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SEMIOLOGIA GINECOLOGICA

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1 
 
Semiologia ginecológica e atenção 
preventiva a mulher 
Os objetivos da nossa aula é de facilitar o entendimento 
sobre a semiologia para uma eficiente atenção à saúde da 
mulher. Temos como objetivos específicos: compreender as 
características biopsicossociais da mulher durante a 
consulta ginecológica, conhecer os passos da anamnese 
dirigida, entender a sequência e direcionamento do exame 
físico em ginecologia. 
A semiologia ginecológica em específico, é o estudo das 
modificações funcionais e das doenças mamárias e do 
aparelho genital feminino. A avaliação semiológica ela 
começa com o acolhimento a nossa paciente, nesse 
momento é preciso que a gente faça uma avaliação 
integral, que inclui um olhar atento a paciente, um olhar 
compreensivo, uma atitude tranquila da nossa parte, livre 
de julgamentos e de preconceitos. Então a gente fala isso 
em todas as clínicas, mas em específico na ginecologia nós 
precisamos estar mais atentos a essa questão dos olhares, 
dos julgamentos e de preconceito, porque a paciente ela 
vai despir para a gente a sua intimidade. Então é 
importante uma postura ética, moral, uma visão holística 
da paciente e avaliar com competência, mostrar interesse e 
sempre preservar a privacidade da paciente. 
Anamnese: trazer à memória fatos, então a entrevista a 
gente tem a oportunidade de trazer fatos importantes para 
a prática médica que vai nos guiar no diagnóstico e no 
tratamento adequado de acordo com a condição da 
paciente. É o momento em que nós temos o primeiro 
contato médico-paciente, então é importante estabelecer 
uma confiança, usar palavras fáceis, observar linguagem 
corporal não-verbal da paciente, a postura dela, a 
aparência, expressão facial, dificuldades motoras que a 
paciente tenha para que a gente possa facilitar na hora do 
manuseio da paciente no exame físico também. E a gente 
compreender, ter uma visão integral da nossa paciente 
para que a gente possa compreender o objetivo real dela 
estar na consulta, porque muitas vezes a paciente não vem 
por um problema em si, mas se mostra retraída, se mostra 
triste, tímida. Então isso pode ter alguns problemas por trás 
e é um momento de avaliar essa paciente como um todo. E 
não esquecer da valorização do prontuário que é muito 
importante, sempre fazer o registro minucioso das 
informações. 
Durante a nossa anamnese é importantíssimo não pular 
etapas, fazer identificação, QPD, HDA, antecedentes 
pessoais e familiares, ginecológicos, obstétricos, 
medicações em uso, hábitos de vida e revisão de sistemas. 
Na identificação temos que tratar pacientes sempre pelo 
nome, registrar data e hora do atendimento, número de 
prontuário, avaliar a profissão da paciente tendo em vista 
que algumas profissões elas podem interferir também no 
estilo de vida e em algumas patologias, como por exemplo, 
as pacientes que são atletas de alto rendimento são 
pacientes que podem ter amenorreia, pacientes que 
podem ser profissional do sexo que a gente (vamos 
encontrar muito nos nossos ambulatórios), então é 
importante o nível de profissão da paciente. 
O estado civil, hoje em dia a gente fala mais sobre a 
parceria sexual, então avaliar o estado civil é importante 
para saber se a paciente ela tem parceiro único ou 
múltiplos parceiros. O tipo de exposição que essa paciente 
tem. A idade para pontuar as doenças mais prevalentes de 
acordo com cada faixa etária. 
Infância vulvovaginite 
Adolescência distúrbios menstruais, gestações 
indesejadas e infecções geniturinárias 
Fase adulta dor pélvica, infertilidade, vulvovaginites, 
alterações do ciclo gravídico-puerperal, 
enfermidades benignas mamárias e 
sangramento anormais* 
Senilidade predominam distopias genitais, 
incontinências urinárias, doenças CV e 
neoplasias, além da osteoporose 
 *sangramentos anormais é a grande queixa dos 
ambulatórios de ginecologia 
Definir a cor da paciente, a gente sempre pergunta para a 
paciente que cor ela se define e aí a gente pode citar 
algumas doenças prevalentes em algumas raças, como por 
exemplo osteoporose mais em mulheres asiáticas, miomas 
e pré-eclâmpsia mais em mulheres negras. Definimos essa 
parte somente para avaliar as doenças prevalentes. 
A queixa principal, durante a consulta ginecológica nem 
sempre vai ser um problema, um sintoma. Muitas vezes ela 
vem por rotina, por prevenção. 
• Rotina, prevenção, planejamento familiar, pré-
natal 
Mas os principais sintomas presentes no nosso ambulatório 
serão: sangramento genital, dor pélvica e corrimento 
vaginal. Essa é a rotina do consultório ginecológico. Os 
sintomas mais prevalentes nas mulheres em qualquer faixa 
etária, alguns direcionando mais para um do que outros 
dependendo da faixa etária, mas vai estar presente sempre. 
É importante que a gente determine a relação dele com o 
ciclo menstrual, acontece durante o ciclo ou fora do ciclo? 
A duração desse sangramento, a intensidade - se a paciente 
sabe pontuar- quanto absorventes usa, se chega a usar 
fralda, se escorre, se suja durante a noite principalmente. 
As características macroscópicas desse sangramento, se 
 
