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Feito por Kamila Maragno Peruch GERIATRIA MEDICINA UNESC – Turma 192 CÂNCER DE CÓLON FATORES DE RISCO • Idade > 60a → fator mais importante • História pessoal de CCR ou pólipos adenomatosos (vilosos) • pólipos precedem o surgimento do CCR • Dieta gordurosa e com poucas fibras, tabagismo • DII → retocolite ulcerativa e Crohn o Ambas precisam de colonoscopia mais precoce que a população geral o Crohn é mais grave e RU tem maior chance de transformação em câncer. • HF, síndromes hereditárias o 10-15% tem herança genética, 5-15% tem fator familiar ▪ Porem 70-80% dos tumores de cólon são esporádicos Risco Diminuído • Alimentação rica em fibras • Vit D? selênio? cálcio? • ASPIRINA e outros anti-inflamatórios o Anti-inflamatório não pode ser utilizado para prevenção • Estrogênio o Mulher menopausada tem mais risco • Dieta alterada antes dos 30 anos de idade CARCINOGÊNESE DO CCR • Foi demonstrada a relação entre o pólipo e o câncer em 1983 • Epitélio normal > pólipo adenomatoso > transformações > câncer o Ambos têm aspectos histológicos e moleculares similares o A polipectomia reduz a incidência de CCR o Possuem distribuição anatômica similar • Mutações precoces do gene APC → transformação > mutações K-RAS > mutações P-53 o P53 tem papel na apoptose celular → o mutado não permite isso, com células continuando a se proliferar de forma errada • Polipose adenomatosa familiar -- 1% dos tumores de intestino,100% dos casos evoluem p CCR o Mutação precoce, desde o nascimento • Mutação → epitélio normal → pólipo o HNPCC o ativação de proto-oncogene KRAS o alteração da proteína p53 (proteína que faz apoptose) o perda do gene DCC Feito por Kamila Maragno Peruch GERIATRIA MEDICINA UNESC – Turma 192 • síndromes genéticas envolvidas: Polipose Adenomatosa Familiar • Mutação no gene APC no cromossomo V o Penetrância genica > 90% o 100% evolui para CCR > 40 anos • Associado a outros tumores – estômago, osteoma, tireóide o Hipertrofia congênita do pigmento da retina → fundo de olho • Tratamento é colectomia total por volta dos 40 anos de idade → polipectomia não é possível pois são mts pólipos • Polipose atenuada → pode deixar a colectomia mais pra frente pois evolui para CCR mais tardiamente (50 anos) o Tem um pouco menos de alterações HNPCC – Câncer De Colo Polipoide Não Hereditário • Não há mutação genética, mas historia familiar • Diagnóstico de CCR ao redor dos 45 anos • Tumores usualmente proximais – lado direito do colón • Associado a outros tumores → endométrio, ovário, vias urinárias, delgado, colangiocarcinoma • Critérios de Amsterdam → 70% dos pacientes com critérios têm HNPCC Feito por Kamila Maragno Peruch GERIATRIA MEDICINA UNESC – Turma 192 ❖ CRITÉRIOS CLÍNICOS PARA CCNPH Critérios de Amsterdam • Pelo menos 3 parentes com câncer de Cólon e todos os seguintes: o 1 deles é parente em primeiro grau das outras duas afetadas o Duas gerações sucessivas afetadas o Pelo menos 1 caso de câncer de cólon < 50 anos. o Exclusão de Polipose Adematosa Familiar Critérios de Amsterdam Modificados • Câncer de cólon + CCNPH e mais endométrio, intestino delgado, ureter e pelve renal. Critérios de Bethesda • Os critérios de Amsterdam, ou um dos seguintes: o Dois casos de câncer associados com CCNPH em um deles sincrônicos / metacrônicos o Parente 1° grau com câncer associado a CCNPH antes do 45 anos / adenoma colônico antes dos 40 anos o Câncer de cólon ou endométrio antes dos 45 anos o Câncer de cólon do lado direito antes dos 45 anos e histologicamente indiferenciado ❖ Teste de instabilidade de microssatélites por imuno-histoquímica → S. LYNCH • Teste das proteínas de reparo → MLH1, MSH2, MHH6 ou PMS2 o Se uma delas está alterada/não funcionante, a célula modificada continua proliferando ▪ Provavelmente tem sd. lynch AVALIAÇÃO PRÉ-TRATAMENTO • Sintomas dependem do lado o Sangue vivo nas fezes, anemia por deficiência de ferro → lado direito o Tenesmo, constipação → lado esquerdo • História e exame físico o Hemograma, CEA (marcador CCR), provas hepáticas • Sangue oculto nas fezes → pode ser usado para screening • Colonoscopia completa – padrão ouro o Histologia de 90% é adenocarcinoma o Depois o 2º mais comum é carcinoma epidermoide → geralmente canal anal • Metástases → fígado, pulmão e peritônio o Drenagem vascular pela veia porta o Tumores de reto baixo, a drenagem vai direto para a veia cava Feito por Kamila