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Transtornos do metabolismo nitrogenado

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1 
Rúbia Rogovski 
Medicina Veterinária UFRGS I Bioquímica Clínica 
Transtornos do metabolismo nitrogenado 
REVISÃO 
ESTRUTURA DOS AMINOÁCIDOS 
 
AMINOÁCIDOS NÃO PROTEICOS 
• Ornitina 
• Citrulina 
• Argininosuccinato 
• Tiroxina 
• Triiodotironina 
• S-Adenosilmetionina 
• Homocisteína 
• Diidroxi-fenilalanina (DOPA) 
• Creatinina 
• Gama-aminobutirato (GABA) 
CLASSIFICAÇÃO 
 
 
 
 
PROTEÍNAS 
• Enzimas: mais de 2.000 (exceção ribozimas) 
• Transporte: albumina, RBP (retinol), CBG 
(cortisol), lipoproteínas, hemoglobina, 
transferrina, ceruloplasmina 
• Reserva: albumina, miosina, ovoalbumina, 
caseína, ferritina 
• Motilidade: miosina, actina, troponina 
(músculo), tubulina e dineína 
(citoesqueleto), axonema (cílios e flagelos) 
• Estruturas: colágeno (tecido conectivo), 
elastina (ligamentos, paredes arteriais), 
queratina (chifres, pelo, penas), fibroína 
(teia de aranha, seda), resilina (insetos) 
• Defesa: Anticorpos (IgG), fibrinogênio, 
trombina 
• Regulação: receptores de membrana (ação 
hormonal), transportadores através de 
membranas, calmodulina 
ESTRUTURA 
 
 
 
 
 
 
 
2 
Rúbia Rogovski 
Medicina Veterinária UFRGS I Bioquímica Clínica 
FONTES NITROGENADAS NA 
ALIMENTAÇÃO 
 
DIGESTÃO EM MONOGÁSTRICOS 
 
DIGESTÃO EM RUMINANTES 
 
UREIA 
• Ureia origina-se no fígado a partir de NH3 
proveniente de: 
o Catabolismo de aminoácidos 
(degradação de proteínas) que gera 
amônio (NH4 + endógeno) 
o Metabolismo de amônio exógeno, 
produzido por bactérias no rúmen 
ou no intestino a partir de 
compostos nitrogenados na dieta 
o Rúmen: ureia ----urease---> 2 NH3 + 
CO2 
 
CICLO DA UREIA 
• Ciclo da ornitina Ciclo de Krebs-Henseleit 
• Descrito por Hans Krebs & Kurt Henseleit 
(1932: cinco anos antes do ciclo de Krebs) 
• Objetivo: retirar amônia de circulação na 
forma de ureia 
• Ocorre no fígado principalmente e, em 
menor grau, no rim 
VARIAÇÕES DA UREIA NO SANGUE 
• Dieta baixa em proteína → menos ureia no 
sangue (baixa excreção de ureia) 
• Porém: Carência de proteína → aumento do 
catabolismo de aminoácidos → aumenta 
ureia em sangue 
• Maior proteína na dieta → mais ureia no 
sangue (maior excreção de ureia) 
• Em ruminantes: Menos energia na dieta → 
mais NH3 absorvida no rúmen (sobra NH3 
no rúmen) → mais ureia em sangue 
 
 
SUPLEMENTAÇÃO PARA RUMINANTES 
 
 
3 
Rúbia Rogovski 
Medicina Veterinária UFRGS I Bioquímica Clínica 
INTOXICAÇÃO 
• Risco: ureia usada como fonte de nitrogênio 
não proteico 
• Forma aguda 
• Falta de adaptação adequada 
• Excesso de consumo 
• Agravado por insuficientes glicídios de fácil 
digestão 
• Acidente: inadequada mescla de alimentos, 
fertilizantes 
• Suplemento: 0,3-0,5 g de ureia/kg peso 
corporal (120–200 g para uma vaca de 400 
kg) 
• Nível tóxico: 1,0–1,5 g de ureia /kg peso 
corporal (400-600 g para uma vaca de 400 
kg) 
• Dose letal: 100 a 200 g de ureia (sem 
adaptação) 
SINAIS CLÍNICOS 
• Observam-se 30 a 60 minutos depois do 
consumo de ureia 
• Tremores musculares 
• Salivação 
• Respiração acelerada 
• Atonia ruminal (timpanismo) 
• Apatia 
• Ataxia 
• Sudoração 
• Dispneia 
• Prostração 
• Frequência cardíaca aumentada 
• Convulsões 
• Morte 1-2 h após a ingestão 
 
