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Aranhas, escorpiões e cnidários

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Quarta – feira, 05 de outubro 
Aracnídeos
Objetivos: conhecer os diferentes tipos de aranhas que causam problema a saúde pública, reconhecer os problemas causados, diagnóstico, tratamento e prevenção 
 Gêneros de importância médica: Loxosceles (aranha marrom), Phoneutria (armadeira), Latrodectus (viúva-negra)
Epidemiologia: 1,5 casos em cem mil habitantes, baixa mortalidade, notificação compulsória, maioria: regiões sul e sudeste.
Loxosceles: Paraná, santa Catarina, adultos, mulheres, intradomicílio, coxa, tronco e braço. Interior de vestimentas, árvores, telhas e tijolos empilhados, atrás de quadros e móveis, cantos de paredes, sempre ao abrigo de luz direta. Não são agressivas. 
Ações do veneno: 
· Enzima esfingomielinase-D: atua sobre os constituintes das membranas das células, principalmente endotélio vascular e hemácias 
· Ativação das cascatas do sistema complemento, da coagulação e das plaquetas – intenso processo inflamatório no local da picada, acompanhado de: obstrução dos pequenos vasos, edema, hemorragia e necrose focal 
· Hemólise intravascular nas formas mais graves 
· Picada: imperceptível
Forma cutânea: varia de 87 a 98% dos casos, de instalação lenta e progressiva, dor, edema endurado e eritema à no local da picada sendo pouco valorizado, com acentuação de 24 a 72 horas 
Forma cutâneo visceral (hemolítica): 1 a 13% dos casos, hemólise intravascular (anemia, icterícia, hemoglobinúria, petéquias e equimoses, CIVD(coagulação intravascular disseminada) e IRA (insuficiência renal aguda) forma cutânea é grave a ponto de perder um membro do corpo, forma hemolítica maior risco de óbito.
Complicações: infecção secundária, perda tecidual, cicatrizes desfigurantes, IRA
Tratamento: soroterapia, analgésicos, compressas frias, antisséptico local e limpeza periódica da ferida, lavagem da úlcera com sabonete neutro ou água boricada, atb sistêmico (infecção secundária), transfusão de sangue ou concentrado de hemácias (Anemia intensa), cirurgia plástica. Acompanhamento do paciente 
Phoneutria (armadeira) –
42,2% dos casos Sul e Sudeste, quadros graves são raros, áreas urbanas no intra e peridomicílio, adultos de ambos os sexos (posição de ataque à atacam geralmente mãos e pés)
Ações do veneno (armadeira): ativação e retardo da liberação dos canais neuronais de sódio, despolarização das fibras musculares e terminações nervosas sensitivas, motoras e do sistema nervoso autônomo à liberação de neurotransmissores principalmente acetilcolina e catecolaminas. Contração da musculatura lisa vascular, e aumento da permeabilidade vascular. 
Sintomas: 1% dos casos assintomáticos, predomínio de dor imediata, com intensidade variável, podendo se irradiar até a raiz do membro acometido. Edema, eritema, parestesia e sudorese no local da picada. Visualizada as marcas dos dois pontos de inoculação.
Latrodectus (viúva negra) – 
Relatados na região nordeste (Bahia, Ceará, Rio grande dde ueNorte, Sergipe) à L. curacaviensis
· Ocorrem principalmente em pacientes do sexo masculino de 10 a 30 anos
· Hábitos domiciliares e peridomiciliares 
Ações do veneno: 
· Alpha-latrotoxina: atua sobre terminações nervosas sensitivas, provocando quadro doloroso no local da picada.
Sistema Nervoso Autônomo: liberação de neurotransmissores adrenérgicos e colinérgicos e, na junção neuromuscular pré-sináptica, altera a permeabilidade aos íons de sódio e potássio.
Acidentes que também ocorrem, mas não são problemas de saúde pública –Lycosidae (aranha de jardim ou grama): acidentes frequentes e não constituem problema para saúde pública 
Caranguejeiras – grande variedade de cor e tamanho, sem importância médica. Possuem pelos urticantes para sua defesa quando ameaçadas, causando irritação de pele e mucosas. 
Referência: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/manu_peconhentos.pdf
Quarta-feira, 20 de outubro
Escorpião
Objetivos: Conhecer as características de escorpiões, reconhecer as principais espécies causadoras de problemas de saúde pública, compreender a sintomatologia, tratamento, prevenção e controle.
· Prefeitura de Blumenau alerta para acidentes com escorpião no verão, desde 2007 há relatos da presença do animal na cidade e o controle do aracnídeo no município iniciou em 2008 quando havia registro e monitoramento de dois focos. 
