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IBADEP - Epistolas Paulinas e Gerais

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EPÍSTOLAS 
PAULINAS E GERAIS
LIÇÃO 1
CARTAS DE 
PAULO AOS 
ROMANOS, 
GÁLATAS E 
EFÉSIOS
CARTA 
AOS 
ROMANOS
Autor: O Apóstolo Paulo
Data: Cerca de 57 d.C.
Tema: A revelação da Justiça de
Deus
Palavras-Chave: Justiça, fé,
Justificação, lei e graça.
Versículo Chave: Rm 1.16,17.
Parte do Fórum, Roma, com o Coliseu destacando-se no horizonte
Introdução
Esta Epístola é a explicação mais completa
que Paulo dá do seu modo de compreender a
natureza do Evangelho, tendo sido ele escolhido
por Deus para ser o principal expositor desse
Evangelho. Coleridge diz que é “A Obra mais
profunda que existe” A epístola aos Romanos é
uma epístola difícil de entender, por duas
razões: A primeira razão é o estilo literário de
Paulo. Tinha o hábito de começar um sentença
e depois fazia uma digressão, mais outra e
ainda outra, de modo que, em alguns casos, as
frases em vez de modificarem as que as
precedem imediatamente, modificam alguma
coisa remota, tornando difícil ver a conexão. A
outra razão é que a Epístola gira em torno de um
problema, que para nós não constitui problema,
mas que, em sua época, foi problema aceso,
causticante, a saber: Se um gentio podia ser
cristão sem se tornar um prosélito dos judeus.
Comumente, pensamos que o Cristianismo é
religião de gentios, visto que muito poucos
judeus são cristãos. Mas quando o cristianismo
começou, era uma religião judaica, e certos
líderes judeus poderosos estavam decididos
em fazê-lo continuar assim.
DATA E OCASIÃO DA EPÍSTOLA
Nos anos 57 e 58 d.C. Paulo estava em
Corinto, encerrada sua terceira viagem
missionária, às vésperas de partir para
Jerusalém, levando a oferta para os crentes
pobres, Rm 15.22-27. Uma senhora chamada
Febe, de Cencréia, subúrbio de Corinto, estava
de saída para Roma, Rm 16.1,2. Paulo aproveitou
a oportunidade para enviar por ela esta carta.
Não havia serviço postal no Império
Romano, exceto para a correspondência
oficial. O serviço de correios, como
conhecemos hoje, é de origem recente.
Naquela época a correspondência
particular tinha de ser conduzida por
amigos ou outros viajantes que por acaso
houvesse.
OBJETIVO DA CARTA
Tudo indica que os romanos tinham ouvido
boatos falsos a respeito da mensagem e da
teologia de Paulo, Rm 3.8; 6.1,2,15. Fazer saber aos
irmãos de Roma que ele estava de partida para lá.
Aliás, foi antes de Deus dizer a Paulo que o queria
em Roma, At 23.11, de modo que ele ainda não
estava certo se escaparia vivo de Jerusalém, Rm
15.31. Neste caso, parecia conveniente que ele,
apóstolo aos gentios, tivesse arquivada na Capital
do mundo gentílico uma explicação escrita de seu
modo de compreender a natureza da Obra de
Cristo.
DESTINATÁRIOS
“Todos que estais em Roma, amados de
Deus”. Paulo ainda não tinha ido lá. Chegou em
Roma três anos depois de escrita esta Epístola.
O núcleo dessa igreja formara-se,
provavelmente, dos romanos que estiveram em
Jerusalém no Dia de Pentecostes, At 2.10. No
período interino de 28 anos, muitos cristãos, de
várias partes do Oriente, por qualquer motivo
migraram para a metrópole, alguns deles
convertidos de Paulo e seus amigos íntimos,
analise o capítulo 16. Contudo, não sabemos
com certeza como e quando o Cristianismo
chegou a Roma. Em Atos 18.2 fala-se acerca de
Áquila e Priscila que pertenciam àqueles
judeus que Cláudio expulsara de Roma, cerca
de 49 d.C. No final do quarto decênio já havia
cristãos em Roma. Agostinho informa que o
Cristianismo chegou a Roma durante o governo
do Imperador Calígula, entre 37 e 41 d.C. O
martírio de Paulo, e provavelmente o de Pedro,
ocorreu em Roma, uns 8 anos depois de ser
escrita esta Epístola.
