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A. Microcristalinas Marianny Diniz CONCEITO + FISIOPATOLOGIA A inflamação se dá pela interação entre cristais e neutrófilos; Artite inflamatória mais comum no homem (dor, calor, edema e rubor). O estrógeno possui efeito uricosúrico (inibe a reabsorção tubular renal de urato); Geralmente se manifesta como uma monoartrite; Hipertensão + DIU + Salicilatos em doses baixas aumenta a chance de causar hiperuricemia, promove diminuição da excreção renal do ácido úrico. 1. 2. 3. 4. 5. -> O ácido úrico fica insolúvel no plasma quando atinge níveis superiores a 7mg/dl no homem e 6,5mg/dl na mulher). -> Os cristais de urato são fagocitados por macrófagos residentes e outras células mononucleares, os quais induzem a inflamação. Uma vez ativados, os monócitos e macrófagos liberam quimiocinas (IL-1, IL-6, TNF-α) que promovem quimiotaxia de neutrófilos CONCEITO + FISIOPATOLOGIA Alguns pacientes com hiperuricemia não desenvolvem gota devido a fatores genéticos. Esses indivíduos recebem uma outra cobertura nos cristais (ApoE) que faz parte de uma via inibitória, inibindo a estimulação e liberação das citocinas Outros indivíduos possuem os cristais recobertos com IgG, sinalizando para a via estimulatória. (TNF-a, IL-1, IL-6, prostaglandinas...) 1. 2. QUADRO CLÍNICO + ESTADIAMENTO -> Hiperuricemia assintomática: encontrado em exames de rotina; Não precisa de tto, só se os níveis de Ác. Úrico forem superiores a 13mg/dl. -> Estágio II: Artrite Gotosa Aguda/ Gota Intercrítica: dolorosa, súbita, 80% dos pacientes serão monoarticular com predomínio nos MMII, 1ª metatarsofalangeana, tarso, tornozelo. As articulações com Osteoartrite são mais predispostas. -> As crises duram por um tempo limitado (14 dias) seguidas de um intervalo assintomático. -> Principal diagnóstico diferencial: artrite infecciosa. EXAMES + FATORES DESENCADEANTES -> Sinais de inflamação: leucocitose com predomínio de neutrófilos + elevação de VHS, PCR, trombocitose, ferritina elevada, albumina baixa. -> Dosar o ácido úrico 2 semanas após a crise, antes ele estará precipitado na articulação e pode ter um exame normal; Fatores: trauma, cirurgia, jejum, desidratação, o alopurinol pode desencadear se ocasionar uma queda abrupta do ác. úrico, DIU, ASS, carnes, frutos do mar, álcool. EXAMES DIAGNÓSTICOS > Artrite Gotosa Aguda ou Gota Intercrítica: Por exame: Artrocentese (padrão ouro): Presença de cristais com birrefringência negativa sob luz polarizada. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS Clínico: presença de 6 de 12 achados: Diagnóstico diferencial: artrite séptica, trauma, artrite reativa, febre reumática. História clássica; Pico dos sintomas em 24 horas; Artrite monoarticular; Eritema articular; Podagra (artrite da 1ª MTF); Crise unilateral acometendo MTF; Crise unilateral acometendo o tarso; Presença de lesão visível ou palpável (Tofo); Hiperuricemia; Aumento do volume articular na radiografia; Cistos subcorticais sem erosões na radiografia; Cultura negativa do líquido sinovial. ESTÁGIO II GOTA INTERCRÍTICA Período de resolução dos sintomas. Momento para estabelecer o diagnóstico, dosando o ácido úrico, identificar os fatores modificáveis, suspender DIU por losartana, classificar o estágio do paciente, manejar comorbidades. 1. 2. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Paciente com IRC severa (TFG <30mL) evitar Colchicina e AINES. Paciente em uso dos inibidores da glicoproteína P ou CYP3A4, evitar Colchicina. Colchicina 1mg (+0,5 mg 1h após) AINES Prednisolona (30-35 mg/dia): resolução do ataque aguda e orientar automedicação. Infiltração com corticoide: casos monoarticulares. Contraindicações para colchicina ou corticoide: bloqueador da IL-1. Prevenção: Alopurinol- Mais de 1 ataque agudo em 12 meses. Manter o ácido úrico <6 no estágio II e <5 no estágio III. Estratégias terapêuticas a curto e longo prazo: Tratar precocemente, educar sobre a doença, mudança e estilo de vida. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Sinais de pior prognóstico: tofos, IRC, nefrolitíase, necessidade de continuar DIU para ICC, idade <40 anos, ácido úrico > 8; (incluir alopurinol para evitar crises recorrentes). Iniciar o alopurinol 2 semanas após remissão de uma crise aguda; Manter AINE ou colchicina em dose profilática (metade da dose) + Alopurinol (100mg/dia) até que se atinja a meta. (dose máx. 900mg/dia). suspender DIU e usar Losartana, usar estatinas ou fenofibrato para diminuir RCV. Estratégias terapêuticas a curto e longo prazo: Tratar precocemente, educar sobre a doença, mudança e estilo de vida. 1. 2. 3. 4. GOTA TOFÁCEA ESTÁGIO III ->Gota tofácea crônica (estágio III): -> Paciente que não tratou no estágio II. -> Erosões ósseas irreversíveis; -> Pode haver tofos (acúmulo de ácido úrico nas regiões com OA secundária); -> Complicações renais: nefrolitíase, necrose tubular aguda e acometimento renal por uso crônico de AINES. -> TTO: Prevenir novas crises, complicações; Usar Aines, Colchicina, corticoide. CONDROCALCINOSE -> Depósitos de cristais de pirofosfato de cálcio; -> Fatores de risco: envelhecimento, trauma, OA prévia, Doenças metabólicas. ->Articulações mais acometidas: Joelho: calcificação do menisco; Punhos: calcificação do ligamento triangular do carpo. FORMAS DE APRESENTAÇÃO FORMAS DE APRESENTAÇÃO FORMAS DE APRESENTAÇÃO cristal de conformação romboide, circular à microscopia óptica, sugestivo de cristal de Pirofosfato de cálcio no interior da articulação. TRATAMENTO Ataque agudo: AINES, glicocorticoide, Colchicina; Manejo a longo prazo: AINES ou colchicina para profilaxia da crise; Hidroxicloroquina e metotrexato, drogas sintéticas modificadoras do curso de doença. 1. 2. 3. Hora de praticar! Email marianny.diniz@maisunifacisa.com.br OBRIGADA!
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