• Amônia causa alcalose metabólica 
• Exaustão de α-cetoglutarato do ciclo de 
Krebs para retirar NH3 na forma de 
glutamato (pode parar a síntese de ATP) → 
encefalopatia por falta de energia nos 
neurônios 
• Compromete respiração aeróbica: acidose 
láctica por estímulo de respiração 
anaeróbica 
DIAGNÓSTICO 
• História de acesso a ureia 
• Sinais clínicos 
• Achados de laboratório limitados: 
• Amônio sanguíneo > 70 µg/dL (VR. 18-42) 
• Amônio na urina ou no rúmen (amostra 
congelada/conservada com HCl) 
• pH de conteúdo ruminal fresco: pH superior 
a 8,0 
TRATAMENTO 
• Evitar absorção ruminal de amônia (sonda 
ruminal): 
o Acidificar o rúmen com 3-6 L de 
ácido acético 6% (vinagre): NH3 → 
NH4 + (não absorve) 
o Água gelada (30 L): diminui 
atividade da urease (ureia → NH3 + 
CO2 ) 
 
4 
Rúbia Rogovski 
Medicina Veterinária UFRGS I Bioquímica Clínica 
• Rumenotomia e remoção do conteúdo 
ruminal com aplicação de líquido ruminal 
de uma vaca sadia (transfaunação) 
• Facilitar eliminação de amônia → diuréticos 
(Furosemida) 
PREVENÇÃO 
• Adaptação ao suplemento com ureia 
(mínimo duas semanas) 
• Assegurar que o gado consome todo dia a 
ureia depois que iniciou 
• Prevenir consumo de mesclas ou blocos de 
suplemento sob chuva (mistura desigual) 
• Tomar precauções quando se usa 
fertilizante 
• Ter sempre reservas de ácido acético a 
disposição 
GRUPO HEME 
METABOLISMO DO FE 
 
PORFIRIAS 
• Transtornos relacionados à síntese do 
grupo heme → Porfiria, do grego porfirus 
(púrpura) 
• Porfiria congénita: falhas enzimáticas da 
síntese de porfirina 
• Porfiria adquirida: intoxicação com chumbo 
• Pigmentos excretam-se pela urina e pela 
bile: 1.000 µg/dL de uroporfirinas (VR= < 6 
µg/dL) 
METABOLISMO DAS PORFIRIAS 
• Complexo ferro-porfirina presente em: 
o Hemoglobina 
o Mioglobina 
o Enzimas 
▪ Citocromo-oxidase 
▪ Catalase 
▪ Peroxidase 
SINAIS CLÍNICOS 
• Fotossensibilidade → ferimentos por efeito 
de radiação solar 
• Coloração marrom-avermelhada em 
dentes, ossos e urina 
• Anemia 
• Esplenomegalia 
• Fragilidade óssea 
• Morte precoce 
• Sinais nervosos 
DEGRADAÇÃO DA HEMOGLOBINA 
 
DESTINO DA BILIRRUBINA 
 
ICTERÍCIA HEMOLÍTICA 
• Aumento de bilirrubina livre em hemólise 
aguda, absorção de grande hematoma, 
hemorragia interna massiva, transfusão 
sanguínea inadequada, hematozoários 
 
5 
Rúbia Rogovski 
Medicina Veterinária UFRGS I Bioquímica Clínica 
(anaplasmose, babesiose), intoxicação por 
cobre, anemia hemolítica imunomediada 
 
