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DOENÇA ARTERIAL PERIFERICA RESUMO

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RASCUNHO 2
Doença Arterial Periférica 
Exercícios físicos têm sido recomendados para pacientes com DAP por ser não-
invasivo, de baixo custo e com boa eficácia comparado à intervenção cirúrgica e aos tratamentos farmacológicos.
A claudicação intermitente é o sintoma mais frequente e é resultado da redução do abastecimento de fluxo sanguíneo para os membros inferiores gerando dor muscular provocado pela marcha (FERREIRA et al., 2010) que desaparece após repouso, isso nos estágios iniciais da patologia Conforme a doença se agrava promove limitações a ações de vida diária (AVD) do indivíduo acometido pela patologia e em fases mais graves da doença observam-se queixas de dor em repouso. A gravidade da doença é caracterizada pelas limitações que causam na vida diária do doente. Se ela só se manifesta com esforços maiores do que os quotidianos,não é considerada incapacitante; quando impede as tarefas diárias, é considerada incapacitante.
Em pacientes com DAP o sintoma mais comum é a claudicação intermitente(CI) caracterizado por dor, câimbra, formigamento e fadiga muscular, durante a caminhada em um ou ambos membros inferiores, que é aliviado apenas com o repouso. Esse sintoma faz com que os pacientes tenham limitações para a prática de exercício físico e atividades cotidianas,reduzindo seus níveis de atividade física diária, e consequentemente comprometendo a sua qualidade de vida.Ou seja, deve-se considerar-se as limitações sobre as atividades profissionais e dos tempos livres, assim como sobre aspectos potencialmente mais exigentes da vida diária para Intervenções na Doença Arterial Periférica (FERREIRA et al., 2010)
É notável que a maioria dos estudos indicam que indivíduos com DAP apresentam menores níveis de atividade física que indivíduos sem a doença O exercício físico deve ser preconizado como um método de tratamento inicial para a claudicação intermitente, assim como para outros sinais e sintomas apresentados pelo indivíduo com DAP, pois a melhora da função endotelial vascular e rigidez arterial estão associadas ao treinamento contínuo de exercícios aeróbicos (NORGREN et al., 2006)
EXERCÍCIO DE CAMINHADA.
De acordo com as recomendações do American Heart Association a caminhada é o
exercício mais eficaz para esses pacientes por aumentar a capacidade funcional,
reduzir os níveis PA em repouso e durante o esforço submáximo, além de melhorar a
função endotelial. Apesar dessas vantagens, vale destacar que a realização do exercício de caminhada implica em maior nível de isquemia, e consequentemente em mais dor no membro exercitado, o que pode vir a reduzir a adesão desses pacientes a um período prolongado de treinamento.
Um estudo de CHEHUEN et al. investigou o efeito do exercício de caminhada (EC) na variabilidade da PA ambulatorial em indivíduos com DAP. Trata-se de um ensaio clínico randomizado no qual indivíduos com DAP e sintomas de claudicação foram divididos em dois grupos: controle (n=16) e EC (n=19).Como principal resultado, o grupo EC conseguiu reduzir as variabilidades de PA sistólica e média em comparação com o grupo controle. 
O EC (Exercício de Caminhada) consistiu de 15 minutos de caminhada na esteira, seguido de um intervalo de 2 minutos (30 minutos de exercício ativo e 30 minutos de descanso). A intensidade foi controlada pela frequência cardíaca referente ao limiar de claudicação (padrão ouro para prescrição de DAP), com velocidade padrão de 3,2 km/h e ajuste de gradação quando necessário.
TREINAMENTO RESISTIDO.
Foi evidenciado que pacientes com DAP têm menores níveis de força e resistência musculares em comparação aos indivíduos com as mesmas características, entretanto sem a doença (Regensteiner et al. 2002). A causa disso pode ser devido aos claudicantes apresentarem atrofia e redução dos números de fibras musculares esqueléticas. 
Indivíduos com DAP apresentam alterações morfológicas importantes. Em estudos realizados se verifica menor massa muscular nos membros inferiores nos indivíduos acometidos pela doença. Esses achados foram confirmados por Regensteiner et al 2002), que observaram, por meio de biópsia na musculatura dos membros inferiores, menor tamanho nas fibras musculares do tipo I e do tipo II.
Dentre as modalidades de exercício físico, os exercícios resistidos (ER) têm sido amplamente utilizados no tratamento e reabilitação de indivíduos idosos e portadores de doenças crônicas não-transmissíveis. Esse método consiste na realização de contrações de grupamentos musculares específicos contra alguma forma de resistência externa (pesos livres, máquinas e bandas elásticas). A principal vantagem desse método são as melhorias expressivas da aptidão física e qualidade de vida de diferentes populações, com o adequado controle das variáveis do movimento (posição e postura, velocidade de execução, amplitude do movimento, volume e intensidade).