 
2 
 
tem coágulos ou produto gestacionais ou pedaços, assim 
como ela referir. Se houve trauma pélvico e aparecimento 
foi durante a relação sexual ou coito, se ela usa 
anticoncepcional ou terapia hormonal, anticoagulação, se 
usa DIU e se tem a história de sangramentos agudos de 
outras origens. 
Esses termos eles dizem respeito ao tempo de sangramento 
apresentado pela paciente. 
• Menstruação: é o sangramento cíclico que 
acontece entre 24 a 35 dias, durando 2 a 7, não 
excedendo um volume de 20 a 80ml 
• Menorragia: fluxo menstrual mais excessivo, vai 
acontecer durante o período menstrual, mas é um 
fluxo que excede 80ml sem aumento do número 
de dias e sangramento uterino irregular fora do 
período menstrual. De origem funcional 
• Polimenorreia: ciclos com intervalos < 24 dias, ou 
seja, ela vai ter muitos ciclos (2 ciclos/mês) 
• Oligomenorreia: ciclos com intervalos > 40 dias, 
então ela vai menstruar menos 
• Amenorreia: ausência de menstruação por 3 ciclos 
prévios ou 6 meses 
• Metrorragia: sangramento secundários a 
patologias orgânicas, por exemplo paciente que 
tem mioma, pólipos 
Nas pacientes pré-púberes, as principais causas de 
sangramento genital são lesões vulvares, prolapso uretral, 
corpo estranho vaginal, traumatismos e tumores. Então, 
chegando uma paciente pré-púbere com sangramento, 
além de nós avaliarmos essas questões, devemos estar 
atentos também a questão de violência, que são os 
traumas. 
Nas adolescentes, têm relação com o ciclo menstrual na 
grande maioria dos casos e é de origem funcional também 
na grande maioria, então está associado com ciclos 
anovulatórios, geralmente. Na grande maioria dos casos 
não vai exigir tratamento. 
No menacme (período reprodutivo), nós temos os 
distúrbios ovulatórios, as hemorragias da gravidez, 
miomas, pólipos, infecções genitais como endometrite 
podem causar sangramentos ou sangramentos associado a 
métodos contraceptivos. 
Na perimenopausa, vai ser mais prevalente os tumores e 
insuficiência ovariana 
E na pós-menopausa o sangramento é mais preocupante, 
porque ele pode indicar um câncer de endométrio, por 
exemplo. Então a grande maioria dos sangramentos nessa 
faixa etária está associado com atrofia do endométrio, o 
endométrio fica tão fino que sangra, isso é comum de 
acontecer. Terapia hormonal ou trauma, mas a gente 
sempre deve partir para a avaliação secundária a fim de 
diagnosticar câncer de endométrio. 
Segunda queixa mais frequente é a dor pélvica. Então 
muitas vezes é difícil de abordar essa dor, difícil de 
diagnosticar a causa. 
1/3 das causas não é identificado nenhuma patologia. 
E quando essa patologia está presente, geralmente não há 
relação com a intensidade da dor. 
As mulheres podem inclusive ter um quadro de 
somatizaçãodas dores pélvicas devido a conflitos 
emocionais vivenciados, geralmente pacientes que tem 
traumas anteriores, traumas sexuais principalmente. São 
pacientes que evoluem com queixa de dor pélvica 
frequente e que é difícil de tratar, porque a gente não tem 
realmente uma causa orgânica definida, mas ela tem 
aquela somatização do processo. 
Pode estar associado e sempre deve ser investigado as 
causas orgânicas (endometriose, adenomiose). 
Temos que avaliar a paciente holisticamente para definir se 
tem fator emocional associado ou não. 
A dor pélvica aguda ela surge como aviso de um processo 
mórbido identificável, por exemplo pode estar associado 
com abdome agudo, por uma ruptura de gravidez tubária, 
apendicite, DIP, tumores pélvicos, degenerações de miomas 
ou torção de pedículo vascular (seja de tumor ovariano, 
seja de miomas pediculados), então a dor aguda, súbita ela 
merece investigação, merece importância. 
A dor associada a menstruação, dismenorreia funcional, 
geralmente tem um caráter repetitivo, inicia naquele 
período pré-menstrual, é localizada no baixo ventre, pode 
ter irradiação para o dorso ou para os membros inferiores, 
e se tiver associada à dispareunia a gente vai pensar no 
processo de endometriose. 
Quando acontece a dispareunia na endometriose é uma 
dispareunia profunda, é de profundidade não é de 
penetração ou superficial. 
A dor pélvica crônica é uma dor abdominal e/ou pélvica 
com duração mínima de 6 meses, de caráter cíclico e com 
intensidade variável (paciente pode referir que em alguns 
ciclos ela tem uma dor bem leve, uma cólica que passa 
despercebida e em outros ciclos ela tem dor mais intensa 
ou até mesmo fora do período menstrual), mas forte o 
suficiente para interferir na rotina da paciente. A dor 
pélvica crônica pode se originar de processos crônicos de 
diversos sistemas (vísceras, peritônio, SNC e periférico), 
também pode estar associada com processos 
psicopatológicos como depressão, história de violência 
sexual, estresse. Então a paciente ginecológica que vem a 
 
