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Por Breno C. Vizzoni Leva informações ao SNC sobre o estado do corpo e de seu contato com o mundo! Neurônios da raiz dorsal da medula em todo o corpo, exceto da cabeça, que possui neurônios dos nervos cranianos, são os responsáveis por levar a informação ao SNC para percepção da sensibilidade. Tipos de receptores! Mecanorreceptores São os mais numerosos! Estão dispostos na pele e respondem principalmente à compressão e forças de estiramento. Existe uma gama enorme de mecanorreceptores, desde a terminações nervosas livres a corpúsculos com estruturas pouco mais complexas. Mecanorreceptores da pele: Corpúsculo de Meissner Corpúsculo de Pacini: profundos! Importantes na detecção de vibrações e compressões mais acentuadas. Disco de Merkel: receptores de extremidade expandida. Adaptação lenta. Indicam toque contínuo. Terminações de Rufini: Órgãos terminais pilosos (Cabelo): terminações entrelaçadas na base de cada pelo. Adaptação rápida. Detectam movimento sobre o pelo. Terminações nervosas: pele, córnea do bulbo do olho. Sensibilidade diferencial dos receptores Não importa o que levou ao potencial de ação, mas sim para onde ele vai! Vias rotuladas: fibras transmitem o PA. Cada sensação vai ser interpretada em cada parte específica do SNC. Transdução dos estímulos em PA Todos os receptores são transdutores, isto é, transformam energia. Cada receptor tem um limiar de PA, sendo deformação mecânica, aplicação de substância, alteração na temperatura e radiação eletromagnética os principais mecanismos de ativação de receptores. Uma vez que o limiar foi atingido, os potenciais de ação começam a ser transmitidos até que o estímulo cesse. Potencial receptor dos corpúsculos de Pacini A deformação espacial da estrutura do corpúsculo garante a despolarização da membrana sobre a área deformada. Isso forma um potencial receptor que precisa atingir o limiar de excitação no neurônio sensitivo! O corpúsculo de Pacini possui a adaptação mais rápida de todas, seguido pelo folículo piloso. Ele envia muitos impulsos por segundo, apresentando, através do neurônio sensitivo, que o limiar está sendo atingido. CLASSIFICAÇÃO DAS FIBRAS NERVOSAS. Não é necessário, no momento, saber exatamente todas as classificações, mas sim a funcionalidade relacionada às características do neurônio. Impulsos de ações que exigem transmissão e resposta mais rápidas são transmitidas por neurônios mais calibrosos e bastante mielinizados! O oposto é verdadeiro. TRANSMISSÃO DE SINAIS DE DIFERENTES INTENSIDADES PELOS TRATOS Somação espacial: transmissão que envolve o número de fibras. Somação temporal: transmissão que envolve a frequência de estímulos. TRANSMISSÃO DE SINAIS POR GRUPOS NEURONAIS Estímulo supralimiar: estímulo alto o suficiente para atingir e ultrapassar o limiar de excitação. Estímulo sublimiar (facilitação): estímulo alto o suficiente apenas para aproximar o neurônio do limiar de excitação, portanto, fica mais fácil, para ele atingir o limiar. Obs.: a analgesia por estímulo elétrico deixa o limiar de excitação ainda mais positivo, fazendo com que ele seja ainda mais difícil de ser atingido. Portanto, impede que o impulso de dor seja gerado. DIVERGÊNCIA DE SINAIS No mesmo trato; Tratos diferentes. CONVERGÊNCIA DE SINAIS Fibras de mesma origem Fibras com múltiplas origens SINAIS EFERENTES EXCITATÓRIOS OU INIBITÓRIOS Uma mesma fibra aferente pode ter duas fibras que se ramificaram e que vão excitar ou inibir outro neurônio. Para isso, o excitatório precisa se conectar a um neurônio intermediário que, excitado, inibirá outro. REVERBERAÇÃO DE SINAIS São retroalimentativas! CLASSIFICAÇÃO DOS SENTIDOS SOMÁTICOS Mecanorreceptivas, termorreceptivas, sensação da dor, exteroceptiva, propioceptiva, propioceptiva, enteroceptiva (visceral). VIAS SENSORIAIS PARA TRANSMISSÃO Sistema coluna dorsal-lemnisco medial (mielinizadas com 30 a 110m/s). Rápidas! Sensações táteis com alto grau de discriminação! Sensações que requerem graduações finas da intensidade Sensações fásicas (vibração) Movimento contra a pele Posição das articulações Pressão relacionada à grande discriminação da intensidade da pressão Sistema anterolateral (mielinizadas até 40m/s). Lentas! Dor, calor, frio, tato e pressão grosseiros (não discriminativos), cócegas, prurido, sensações sexuais. São mais inespecíficas! Estímulo começa lá nos receptores e segue até entrar no gânglio sensitivo! Se for um neurônio sensitivo, apenas, este será de primeira ordem! Após entrar no gânglio, ele entra na medula através do corno posterior correspondente, atravessa os tratos e chega à coluna dorsal (funículo posterior), na substância branca, por onde ascende até o bulbo. Quando ele chegar ao bulbo, lá ele sofrerá um cruzamento, atravessando os tratos e núcleos, por onde subirá pelo lado oposto ao qual entrou. Isto é, se entrou pelo gânglio sensitivo direito e subiu pela coluna dorsal direita, a partir do bulbo, subirá pelo lado esquerdo até chegar ao córtex. Esse