Grátis
4 pág.

NEFROLOGIA II DOENÇAS TUBULOINTERSTICIAIS E VASCULARES RENAIS
UNIME
Denunciar
5 de 5 estrelas









28 avaliações
Enviado por
Daniela Junqueira Gomes Teixeira 
5 de 5 estrelas









28 avaliações
Enviado por
Daniela Junqueira Gomes Teixeira 
Pré-visualização | Página 1 de 2
DANIELA JUNQUEIRA GOMES TEIXEIRA NEFROLOGIA Ii - DOENÇAS TUBULOINTERSTICIAIS E VASCULARES RENAIS 1. Síndromes glomerulares 2. Síndromes tubulares 3. Síndromes vasculares 4. Distúrbios eletrolíticos/AB 5. Síndrome urêmica DOENÇAS TUBULOINTERSTICIAIS Principal função túbulo-intersticial: REABSORÇÃO DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICO E ÁCIDO-BÁSICO + SUMÁRIO DE URINA “RICO” (HEMATÚRIA, PTNÚRIA, PIÚRIA) a) Necrose tubular aguda b) Nefrite intersticial aguda c) Necrose de papila d) Distúrbios específicos NECROSE TUBULAR AGUDA Lesão:↓ reabsorção + ↓ filtração (“dali para trás”) = insuficiência renal oligúrica (“rolha”) CAUSAS • ISQUÊMICA: choque, contraste iodado • TÓXICA: droga (aminoglicosídeo, anfotericina B...), mioglobina (rabdomiólise), contraste iodado TRATAMENTO • Suporte: recupera em 7-21 dias • Ideal: prevenção o Contraste: hiposmolar, hidratação, acetilcisteína?, HCO3-? o Rabdomiólise: hidratação, manitol?, HCO3- HIPOTENSÃO: NORMAL → INSUFICIÊNCIA PRÉ-RENAL → NTA ISQUÊMICA PRÉ-RENAL (túbulo reabsorve) NTA ISQUÊMICA (túbulo não reabsorve) NaUR BAIXO < 20 mEq/L ALTO > 40 mEq/L FRAÇÃO DE EXCREÇÃO (FE)Na < 1% > 1% OSMOLARIDADEUR ALTA (concentrada) > 500 mOsm/L BAIXA (diluída) < 350 mOsm/L RELAÇÃO UREIA/CREATININA (SANGUE) > 40 < 20 CILINDROS Hialinos Epiteliais/granuloso NEFRITE INTERSTICIAL AGUDA (NIA) O interstício começa a ser invadido por células inflamatórias (leucócitos) = a inflamação ocorre da mesma forma em todos os lugares do corpo →o interstício renal sofre um processo de edema/inchaço →com isso, os túbulos são comprimidos → não há mais descida normal/adequada de ultrafiltrado CAUSAS • Alergia medicamentosa (beta-lactâmicos, sulfa, rifampicina, AINEs), infecção, autoimune CLÍNICA • Insuficiência renal oligúrica • Febre • Rash LABARATÓRIO (ALÉM DE ↑ UREIA E CREATININA) • Hematúria não dismórfica • Proteinúria sub • Piúria / cilindro leucocitário nefrótica • Eosinofilia / ↑ IgE sérica / eosinofilúria DIAGNÓSTICO BIÓPSIA: padrão-ouro (em geral, não faz) TRATAMENTO • Eliminar causa • Corticoide se necessário NECROSE DE PAPILA (PAPILITE NECROSANTE) Papila: onde ficam ancorados os túbulos coletores – após a papila segue a pelve renal. A papila deve ser interpretada como uma estrutura cronicamente mal perfundida. As causas de necrose são situações que de uma forma ou de outra prejudicam a perfusão da papila, que inicialmente já é ruim. Quando prejudicamos a já difícil perfusão da papila → isquemia e necrose da papila → a papila se solta e cai na pelve renal (tal como um cálculo – um corpo sólido no meio da urina → clínica similar). Depois que a papila sofre necrose e se desprende, o local que ela ocupava é invadido por células inflamatórias → pode cursar com febre. MANIFESTAÇÕES • Dor lombar (“cálculo”) • Hematúria • Febre DANIELA JUNQUEIRA GOMES TEIXEIRA DIAGNÓSTICO Urografia excretora: falhas de enchimento (sombras em anel) O diagnóstico é difícil, pois as manifestações são similares a outras doenças que são muito mais frequentes Diagnóstico diferencial: Nefrolitíase/ Pielonefrite CAUSAS P IELONEFRITE H EMOGLOBINOPATIA S(anemia falciforme) O BSTRUÇÃO URINÁRIA D IABETES A NALGÉSICO (podem induzir certa vasoconstrição) TRATAMENTO Afastar causa + avaliar ITU DISTÚRBIOS ESPECÍFICOS ADH: ao chegar no coletor da medula → abre “portões” de água (se a medula não estivesse concentrada, a água não seria reabsorvida). CONTORCIDO PROXIMAL GLICOSE Glicosúria. ATENÇÃO: SEM HIPERGLICEMIA ÁCIDO ÚRICO Uricosúria FOSFATO Fosfatúria BICARBONATO Bicarbonatúria Acidose tubular renal (tipo II) GLICOSÚRIA RENAL A