Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EMANUELA HANNOFF PILON – MEDICINA 202 1 Resumo Farmacologia mod XI – Hematologia AGENTES HEMATOPOIÉTICOS: FATORES DE CRESCIMENTO, MINERAIS E VITAMINAS - As células do sangue tem um tempo limitado (~ 120dias). O controle da reposição é feito pela hematopoiese, que precisa de substratos (vitaminas, ferro, ...) AGENTES ESTIMULANTES DA ERITROPOESE - A EPO estimula a produção de células vermelhas e na sua ausência temos a anemia. - Sensores no rim vão detectar hipóxia e estimular a produção de EPO e sua consequente liberação para normalizar a eritropoese. Eritropoetina Humana Recombinante (Alfaepoetina) - Usado para IRC, prematuros, pctes em quimioterapia, distúrbios inflamatórios crônicos. - É preciso monitorar pois pode haver deficiência de ferro. FATOR DE ESTIMULAÇÃO DAS COLÔNIAS GRANULÓCITOS-MACRÓFAGOS (GM-CSF) Sargramostim - Estimula produção de glóbulos brancos - Encurta período de neutropenia, estimula proliferação da medula nesses pctes. - Promove diminuição inicial de leucócitos por sequestro pulmonar, mas depois normaliza. Efeitos adversos: dor óssea, febre, mal-estar, exantema. FATOR DE ESTIMULAÇÃO DAS COLÔNIAS DE GRANULÓCITOS (G-CSF) Filgastrim - Aumenta a produção de neutrófilos - Potencializa funções fagocíticas e citotóxicas dos neutrófilos. - Indicado para neutropenia grave pós-transplante de células-tronco e quimioterapia em altas doses. Efeito adverso: dor óssea. FATORES DE CRESCIMENTO TROMBOPOIÉTICOS Interleucina-11 - Maturação de megacariócito - Interleucina recombinante: Oprelvecina; usada em pctes com trombocitopenia grave. Tem como efeito adverso a retenção hídrica. Trombopoietina - Diminuição da trombocitopenia ou necessidade de transfusão, quando em quimioterapia. FÁRMACOS EFETIVOS NA DEFICIÊNCIA DE FERRO FERRO E SAIS DE FERRO - Sua deficiência pode ser causada por: Aporte inadequado Má absorção Perda de sangue Aumento das necessidades de ferro - Ferro como óxido ou hidróxido férrico ou polímeros. - O aporte dietético ultrapassa as necessidades, porém a biodisponibilidade é baixa. METABOLISMO DO FERRO - Ferritina armazena o ferro. - Hemossiderina é a ferritina agregada, armazenada no fígado. - Ferro armazenado no sist. reticuloendotelial, hepatócitos e músculos. - Troca/transporte de ferro feita pela transferrina. - Intestino delgado regula a absorção de ferro e controla a quantidade que entra. - TTO influenciado pela gravidade da anemia, capacidade do pcte em tolerar e absorver ferro e a presença de outras doenças. Ferro oral – Sulfato Ferroso - Nem todo ferro tomado é absorvido, tem que observar a quantidade elementar. - Ex: 125mg Fe2+ na proporção 5:1; apenas 25mg vai ser elementar (absorvido); Efeitos adversos: pirose, náusea, desconforto epigástrico, intoxicação (crianças) Ferro parenteral - Indicações: má absorção, intolerância ao ferro VO, pctes tratatdos com EPO. Ferrodextrano - Resposta mais confiável. Gliconato férrico de sódio - Melhor e mais rápido que o ferrodextrano. Ferro-sacarose - Melhor tolerado e com menor efeito adverso que o ferrodextrano. - Parece induzir lesão tubular renal. PIRIDOXINA (B6) - Melhora a hematopoiese em pctes com anemia sideroblástica hereditária ou adquirida. EMANUELA HANNOFF PILON – MEDICINA 202 2 ANEMIAS MEGALOBLÁSTICAS - Tratado com B12 e ácido fólico. - A deficiência compromete a síntese de DNA em qualquer célula com replicação