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LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO • Definição: doença autoimune mediada pelo depósito de imunocomplexos nos tecidos alvo, que irão se precipitar nos tecidos, sinalizando para o sistema imune que a lesão tem que acontecer naquele tecido. Dessa forma, pode ser perceber que o LES pode acometer qualquer tecido do corpo a depender de onde esses imunocomplexos se precipitem. • Epidemiologia: → É uma doença com preferência por mulheres jovens, durante a idade fértil. Isso ocorre devido a forte associação com o estrógeno, que age como um gatilho tanto para o desenvolvimento da doença quanto para o seu período de atividade da doença. → A doença costuma se manifestar entre 15-45 anos, mas pode ocorrer em qualquer idade. → Existe um predomínio na raça negra (3-4 vezes mais frequente que nos brancos). Também tende a ser mais severa nesse grupo. → A proporção feminino/masculino depende da idade, alcançando 15:1 em adultos jovens, mas reduzindo-se para 2:1 em crianças pequenas e idosos (fora da faixa etária reprodutiva). • Fisiopatologia: → Tudo indica que para ocorrer o LES é necessária uma interação entre fatores genéticos e ambientais. → Fatores genéticos: mutações no HLA- DR2/HLA-DR3, e mutações em genes que codificam os complementos e as citocinas. Há relatos de mutações em mais de 100 loci gênicos, e cada um está relacionado a um tipo de acometimento orgânico. Isso explica a enorme variabilidade clínica da doença. → Fatores ambientais: diversos fatores ambientais podem ser necessários para a expressão clínica da doença, e o mais bem estabelecido de todos é a exposição aos raios ultravioleta, UV-A, UV-B, (que desencadeiam atividade lúpica em 70% dos pacientes). Outros contribuintes prováveis são: hormônios femininos (estrógenos, prolactina), viroses (EBV, CMV, retrovírus, Chikungunya), drogas (minociclina, Hidralazina, procainamida), metais pesados. → Ainda não se tem uma resposta definitiva de como ocorre a interação entre esses fatores. Mas, havendo essa interação entre fatores genéticos e ambientais, ocorrerá múltiplos defeitos no sistema imune, a exemplo de disfunção em células dendríticas, linfócitos B e T. → Essa desregulação levará a produção de autoanticorpos pelos linfócitos B, e a formação de linfócitos T autorreativos. → Os autoanticorpos irão levar a uma produção anormal de complexos imunes que irão se precipitar nos tecidos, alterando as proteínas do complemento. → Os linfócitos T autorreativos serão responsáveis pela liberação anormal de citocinas inflamatórias, como interferon alfa, IL-6 e IL-10. → Todo esse mecanismo em conjunto será responsável pelas manifestações clínicas do LES. • O LES pode começar de forma aguda (fulminante) ou insidiosa, mas é, por definição, uma doença crônica, remitente e recidivante. • Sintomas constitucionais: são bastante frequentes, tais como mal-estar, fadiga (relatado como um dos primeiros sintomas da doença), queda do estado geral, febre, perda ponderal. MANIFESTAÇÕES MUCOCUTÂNEAS • As lesões de pele do LES podem ser classificadas como específicas e não específicas, em função da presença ou não de dermatite de interface na biópsia de pele (infiltrado inflamatório distribuído ao longo da junção dermoepidérmica). • As lesões específicas podem ser divididas em agudas, subagudas e crônicas. • A biópsia NÃO é obrigatória em todos os portadores de lúpus. • Fotossensibilidade: definida pelo surgimento de uma erupção cutânea eritematosa logo após exposição aos raios solares (geralmente (UV-B) ou a luz artificial fluorescente. As lesões predominam em áreas expostas ao sol e estão associadas à presença do anticorpo anti-Ro. • Fenômeno de Raynaud: distúrbio causado por um vasoespasmo episódico das pequenas REUMATOLOGIA INTRODUÇÃO MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce artérias digitais, manifestando-se com palidez, cianose