 
3 
 
consulta com queixa de dor pélvica é aquela paciente que 
você precisa realmente esmiuçar a história dela, saber em 
que momento começou essa dor, muitas vezes ela não quer 
falar se teve algum trauma, se ela passou por algum 
processo emocional difícil que corrobore com o aumento 
dessa dor pélvica, mas é aquela paciente que a gente 
precisa ter atenção e tato para captar realmente o que 
aconteceu e aos pouquinhos ir entrando na intimidade dela 
para que ela se abra e fale para nós para que chegue a um 
diagnóstico e possa ajudar com o tratamento adequado. 
Ainda está associado com dor pélvica crônica 
endometriose, aderências pélvicas, congestão pélvica 
(varizes- importante em pacientes que tiveram múltiplas 
gestações, é menos comum nas nulíparas), ovulação. Tem 
pacientes que referem dor importante mesmo durante o 
período ovulatório, porém essa dor da ovulação é uma dor 
autolimitada, é uma dor que ela vai aparecer de forma 
pontual em cólica, vai durar cerca de 2 ou 3 dias e ela passa 
espontaneamente. Então não é uma dor associada a 
nenhum processo agudo, porque senão ela não passaria. 
Existem pacientes que são mais sensíveis a dor que chegam 
a ir pro hospital 
Pacientes que conhecem seu ciclo reprodutivo com 
firmeza e sabem realmente que estão naquele período 
ovulatório elas já passam mais tranquilas por esses quadros 
de dor que são autolimitados 
Outros sistemas: síndrome do colón irritável, cistite 
recorrente, síndrome miofascial abdominal, anemia 
falciforme, são várias causas que podem estar associadas 
com dor pélvica crônica 
As causas não orgânicas: parte mais emocional, transtornos 
psiquiátricos sem causa orgânica, violência sexual/física ou 
ambas, vida sexual insatisfatória, carência afetiva 
A terceira queixa mais frequente no consultório 
ginecológico 
O que é? Conteúdo vaginal ou a secreção vaginal, embora a 
vagina não secrete, são todos os resíduos não hemorrágicos 
presente na vagina, que podem mudar de cor, de 
consistência, de volume, odor. Podem estar associados com 
prurido ou com dor. Sintomas urinários também podem 
acontecer. O conteúdo vaginal ou o corrimento ele vai 
mudar de acordo com o ciclo menstrual. Os corrimentos 
que são claros, viscosos e inodoros eles podem ser 
exacerbados no meio do ciclo menstrual e que corrimento é 
esse? É aquele famoso corrimento ovulatório, é o muco 
ovulatório que é bem hialino, viscoso. 
É importante conhecer as características dessas secreções 
