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RÉPTEIS BIOLOGIA DOS RÉPTEIS: ● Possuem um metabolismo muito baixo quando comparado com mamíferos de mesmo tamanho ● Esta taxa metabólica aumenta exponencialmente com o aumento da temperatura corporal PECULIARIDADE ANATÔMICA DOS RÉPTEIS: SISTEMA CARDÍACO: Possuem um coração com 3 câmeras sendo: ● 2 átrios ● 1 ventrículo ● Auxilia na apneia e temperatura corporal OBS: Apenas da família dos crocodilos possuem 4 câmaras SISTEMA RESPIRATÓRIO: ● Pulmões grandes e saculados - Sobre as vísceras ● São ineficientes ● Trabeculados - Muitos septos NÃO tem árvore brônquica NÃO tem diafragma - Não consegue tossir ● Crocodilos possuem diafragma SISTEMA DIGESTIVO: ● Curto e simples em relação aos das aves e mamíferos CARNÍVOROS: ● Possuem no lúmen o ÁCIDO HIDROCLÓRICO - Digestão da carne e ossos ● Intestino apresenta ceco desenvolvido em espécies herbívoras ● Cólon termina em uma BOLSA denominada de CLOACA a qual consiste em 3 câmeras ● 1- Coprodeu ● 2- Urodeu ● 3- Proctodeu ● Serve tanto para digestório, reprodutor e urinário CÁGADOS E TARTARUGAS possuem bexiga natatória - Ajuda no nado SISTEMA RENAL ● Os répteis também possuem um sistema de válvulas no sistema portal renal de tal forma, que quando a válvula é fechada o sangue segue através dos rins até o coração ● A maioria dos répteis excretam principalmente ácido úrico ao invés de soluções como amônia e ureia SISTEMA REPRODUTOR ● Tanto macho e fêmea possuem gônadas no INTERIOR da cavidade CELOMÁTICA ● Não é visualizado de forma externa os genitais SEXAGEM EM RÉPTEIS OU LAGARTOS - Sonda (através da medição faz a sexagem) IMAGEM: Quando a sonda progrediu bastante pelo órgão genital é MACHO IMAGEM: Quando a sonda progrediu POUCO é FÊMEA IMAGEM: Répteis possuem o Hemipênis - Órgão que serve apenas para reprodução (nao passa pelo sistema urinário) Alguns possuem espículas EM JABUTIS a sexagem ocorre através do PLASTRÃO MACHOS: PLASTRÃO CÔNCAVO Possuem o rabo maior que o da fêmea FÊMEA: Não possuem o plastrão côncavo Estrutura semelhante ao hemipênis - Passagem dos espermatozóides na hora da cópula Ocorre prolapsos - Traumatismos = Necessário amputação SISTEMA TEGUMENTAR ● Todos os animais possuem uma camada protetora de pele extremamente seca ● Uma camada lípidica abaixo da pele - Para não ocorrer a perda de líquidos ● Não possuem glândulas sudoríparas ECDISE: Troca de pele dos répteis - Está sob o controle da glândula TIREÓIDE - Vai depender do ambiente do animal ESPECIFICAÇÕES: TESTUDINES ou QUELÔNIOS Possuem a proteção dos órgãos por uma carapaça TARTARUGA MARINHA: Possui exclusivamente a carapaça ao nado ● Barbatanas JABUTIS: Possui exclusividade ao meio terrestre Podem nadar CÁGADOS - TIGRES D'ÁGUA Forma intermediária - Vida terrestre e aquáticos Mãos e pés possuem membrana interdigital - Serve para o nado e caminhar GRUPO LACERTILIA - Lagartos Lagarto Teiú - Animal sinantrópico - Se adaptou ao meio urbano São semelhantes ao urubus SERPENTES: NÃO possui veneno e sim peçonha - ‘’Glândula salivar’’ FOSSETA LOREAL: Algumas espécies possuem Serve para serpentes sentir o calor - Presa JACOBSON: ● A serpente posiciona a língua nesse quando ela coloca para fora órgão Serve para SENTIR OS CHEIROS ● As narizes servem apenas para troca respiratória GLOTE: Localizada na região bem rostral - Auxilia para a alimentação (presas grandes) Fácil para intubação DENTES: Variam as espécies de serpentes SOB CUIDADOS HUMANOS ● Vários são os aspectos que influenciam na decisão de se manter um exemplar da classe reptilia ● Como animal de estimação: ● Necessidade de espaço relativamente pequeno ● Facilidade de higienização do