e rubor, nas extremidades. Existe o fenômeno de Raynaud primária, conhecido como doença de Raynaud (não é associado a fenômenos autoimunes), e o fenômeno de Raynaud secundário, que está associado a ES, LES, doença do tecido conjuntivo. • Púrpura palpável: ocorrem em decorrência da plaquetopenia. • Úlceras orais: ocorrem geralmente no palato, mas podem ocorrer nos lábios, septo nasal e vagina. Lembram úlceras aftosas em seu aspecto. São diferenciadas de úlceras herpéticas pelo fato destas últimas serem geralmente dolorosas, sendo que as úlceras do LES não doem. • Alopécia não cicatricial: é reversível com o controle da doença, sendo causada por um aumento nas taxas de apoptose celular nos folículos pilosos. Para dizer que a causa é LES precisa descartar outras hipóteses. 1. Lúpus Cutâneo Agudo – associado com a atividade de doença. • Rash malar ou erupção malar (asa de borboleta): está presente em 30% dos pacientes e trata-se de uma erupção sobre as bochechas e o nariz, elevada, por vezes, dolorosa ou pruriginosa. Os dados que sugerem lesão lúpica são a ausência de pápulas e pústulas (típicas da rosácea) e o não acometimento dos sulcos nasolabiais. • Lúpus bolhoso: é uma forma rara de lúpus cutâneo. Faz diagnóstico diferencial com inúmeras doenças dermatológicas e infecciosas. • Variante necrólise epidérmica tóxica: lembra uma farmacodermia. • Lesões psoriasiformes e anulares policíclicas: estão fortemente associadas com a positividade do anticorpo anti-Ro e anti-La. OBS.: Todas essas manifestações cutâneas remitem sem deixar cicatrizes. 2. Lúpus Cutâneo Crônico • Rash discoide: ocorre em 20% dos pacientes com LES, porém, apenas 5-10% dos pacientes com rash discoide desenvolvem LES. Predomina na face, pescoço, couro cabeludo e pavilhão auricular, sendo caracterizado inicialmente por placas eritematosas, infiltradas e hiperpigmentadas, que evoluem lentamente com uma cicatriz despigmentada e atrófica, principalmente no centro da lesão. OBS.: em longo prazo, o lúpus discoide aumenta o risco de carcinoma epidermóide da pele, que geralmente se desenvolve em áreas de lesão atrófica. • Lúpus hipertrófico. • Paniculite lúpica: quando tem o acometimento do tecido celular subcutâneo. • Lúpus tumidus: semelhantes a pequenos nódulos e são muito inespecíficas. Linfadenopatia/esplenomegalia: acontecem devido ao aumento da produção de linfócitos B e T nos órgãos do sistema reticuloendotelial. Os linfonodos apresentam características benignas (consistência fibroelástica, móveis, não aderidos aos planos profundos). Contudo, esses pacientes podem evoluir com linfoma. MANIFESTAÇÕES MUSCULOESQUELÉTICAS • Artralgia e mialgia (95%), sendo a artralgia transitória. • A artrite lúpica costuma seguir um padrão simétrico, distal e migratório, com os sintomas durando 1-3 dias em cada articulação. • As articulações mais envolvidas pela artrite são as articulações das mãos, punhos e joelhos. • Diferentemente da artrite reumatóide, o LES tipicamente não determina erosões articulares, e as deformidades articulares, semelhantes a AR, são reversíveis. • Esse padrão não erosivo é conhecido como artropatia de Jaccoud. MANIFESTAÇÕES CARDIOVASCULARES • Pericardite (30%): o derrame pericárdico (leve a moderado) é muito comum, mas o tamponamento e a pericardite constrictiva são raros. • Miocardite (10%): pode manifestar-se como taquicardia sinusal sem outra causa aparente ou Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce taquipneia aos esforços, associados ao aumentoda área cardíaca no RX e alterações eletrocardiográficas inespecíficas. • Endocardite de Libman-Sacks (10%): é uma forma verrucosa e não bacteriana de endocardite ou valvulites cardíaca, formada pela deposição de imunocomplexos nas válvulas cardíacas. Ocorre principalmente na valva mitral (face atrial). A manifestação mais temida desse tipo de endocardite é a embolia arterial. • Arritmias: os mais