vaginais para orientar as pacientes, nem sempre a paciente 
que tem um conteúdo vaginal pouco mais abundante ela 
vai ter um quadro infeccioso, ela vai sair do consultório 
ginecológico com a prescrição de um creme vaginal. 
Os corrimentos amarelados, purulentos, com odor fétido 
eles sugerem processos infecciosos, esses a gente se 
preocupa, avalia e trata. 
Os corrimentos sanguinolentos e intermitentes eles podem 
estar associados com neoplasias do trato genital inferior. 
(IMPORTÂNCIA DO EXAME FÍSICO: faz de tudo para nunca 
nenhuma paciente sair do consultório sem exame, as vezes 
a paciente tem queixa de um sangramento genital, é uma 
paciente que está no período do menacme e acha que a 
paciente tá menstruada = sempre avaliar!) 
O sangramento vaginal ou corrimento ele não impede, 
especificamente falando sobre o tipo de corrimento 
sanguinolento ele não impede a paciente de ser examinada, 
muito pelo contrário, devemos examinar e procurar 
patologias! 
HDA 
Não foge do que a gente já conhece, devemos esmiuçar 
cada sintoma que a paciente apresente com início, duração 
e intensidade do sintoma, fatores atenuantes e agravantes, 
condições associadas e tratamentos anteriores realizados. 
Antecedentes pessoais 
Investigar avaliação de sistemas cardiovascular, endócrinos, 
metabólicos, vacinação, alergias, infecções, cirurgias 
pélvicas e não pélvicas, câncer, medicações em uso. 
Antecedentes familiares 
 Vamos revisar antecedentes cardiovasculares, endócrinos, 
metabólicos, infecções e câncer de pais e parentes de 
primeiro grau. 
Antecedentes ginecológicos 
Vamos perguntar sobre a menarca que é a primeira 
menstruação (é fisiológico dos 10-16 anos), sobre a data da 
última menstruação e a data da menopausa (porque já que 
a menopausa é a data da última menstruação se a paciente 
passou até 1 ano sem menstruar a gente tem que saber 
quando foi aquela data também) muitas não vão lembrar, 
aí lembrar pelo menos quantos anos tinha para a gente 
pontuar e saber definir até as patologias pós-menopausa 
que podem estar associadas. 
Os ciclos menstruais da paciente, perguntar como é, se 
menstrua todo mês, qual é o intervalo (21 a 35 dias), a 
duração do seu fluxo como é (2 a 7 dias), quantos 
absorventes você usa quando está menstruada, você troca 
de absorvente de instante em instante, você usa 
absorvente noturno durante o dia ou só a noite, você chega 
a usar fraldas. Tudo isso para definir se o fluxo está 
aumentado ou se não está aumentado. 
 