Maragno Peruch GERIATRIA MEDICINA UNESC – Turma 192 ▪ Pode fazer primeiro mtx pulmonares • Conceitos de metacrônico e sincrônico • Imagem → RX/TC de tórax o ECO/TC de abdome o PET/TC Estadiamento: • Estágio I o T1-2, sem mtx → chance de cura de 93,2% • Estágio IIA o T3, sem mtx → cura 84,7% • Estágio IIB o T4, sem mtx → cura 72,2% • Estágio IIIA o T1-2, 1-3 linfonodos → cura 83,4% • Estágio IIIB o T3-4, 1-3 linfonodos → 64,1% • Estágio IIC o T3-4, > 4 linfonodos → 44,3% • Estágio IV o T3-4, mtx a distancia → 8,1% TRATAMENTO: • Ressecção cirúrgica → estádio I T1 ou T2 N0 M0 > 90% • Estágio II T3 ou T4 N0 M0 → ressecção cirúrgica o Considerar quimio adjuvante (fluoropirimidinas) ▪ < 40a, G3/pobremente diferenciados, T4, invasão angiolinfatica +, < 12-15 linfonodos analisados → alto risco ▪ Instabilidade de microssatélite → testagem genes de reparo = alto risco • Estágio III → qqT N + (linfonodo comprometido) M0 o Cirurgia + quimioterapia adjuvante (fluoropirimidinas/oxaliplatina) • Estágio IV → qqt qqN M+ (metastático) o Quimioterapia, cirurgia em casos selecionados. Quimioterapia • Ganho de sobrevida → 6 meses – 20 meses • Esquemas para doença metastática evoluíram o 5FU (5FU e capecitabina nunca usa junto) o Capecitabina – oral = prodroga o Oxaliplatina, Irinotecano o Antiangiogênicos ▪ Sempre com QT → melhor resposta e sobrevida ▪ Bevacizumab/ramucirumab/aflibercept = inibem VEGF (fator de crescimento do endotélio vascular) • Parte do tumor morre de hipóxia e parte pelo afrouxamento dos vasos o Ajuda QT penetrar melhor ▪ OBS → não utilizar antes de cirurgia – risco de hemorragia – não tem antídoto o Inibidores de tiroseina quinase – anti-EGFR – kras ▪ Cetuximab/panitumumab = ANTI-EGFR (HER-1) • Bloqueadores da via do KRAS → inibe a proliferação tumoral o Precisa que o KRAS não esteja mutado para funcionar • Cetuximab – reações alérgicas, panitumumab – acne grave o Inibidores de checkpoint - PD1/PDL1 - lynch ❖ CÂNCER DE RETO Feito por Kamila Maragno Peruch GERIATRIA MEDICINA UNESC – Turma 192 • Se divide em 3 partes – canal anal (reto inferior), médio, alto • Câncer de reto baixo tem risco do pcte ficar ostomizado para sempre após cirurgia, pois não tem margens de segurança para suturas → começa com QT neo x adjuvante • RT a partir de T3N0 / T4N0 / TxN+ • Excisão do mesorreto (não tem serosa) → gordura adjacente – para diminuir recidiva o Tem capacidade de disseminação local mais veloz • US transretal ou RNM da pelve importante ❖ CÂNCER DE COLÓN • RT apenas em casos selecionados por ser um órgão móvel • Ressecção de MTX → oligometastático o Pulmonares 20% de sobrevida em 5 anos o Hepáticas 30% de sobrevida em 5 anos RASTREAMENTO • Recomenda-se que pessoas com risco médio para câncer colorretal iniciem aos 45 anos. o Atualmente no Brasil é recomendado que o rastreamento seja iniciado aos 50 anos. • Pessoas com bom estado de saúde geral e expectativa de vida de mais de 10 anos devem manter o rastreamento do câncer colorretal regularmente até os 75anos de idade. o Se resultado totalmente normal → repete em 5 (ou ate 10) anos • Entre 76 e 85 anos, a decisão de fazer o rastreamento deve estar baseada em suas preferências pessoais, expectativa de vida, estado geral de saúde e histórico de rastreamento anterior. • Pessoas com risco aumentado ou alto de câncer colorretal podem precisar iniciar antes dos 45 anos, fazer exames com mais frequência e/ou realizar exames específicos. o Histórico familiar importante ou pessoal de câncer colorretal ou certos tipos de pólipos. o Histórico pessoal de doença inflamatória intestinal (Colite ulcerativa ou Crohn). o Histórico familiar de síndromes de câncer colorretal hereditárias, como polipose adenomatosa familiar ou síndrome de Lynch. o História pessoal de radioterapia prévia do abdome ou região pélvica = relativo Exames • Exames que diagnosticam principalmente o câncer: o Exame imunoquímico fecal (FIT), anualmente. o Exame de sangue oculto nas fezes pelo teste do guaiacol, anualmente. ▪ Caso a pessoa tenha baixo risco para Ca colorretal, o rastreio pode ser feito pelo sangue oculto → caso contrario colonoscopia o Exame de DNA nas fezes, a cada 3 anos. • Exames que diagnosticam pólipos e câncer: o Colonoscopia, a cada 5/10 anos. o Colonografia CT (colonoscopia virtual), a cada 5 anos. o Sigmoidoscopia flexível, a cada 5 anos. LITERATURA: - Diretrizes do NCCN
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