e divisão de cromossomos. VITAMINA B12 - Ácido gástrico e proteases pancreáticas liberam B12 que se liga a fator intrínseco. - Se liga depois a Transcobalamina II para ser transportada até os tecidos. - O fígado representa um depósito de até 90% de B12. - Deficiência de B12 leva a deficiência na replicação de DNA que se torna anormal. (Anemia megaloblástica) Terapia com B12 ÁCIDO FÓLICO - Conversão de Homocisteína em metionina - Faz síntese do timidalato e das purinas. - Fontes: vegetais são ricos em ácido fólico. - O cozimento por >15min em altas temperaturas pode estragar as propriedades do alimento (folato). Ácido fólico Ácido folínico: evitar a inibição da diidrofolato redutase. - Vai abolir a toxicidade de antagonistas de folato (pirimetamina) - Ex: leucovarina cálcica COAGULAÇÃO SANGUÍNEA E FÁRMACOS ANTICOAGULANTES - Na hemostasia, o fator de coagulação é um fator de proteção. - A lesão endotelial é combatida com agregação plaquetária, pela exposição do fator tecidual. - Plaquetas potencializam a ativação da agregação plaquetária, tornando o local apto a receber e ativar a trombina. - Trombina (fator IIa) converte fibrinogênio em fibrina, que reforça o agregado plaquetário e o prende na parede do vaso. - A “casquinha” do machucado é a fibrina. HEPARINA E DERIVADOS - Heparina se liga à antitrombina e inibe as proteases de coagulação (vias intrínsecas e comum – X e IIa). Heparina não fracionada - ½ vida de 1h, com baixa biodisponibilidade e chance de trombocitopenia < 5%. Heparina de baixo peso molecular (HBPM) - ½ vida de 4h. ex: ENOXAPARINA Fondaparinux - ½ vida de 17h. - Heparina sintética. - Não tem medicamento para reverter. - Monitorar TTO com a TTPA (tempo de tromboplastina ativado), que pode ser 2-3x o normal. - Toxicidade: pode gerar sangramento nos pctes. O sulfato de protamina neutraliza o efeito anticoagulante. INIBIDORES ORAIS DIRETOS DO FATOR Xa - Não precisam de monitoramento. - Não tem antídoto para reverter o quadro. - Tem rápido início de ação. Rivaroxabana - Eficácia comprovada para TVP comparada a enoxaparina + varfarina. - Parece ser inferior a varfarina. Apixabana - Não teve eficácia comprovada. INIBIDORES DIRETOS DA TROMBINA Hirudina - Inibe as funções proteolíticas da trombina. - Tem forma recombinante com a lepirudina. - Controle feito pelo TTPc (1,5-2,5x o normal) - Indicado para tratar plaquetopenia induzida por heparina. - Tem rápido início e fim de ação, sem interação medicamentosa. Dabigatrana - Reduz risco de AVE e embolia em pctes com FA. ANTICOAGULANTES ORAIS Varfarina - Antagonista da vitamina K. - Fatores de coagulação II, VII, IX e X, prot coagulantes estão inativas e são ativadas dependendo da vitamina K. - Tem uma ½ vida longa: o efeito antitrombótico pode levar dias para aparecer pois os fatores que já estavam ativados vão ser usados até acabar. - Adultos: 2-5mg/dia, durante 2-4d, seguido de 1- 10mg/dia. - Anda junto com a albumina. - Toxicidade: aumenta a chance de sangramento (intensidade/duração da terapia). - Monitorada pelo tempo de ativação da protrombina. EMANUELA HANNOFF PILON – MEDICINA 202 3 COAGULANTE Vitamina K - Acelera a coagulação. - Sua deficiência aumenta o risco de sangramento. - Indicações: Ingestão inadequada Hipoprotrombinemia do RN, que é estéril e não tem vitamina K quando nasce Absorção inadequada Hipoprotrombinemia induzida por fármacos e venenos (varfarina)
Compartilhar