principal causa de glicosúria é o diabetes. Iremos pensar em lesão tubular quando houver glicosúria sem hiperglicemia! BICARBONATÚRIA Perda de bicarbonato pela urina → sangue com pH ácido → acidose tubular renal do tipo II (detalhe: hipocalemia) ALÇA DE HENLE Concentra a medula (Na-K-2Cl) Problema: carreador Na:K:2Cl Não consegue concentrar a medula → não irá ocorrer a reabsorção de água no coletor (poliúria); com o carreador inibido, teremos mais Na+ no túbulo, logo, iremos ofertar maiores quantidades de Na+ para as próximas porções tubulares – a aldosterona reabsorve mais Na+ e com isso, joga muito K+ e H+ para fora (hipocalemia e alcalose) MARCAS • Poliúria (não concentra medula: ADH não age) • HipoK + alcalose (⇑ ação da aldosterona para reabsorver Na+) CAUSAS • Síndrome de Bartter • Furosemida (Lasix) Obs.: Bartter mimetiza a intoxicação por Lasix CONTORCIDO PROXIMAL Reabsorve 65% do ultrafiltrado GLICOSE/ÁCIDO ÚRICO/FOSFATO/BICARBONATO ALÇA DE HENLE CONCENTRA A MEDULA (impermeável à água) CONTORCIDO DISTAL Reabsorve SÓDIO ou CÁLCIO COLETOR Aldosterona: troca Na+ por H+ ou K+ (córtex) ADH: reabsorve ÁGUA (concentra urina) (medula) Principais marcas: POLIÚRIA + HIPOK + ALCALOSE DANIELA JUNQUEIRA GOMES TEIXEIRA CONTORCIDO DISTAL Reabsorve Na+ ou Ca++ Problema: carreador Na Existe uma doença e medicações que inibem a reabsorção de Na+ → se o Na+ não pode ser reabsorvido, o Ca++ será reabsorvido em seu lugar → hipocalciúria (menor risco de cálculo renal → tiazídicos são utilizados para prevenção de recorrência de nefrolitíase) → teremos mais Na+ no túbulo que será oferecido consequentemente às porções posteriores → mais Na+ será ofertado para a aldosterona → maior reabsorção de Na+ (que será trocado por H+ ou K+) MARCAS HIPOCALCIÚRIA + HIPOK + ALCALOSE • Hipocalciúria (não reabsorve Na+: reabsorve Ca++) • HipoK + alcalose (↑aldosterona para reabsorver Na+) CAUSAS • Síndrome de Gitelman • Tiazídico COLETOR CORTICAL Aldosterona: troca Na+ por K+ ou H+ ACIDOSE TUBULAR RENAL TIPO I - DISTAL • Causa: ↓ secreção H+ • Detalhe: hipocalemia Continua a ter níveis normais de aldosterona → o problema é que o carreador responsável por excretar H+ através do estímulo da aldosterona não funciona mais. Como o H+ não pode ser excretado → a troca será apenas pelo K+ → hipoK ACIDOSE TUBULAR RENAL TIPO IV • Causa: ↓ aldosterona • Detalhe: hipercalemia Como a aldosterona age com menor intensidade → o K+ não é excretado com a mesma intensidade → hiperK+. Embora em menor quantidade, o H+ ainda é excretado, o que mantem um pH urinário ácido (normal). COLETOR MEDULAR ADH: reabsorve água/ concentra urina Coletor resistente ao ADH→ diabetes insipidus NEFROGÊNICO: • Poliúria • Hipostenúria (⇓ densidade urinária) • Polidipsia DOENÇA VASCULAR RENAL 1. Artéria renal ------------------ 2. Veia renal 3. Vasos glomerulares ESTENOSE DE ARTÉRIA RENAL CAUSAS ATEROSCLEROSE DISPLASIA FIBROMUSCULAR > 70-90% dos casos Menos comum Idosos Mulheres jovens Proximal à aorta Distal à aorta CONSEQUÊNCIAS Hipofluxo Liberação de renina Ativação do Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona • Hipertensão renovascular • Vasoconstricção arteríola eferentes • Responsável maior: Angiotensina II COLETOR K+ H+ SANGUE Na+ COLETOR K+ H+ SANGUE Na+ TROCA ↓ INTENSA COLETOR K+ H+ SANGUE Na+ RENINA ⇓ ANGIOTENSINA I ⇓ ECA ANGIOTENSINA II VASOCONSTRICÇÃO ⇓ PA ALDOSTERONA RETENÇÃO Na+ (córtex adrenal) (HipoK e alcalose) a. Estenose b. Infarto renal c. Ateroembolismo DANIELA JUNQUEIRA GOMES TEIXEIRA DIAGNÓSTICO Quando suspeitar? • Hipertensão o Inesperada (<30 ou >50 anos) o Com sopro abdominal o Com hipocalemia • Exames iniciais: o Cintilografia renal: renograma (em 2 fases: sem e com IECA) “Compensado” → ⇑ angiotensina II Com captopril → ⇓ angiotensina II (perda do mecanismo compensatório -> redução da filtração) o USG renal com doppler: assimetria (o rim sem estenose