cruzamento ocorre nos núcleos grácil e cuneiforme do bulbo inferior. A partir disso, surgem os neurônios de segunda ordem! É ele que cruzará e subirá pelo lemnisco, anteriormente! Enquanto sobe pelo tronco encefálico, ele vai se tornando medial! Portanto, do lemnisco anterior, o neurônio sensitivo de segunda ordem subirá até chegar ao lemnisco medial, até chegar ao tálamo, na região ventro-basal. Ali nesse complexo, o neurônio de segunda ordem sofre mais uma sinapse, e origina o neurônio de terceira ordem, que, a partir do tálamo, subirá às diferentes áreas do córtex cerebral. O córtex é variado! Possui regiões específicas para cada atividade que existe, sendo então postuladas as áreas de Brodmann! No caso do córtex somatossensorial, dividiu-se em duas áreas mais abrangentes, haja vista a complexidade e a quantidade de áreas de Brodmann que as compõem. Portanto, existem, associadas a essas áreas, as áreas somatossensorial I e II. A área I (áreas 1, 2 e 3 de Brodmann) corresponde movimentos da coxa, tórax, pescoço, ombro, mão, dedos, língua e região intra-abdominal, enquanto a II (parte parcial da área 40 de Brodmann) abrange perna, braço e face. CAMADAS DO CÓRTEX E SUAS FUNÇÕES Existem 06 camadas de neurônios. 1. Sinais sensoriais excitam a camada IV 2. Camadas I e II recebem sinais inespecíficos e difusos de centros subcorticais. 3. Neurônios II e III enviam axônios para áreas relacionadas do lado oposto do córtex, corpo caloso. 4. Neurônios V e VI enviam axônios para estruturas profundas (tálamo, núcleos da base, tronco cerebral e medula espinal). Lesão/ressecção bilateral na área I causa perda da interpretação fina das sensações táteis. Incapacidade de: → Sensações precisas em partes do corpo; → Diferenciar graus de pressão; → Avaliar peso; → Avaliar contorno e forma (estereognosia); → Avaliar texturas. A área I é importante no processamento de informação antes de transmiti-la para a área II. ÁREA DE ASSOCIAÇÃO SOMATOSSENSORIAL Áreas 5 e 7 de Brodmann interpretam os significados mais profundos da informação sensorial! Estímulo elétrico dessa área pode fazer com que a pessoa acordada experimente sensações complexas, mesmo que não existam! Características gerais da transmissão e análise dos sinais – experimento do estímulo puntiforme Em áreas mais sensíveis Neurônios descarregam com maior frequência na parte central do campo do receptor. Ocorre retransmissão divergente dos sinais entre o local da pressão e o córtex. Isso garante a especificidade no reconhecimento e ainda pode mudar com a quantidade de neurônios que serão estimulados por divergência. Comparação entre áreas muito sensíveis e menosCom dois estímulos na pele, em áreas sensíveis, os neurônios estimulados originarão descargas em ondas individuais para cada estímulo isoladamente. Isso se deve à quantidade de neurônios sensitivos associados. No caso de áreas menos inervadas, os estímulos se unificam em uma onda mesclada, evidenciando a inespecificidade na interpretação dos estímulos locais. Sentido de posição – Propriocepção Posição estática e dinâmica. Envolve: → Receptores táteis cutâneos e profundos; → Fusos musculares; → Órgãos tendinosos de Golgi. → Corpúsculos de Pacini. O neurônio sensitivo de primeira ordem, que surge a partir do gânglio sensitivo, entra na medula pelo corno posterior, realiza a sinapse, e o neurônio de segunda ordem atravessa a substância cinzenta! O cruzamento já ocorre ali! Após isso, esse neurônio passa pela comissura medular e segue até chegar à substância branca no lado oposto ao que entrou e ascende na região anterolateral correspondente! No bulbo (trato espinorreticular) e no mesencéfalo (trato espinomesencefálico) esse neurônio ascendente receberá informações sensitivas a mais! Ao chegar ao tálamo, os neurônios sofrerão sinapses e após elas surgirão os neurônios de terceira classe. TIPOS DE DOR E SUAS QUALIDADES Dor rápida – dura 0,1 segundo. Pontual, em agulhada, aguda e elétrica. Dor lenta – dura 01 segundo ou mais. Em queimação, persistente, pulsátil, nauseante, crônica. Geralmente se associa à destruição tecidual. Receptores para dor Todos os receptores de dor são terminações livres! Estímulos mecânicos, térmicos e químicos! As substâncias que excitam o tipo químico de dor: → Bradicidina; → Serotonina; → Histamina; → Íons potássio; → Ácidos; → Acetilcolina; → Enzimas proteolíticas. VIAS DUPLAS DE TRANSMISSÃO Via aguda – Trato neoespinotalâmico. Sinais mecânicos ou térmicos. Exerce função importante no reflexo! Quanto mais rápido o estímulo, mais rápida a resposta! Após entrarem na medula através dos cornos, elas já seguem, pela via anterolateral, para o córtex motor! São bastante pontuais e localizáveis. Provável NT: Glutamato! Via lenta – Trato paleoespinotalâmico. Sinais químicos. Dor inespecífica, o paciente não consegue distinguir com precisão o local de onde parte a dor. Provável NT: Substância P! Referências Tratado de Fisiologia Médica, Guyton & Hall, 14ª ed.
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