· Atualmente 7 focos de escorpiões são monitorados no municípios, nos bairros: Badenfurt, Itoupava Norte, Escola Agrícola, Vila Itoupava e Garcia. 
Informações Gerais: escondem-se durante o dia sob pedras, troncos, entulhos, telhas ou tijolos. São carnívoros (baratas e outros insetos), são mais ativos nos meses quentes com hábitos noturnos.
Predadores: mamíferos, aves, aranhas, lacraias e outros escorpiões. Tityus serrulatus à reprodução assexuada (por partenogênese. Injetam veneno para paralisar o alimento
· Ambiente natural modificado – escassez de alimento: passam a procurar alimento e abrigo em residências, terrenos baldios e áreas de construção
· Grupos mais expostos: pessoas que atuam na construção civil, crianças e donas de casa, trabalhadores de madeireiras transportadoras etc. 
· Os animais escondem-se da claridade em tubulações, calçados, armários, panos e toalhas em áreas de serviço e banheiro, cemitérios.
	Escorpiões: Tityus serrulatus, Tityus bahiensis, Tityus costatus, Bothriurus sp.
Tityus serrulatus (escorpião amarelo):
Principal espécie que causa acidentes graves, com registro de óbitos principalmente em crianças. Pernas e cauda amarelo-clara e tronco escuro, possui um serrilha nos 3°e 4° anéis da cauda e pode medir até 7cm de comprimento. Distribuição Geográfica: antes restrita a MG, hoje tem sua distribuição ampliada para Nordeste, Sudeste, Centro-oeste e Sul.
Tityus bahiensis (escorpião marrom):
Conhecido também como escorpião marrom ou preto, possui tronco escuro, pernas e palpos com manchas escuras e cauda marrom-avermelhada, não possui serrilha na cauda e mede cerca de 7cm. O macho é diferenciado por possui pedipalpos volumosos com um vão arredondado entre os dedos utilizado para conter a fêmea durante a “noite nupcial” - Distribuição geográfica: causa mais acidentes em SP, sendo encontrado na Bahia, Sudeste, Centro-oeste e Sul.
Bothriurus sp.
Sem importância médica, ausência de espinho sob ferrão, de 2,7 a 3,6cm de comprimento, é colorido, geralmente marrom escuro e aparência “vernizada”. Distribuição geográfica: Centro-oeste, MG, PA, RJ, SP e SC
 
Ação do Veneno –
· Atua sobre os canais de sódio ocasionando a estimulação da fibras musculares e terminações nervosas do simpáticas e parassimpáticas e medula da suprarrenal
· Liberação de neurotransmissores, catecolaminas e acetilcolina, além de outros mediadores 
Sintomas –
· Locais: dor local, podendo ser acompanhado de parestesia
· Gerais: hipotermia ou hipertermia e sudorese profusa
· Digestivas: náusea, vômito, dor abdominal e diarreia (raros)
· Cardiovasculares: arritmias cardíacas, hipertensão ou hipotensão arterial, ICC e choque
· Respiratórias: taquipneia, dispneia, edema pulmonar agudo
· Neurológicos: agitação, sonolência, confusão mental, hipertonia, paralisia e tremores, hemorragia subaracnóidea.
Classificação dos Acidentes –
· Leves: sintomatologia exclusivamente local (1)
· Moderados: (1) + vômitos, algumas manifestações sistêmicas isoladas de pequena intensidade: FC, PA, taquipneia leve, agitação e sudorese
· Graves: náuseas e vômitos profusos, secreções (lacrimal, nasal, gástrica, salivar, intestinal) alteração dos ritmos cardíacos e respiratórios ou da PA e FC, taquicardia e dispneia, agitação intensa alternada com sonolência e priapismo.
· Óbitos estão relacionados as complicações como edema pulmonar agudo e choque
Os acidentes graves podem evoluir para insuficiência cardíaca, edema pulmonar, choque e óbito
Acidentes com escorpião –
· Limpar o local com água e sabão, procurar orientação médica imediata a mais próxima do local da ocorrência, principalmente em casos com crianças
· Se for possível, capturar o animal e levá-lo para realizar a identificação 
· Não amarrar ou fazer torniquete,cortar, perfurar, queimar ou aplicar nenhum tipo de substância sobre o local da picada
· Não dar bebidas alcoólicas ao acidentado ou outros líquidos como: álcool, gasolina, querosene etc.
· Compressas com gelo e água gelada costumam acentuar a sensação dolorosa, não sendo indicadas nestes casos.
