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13/04/2015 1 Destilação 1 Coluna de Destilação - recipiente cilíndrico - torre ou coluna - dentro do qual se encontra uma série de pratos internos - pratos ou bandejas empacotadas ou recheios - entre os quais circulam vapor e líquido em contracorrente. DESTILAÇÃO FRACIONADA A coluna de destilação fracionada: - Constituída por uma série de andares em equilíbrio que vão promovendo, sucessivamente, o enriquecimento, nos componentes mais voláteis, da fase vapor que sobe na coluna, e nos componentes menos voláteis, da fase líquida que desce na coluna. - Para cada andar é necessário avaliar, sucessivamente, a temperatura de ponto de bolha do líquido no andar, a qual será a temperatura do andar teórico. DESTILAÇÃO FRACIONADA OU CONTÍNUA OU RETIFICAÇÃO 3 Figura - Coluna de destilação fracionada 4 5 DESTILAÇÃO FRACIONADA Tipos de colunas de destilação 1. Colunas com pratos e borbulhadores e colunas com pratos perfurados. 2. Colunas com recheios. Todas funcionam com o mesmo princípio, ou seja, promover de forma mais perfeita possível o contato entre as fases líquido e vapor. 6 13/04/2015 2 7 Corte transversal de uma coluna de pratos. Colunas de pratos são mais usadas na destilação. Objetivos: melhorar o contato entre o vapor ascendente e o líquido descendente. Pratos da coluna de pratos 8 Recheios da coluna de recheios 9 DESTILAÇÃO FRACIONADA 10 1. Colunas com pratos e borbulhadores. Mais usadas. Pratos ou bandejas são superpostas e que variam em número e detalhes conforme a mistura que se pretende destilar. Os pratos são constituídos por borbulhadores, tubos de ascensão e de retorno. Bandejas com borbulhadores ou Bandejas valvuladas – cobertas por opérculos móveis, com 3,8 cm. 11 Os estágios reais numa coluna vertical são denominados pratos ou bandejas. Onde: V – Vapor L – Líquido 1) Borbulhador 2) Tubo de ascensão 3) Tubo de retorno DESTILAÇÃO FRACIONADA 13/04/2015 3 DESTILAÇÃO FRACIONADA 13 1. Colunas com pratos e borbulhadores Os borbulhadores são fixados sobre os tubos de ascensão dos vapores e destinados à circulação ascendente do vapor de um prato a outro. Sobre cada tubo de ascensão, encontra-se um borbulhador. O tubo de retorno tem como finalidade fazer o retorno, prato a prato, do excedente da fase líquida condensada sobre o prato. Sobre cada prato ou bandeja, há um nível de líquido constante, regulado pela altura do tubo de retorno, e que deve corresponder ao nível do topo dos borbulhadores. Os borbulhadores são dispostos de tal forma que fiquem na mesma altura do início do tubo de retorno de líquido, a fim de que se tenha uma ligeira imersão na camada líquida. Os vapores devem circular em contracorrente com o líquido, de forma ascendente, passando pelos tubos de ascensão, borbulhando através das ranhuras dos borbulhadores e condensando em parte nas bandejas e parte retornando à bandeja imediatamente inferior. DESTILAÇÃO FRACIONADA 1. Colunas com pratos perfurados Neste tipo de coluna os pratos dotados de perfurações, cujo diâmetro varia entre 0,8 e 3 mm. O funcionamento é idêntico às colunas que utilizam pratos com borbulhadores. Geralmente, neste tipo de coluna, não existe o tubo de retorno e os pratos ocupam toda a seção da coluna, porém existem projetos em que as colunas com pratos perfurados são dotadas tubo de retorno. 14 15 DESTILAÇÃO FRACIONADA Tipos de colunas de destilação 1. Pratos – contato em cada estágio - Contato direto entre líquido e vapor apenas nos pratos e não nos espaços intermediários. - Contato mais efetivo entre as fases. - Permite trabalhar com grandes volumes e maiores flutuações da quantidade da alimentação. - Descrito por equações diferenciais finitas. - Mais fáceis de limpar, mais indicados para líquidos incrustáveis. - Mais eficientes para grandes tamanhos (muitos estágios). 