comumente vistos são os distúrbios de condução atrioventricular. • Aterosclerose mais acelerada. MANIFESTAÇÕES PULMONARES • Pleurite lúpica (50%): dor pleurítica. • Derrame pleural (30%): pode ser unilateral (sem predomínio de lado) ou, mais comumente, bilateral, sendo sempre um exsudato, com níveis de glicose geralmente normais (o que diferencia bioquimicamente do derrame da AR). • Pneumonite lúpica (10%): pode cursar com febre, tosse, dispneia, hemoptise e radiografia de tórax com infiltrado alveolar difuso, principalmente em vases. Essa síndrome responde bem aos corticoides, mas é importante não esquecer que a causa mais comum de infiltrado pulmonar em paciente com LES é a infecção (pneumonia). Assim, quando um paciente com LES desenvolve um quadro pneumônico, até prova em contrário, ele se deve a uma infecção. • A hipertensão arterial pulmonar pode ocorrer na ausência da fibrose intersticial, geralmente associada à síndrome do anticorpo antifosfolipídio. MANIFESTAÇÕES GASTROINTESTINAIS • Peritonite. • Hepatite pelo LES: essa diferença pode ser feita através do padrão de autoanticorpos. Apesar do FAN estar presente tanta na hepatite autoimune quanto na hepatite pelo LES, o achado de positividade do antimúsculo liso ou anti-LKM1 sugere fortemente o diagnóstico de hepatite autoimune em vez que hepatite pelo LES. • Pancreatite. • Vasculite mesentérica: pode ser complicada por infarto intestinal, por vezes evoluindo com perfuração e peritonite generalizada. • Pseudo-obstrução intestinal. MANIFESTAÇÕES NEUROPSIQUIÁTRICAS • Convulsões: podem ser grande mal, pequeno mal ou mesmo focais. • Cefaleia: pode ser enxaqueca ou tensional. • Estado confusional agudo; • Distúrbios cognitivos; • Mielopatia; • Neuropatia periférica. • Meningite asséptica: pode ser precipitada pelo uso de AINEs ou azatioprina. • Psicose lúpica: manifesta-se geralmente no 1º ano de doença como um quadro de delirium, com estado confusional, ilusões persecutórias, alucinações auditivas ou visuais e flutuação do nível de consciência. OBS.: Para dizer que essas manifestações são decorrentes do LES devem ser excluídas todas as possibilidades diagnósticas. MANIFESTAÇÕES HEMATOLÓGICAS • Anemia de doença crônica: normocítica e normocrômica causada por eritropoise deficitária e disponibilização de ferro bloqueada. • Anemia hemolítica autoimune (única considerada nos critérios de classificação do LES): por anticorpos “quentes” (IgG), Coombs direto positivo. O mecanismo é a ligação de autoanticorpo antifator Rh na membrana das hemácias, estimulando a fagocitose pelos macrófagos esplênicos. • Trombocitopenia: o principal mecanismo é o surgimento de autoanticorpos IgG contra antígenos de superfície plaquetária. Para classificar essa trombocitopenia oriunda do LES ela tem que ser <100.000/mm³. • Leucopenia autoimune: é comumente encontrada com a contagem inferior a 4.000/mm³ sendo um critério diagnóstico de LES. Também é parâmetro de atividade lúpica. • Linfopenia: <1000/mm³. • Trombose arterial/venosa/capilar: até 40% dos pacientes tem o LES associado a SAAF. MANIFESTAÇÕES RENAIS • Glomerulonefrite: os glomérulos são os principais alvos renais do LES. • Nefrite lúpica: a deposição dos imunocomplexos DNA/anti-DNA é a base fisiopatológica da nefrite lúpica. • Nefropatia trombótica (SAAF). Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Nota A ativação do complemento é outro achado, sendo encontrados depósitos de C3, C4 e C1q. A quantificação dos níveis séricos de anti-DNAds e complemento (principalmente C3) é útil para o monitoramento da atividade e resposta terapêutica da nefrite lúpica. • Para receber um diagnóstico de LES pelo novo sistema é preciso ter quatro ou mais dos 17 critérios, sendo pelo menos um critério clínico e pelo menos um critério imunológico OU basta ter uma biópsia renal demonstrando algum dos padrões de nefrite lúpica + positividade para FAN e/ou anti-DNAds. • Vale