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Infecções congênitas na gravidez

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INFECÇÕES CONGÊNITAS NA GRAVIDEZ 
INTRODUÇÃO 
Infecções congênitas no paranatal mais comuns: 
· Lembrando que nessa situação a infecção ocorre pelo contato direto com secreções maternas, no momento da passagem pelo canal de parto
· Herpes, Hepatite B, Estreptococos do grupo B
Consequências das infecções congênitas 
· Depende do período de gestação 
· Período embrionário, ou seja, o 1º trimestre, é o período mais vulnerável. 
· Pode gerar abortamento ou anomalias, a depender do órgão acometido.
· Período fetal, ou seja, 2º e 3º trimestres, pode haver fetal, anomalias menores e defeitos funcionais principalmente do SNC
Diagnóstico das infecções 
· Rotinas de pré-natal
· Detecção de anticorpos IGG e IGM
· IGM agudo significa que a infecção tem 1 a 2 semanas
· IGG antígeno significa que a infecção ocorreu em meses ou anos
· Avidez de IGG ser maior que 60% significa que a infecção é antiga
· Padrão ouro: PCR do líquido amniótico- realizar após 18 semanas de gestação e mais de 4 semanas de infecção materna.
· US é útil para identificar gravidade da doença/ infecção, mas não para diagnóstico. 
· Identifica principalmente malformações e restrição de crescimento.
HEPATITE VIRAL B
· Causada por um vírus pertencente à família Hepadnaviridae, o vírus da Hepatite B (HBV).
· É um DNA envelopado, com fita de DNA dupla incompleta e replicação de genoma viral por enzima transcriptase reversa.
· Importante por altas taxas de transmissão vertical, gravidade da infecção neonatal e possibilidade de prevenção.
· Diagnóstico laboratorial:
· HbsAg: identificável na infecção aguda e serve como marcador de infecção crônica.
· HbeAg: indicativo de replicação viral (doença ativa)
· AntiHbs: recuperação e imunidade 
· Na gravidez, a transmissão é paranatal.
· Se HbsAg e HbeAg estiverem positivos a taxa de transmissão é de 90%.
· Se apenas HbsAg positivo a taxa de transmissão é apenas de 15%.
· Cerca de 70-90% dos RN infectados desenvolverão infecção crônica com potencial para cirrose e câncer de fígado.
· Não é indicação de parto de cesariana.
· Profilaxia:
 SÍFILIS 
· Doença genética causada pelo Treponema pallidum.
· Em 2017 houve aumento de 5000% dos casos no Brasil (referente aos 5 anos anteriores)
· Sífilis congênita acomete 6,5/ 1000 nascidos vivos (RJ 12,4/ 1000 NV)
· Estágios:
· Primário: cancro duro e linfadenopatia, geralmente 3 semanas depois do contato.
· Secundário: de 6 semanas a 6 meses após a primária. Exantema maculo papular envolvendo todo o corpo especialmente mãos e pés e sintomas inespecíficos (febre, mal estar e perda de peso).
· Latente: falta de lesões clínicas aparentes e testes sorológicos positivos. 
· Pode ocorrer transmissão vertical.
· Terciário/tardia: destruição tecidual que aparece de 10-25 anos após a fase inicial, acomete 35% dos não tratados.
· Manifestações graves de sistema cardiovascular e SNC.
· Sorologias:
· Teste não específico- VDRL (fica positivo de 1-3 semanas após o cancro)
· Teste específico (treponêmicos)- Fta-Abs e teste rápido 
· Sífilis congênita:
· VDRL é o exame de primeira rotina.
· Repetir com 28 semanas
· No SUS faz-se teste rápido na primeira consulta de pré-natal (assim como HIV, HB e HC).
· Durante as fases primária, secundária e latente a transmissão é cerca de 70-100%. Já na fase terciária/ tardia a transmissão cai para 30%.
· Gera perda fetal/natimorto, neomorto, parto pré-termo, baixo peso ao nascimento, sequelas de sífilis congênita.
· Achado no US (morfológico / a partir de 20 semanas)
· Hepatomegalia
· Aumento da velocidade sistólica da ACM (sinal de anemia fetal)
· Placentomegalia
· Polidrâmnio
· Ascite/ hidropsia fetal
· Tratamento:
TOXOPLASMOSE 
· Causada pelo protozoário intracelular obrigatório Toxoplasma.