16 DESTILAÇÃO FRACIONADA 17 DESTILAÇÃO FRACIONADA - pratos perfurados 13/04/2015 4 DESTILAÇÃO FRACIONADA 2. Colunas com Recheio Neste tipo de coluna, os pratos ou bandejas são substituídos por corpos sólidos com formatos definidos → estes corpos, denominados recheios. A finalidade do recheio → provocar o contato das fases líquido- vapor. Os corpos do recheio devem ser de alta resistência à corrosão → geralmente são de cerâmica ou de aço inoxidável. Dependendo da temperatura do processo pode-se utilizar também recheios plásticos de alta resistência. 19 DESTILAÇÃO FRACIONADA 2. Colunas com Recheio As torres que utilizam recheios são muito competitivas em relação às torres que contêm pratos com borbulhadores ou pratos perfurados e apresentam algumas vantagens, tais como: 1. geralmente são projetos mais econômicos, por serem mais simplificados; 2. apresentam pequena perda de carga; 3. não estão sujeitas às formações de espuma. O tamanho dos elementos dos recheios, geralmente, variam entre 0,5 e 8 cm. 20 DESTILAÇÃO FRACIONADA - coluna de recheio DESTILAÇÃO Corte transversal de uma coluna empacotada ou de recheios. 22 Tipos de recheios para torres de destilação 23 Recheios podem ser anéis do tipo Rachig, Pall, Lessing ou ainda selas do tipo Berl, Intalox e outros. DESTILAÇÃO FRACIONADA OU CONTÍNUA OU RETIFICAÇÃO Tipos de colunas de destilação 2. Recheio – contato contínuo - Contato contínuo entre líquido e vapor. - Podem ocorrer formação de canais (atrapalha o contato entre fases). - Menor capacidade, coluna de menor diâmetro. - Menor retenção de líquido - Descrito por equações diferenciais infinitas - Menor queda de pressão no gás, em relação à torre de recheios importante nas operações a vácuo. - Permite menor variação de fluxo. - Mais econômicas no processamento de líquidos corrosivos, pois pode-se usar recheios de cerâmica. - Construção mais simples. - Comparando o poder de separação, o efeito de colunas de recheio da mesma altura é superior. 24 13/04/2015 5 Fatores importantes a serem determinados no projeto de uma coluna de destilação • Números de pratos / Altura do recheio • Tipos de pratos • Espaçamento entre pratos • Recheios: tipo e tamanho • Diâmetro da torre • Calor retirado no condensador • Calor fornecido no refervedor • Controles • Detalhes de construção mecânicos • Fundações DESTILAÇÃO FRACIONADA 25 Problemas a) Arraste - Transporte de um prato para o superior de gotículas de líquido pela fase gasosa. Abaixa a eficiência de estágio. • O arraste é o transporte, efetuado pelo vapor, de gotículas de líquido do prato inferior para os pratos superiores. A quantidade de líquido arrastado depende da velocidade do vapor ao longo da torre. No arraste, o líquido do prato inferior contamina o líquido do prato superior com compostos pesados (menos voláteis), piorando o fracionamento ao longo da coluna. • O arraste pode ser provocado pelo aumento da vazão volumétrica do vapor, que, por sua vez, pode ser decorrente da redução da pressão em alguma região da coluna. DESTILAÇÃO FRACIONADA 26 Problemas b) Pulsação Este fenômeno ocorre quando a vazão de vapor, que ascende de um prato inferior para um superior da coluna, não tem pressão suficiente para vencer continuamente a perda de carga apresentada pela bandeja em questão. O vapor, então, cessa temporariamente sua passagem por esta bandeja e, quando sua pressão volta a ser restabelecida, vence a perda de carga no prato de forma brusca. Assim diminui a pressão do vapor quase que instantaneamente e cessa a passagem do vapor pelo prato até que seja novamente restabelecida sua pressão. Esta situação permanece até que seja normalizada a condição de pressão ao longo da coluna. DESTILAÇÃO FRACIONADA 27 Problemas c) Espumejamento excessivo – atrapalha pois acarreta arraste muito grande.d) Inundação – acúmulo demasiado de líquido no vertedor descendente. Ocorre quando o nível de líquido do tubo de retorno de um prato atinge o prato superior. (sugere-se espaçamento de pelo menos 0,6 m em colunas grandes para evitar a inundação) DESTILAÇÃO FRACIONADA 28 Problemas e) Vazamento de líquido É o fenômeno da passagem de líquido da bandeja superior para a bandeja inferior, através dos orifícios dos dispositivos existentes nos pratos e que são destinados à passagem do vapor. Este fenômeno ocorre, quando a vazão de vapor é baixa e a vazão de líquido é excessivamente alta. DESTILAÇÃO FRACIONADA 29 Fatores que influenciam as principais variáveis na destilação fracionada Propriedades da carga • As proporções entre os componentes a serem separados podem ser diferentes, haverá, então, uma razão de refluxo para cada carga a ser processada. • A diferença de volatilidade entre os componentes da carga, de uma torre de destilação fracionada. 