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Direito Civil. Fim da Personalidade. Capacidade. Direitos de Personalidade. Docimasia. Vacatio Legis. Ab Rogação. Derrogação

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Direito N-A | 2o P
Adriano Cintra Correia
1 - A morte natural é o momento no qual a existência da personalidade se extingue e se dá com a parada do sistema cardiorrespiratório e a cessação das funções vitais do indivíduo, atestada por médico, ou na falta de especialista, por duas testemunhas. A morte deverá ser atestada por profissional de medicina, ressalvada a possibilidade de suas testemunhas o fazerem se faltar o especialista, sendo o fato levado a registro, nos termos dos arts. 77 e 78 da Lei no. 6.015/73 (Lei de Registros Públicos), cuja prova se faz através da certidão extraída do assento de óbito. Na falta dos requisitos da morte natural, o Código Civil elenca no Art. 7º algumas hipóteses em que é possível que a morte seja presumida.
2 - A capacidade para ser sujeito de direitos e obrigações no âmbito civil consiste na possibilidade que toda pessoa tem de ser sujeito de Direito. Entretanto os menores de 16 anos são considerados absolutamente incapazes de exercer os atos da vida civil, enquanto os maiores de 16 anos e menores de 18 anos, ébrios, viciados em tóxicos e pródigos são considerados incapazes, relativamente a certos atos da vida civil.
3 - Maria Helena Diniz classifica os direitos da personalidade conceituando-os como “direitos subjetivos da pessoa de defender o que lhe é próprio, ou seja, a sua integridade física (vida, alimentos, próprio corpo vivo ou morto, corpo alheio vivo ou morto, partes separadas do corpo vivo ou morto); a sua integridade intelectual (liberdade de pensamento, autoria científica, artística e literária); e a sua integridade moral (honra, recato, segredo profissional e doméstico, identidade pessoal, familiar e social).
4 - Dispõe o art. 11 do CCB que, com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis, irrenunciáveis, indisponíveis, inalienáveis, absolutos, ilimitados, imprescritíveis, impenhoráveis, inexploráveis e vitalícios. Não podem os seus titulares deles dispor, transmitindo-os a terceiros, renunciando ao seu uso ou abandonando-os, pois nascem e se extinguem com eles, dos quais são inseparáveis.
5 - Trata-se de medida pericial, de caráter médico-legal, aplicada com a finalidade de verificar se uma criança nasce viva ou morta e, portanto, se chegou a respirar. Após a respiração o nascido tem os pulmões cheios de ar e quando colocados num reservatório com água, flutuam; não acontecendo o mesmo com os pulmões que não respiram. Submergindo, deduz-se que não houve respiração; caso contrário é porque houve respiração e, consequentemente, vida. Daí, a denominação docimasia hidrostática de Galeno. Na esfera jurídica a docimasia é relevante porque contribui para a determinação do momento da morte, pois se a pessoa vem à luz viva ou morta, as consequências jurídicas serão diferentes em cada caso.
6 - O intervalo entre a data de publicação da lei e a sua entrada em vigor denomina-se vacatio legis, e significa vacância da lei. É estabelecida para que haja um período de assimilação da nova lei que entrará em vigor, sendo simultânea a sua obrigatoriedade. Esse período é em média de 45 dias, contados a partir da data de sua publicação quando não houver dispositivo antagônico a esse respeito.
7 - A revogação da lei pode ser de duas espécies: total ou parcial. A revogação total é também denominada ab-rogação. Consiste na supressão integral da norma anterior. A revogação parcial denomina-se derrogação. Atinge só uma parte da norma jurídica, que permanece em vigor no restante.

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