 
4 
 
Se tem dismenorreia (cólica) durante o período menstrual, 
se tem síndrome pré-menstrual exacerbada. 
Qual o tipo de contracepção a paciente usa, muitas vezes 
elas relatam que não usa nada, mas o marido tem 
vasectomia, então a contracepção é através de vasectomia 
(vasectomia do parceiro). 
E se a paciente tem corrimento, definir a característica do 
corrimento. 
Falamos sobre o primeiro coito (sexarca), as parcerias 
sexuais (único ou múltiplos parceiros, mesmo sexo), 
Se tem libido, se tem orgasmo 
Se tem dispareunia (dor durante o ato sexual) ela pode ser 
de penetração ou superficial ou profunda 
Ou se ela tem sinusorragia que é o sangramento durante a 
relação ou pós relação 
E a práticas sexuais 
Antecedentes obstétricos 
Investigar gestações e partos (cesáreos ou normais, 
transpélvicos, se teve fórceps, abortos, curetagens[sequelas: sinéquias uterinas], ectópica, intercorrências 
[HAS, DMG]), o último parto quando aconteceu, se 
amamentou e se teve algum problema no puerpério das 
gestações. 
Hábitos de vida 
Avaliar tabagismo, etilismo, drogas, atividade física/ 
sedentarismo 
Ectoscopia que é o geral, vou avaliar a paciente como um 
todo a procura de estigmas de baixa estatura, pescoço 
alado, hipertelorismo mamilar (características da Sd. De 
Turner que é mais raro da gente encontrar no nosso 
ambulatório geral) 
Estigmas de hiperandrogenismo: hirsutismo e acne, desvios 
extremos de peso (a gente vai pegar muito), melasmas e 
coloração das mucosas 
 Alterações na cor e textura da pele, distribuição de pelos 
de forma geral e presença de edemas, manchas, pápulas, 
equimoses, eritemas, exantemas, vesículas, pústulas, 
ulcerações, varizes. 
Sempre pesar, avaliar altura, IMC e circunferência 
abdominal a fim de diagnosticar Sd. Metabólica, orientar 
sobre os riscos que ela pode apresentar de acordo com a 
sua condição e oferecer tratamento, ajuda para a paciente 
A palpação cervical nós fazemos durante o início do exame 
físico, antes do exame das mamas, fazemos a palpação dos 
linfonodos cervicais como forma de triagem. Em seguida 
começamos com o exame das mamas: vamos fazer 
primeiro a inspeção estática, ou seja, eu estou parada para 
fazer a avaliação da mama, estou diante da paciente e peço 
para ele baixar batinha e peço licença para examinar, vou 
avaliar o número das mamas (2, 1 ou 0 dependendo da 
condição da paciente, ela pode ter feito mastectomia), 
simetria ou assimetria, o contorno se é regular ou irregular. 
Se eu consigo ver o sulco infra mamário, a pele da mama 
como se apresenta, presença de cicatrizes, presença de 
nevos. Presença de alguma alteração de pele que surgiram 
uma dermatite, por exemplo. Aréolas centradas ou não 
centradas, e mamilos planos, semiplanos ou protuso e ver a 
pigmentação aréola normopigmentada ou 
hiperpigmentada. 
Em seguida nós passamos para a inspeção dinâmica, vou 
pedir para a paciente colocar as mãos no quadril e tentar 
encostar um cotovelo no outro na frente, contraindo a 
musculatura peitoral e consequentemente provocando o 
movimento da mama, isso vai fazer com que se tiver algum 
nódulo, alguma retração ou abaulamento fique mais 
evidente. 
 