ambiente ● Praticidade de manutenção ● Beleza ‘’exótica’’ ● Características comportamentais silenciosa É NECESSÁRIO: ● Recinto planejado ● Doenças de manejo - Se não houver manejo correto DEVE-SER TER EM MENTE QUE AS NECESSIDADES BÁSICAS PARA MANUTENÇÃO DE UMA ESPÉCIE DE RÉPTIL EM CATIVEIRO ENGLOBA QUATRO ITENS: 1- Iluminação 2- Temperatura 3- Alimentação 4- Umidade TEMPERATURA: ● O sistema de aquecimento artificial utilizada em cada cativeiro deve estar adequado a biologia da espécie e do terrário em questão; ● No caso de terrários pequenos o aquecimento do ambiente já é o suficiente; ● Mas para terrários grandes o aquecimento interno do mesmo é indispensável ● Termostatos é indispensável ILUMINAÇÃO: ● Sempre fornecer calor e iluminação ● Ciclo influência no ciclo circadiano - Não há exposição correta de luz RECINTO: ● Outro item a ser levado em consideração é a mimetização do recinto (ecotizaçao do recinto) - Fazer com que o recinto seja semelhante ao onde esse animal viveria no meio ambiente SUBSTRATO IDEAL DEVE: 1- Barato 2- Fácil higienização 3- Substrato adequado ● Pode desenvolver pododermatite se não é adequado FATORES PREDISPONENTES A DOENÇA ● Um diagnóstico precoce e tratamento oportuno são essenciais para a cura de muitas doenças graves ● É necessário sempre observar os animais para a detecção de comportamentos anormais ou estranhos que podem ser o ‘’AVISO’’ de que algo está errado ● Os primeiros sintomas geralmente comuns a maioria das doenças são ANOREXIA, DESIDRATAÇÃO e ‘’NERVOSISMO’’ PRINCIPAIS ENFERMIDADES ENCONTRADAS DESIDRATAÇÃO: ● É um sintoma ou uma das consequências de uma doença ou condições precárias de um cativeiro; ● O animal desidratado dificilmente responderá a qualquer tratamento - Necessário sempre tratar por primeiro a reidratação e após isso tentar parar a doença em si ● Corrigir parâmetros inadequados de alimentação e habitat CAUSAS INDIRETAS DE DESIDRATAÇÃO: ● Baixa umidade relativa a terra; ● Não fornecer água ● Alta temperatura no terrário ● Comida inadequada ● Parasita intestinais ● Infecções SINTOMAS: ● Répteis desidratados apresentam pele seca e enrugada ● Se for uma desidratação forte o animal apresenta olhos encovados (enoftalmia) TRATAMENTO: ● Reidratar - Soros orais ● Bebidas eletrolíticas - Gatorade DESIDRATAÇÃO GRAVE - Injeções subcutânea 20 ml por kg FERIDAS: ● Causa frequente em répteis mantidos em cativeiro ● Lesões ocorrem devido a fricção, mordidas ou cortes com dispositivos do próprio terrário ● Feridas podem ser infectadas por bactérias - Principal PSEUDOMONAS e AEROMONAS ● Falta de Vitamina C predispõe a infecções na mucosa oral DOENÇA DE PELE: ● Dermatite necrótica ● DOENÇA CUTÂNEA ULCERATIVA SISTÊMICA - SCUD ● Ocasionado por bactéria gram-negativa - CITROBACTER FREUNDII (comensal) ● Acomete - Quelônios de água doce - Altamente contagioso SINTOMAS: ● Hemorragias e úlceras cutâneas ● Anorexia ● Letargia ● Perda de unhas e dígitos TRATAMENTO: ● Antibiótico sistêmico - Tratamento de suporte ● Necessário DESBRIDAMENTO dos tecidos necrosados ● Retirada das placas córneas soltas ● Aplicaçao de antisépticos - Yodo Povidona (PVPI tópico) - Colocar o animal em bacias - Banhos diários ● Pode ocorrer osteomielite - Infecção bacteriana dos ossos ABSCESSOS: ● Características caseosas ● Acomete quelônios principalmente TRATAMENTO: ● Remoção da placa de pus - Cirurgia ● Desinfectar a área com solução de clorexidina 2% ● Antibióticos pode-se utilizar DISECDISE: ● Troca inadequada da pele - Acomete principalmente serpentes ● A troca normal da pele - Ecdise ● Nesse período o animal não se alimenta - Fica apático e normalmente dentro da água SINAIS DE ECDISE: ● Presença de opacidade bilateral dos olhos TRATAMENTO DISECDISE: ● Hidratar o animal e corrigir a umidade do ambiente ● Fazer banhos de imersão em água morna com glicerina ou chás de camomila ● Sempre dar atenção aos olhos e cauda - Pode necrosar a pele DOENÇAS RESPIRATÓRIAS: ● Ocorre em regiões mais frias - Oscilação térmica ● Animais novos no recinto - Processo de adaptação = Estresse DIAGNÓSTICO: ● Radiografia ● Ausculta - Sons relacionados ● Lavado broncoalveolar - Sonda na traquéia do animal de forma estéril - Utilizando 10 ml por KG - aspira o conteúdo e enviado para cultura para a melhor utilização do antibiótico ● Flutuação- Animal em bacia e deixar ele nadar - Se o animalpender para algum dos lados indica doença respiratória ''pulmão pesado’’ ● Pode ser uma doença primária ou secundária a outras doenças acometidas ou mesmo a imunodeficiência animal = Estresse ● Nas pneumonias as bactérias gram-negativas são os agentes mais comuns por conta de serem bactérias comensais do trato respiratório desses animais ● Os sinais clínicos são percebidos quando a doença já se agravou - Prognóstico desfavorável SINAIS CLÍNICOS: ● Apatia ● Letargia ● Mucosas cianóticas - Azuladas ● Dispnéia - Respiração com boca aberta ● Cabeça e pescoço distendidos ● Secreção nasal ● Perda do equilíbrio na água em cágados TRATAMENTO: Administração prolongada de antibióticos - Principalmente a bactérias gram-negativas 4 a 6 semanas ASSOCIADO A TRATAMENTO DE SUPORTE: ● Fluidoterapia - Diluição do muco ● Alimentação por sonda gástrica ● Nebulização - Acetilcisteína - Diluir o muco ● Vitamina A - Presente em todos os epitélios ● Ráio x para controle ● Regulação da temperatura - Placa térmica EMERGÊNCIAS REPRODUTIVAS - DISTOCIA ● Obstrutiva e NÃO obstrutiva NÃO OBSTRUTIVA: ● Ocorre devido ao manejo inadequado ● Ausência de local próprio para postura ● Temperatura ambiental inadequada ● Desnutrição e desidratação SINAIS DE DISTOCIA: ● O animal está clinicamente bem e do nada apresenta sintomas ● Anorexia ● Letargia ● Apatia ● Inquietação ● Comportamento de cavar ninho ● Edema e paralisia dos membros pélvicos - Os ovos podem ficar trancados em regiões dos nervos e causando compressão TRATAMENTO: ● Conservador - Fazer que o animal faça postura natural ● Aquecimento do animal ● Glutamato de cálcio com dextrose 5% - Cálcio e glicose na veia jugular ● Cirúrgico ‘’ cesariana'' ● Necessário observar a opacidade dos ovos - Quanto mais ovos radiopacas indica que os ovos já estão passando por um processo de calcificação ● Prevenção - Castração - Utiliza-se celioscopia (acesso pré femural) DOENÇAS DO TRATO GASTROINTESTINAL: ESTOMATITES: ● Frequente em serpentes ● Estresse e má nutrição (fornecimento de alimentos inadequados) SINAIS CLÍNICOS: ● Boca aberta ● Sialorréia ● Mau cheiro ● Material amarelo - castanho na boca DIAGNÓSTICO: ● Radiografia - Observa-se se tem comprometimento dos ossos = osteomielite ● Cultura e antibiograma - Das bactérias ● Histórico e sinais clínicos ESTOMATITES - TRATAMENTO: ● Antibiotico sistemico e local ● Antiséptico tópico ● Remoção dos cáseos ● Alimentaçao forçada - Sonda nasogástrica ● Analgesia ● Ambiente - Corrigir tanto ambiente quanto o manejo nutricional ANTIBIOTICOTERAPIA: Principais microrganismos: Gram negativos ● Pseudomonas; ● Aeromonas; ● Salmonella; ● Citrobacter freundii; ● Pasteurella ● Helicobacter; ● Mycobacterium; ● Problemas: resistência e desidratação PRINCIPAIS ANTIBIÓTICOS: ● Quinolonas ● Oxitetraciclinas ● Aminoglicosídeos - Nefrotóxicos TÓPICO: ● Tobramicina - Colirio ● Cloranfenicol - Pomada colagenase ● Regencell - Uso oftálmico
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