ressaltar que 2-5% dos pacientes podem apresentam FAN negativo, que pode está ligada a metodologia do exame. • Os critérios de 2012 permitem dá o diagnóstico mesmo com o FAN negativo. • Observações sobre a classificação: → Não se deve pontuar um critério se existe uma explicação mais plausível do que o LES. → A ocorrência de um critério uma única vez já é suficiente. → A classificação do LES requer a presença de pelo menos 1 critério clínico. → Os critérios não precisam ocorrer simultaneamente, ou seja, eles são somatórios ao longo da evolução do paciente. → Em cada domínio, apenas a pontuação mais elevada será considerada no somatório total. 1. Fator antinuclear (FAN) • É medido por imunofluorescência, por ser muito sensível para LES, pode ser usado como teste de triagem, considerando-se significativo um título ≥ 1:80. • Não é exclusivo do LES e muitos pacientes com outras doenças podem ter o FAN positivo, como na ES, síndrome de Sjogren e na AR. Além do mais, cerca de 10% da população pode ter baixos títulos de FAN. • Como o exame é feito? O teste é feito em cultura de células HEp-2 (células de tumor epitelial humano), dispostas em lâmina, sobre a qual é derramado o soro do paciente. Neste momento, os autoanticorpos, quando presentes, se fixam nas estruturas celulares. A lâmina então é lavada e, em seguida, tratada com anticorpos anti-imunoglobulina humana ligados à fluoresceína. Após esse processo, apenas os locais em que os anticorpos se ligaram ficarão fluorescentes. Com um microscópio especial, o examinador observa facilmente o padrão de fluorescência. São descritos 28 padrões diferentes de imunofluorescência. • Padrões do FAN (sabe esses padrões é importante por que cada um deles está relacionada com a positividade de algum anticorpo, que pode estar associado a outra doença autoimune): → Nuclear homogêneo: ➢ anticorpo anti-histonas (presente no Lúpus induzido por drogas); anti-DNA dupla hélice (é específico do Lúpus e guarda relação com a atividade de doença, ou seja, pode estar negativo com a doença em remissão e positivo quando ela entra em atividade; também CRITÉRIOS DO LES Apreensão = convulsão C3 e C4 pode estar baixo. EXAMES LABORATORIAIS Diogo Realce Diogo Realce Diogo Nota O FAN não avalia um anticorpo específico, mas a presença de um ou mais autoanticorpos. é um marcador de atividade renal – nefrite lúpica); ➢ associação clínica: LES, Sd. De Sjogren, DMTC, esclerodermia. → Nuclear pontilhado grosso: ➢ Anti-RNP e anti-Sm; ➢ Associação clínica: LES, Sd. De Sjogren, DMTC, esclerodermia. → Nuclear pontilhado fino: ➢ Anti-Ro e anti-La; ➢ Associação clínica: LES cutâneo com FAN negativo, Sd. De Sjogren, e lúpus neonatal. → Nuclear pontilhado fino denso: ➢ Padrão mais comum; ➢ Positivo em até 30% da população saudável. → Nuclear centromérico: ➢ Pesquisa do anticentrômero. → Nucleolar: ➢ Enzimas nucleolares; ➢ Associação clínica: esclerose sistêmica. → Citoplasmático. LÚPUS INDUZIDO POR DROGAS • Pelo menos um sintoma clínico de lúpus + FAN ou outros testes laboratoriais positivos (o anticorpo com mais especificidade é o anti- histonas). • Uso de uma droga suspeita por um períodode 3 semanas a 2 anos antes do desenvolvimento dos sinais ou sintomas. • Rápida melhora após a descontinuação da droga. • Recorrência de sinais ou sintomas quando o paciente é exposto novamente à mesma droga, ou dentro de uma mesma classe de medicamentos. • Não costuma ter manifestações sistêmicas (não acomete o rim ou SNC). • Não consome complemento. • Não são encontrados os anticorpos anti-DNA nativo (dupla hélice). LÚPUS NEONATAL • Ocorre devido a passagem transplacentária de anticorpos maternos para o bebê. • Não significa que o bebê tem Lúpus, mas que os anticorpos que atravessam a placenta causaram manifestações clínicas. • Anticorpos responsáveis: anti-Ro, anti-La, e anti-RNP. • Isso pode acontecer em gestantes que apresentam LES, Sd. De Sjogren, doença