Essa manobra também pode ser feita levando os braços 
acima da cabeça ou a manobra da mama pendente que é 
quando você segura as mãos paciente e ela pende o tórax 
para frente. 
Palpação das mamas: vai palpar a região 
supraclavicular, infraclavicular e axilar. 
Para palpar a região axilar a gente deve 
segurar o braço da paciente com a mão 
não dominante e com a mão dominante 
explorar toda a região axilar em busca de 
nódulos ou linfonodomegalias. 
Em seguida, pede para a paciente vestir a 
batinha e se deitar, ao deitar colocar a mão atrás da cabeça 
do lado que você vai examinar a mama ou as 2. Descobre a 
mama que você vai examinar e começa a palpação. A 
palpação é com a pontinha dos dedos, a palpação é 
superficial, explorando toda a região mamária em busca de 
nódulos. 
 
 
 
5 
 
Depois nós vamos fazer a palpação com a mão espalmada, 
para tentar empurrar o parênquima mamário contra o 
gradil costal e isolar algum nódulo que esteja existente. 
 
Por último, vamos fazer a expressão mamilar e avaliar se 
tem líquido transparente, branco, hemático, achocolatado 
ou purulento. Esses líquidos que podem sair através do 
mamilo podem indicar patologias. 
Muitas pacientes procuram o ambulatório com queixa de 
descarga papilar, que é diferente, é uma descarga que sai 
espontânea, molha o sutiã, a roupa. 
Exame da genitália externa em posição ginecológica 
Inspeção estática: avaliar pilosidade, os grandes e 
pequenos lábios se são tróficos ou atróficos (pós-
menopausa), avaliar o clitóris se é trófico e centrado, a 
uretra se é centrada, se tem algum pólipo evidente, as 
glândulas vestibulares e o hímen se é roto ou integro. 
Vamos fazer um movimento de pinçamento bilateral na 
região próxima ao introito vaginal, para expor todo o 
introito e de forma tranquila avaliar cada item. 
Inspeção dinâmica: ainda com o introito vaginal em 
exposição, vamos avaliar se tem perda urinária, pedir para 
a paciente fazer uma manobra de valsalva e avaliar se vai 
acontecer perda urinária através do meato uretral ou você 
tem procidências que são os prolapsos ou de parede 
vaginal anterior caracterizando cistocele ou de parede 
vaginal posterior caracterizando retocele. 
Palpação da glândula de bartholin, localizado em 4 e em 8 
horas aproximadamente, vamos palpar dos dois lados. A 
fim de identificar a presença de cistos ou de nódulos na 
topografia dessas glândulas 
Exame especular 
 
Deve ser introduzido na posição diagonal, livrando o meato 
uretral. E em seguida rotação para transversal e vamos 
abrir até conseguir identificar e visualizar o colo uterino. 
 
Vamos identificar o colo e as paredes vaginais. 
Avaliar a rugosidade da parede vaginal, o conteúdo que 
está presente nessa vagina e o colo uterino se é pequeno, 
médio ou grande. 
Prosseguimos com a coleta do exame citológico com a 
espátula de Ayre e escova endocervical 
 
Terminado o exame especular, nós vamos prosseguir com o 
toque vaginal, o toque bimanual. Vamos introduzir dedos 
indicador e médio até o fundo vaginal e vou tocar o colo 
uterino avaliando a consistência desse colo, se é 
fibroelástica ou ginecológica, a mobilidade, se a paciente 
refere dor durante o exame, se eu tenho a presença de 
tumorações nessa região do colo ou também na região de 
anexos, porque durante o toque deslizando a mão 
podemos definir o limite uterino e avaliar a parte da 
superfície uterina e deslizando para a direita e para a 
esquerda eu vou avaliar a região anexial se eu tenho 
tumoração nessas regiões. 
 