Tratamento – 
· Sintomático: anestésicos e analgésicos, soro antiescorpiônico ou antiaracnídico, realizar o monitoramento do paciente;
Controle – 
· Usado para diminuir o risco de picadas, busca ativa (captura) ou manejo ambiental
· Órgão Municipal: registro do acidente para identificação de áreas prioritárias com estudos de populações 
· Captura, identificação e eliminação dos animais
· Monitoramento e avaliação das ações de controle
Por que não usar o controle químico? Os animais acabam se infiltrando em lugares pequenos e fundos (frestas e buracos), onde o agente químico não chega, conseguem ficar meses sem se movimentar ou permanecem no mesmo abrigo, tem a capacidade de permanecer com seus estigmas pulmonares fechados por um longo período. Venenos causa o desalojamento dos escorpiões para locais não expostos a ação desses produtos, aumentando o risco de contaminação. 
Cuidado com o uso do veneno! Controle de baratadas por profissionais (formulações em gel ou pó), venenos para controle de outros agravos (dengue, malária, leishmaniose, chagas etc.) podem acabar irritando o animal.
Prevenção –
· Examinar roupas (inclusive de cama), calcados, toalhas de banho e rosto, pano de chão e tapetes antes de usar. Usar luvas de raspa de couro ou similar e calcados fechados durante o manuseio de materiais de construção, transporte de lenha, madeira e pedras em geral.
· Manter berços e camas afastados da parede, no mínimo 10cm evitar que mosquiteiros e roupas de cama esbarrem no chão. Acondicionamento adequado do lixo, a fim de evitar insetos de que se alimentam os escorpiões
· Tomar cuidado especial ao se encostar em locais escuros e úmidos e com presença de baratas. Preservar os inimigos naturais dos escorpiões como: sapos, galinhas, lagartos, gansos e corujas.
· Manter limpo quintais e jardins, não acumular folhas secas e lixo domiciliar. Acondicionar lixo domiciliar em sacos plásticos e outros recipientes apropriados 
· Evitar queimadas em terrenos baldios, pois desalojam os escorpiões
· Manter fossas sépticas bem vedadas para evitar passagem de animais, rebocar paredes externas e muros para que não apresentem vãos ou frestas
· Vedar soleiras de portas com rolos de areia ou rodos de borracha, telar aberturas de ventilação de porões e manter assoalhos calafetados. Manter todos os pontos de energia e telefone devidamente vedados.
Terça-feira, 09/11 
Palestra CPPI -
CPPI – criado em 1987, Laboratório Oficial Brasileiro, Secretaria do Estado de Saúde (Superintendência de Vigilância em Saúde).
Linhas de Produção e Pesquisa: Imunobiológicos (soros), antígenos para auxílio diagnóstico e insumos.
Antígenos para Auxílio Diagnóstico – Doenças negligenciadas
Hanseníase – antígeno de Mitsuda (fosfato de histamina)
Leishmaniose – antígeno de Montenegro (único produtor na América do Sul)
Paracoccidioidomicose – antígeno de Paracoccidioides brasiliensis por imunodifusão
Insumos – Esteriteste (indicador biológico para esterilização a vapor)
O que são imunobiológicos? Termo genérico que engloba vacinas, soros e imunoglobulinas produzidas de maneira heteróloga ou não, a partir de um sistema biológico pré-existente e que agem sobre antígenos específicos.
· Soro antibotrópico (família de Jararacas)
· Soro antiloxoscélico (aranha marrom)
Produção de soros: quatro laboratórios públicos à Instituto Butantan SP, Instituto Vital Brasil RJ, Fundação Ezequiel Dias MG, Centro de Produção de Pesquisa de Imunobiológicos PR.
Gênero Loxosceles (Sicariidae, Arachnida): 
· Desequilíbrio ecológico (desmatamento, extinção de predadores naturais, mudanças climáticas etc), ambiente intra e peri-domiciliar, problema de saúde pública à Chile, Peru e Brasil.
Veneno: Mistura de proteínas de ação tóxica ou enzimática, sais inorgânicos e pequenos peptídeos, fosfatase alcalina, 5’ fosfohidrolase ribonucleotídica hialuronidade, fosfolipase-D, metaloproteases, serinoproteases e toxinas inseticidas, fosfolipase-D à dermonecrose.
Acidentes loxoscélico: cutâneo, sistêmico (exantema, generalizado, coagulação intravascular disseminada, hemólise intravascular, IRA, óbito).
Tratamento: quadro clínico semelhante a outras condições patológicas, falta de treinamento de profissionais da área médica, antiinflamatórios corticosteróides, atb e dapsona. Capaz de interferir de forma benéfica na cinética do envenenamento cutâneo (eritema, edema, equimose, necrose) e sistêmico (fibrinogênio, celularidade e índices hematimétricos), até 48h após acidente.