SITUAÇÃO PARA A QUAL A EPÍSTOLA FOI ESCRITA
Era a crença comum judaica de que a Lei
de Moisés era expressão da vontade de Deus e
de obrigação universal, bem como a insistência
judaica de que o gentio que quisesse ser
cristão deveria circuncidar-se e guardar a Lei.
De modo que a questão de se alguém pudesse
tornar-se cristão sem ser primeiro um prosélito
judeu jazia no fundo do espírito de cada um. A
circuncisão era o rito físico que vigorava como
cerimônia inicial da naturalização judaica.
A PRINCIPAL INSISTÊNCIA DE PAULO
A justificação do homem repousa,
fundamentalmente, não na Lei de Moisés, mas
na misericórdia de Cristo. Não é,
absolutamente, uma coisa afeta à Lei, porque o
homem, por causa de sua natureza pecaminosa,
não pode, inteiramente, corresponder às
exigências da Lei, a qual é expressão da
santidade divina. Mas provém, totalmente, de
Cristo, levado pela bondade do seu coração,
perdoar os pecados do homem. Em última
análise, a posição do homem diante de Deus
depende, não tanto do que ele tenha feito ou
possa fazer por si mesmo, mas do que Cristo fez
por ele. Por conseguinte, Cristo tem direito à
absoluta e cordial sujeição, lealdade,
obediência e devotamento de cada ser humano.
VISÃO PANORÂMICA
Seu Tema e essência: A justiça de Deus, Rm 
1.16,17.
A Justificação, um ato da graça divina, Rm 5.1
O crente morre com Cristo para o pecado, Rm 6
É liberto da luta com a justiça da Lei, Rm 7.
É adotado como filho de Deus, Rm 8.18-30
A transformação afeta a vida social, civil e moral
do indivíduo, Rm 12-14.
Romanos é a mais sistemática epístola de Paulo;
a epístola teológica por excelência do Novo
Testamento.
Romanos contém o estudo mais profundo da
Bíblia sobre a rejeição de Cristo pelos judeus, com
exceção de um remanescente, bem como sobre o
plano divino-redentor para todos, alcançando por
fim Israel, Rm 9-11.
Por fim a epístola inteira gira em torno da
história do plano de redenção de Deus em Cristo.
De maneira que Ele é o seu principal personagem.
CARTA 
AOS 
GÁLATAS
Autor: O Apóstolo Paulo
Data: Cerca de 49 d.C.
Tema: Salvação Pela Graça Mediante
a Fé.
Palavras-Chave: Graça, Evangelho, Fé,
Justificado, Promessa, Liberdade, Lei.
Versículo Chave: Gl 5.1
O trabalho de Paulo na Galácia fora muito
bem sucedido. Grandes multidões, na maior
parte de gentios, aceitaram a Cristo com
entusiasmo. Algum tempo depois de Paulo sair
dali, certos mestres judeus chegaram e se
puseram a insistir em que os gentios não
podiam ser cristãos sem guardar a Lei de
Moisés. Os gálatas deram ouvidos a essa
doutrina com a mesma disposição de alma com
que a princípio receberam a mensagem de
Paulo; e houve uma “epidemia” generalizada de
circuncisão entre esses cristãos gentios. Paulo
teve conhecimento do fato e escreveu esta
carta para dizer-lhes como eram insensatos,
pois, embora a circuncisão participasse,
necessariamente, da vida nacional judaica, não
fazia parte do Evangelho e nada tinha a ver com
a salvação. Desta forma, Paulo salvou o
Cristianismo do legalismo judaico.
DESTINATÁRIOS
“Às igrejas da Galácia”, Gl 1.2. Região da
primeira viagem missionária de Paulo. Os
limites exatos dessa região são incertos.