Por último, esse toque aqui refere-se ao toque retal-
vaginal, vamos introduzir o dedo indicador na parte vaginal 
e o dedo médio na parte retal, aqui entre os 2 dedos está o 
septo retovaginal, a finalidade desse exame é avaliar 
tumorações nessa região, avaliar dor. Por ser um exame 
bastante invasivo, então geralmente a gente não faz a não 
ser que a paciente tenha suspeita de algo de alguma 
doença. 
A finalização da consulta ginecológica 
Prevenção de infecções 
Vacinação: HPV 16-18 e HPV 6-11-16-18 9 a 26 anos 
Outras vacinas: DT, HepB, tubeola, varicela, FA, influenza 
 
 
6 
 
Rastreamento das ISTs 
VDRL, HIV, Hepatites 
A gente pode avaliar se a paciente tem risco para alguma 
ISTs, paciente com múltiplos parceiros, profissionais do 
sexo, paciente que já tenha alguma ISTs diagnosticada 
anteriormente ou tratada. 
Orientar a prevenção, especialmente para as adolescentes 
que vem em busca de um anticoncepcional na grande 
maioria das vezes, mas é fundamental nossa orientação 
sobre o uso de preservativo e prevenção de ISTs 
Contracepção 
Importante discutir com a paciente o melhor método para 
ela de acordo com a condição dela, com o ciclo menstrual, 
com as características da paciente 
O rastreamento do câncer de mama realizado através da 
mamografia, o protocolo do MS (que é o que vamos seguir 
sempre!) o rasteiro deve ser realizado entre 50 e 69 anos a 
cada 2 anos de idade, o exame físico da mama sempre em 
todas as consultas, avaliação com USG pode ser 
individualizado. 
O rastreamento do câncer de ovário ele é realizado 
durante o exame físico através do toque avaliando a região 
anexial tentando identificar tumorações, nodulações. Se a 
paciente tem alteração de ciclo menstrual, por exemplo, 
tem sangramentos anormais aí podemos prosseguir com o 
exame de imagem se for necessário. Não iremos solicitar 
USG endovaginal para rastreio de doença caso a paciente 
não tenha nenhuma alteração, paciente menstrua 
regularmente, fluxo correspondendo a 20 a 80ml, dias de 
fluxo dentro dopadrão da normalidade. Mas se apresentar 
alteração no exame físico aí sim a gente prossegue com a 
investigação por imagem através de USG. 
O rastreamento do câncer de endométrio segue essa 
mesma linha, a gente tem que avaliar de acordo com a 
sintomatologia da paciente, sabendo que na USG 
endovaginal a gente vai avaliar a medida do endométrio 
que é fisiológica de 4 -16 mm no período menacme e na 
pós-menopausa > = 5mm já está alterado. 
Pacientes na pós-menopausa que apresentam um 
sangramento vaginal, sangramento uterino deve sim seguir 
para o exame de imagem para avaliar o endométrio dessa 
paciente e rastrear o câncer de endométrio. 
Rastreamento do câncer de colo uterino 
Através da citologia oncótica e através dos protocolos de 
rastreio: acima dos 25 anos de idade, paciente com vida 
sexual ativa. 
Outras patologias que podem ser avaliadas ainda na 
consulta ginecológica: osteoporose para as pacientes 
acima de 65 anos de idade através da densitometria óssea 
ou pacientes acima de 60 anos que tiverem risco maior 
para fraturas ou histórico de fratura anterior ou IMC muito 
baixo ou menopausa precoce 
Obesidade 
Hipertensão 
Diabetes 
Sd. Metabólica 
Dislipidemias (muito importante inclusive nas pacientes 
que usam anticoncepcional oral de longa data) 
Doenças da tireoide (inclusive são causas de sangramentos 
vaginais anormais, são casos de infertilidade) 
Saúde mental e violência doméstica 
Rastreamento em Geriatria diz respeito a nossa paciente 
naquela fase de senilidade, então é uma paciente que 
muitas vezes apresentar algum déficit cognitivo e que 
começa a apresentar sintomas de depressão associados a 
senilidade, então nós também precisamos estar atentos a 
esses pacientes.

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