Ao contrário dos exercícios predominantemente aeróbios que promovem aumento apenas da frequência cardíaca e da pressão arterial sistólica, os ER promovem aumento da frequência cardíaca, pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica. O aumento da pressão arterial diastólica, por sua vez, tem sido considerado fator de proteção cardiovascular, pois favorece o fluxo coronariano, aumentando o suprimento de oxigênio ao miocárdio e, conseqüentemente, diminuindo os acidentes isquêmicos e arrítmicos (CÂMARA et all 2007)
As contra-indicações aos ER, que também se aplicam a todas as outras formas de exercícios em populações especiais, são: pressão arterial sistólica acima de 200 mmHg ou pressão arterial diastólica acima de 110 mmHg, em repouso; queda da pressão arterial ortostática maior que 20 mmHg
Os exercícios que compõem o programa de treinamento compreende dois aspectos principais: a quantidade de exercícios utilizados e os grupamentos musculares enfatizados. Os programas de ER para iniciantes compreendem aproximadamente seis a 10 exercícios. As evidências da literatura sugerem que essa quantidade de exercícios é eficiente para promover adaptações positivas em diferentes componentes da aptidão física, sendo bem suportada por idosos sedentários e indivíduos com DAP. (CÂMARA et all 2007)
TREINAMENTO ISOMÉTRICO DE PREENSÃO MANUAL (TIPM).treinamento por meio do handgrip. 
O protocolo clássico de TIPM envolve a realização de quatro séries de dois minutos em
cada braço, de forma intercalada, totalizando, assim, 11 minutos de treinamento. A carga
utilizada é de apenas 30% da capacidade máxima do indivíduo, o que o torna bem tolerável,
sobretudo pelo sistema cardiovascular com aumento modesto da PA (16 mmHg para
sistólica e 7 mmHg) e da frequência cardíaca (3bpm).
O exercício isométrico pode ser definido como uma contração muscular sustentada,
sem qualquer alteração no comprimento do grupo de músculos envolvidos. Esse exercício, quando realizado com as mãos, se utiliza de um handgrip, ou aparelho de preensão manual.
Em indivíduos com DAP, durante a execução desse tipo de exercício há aumento
modesto de 32 mm Hg da pressão arterial média e de 14 batimentos por minuto (bpm) na
frequência cardíaca. Esses resultados não diferiram dos achados encontrados em
indivíduos jovens saudáveis ou idosos sem a doença.
 Adicionalmente, essas respostas durante o exercício são menores ou similares às encontradas durante o exercício de caminhada, e o exercício de força/resistido, os quais fazem parte da atual recomendação de exercício para pacientes com DAP . Assim pode-se sugerir a segurança do TIPM para esses pacientes em relação à função cardiovascular. Diversos estudos de meta-análise(44-48) demonstraram que o treinamento isométrico de preensão manual (TIPM)promovem reduções significativas na PA sistólica em aproximadamente 10 mmHg e PA
diastólica em 7 mmHg; estes valores superiores aos observados com o treinamento
aeróbio. Esse tipo de treinamento é caracterizado pela realização do exercício de preensão
manual com um equipamento específico (dinamômetro de preensão manual ou handgrip). A redução da pressão arterial braquial tem sidooprincipal benefício observado com TIPM. Diversas meta-análises evidenciam que o TIPM promove reduções superiores a 6mmHg na PA braquial (44-48), o que seria um efeito compatível com aqueles encontrados com o treinamento de força dinâmico e com o treinamento aeróbio.
Contudo, nesse mesmo artigo concluiu-se também que o TIPM não promove alterações na PA braquial, PA central, indicadores de rigidez arterial e na VFC de pacientes com DAP.
REFERÊNCIAS:
FERREIRA, M. J. Barroso, P., Duarte, N. (2010). Doença arterial periférica. Revista Portuguesa De Medicina Geral E Familiar, 26(5), 502–9.
REGENSTEINER JG, Stewart KJ, Hiatt WR,, Hirsch AT. Exercise training for claudication. N Engl J Med.2007;347:1941-51. 
CÂMARA, RITTI. et all. Exercícios resistidos terapêuticos para indivíduos com doença arterial obstrutiva periférica: evidências para a prescrição.Vasc Bras,São Paulo, vol.6,n3, p.246-256, Janeiro 2007
PEIXOTO. et all. Efeito de 12 semanas de treinamento isométrico de preensão manual na Pressão arterial e modulação cardíaca autonômica de pacientes com DAP- ensaio clínico randomizado controlado.UNINOVE, Tese Doutorado. São Paulo, Janeiro 2020
L. NORGREN et. all. Inter-society consensus for the management of peripheral arterial disease (TASC II) Journal of Vascular Surgery. VOLUME 45, ISSUE 1, SUPPLEMENT , S5-S67, JANUARY 01, 2007
CHEHUEN et. all. Marcel. Treinamento de Caminhada Melhora a Variabilidade da Pressão Arterial Ambulatorial em Claudicantes, Arq. Bras. Cardiologia. 116. 5. Maio 2021
WENGER NK, HOLMES DR, et al. AHA/ACC Guideline for the Management of Patients with Non-ST-Elevation Acute Coronary Syndromes: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am CollCardiol. 2014;64(24):e139-e228

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