do tecido conjuntivo, artrite reumatóide, pois são doenças em que esses anticorpos estão presentes. • Manifestações mais comuns são alterações cutâneas → lesões anulares policíclicas (associação com anti-Ro e anti-La). • Não costumam deixar cicatriz e desaparecem com ou sem tratamento. • As manifestações mais temidas são os bloqueios atrioventriculares (1º, 2º e 3º graus). Sendo que o bebê pode cursar com retardo do crescimento fetal e óbito intraútero. • Da 16ª a 26º semana deve-se realizar a ecografia fetal para monitorar alterações cardíacas semanalmente. • Para crianças que tem algum grau de BAVT usa- se drogas que atravessam a placenta, como: dexametasona ou betametasona. • Proteção solar: a radiação é um gatilho para a doença. • Tratamento tópico com corticoide: pode ser feito, principalmente se for no paciente que apresenta somente a forma cutânea ou com manifestações articulares. • Planejamento familiar (a maioria dos pacientes são mulheres em idade fértil): → O ideal é que a mulher engravide com pelo menos 6 meses de doença controlada e sem o uso de imunossupressor, tendo em vista que estes são contraindicados na gravidez, a exceção da azatioprina. → Métodos contraceptivos: métodos de barreira, ACOs (somente em mulheres com doença leve, manifestações cutâneas ou articulares, e se for com baixa dose de TRATAMENTO Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Nota Durante a gravidez, o tratamento dos sinais e sintomas do LES deve ser feito principalmente com AINEs, corticosteroides e Hidroxicloroquina. A ciclofosfamida, o metotrexato e a varfarina (antes da 14ª semana) são contraindicados pelo risco de teratogênese. A azatioprina e o micofenolato podem ser usados com cautela em casos selecionados. O sofrimento fetal relacionado à SAAF deve ser tratado com heparina + AAS. estrógeno. Mas não pode nenhum se ela tiver anticoagulante lúpica ou anti-b2- glicoproteína positivos, devido ao risco de trombose); Injeções de progesterona; DIU (cobre ou prata). • o tratamento depende muito das manifestações clínicas, quanto mais nobre for o órgão acometido mais severo a imunossupressão. • Todos os pacientes (em estágios leve, moderado ou grave) irão usar os antimaláricos (Hidroxicloroquina) desde a faze de indução até a faze de manutenção, por que eles atuarão como um imunomodulador, diminuição a produção de autoanticorpos, linfócitos autorreativos. Além disso, são bastante seguros na gestação e melhoram o prognóstico tanto da mãe quanto do feto. A contraindicação absoluta a essas drogas é se o paciente tiver uma retinopatia prévia, pois essas drogas podem se acumular na retina e levar a perda do campo visual (amaurose). Todos os pacientes que já fazem uso da droga por 5 anos devem ser encaminhados para rastreio de retinopatia. • Tratamento da nefrite lúpica: ➢ Indução: a droga mais estuda é a ciclofosfamida, ministrada sob a forma de pulsos mensais durantes seis meses. O principal efeito colateral de ciclofosfamida à longo prazo é insuficiência gonadal precoce. ➢ O Micofenolato é no mínimo tão eficaz quanto a ciclofosfamida, apresentando menor incidência de efeitos colaterais graves; ➢ Manutenção: Micofenolato ou azatioprina, mantidos por 18 a 24 meses. O Belimumabe é mais utilizado como droga poupadora do uso de corticoide (para diminuir mais as doses de corticoide utiliza essa droga). O Rituximabe (anti-CD-20) pode ser usado na indução de casos refratários. • Complicações/comorbidades: → Aterosclerose acelerada (principal causa de morte atualmente); → Neoplasias, principalmente as hematológicas, como o linfoma; → IRC, o Lúpus não contraindica o transplante renal; → DM; → Osteoporose; → Necrose vascular; → Infecções, principalmente associadas aos imunossupressores; → Menopausa/andropausa precoce. PROGNÓSTICO Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce Diogo Realce
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