Recurso Ordinário

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Recurso Ordinário Constitucional 
 
O recurso ordinário é previsto no art. 1.027 do CPC, concomitantemente 
com os arts. 102, II e 105, II da CRFB/88 (por isso é chamado constitucional). É 
cabível apenas nas garantias constitucionais chamadas “ações constitucionais” 
– habeas corpus, habeas data, mandado de segurança e mandado de 
injunção. 
A respeito deste recurso, as palavras de Marcus Vinícius Rios 
Gonçalves: 
É um recurso previsto na Constituição Federal, dirigida 
ao Superior Tribunal de Justiça ou a Supremo Tribunal 
Federal. Mas é ordinário, pois a CF, conquanto preveja 
as hipóteses de cabimento, não enumera, em rol 
taxativo, quais os fundamentos que esse recurso poderá 
ter, diferentemente do que ocorre com o recurso especial 
e com o extraordinário, recursos que só podem ter por 
fundamento as matérias elencadas nos arts. 102, III e 
105, III, da CF.
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As hipóteses de cabimento são as seguintes: 
1) Os casos de processamento no STF: 
a) as ações constitucionais denegatórias de ordem, decididas em 
única instância pelos tribunais superiores (ou seja, em ações de 
competência originária do STJ, TST, TSE, STM); 
b) nas ações de crime político. 
2) Os casos de processamento no STJ 
a) as ações constitucionais denegatórias de ordem, decididas em 
única instância pelo TRF ou TJ dos estados, DF ou territórios; 
b) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo 
internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente 
ou domiciliada no País. 
 
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 GONÇALVES, Marcus Vinícius Rios. Direito processual civil esquematizado / Marcus Vinicius Rios 
Gonçalves. – São Paulo : Saraiva, 2011. P 519 
 Necessário ressaltar, portanto, que tal recurso só é cabível em caso de 
decisão denegatória, ou seja, se a decisão conceder a ordem, a autoridade 
coatora não terá a sua disposição tal recurso. 
Ademais, alguns doutrinadores afirmam que tal recurso possui natureza 
de apelação. Todavia, podemos estabelecer algumas diferenças: embora 
ambos os recursos visem a reforma de decisões proferidas em primeira 
instância, a apelação tem como escopo a impugnação de sentenças, enquanto 
o recurso ordinário impugna acórdãos (eis que, mesmo sendo proferido em 
primeira instância, é feito em órgão colegiado). Em segunda monta, temos que 
a apelação possui a possibilidade de interposição de forma adesiva, enquanto 
o recurso ordinário somente pode ser interposto por uma das partes, qual seja, 
o particular que teve seu pedido de ordem denegado em primeira instância. 
 Características: 
a) Prazo: O prazo para aforamento deste recurso é de 15 (quinze) dias. 
b) Preparo: É sujeito a preparo, inclusive do porte de remessa e retorno. 
c) Efeitos: devolutivo 
d) Requisitos: os já elencados. Não possui o requisito especial de 
repercussão geral. Seu efeito é inter partes. 
e) Efeitos: devolutivo (regra) e devolutivo (concedido pelo juiz)