Produção: Vital Brazil (1901), Calmette – Serum Antivenimeux
Normas para obtenção de soro antiveneno pelo processamento de plasmas hiperimunes (BPF de medicamentos – RDC n°17 de 2010, Portaria Ministerial m° 174, RDC 50/2011, nosmas de biossegurança, procedimentos operacionais estabelecidos para o produto)
Etapas de Produção e Controles de Qualidade – 
PP – Pool de Plasma (proteína, potência, albumina, pH)
PCG – Produto Concentrado Granel (proteína, potência, albumina, pH, sulfato de amônio, cloreto de sódio, fenol)
PAG – Produto Acabado a Granel (potência, toxicidade, pirogênico, aspecto, proteína, albumina, fenol, sulfato de amônio, cloreto de sódio, sólidos, nitrogênio total e não-proteico, ph e esterilidade)
PF – Produto Final (pirogênio, identidade, aspecto, volume, fenol, pH, esterilidade).
Produção do Soro Antiloxoscélico – 
· Precipitação (sulfato de amônio): separação de proteínas (eliminação de albumina na primeira etapa e a alfa e beta globulinas, lipoproteínas e fibrinogênio na sequência)
· Termocoagulação: desnaturação das proteínas da cascata da coagulação e consequente precipitação do fibrinogênio.
· Digestão enzimática (pepsina): pepsina assegura a presença de anticorpos na sua forma bivalente.
· Dessalinização: diafiltração em sistema de ultrafiltração
· Cromatografia de troca iônica: eliminação das proteínas que eventualmente não tenham sido eliminadas durante o fracionamento
· Para finalizar, a solução é concentrada a níveis que assegurem o título neutralizante do soro antiveneno, adicionado conservante, seguido de filtração esterilizante.
Produto Final – INCQS, CENADI, SUS.
 
Quarta-feira, 17/11
Cnidários
Objetivos: conhecer os diferentes tipos de cnidários que causam problemas a saúde e reconhecer os problemas causados, diagnóstico, tratamento e prevenção.
Filo Coelenterata – tentáculos que se inserem em volta da cavidade oral; capturam presas; células portadoras de nematocisto, capaz de injetar veneno por um micro aguilhão que dispara quando a célula é tocada. Classes: Anthozoa, medusas (Scyphozoa, Hydrozoa, Cubozoa)
Classe Anthozoa: anêmonas e corais, acidentes pouco frequentes e de pouca gravidade, contato é rápido e existem poucos nematocistos, corais podem produzir corte e introduzir fragmentos calcários.
Classe Hydrozoa: hidras e caravelas ou Physalias
· Physalia physalis – responsável pelo maior número e pela maior gravidade dos acidentes desse gênero no Brasil.
Classe Scyphozoa: águas-vivas
· Os acidentes mais importantes ocorrem devido às classes Hydrozoa (caravelas) e Scyphozoa (águas-vivas)
· A frequência dos acidentes é maior no verão, quando podem atingir a praia em grande número, provocando centenas de acidentes.
· Vespa-do-mar do Pacífico: esta é a água-viva com o veneno mais potente já encontrado. Ela habita o indo-pacífico especialmente na Austrália. Seu nome científico é “Chironex fleckeri”
Classe Cubozoa: medusas, no Brasil os acidentes mais graves são causados pela Chiropsalmus quadrumanus.
Veneno: mistura de polipeptídios com ações tóxicas e enzimáticas na pela humana podendo provocar inflamação extensa e necrose.
· Neurotoxicidade – efeitos sistêmicos, arritmias, altera tônus vascular e pode levar a insuficiência respiratória por congestão pulmonar
· Atividade hemolítica – Physalia.Manifestações locais: todos os celenterados, ardência e dor intensa no local de 30 minutos a 24h, placas e pápulas urticariformes lineares aparecem precocemente, podendo dar lugar a bolhas e necrose importante em cerca de 24h. Regressão com lesões eritematosas lineares (persistir por meses). 
Manifestações sistêmicas: extensão da área comprometida, graves (cefaléia, mal-estar, náuseas, vômitos, espasmos musculares, febre, arritmias cardíacas) podem aparecer urticárias e erupções recorrentes, estas a partir de um único acidente, além de reações distantes do local do acidente. O óbito pode ocorrer por efeito do envenenamento (insuficiência respiratória e choque) ou por anafilaxia.
Tratamento: repouso do segmento afetado, retirada de tentáculos aderidos, não usar água doce para lavar o local ou esfregar panos secos, o local deve ser lavado com água do mar, dor à analgésico.
Ácido acético a 5% aplicado no local, por no mínimo 30 minutos inativa o veneno local.
Retirada de namatocistos remanescentes: deve-se aplicar uma pasta de bicarbonato de sódio, talco e água do mar no local, esperar secar e retirar com o bordo de uma faca. Bolsa de gelo ou compressas de água do mar fria por 5 a 10 minutos e corticoides tópicos duas vezes ao dia, aliviam os sintomas locais

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