclu- são. A topografia mais frequentemente abrange mem- bros inferiores e superiores. O controle rápido da dor é essencial para interromper o processo vaso-oclusivo. G6PD enzima crítica para a produção de glutationa, que protege as proteínas da hemácia de oxidação. SAI IV – Hematologia Aula 3 Cecilia Antonieta 82 A 4 Crônica: geralmente associada a necrose asséptica da cabeça do úmero ou do fêmur, causada pela isquemia óssea crônica em territórios pouco vascularizados. RNs geralmente não apresentam problemas devido à al- ta concentração de Hb fetal durante os primeiros meses de vida. A partir do 3º mês de vida, os níveis de Hb fetal caem para próximo de 2% a doença começa a aparecer. HEMOGRAMA anemia normocítica e normocrômica, plaquetose com anisocitose. DIAGNÓSTICO eletroforese de hemoglobina – predo- minância de HbS e drepanócitos. COMPLICAÇÕES/CONSEQUÊNCIAS Asplenia perda da função do baço. Aumenta o risco de infeccções graves. Infecções graves especialmente por S. pneumoniae, H. influenzae, N. meningitidis e Klebsiella sp., principais causas de morte em paciente com anemia falciforme na primeira infância. Profilaxia: vacinas antipneumocócicas e profilaxia com penicilina. Auto-esplenectomia devido aos repetidos episódios de enfartes esplênicos – cicatrização e destruição do órgão. Cálculos biliares após vários anos de hemólise crônica e excreção aumentada de bilirrubinas. Dactilite (síndrome mão-pé) exteriorização de necrose e inflamação da medula óssea das extremidades dos membros e, com o crescimento, é substituída por medu- la gordurosa, limitando-se aos primeiros anos de vida. Acidentes cerebrovasculares e infartos pulmonares TALASSEMIAS grupo heterogêneo de anemias multifa- toriais hereditárias caracterizadas por defeitos na sínte- se da subunidade alfa ou beta do tetrâmero de hemo- globina. A deficiência em uma das cadeias de globina leva a diminuição geral de hemoglobina e à precipitação intracelular do excesso de cadeia, o que danifica a mem- brana e leva a hemólise clinicamente evidente nas for- mas graves de talassemia alfa (doença da hemoglobina H) e talassemia beta (intermediária e major). Caracterizada por hipocromia e microcitose, células em alvo são encontradas no esfregaço periférico. DIAGNÓSTICO Beta eletroforese de hemoglobina – altos níveis de hemoglobina A2 e F. Alfa estudo genético. ANEMIAS ADQUIRIDAS IMUNE Mediada por anticorpos contra a superfície das hemácias. Microesferócitos no esfregaço periférico e teste direto de antiglobulina positivo são achados característicos. A maioria dos casos é idiopática. O teste de Coombs direto demonstra a presença de anticorpos ou complemento na superfície das hemácias. AUTOIMUNE (AHAI) – TIPO ANTICORPOS QUENTES idiopática ou secundária (LES, leucemia linfocitária crônica, linfomas, fármacos). FRIOS idiopática ou secundária (infecções – M. pneumoniae, mononucleose) linfoma, hemoglobinúria paroxística ao frio. ALOIMUNE mediada por autoanticorpos, indivíduo rea- ge com eritrócitos do outro. Acontece em transfusões sanguíneas com incompatibilidade de grupo ABO e doença hemolítica do recém-nascido. INDUZIDA POR DROGAS classificada de acordo com o mecanismo de ação: absorção de droga (induzida por hapteno), imuno-complexo ou autoanticorpo. MICROANGIOPÁTICA (MAHA) Causada por ruptura mecânica da membrana celular da hemácia na circulaçãodevido à passagem por micro- trombos ricos em plaquetas e fibrina que se acumulam nos capilares e arteríolas – hemólise intravascular e o aparecimento de esquizócitos. Pode ser induzida por próteses valvares cardíacas e shunts portossistêmicos intra-hepáticos transjugulares. A Hb fetal em interação com a Hb em um mesmo eritrócito, impede que o processo de falcização deforme a célula até o estado de “falcização irreversível”. Quando a Hb fetal está acima de 5%, é comum que os episódios de crises dolorosas causadas pelas oclusões vasculares sejam menores. Esquizócito hemácia fragmentada após passagem por endotélio vascular lesado (com deposição de fibrina associada e agregação plaquetária). SAI IV – Hematologia Aula 3 Cecilia Antonieta 82 A 5 Devido à deposição e significante agregação plaquetária intravascular, apresentam-se diferentes graus de trom- bocitopenia. PÚRPURA TROMBOCITOPÉNICA TROMBÓTICA (PTT) definida como MAHA e trombocitopenia sem causa alternativa clara. CAUSAS Deficiência congênita ou adquirida na enzima protease ADAMTS13 (60%) enzima responsável por clivar Multí- meros de fator de Willebrand (vWF), acarretando agre- gação plaquetária excessiva e possível trombose. Idiopática ou associada a causas secundárias 40%. LABORATÓRIO anemia e trombocitopenia com níveis de PT e PTT tipicamente normais. Esquizócitos podem ser visualizados no esfregaço de sangue periférico. Várias outras síndromes podem mimetizar a PTT, in- cluindo SHU, hipertensão maligna, HELLP (hemólise, en- zimas hepáticas elevadas e plaquetas baixas) na gravi- dez e infecção sistêmica. SÍNDROME HEMOLÍTICA URÊMICA (SHU) pode ocorrer em qualquer idade, mas é considerada uma doença pe- diátrica. Usualmente segue uma doença diarreica aguda e san- guinolenta causada por uma toxina bacteriana, mais co- mumente de certas cepas de E. coli. MAHA com trombo- citopenia, pode ocorre falência renal aguda. HIPERTENSÃO MALIGNA hipertensão sevara associada a lesão órgãos, incluindo insuficiência renal e cardíaca. Sintomatologia parecida com a do PTT. O fator chave relacionado aos sinais e sintomas é através do dano di- reto às arteríolas que leva à agregação plaquetária ex- cessiva e fragmentação de hemácias. O tratamento é direcionado para a diminuição da PA. POR INFECÇÃO Numerosos mecanismos – indução de autoanticorpos, deficiência de G6PD, MAHA e drogas antimicrobianas (penicilina), agentes infecciosos são diretamente tóxi- cos para os glóbulos vermelhos e lise celular por parasi- tismo. Malária, babesiose, clostridum. HEMOGLOBINÚRIA PAROXÍSTICA NOTURNA (HPN) Surgimento de um clone na medula óssea com uma mu- tação no gene PIG-A, produzindo células sanguíneas com membrana sensível à lise pelo sistema complemen- to, gerando hemólise intravascular e graus variados de citopenias. CLÍNICA hemoglobinúria, trombose de vasos de grande calibre, e, em alguns doentes, a anemia aplásica. Fadiga, dispneia, disfagia, dor abdominal, dor torácica, disfunção erétil e insuficiência renal. REFERÊNCIAS DE FREITAS, Carlos Diogo Ferreira Lucas. Hemoglobinúria Paroxística Noturna: Revisão de literatura. 2016. DHALIWAL, Gurpreet; CORNETT, Patricia A.; TIERNEY JR, Lawrence M. Hemolytic anemia. American family physician, v. 69, n. 11, p. 2599-2606, 2004. Hoffbrand, P.A.H.; Moss, J.E. Pettit – Fundamentos em Hematologia, 6ª. Ed – Artmed 2013. ▪ Capítulo 6 – Anemias hemolíticas NAOUM, Paulo Cesar. Anemias: classificação e diagnóstico diferencial. São Paulo: Universidade Estadual Paulista, 2015. ROBERTSON, Jennifer J.; BREM, Elizabeth; KOYFMAN, Alex. The acute hemolytic anemias: the importance of emergency diagnosis and management. The Journal of emergency medicine, v. 53, n. 2, p. 202-211, 2017. ZAGO, MA; FALCÃO, RP; PASQUINI, R. Tratado de Hematologia. 1ª edição. Rio de Janeiro: Atheneu, 2013. ▪ Capítulo 22 – Síndrome Hemolítica. Fisiopatologia e Clínica. Classificação ZAGO, Marco Antonio; PINTO, Ana Cristina Silva. Fisiopatologia das doenças falciformes: da mutação genética à insuficiência de múltiplos órgãos. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, v. 29, p. 207-214, 2007.
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