· Transmissão congênita:
· Infecção primária antes da gravidez não afeta o concepto, com exceção de imunossuprimidas
· Infecção primária na gravidez pode ter transmissão vertical: aborto, óbito fetal e malformação, além de morte neonatal.
· A maioria das vezes é assintomática
· Cerca de 10-20% dos adultos apresentam linfadenopatia cervical, febre, mal-estar e hepatoesplenomegalia.
· Risco de transmissão vertical:
· 1º trimestre: 10 a 15%
· 2º trimestre: 25%
· 3º trimestre: acima de 60%
· Obs.: a gravidade da infecção fetal diminui com a idade gestacional.
· Tríade clássica:
· Coriorretinite
· Hidrocefalia
· Calcificação intracerebral 
· Repercussões fetais e neonatais:
· Cerca de 10 a 15% dos RN morrem
· Os que sobrevivem sofrem alterações neurológicas e dificuldade cognitiva
· Não apresentam sintomas ao nascer, mas vão aparecendo ao longo do desenvolvimento 
· Rastreamento feito com IGM
· Diagnóstico de infecção materna
· Tratamento
RUBÉOLA 
· Período de incubação de 14 a 21 dias.
· Após esse período, a doença se torna de pequena gravidade com linfadenopatia pós auricular em adição a exantema que se inicia no tórax com febrícula
· Complicações no adulto:
· Artrite
· Artralgia
· Encefalite
· Neurite
· Púrpura 
· A excreção do vírus pela nasofaringe é detectada 7 dias antes do exantema ou de 7-12 dias após seu início.
· Diagnóstico:
· ELISA
· Segundo o MS, não é mais exame de rotina no pré-natal.
· Identificação dos níveis de IGG e IGM.
· Infeção fetal:
· Diagnóstico por amniocentese (PCR-LA).
· Realizar após 8 semanas de infecção materna e 21 semanas de gestação. 
· Síndrome de rubéola congênita:
· Ocorre quando há infecção no primeiro trimestre.
· Tríade: catarata + surdez neurossensorial + malformação cardíaca.
· Vacina:
· Recomendado para todas as pessoas em idade fértil 
· Proibido em gestantes
CLAMÍDIA 
· Causada por bactérias intracelulares obrigatórias gram-negativos, que infectam preferencialmente as células epiteliais escamo colunares; (MARQUES, 2021)
· Prevalência de 5% a 15% entre gestantes.
· A conclusão do estudo foi de que não há evidência da eficácia do rastreamento e tratamento dessa infecção durante o período gestacional. (Cobucci, 2009)
· É uma doença assintomática que pode causar infertilidade, cervicite e corrimento.
· A transmissão ocorre durante o parto, infectando os olhos e nasofaringe do concepto.
· Diagnóstico:
· PCR (padrão ouro)
· Imunofluorescência indireta
· Cultura (McKoy)
· Sinais clínicos (como os meios de diagnosticar descritos acima são caros, o método mais usado é esse)
· Tratamento de cervicite:
ZIKA
· Arbovírus do gênero Flavivirus, o mesmo da Dengue e Chikungunya, transmitido pelo Aedes aegypti.
· A infeção humana gera febre, artralgia e exantema.
· Em 2015 houve aumento de 20x a taxa de microcefalia e em 2016 foi comprovado a relação entre os casos e o ZIKA.
· Presença no líquido amniótico.
· Transmissão:
· Picada pelo Aedes.
· Já foi identificado a presença do vírus na urina, leite materno, saliva e sêmen.
· Quadro clínico:
· Sintomas em gestantes igual à população geral.
· Doença febril aguda, autolimitada, e formas raras podem levar a hospitalização e óbito.
· Características: exantema maculopapular no primeiro ou segundo dia,febre baixa ou afebril, mialgia leve, artralgia leve a moderada, edema articular leve, prurido e conjuntivite não purulenta.
· Pode levar a síndrome de Guillain-Barré.
· Efeitos no feto:
· Microcefalia, atrofia cerebral, ventriculomegalia, calcificações intracranianas e agenesia cerebelar.
· Síndrome ZIKA congênita.
· Diagnóstico:
· IgM – 4 dias do início do sintoma OU ≥ 14 semanas de exposição.
· PCR LA > 15 semanas.
· Tratamento
· Não há tratamento específico – sintomáticos.
· Prevenção
· Uso de roupas compridas
· Repelentes: DEET, picaridina ou IR535
· Instalação de telas em portas e janelas
· Interrupção da cadeia de transmissão

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