30 DESTILAÇÃO FRACIONADA 13/04/2015 6 Fatores que influenciam as principais variáveis na destilação fracionada Eficiência dos dispositivos de separação das torres (Pratos) Como mencionado, o componente ou substância que vaporiza a partir do líquido de um determinado prato da coluna é mais volátil que os componentes contidos no líquido deste prato, e ainda que este vapor esteja em equilíbrio com o líquido do prato, o número de moléculas que abandona a fase líquida para a fase vapor é igual ao número de moléculas que voltam da fase vapor para a fase líquida – princípio do equilíbrio. Para que o equilíbrio, seja atingido é necessário um certo tempo de contato entre as fases. No caso do prato ou bandeja de uma torre de destilação, o tempo de contato depende dos detalhes construtivos desta bandeja: quanto mais alto o líquido contido neste prato ou bandeja, maior será o tempo de contato entre as fases, pois o líquido permanecerá mais tempo no prato, e, em consequência o vapor gastará mais tempo para atravessá-lo. 31 DESTILAÇÃO FRACIONADA Eficiência dos dispositivos de separação das torres (Pratos) O prato que conserva um maior nível de líquido é aquele que mais se aproxima do equilíbrio entre as fases líquido-vapor e, por isso, é denominado de “prato ideal”. O prato ideal é o dispositivo que permite o maior enriquecimento em componentes mais voláteis do vapor que penetra no líquido deste prato. A eficiência de um prato de uma coluna de destilação fracionada poderá ser quantificada pelo enriquecimento de componentes mais voláteis no líquido deste prato, que no caso do prato ideal é de 100%. O valor percentual da eficiência de um prato real, em uma coluna de destilação fracionada, está entre 50 e 80%, é tanto maior, quanto melhor for o projeto da torre, para as condições de operação especificadas. 32 DESTILAÇÃO FRACIONADA Eficiência dos estágios reais A eficiência é função de vários parâmetros (tipo de prato, volatilidade relativa do composto chave leve relativamente ao chave pesado, viscosidade do líquido, tensão superficial do líquido, etc.) A eficiência mais comumente usada é definida como a razão entre o número de estágios de equilíbrio calculado para uma dada separação e o número de estágios necessários para efetuar esta separação. Esta é a eficiência global: E0 = (número calculado de estágios de equilíbrio) / (número de estágios reais necessários) E0 = pratos ideias / pratos reais 33 DESTILAÇÃO FRACIONADA Eficiência dos estágios reais A eficiência de Murphree descreve a eficiência de um só estágio, podendo ser definida tanto para a fase vapor como para a fase líquida. Para o estágio abaixo, um prato perfurado no qual o vapor flui através do líquido, tem-se: EV = (yn - yn+1) / (yn* - yn+1) (vapor) EL = (xn-1 - xn) / (xn-1 - xn*) (líquido) onde os termos yn* e xn* representam a composição hipotética do vapor e do líquido que estariam em equilíbrio ao deixarem o estágio real. 34 DESTILAÇÃO FRACIONADA Eficiência dos estágios reais • Assim, EV e EL são razões entre a modificação média real que ocorre nas composições do vapor e do líquido e a modificação que ocorreria se todo o vapor e o líquido estivessem em equilíbrio com o líquido e o vapor que efluem realmente do estágio. • A eficiência de Murphree pode ser usada no método gráfico de McCabe- Thiele, traçando-se uma curva de separação real entre a curva de equilíbrio e as retas de operação, a uma distância determinada pela eficiência. Os estágios são construídos, então, entre a curva de separação real e as retas de operação. 35 DESTILAÇÃO FRACIONADA
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