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A Coriza Infecciosa (CI) é uma doença respiratória aguda, sub-aguda ou crônica, altamente contagiosa, que afeta principalmente o trato respiratório superior causada pela bactéria Avibacterium paragallinarum. A CI não possui importância em saúde pública. A doença afeta a econômica mundial na avicultura de corte (frangos) e, especialmente, de produção de ovos. No entanto, a doença pode causar um impacto em poedeiras como ocorreu no estado da Califórnia (EUA). Redução na produção de ovos entre 10% a 40% devido ao retardo de crescimento em aves jovens O que é? Quais os prejuízos causados pela CI? Bactéria Avibacterium paragallinarum, membro da família Pasteurellaceae. Taxonomia: Coriza infecciosa das galinhas Introdução Cocobacilos Gram negativo (LPS) Imóvel Coloração bipolar Não forma esporos, mas pode ser encapsulado, especialmente no caso de algumas cepas mais virulentas. Aeróbica facultativa Características do bactéria: Etiologia Epidemiologia Trata-se de uma doença de distribuição mundial, com maior importância em regiões de climas temperados e tropicais. Grandes impactos e surtos em países em desenvolvimento No Brasil, não há registros que quantificam mortalidade e perdas, mas a doença é aparentemente controlada em aves comerciais por vacinação Galinha é a espécie mais susceptível, inclusive, em todas as idades. Entretanto, aves semimaduras e maduras sofre com período incubatório mais curto e maior período de duração da doença. Hospedeiro natural: Através da aderência firmemente ao epitélio da mucosa ciliada do trato respiratória das aves, em especial o traqueal. O processo histopatológico continua por um edema e uma hiperemia, evoluindo para uma hiperplasia, desintegração e descamação dos epitélios das cavidades nasais, dos seios infra e periorbitais e da traquéia, modificações responsáveis pelos sintomas obstrutivos das vias respiratórias superiores. O lipopolissacarídeo do corpo do agente, responsável pela reação inflamatória, e o polissacarídeo e o ácido hialurônico provenientes da cápsula, os quais serão responsáveis por alguns dos sintomas da CI. Patogênese: Coriza infecciosa das galinhas Patobiologia e epizootia Segue de maneira Horizontal em que um hospedeiro suscetível adquire uma infecção tanto por contato físico com um hospedeiro infectado quanto pelo contato com secreções infectadas. As aves infectadas e assintomáticas são fontes fundamentais em lotes de reposição infectados. O agente etiológico pode ser transmitido por aerossol, por moscas, por contato direto entre as aves dentro das gaiolas, por contato destas com fômites e, principalmente, através da água contaminada nos bebedores, especialmente os do tipo calha. Esta última ocorre pois as aves com corrimento nasal contaminam esta água, principal forma de transmissão. Transmissão: Aves expostas a aves infectadas apresentam sinais da doença em 24 a 72 horas, além disso podem ficar em período de incubação de até 10 dias. Período de incubação:: Caracterizada quando há apenas infecção por A. paragallinarum envolvida. Infecção catarral aguda das vias e seios nasais, podendo ocorrer escorrimento nasal serosa a mucosa. Edema dos seios frontais infraorbitais, posteriormente edema facial. Conjuntivite catarral Barbelas inchadas (principalmente em machos). Retardo na postura de ovos. CI descomplicada: Coriza infecciosa das galinhas Sinais clínicos .Visto que os principais sinais clínicos estão relacionado com sistema respiratório e, posteriormente, à cabeça do animal, é notável a diminuição do consumo de alimento e água que reflete no retardamento do crescimento em aves jovens e reduz a produção de ovos em poedeiras. É importante diferenciar as duas formas de CI comumente encontradas, que são as chamadas CI descomplicada e a CI complicada figura 11 e 12 foram retiradas do Caderno de sanidade avícola da UFMG. Carcterizado pela co-infecção do A. paragallinarum com a participação de outros agentes patogênicos, notadamente os vírus causadores da bronquite infecciosa, da laringotraqueíte, da pneumovirose ou da varíola, os micoplasmas, o Ornithobacterium rhinotracheale, a E. coli ou as pasteurelas e outras Avibacteria. Razoável frequente, já que se tem nestes casos todo o potencial para uma complicação no quadro respiratório. Os sinais clínicos, nestas situações, não diferem muito daqueles presentes nas doenças isoladas, sendo muito mais intensos e persistentes, com a possibilidade de ter-se um quadro clínico semelhante à doença respiratória crônica CI complicada: Coriza infecciosa das galinhas Embora incomum na CI descomplicada, a infecção poderá invadir o trato respiratório inferior (traquéia e pulmões), causando estertores e uma ainda maior dificuldade respiratória, podendo ser observado aerossaculite (inflamação dos sacos aéreos). Diagnóstico Sinais clínicos isolados não devem servir como fatores definitivos para diagnósticos preciso de CI, visto que existem outras doenças com alguns sinais parecidos.. O PCR é o método ouro para o diagnóstico. O isolamento é importante e deve ser considerado para a realização de antibiograma, principalmente para determinar antibióticos sen�síveis e resistentes. O histopatologia deve ser utilizada na formação do diagnóstico, principalmente considerando-se que a galinha é o hospedeiro natural com possível infecção subclínica. prevenção e controle Aves de origem desconhecidas em crescimento não devem ser colocadas nos mesmos lotes das que já são da propriedade. Visto isso é recomendado a criação de aves da mesma idade no galpão. Medidas de manejo: Coriza infecciosa das galinhas TratamentoUm bom manejo sanitário e medidas de biosseguridade como isolamento entre os lotes de diferentes idades também são fundamentais. Para erradicar a doença de um local, deve-se isolar os lotes infectados ou recuperados da infecção, com o posterior esvaziamento dos mesmos na primeira oportunidade possível, com limpeza e desinfecção completas das instalações e dos equipamentos, e finalizando com um vazio sanitário de no mínimo uma semana, sendo o ideal um período de duas ou três semanas. prevenção e controle O uso da vacinação como medida preventiva à ocorrência da CI é importante e economicamente justificável, já que ela protegerá as aves contra as quedas de postura mais severas que ocorrem nos surtos. Deve ser considerado o tipo de soravares presentes nas regiões para se ter noção de qual vacina utilizar, entretanto, caso não seja possível é utilizar das vacinas polivalentes que incluam os sorovares dos sorogrupos A, B e C de Page Vacinação: É de extrema importância fazer o antibiograma. Após cinco a sete dias de tratamento, frequentemente os sinais clínicos desaparecem quase que completamente. Quando se trata de aves de corte é importante dar uma tempo para que o antibiótico seja excretado do organismo para depois se abatar o animal. Referencias: 2ª Edição Doenças das Aves Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia. (Cadernos Técnicos da Escola de Veterinária da UFMG) - Sanidade Avícola. Diagnóstico:
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