ICTERÍCIA HEPÁTICA 
• Perda de funcionalidade hepatocelular por 
doença infecciosa, lesão tóxica ou 
obstrução intra-hepática biliar (hepatite, 
esteatose) 
 
ICTERÍCIA OBSTRUTIVA 
• Obstrução extra-hepática dos dutos biliares 
(cálculos, tumores, parasitos) 
 
 
 
 
 
INTOXICAÇÕES QUE AFETAM O 
TRANSPORTE DE O2 
MONÓXIDO DE CARBONO 
• CO → gás inodoro, incolor e altamente 
tóxico produzido pela combustão 
incompleta de combustíveis fósseis 
• Concentrações de monóxido de carbono no 
ar: 
Ar limpo = 0,02 ppm 
Ar poluído = 13 ppm 
Ar muito poluído = 40 ppm 
• Hemoglobina (Hb) + CO → 
carboxihemoglobina (CO-Hb) 
• Afinidade do CO pela Hb é 200 vezes a 
afinidade do O2 pela Hb 
• CO-Hb causa diminuição da P50 → dificulta 
entrega de O2 aos tecidos → anóxia tissular 
• EUA → CO mata 1.500 pessoas por ano e 
leva 10.000 a atendimento de emergência 
• Hipóxia tissular afeta células nervosas 
• CO causa acidose metabólica → 
hiperventilação compensatória → alcalose 
respiratória 
• Sangue: vermelho brilhante (O2 não entra 
aos tecidos) 
• Aves são mais susceptíveis (esp. canários → 
usados como sentinelas em minas de 
carvão) 
• Cão é mais sensível do que humano 
Fontes domésticas 
 
 
 
 
6 
Rúbia Rogovski 
Medicina Veterinária UFRGS I Bioquímica Clínica 
SINAIS 
• Proporção de carboxi-hemoglobina (CO-Hb) 
no sangue e sinais clínicos 
• 0,5-3%: sem sinais clínicos 
• 6-8%: tontura 
• 20%: incoordenação motora, confusão 
• 20-40%: letargia, coma, dispneia 
• 60-70%: morte 
TRATAMENTO 
• Oxigênio + CO2 (para deslocar CO) 94:6 
NITRATOS 
• Nitratos (NO3 - ) e nitritos (NO2 - ) são 
componentes normais das plantas 
• A concentração de nitratos aumenta nas 
plantas em situações de: 
o Fertilização nitrogenada 
o Solos úmidos 
o Solos deficientes em minerais 
o Solos muito arejados 
o Frio 
o Seca 
o Aplicação de herbicidas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formação de metahemoglobina 
 
• Hb com ferro oxidado 3+ não transporta 
O2. 
SINAIS CLÍNICOS 
• Evidentes quando há mais de 30% de 
metahemoglobina nosangue 
• Salivação 
• Vômito 
• Diarreia 
• Dor abdominal 
• Poliúria 
• Dispneia 
• Ataxia 
• Debilidade 
• Cianose 
• Morte 
TRATAMENTO 
• Azul de metileno: agente redutor 
• Dose: 4 mg/kg de peso, endovenoso, 
solução a 4% 
CIANETO 
• Encontrado em algumas plantas: sorgo, 
pasto sudan, milho, trevo branco, folhas de 
pêssego, mandioca 
• Produtos de limpeza de metais 
• Venenos de roedores 
• Fertilizantes nitrogenados 
• Tóxico de ação rápida 
 
7 
Rúbia Rogovski 
Medicina Veterinária UFRGS I Bioquímica Clínica 
• Se liga com o Fe oxidado formando um 
complexo estável 
• Bloqueia a cadeia de tp de elétrons → não 
produz ATP 
• Tecido está com alta P de O2 → Hb não 
pode liberar O2 → anóxia citotóxica (O2 
não pode ser utilizado) → sangue vermelho 
brilhante 
• Atua em tecidos onde a citocromo oxidase 
é mais concentrada: SNC e coração 
• Sinais: neurológicos e gastrointestinais 
TRATAMENTO

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