Incluía Icônio, Listra, Derbe, e, provavelmente,
Antioquia da Pisídia. Como preâmbulo à leitura
desta Epístola, é bom ler a narrativa do trabalho
de Paulo registrados em Atos 13 e 14. Os gálatas
eram um ramo dos gauleses, originários do
norte do Mar Negro, que se cindiram da
principal corrente migratória que se dirigiu ao
oeste, à França, e se estabeleceram no centro
da Ásia Menor no 3º Século a.C.
AUTOR
Conforme a própria Epístola foi o Apóstolo
Paulo, Gl 1.1;5.2; que em virtude de estar em jogo
a fé dos crentes, e a sua autoridade apostólica,
e principalmente o futuro do Cristianismo,
Paulo escreveu do seu próprio punho, Gl 6.11.
PROPÓSITO
Os judaizantes, uma seita dentre os
cristãos judeus que, não querendo aceitar o
ensino apostólico sobre a questão, Atos 15,
continuavam a insistir que os cristãos tinham
de ir a Deus por meio do judaísmo; que para um
gentio ser cristão precisava tornar-se judeu e
guardar a Lei judaica. Tomaram a peito visitar,
agitar e perturbar as igrejas gentílicas.
Estavam apenas resolvidos a rotular Cristo com
a marcada fábrica judaica. Contra isto Paulo se
mostrou inexorável. “Se a observância da Lei
tivesse sido imposta aos convertidos gentios,
todo o trabalho da vida de Paulo teria sido
arruinado”. A expansão do Cristianismo,
rompendo os diques de uma seita judaica, e
tornando-se religião mundial, foi a paixão
ardente de Paulo; para consegui-la, arrebentou
todos os obstáculos e pôs nisso todo o seu
esforço mental e físico durante mais de trinta
anos. O esforço por judaizar as igrejas
gentílicas tivera fim com a queda de Jerusalém
no ano 70 d.C., pela qual, ficaram cortadas todas
as relações entre o judaísmo e o Cristianismo.
Até essa época o Cristianismo era considerado
seita ou ramo do judaísmo. Daí por diante,
judeus e cristãos se separaram. Permaneceu
uma pequena seita de cristãos judeus,
chamados ebionitas, que duraram dois séculos,
a decrescer em número, mal reconhecidos
pela igreja em geral, e, pelos de sua própria
raça, havidos como apóstatas.
CIRCUNCISÃO
Do lat. circum, que significa ao redor, e,
caédere, que significa cortar; cortar em redor.
Remoção da pele que cobre a glande peniana.
Apesar de praticada também por outro
grupamentos humanos, como os árabes, por
exemplo, entre os israelitas adquiria um
significado todo especial. Através da
circuncisão, o indivíduo habilitava-se a fazer
parte do povo eleito. Em seus ensinos, Paulo
mostrou que a verdadeira circuncisão não é
externa. Mas a que se pratica no coração, Cl
2.11. Advém esta do verdadeiro arrependimento
e da verdadeira fé nos desígnios de Deus.
CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS
Gálatas é a epístola da liberdade cristã. É a
mais contundente defesa do Evangelho. Ela
revela que a fé em Cristo é suficiente. Ela
contém a descrição do fruto do Espírito, Gl
5.22,23 e a mais completa lista das obras da
carne do Novo Testamento, Gl 5.19-21. Quanto à
pessoa de Cristo, Paulo declara tanto a sua
divindade, Gl 1.1,3,16, como também sua
humanidade, Gl 3.16; 4.4. Paulo mostra que
Cristo é a substância do Evangelho, Gl 1.7
CARTA AOS 
EFÉSIOS
Autor: O Apóstolo Paulo
Data: Cerca de 62 d.C.
Tema: Cristo e a sua igreja
Palavras-Chave: Glória, corpo,
lugares celestes.
Versículo Chave: Ef 1.3
Na página seguinte mostraremos o gigantesco teatro
de Éfeso visto do alto do terceiro lance de degraus ou
assentos. Presume-se que foi neste teatro que houve o
alvoroço provocado por aqueles cujo sustento dependia da
fabricação de nichos da deusa Artêmis (a Diana dos efésios).
Estas ruínas fazem parte da igreja dedicada a João, 
construída por Justiniano no VI Século
Introdução
Paulo dedicou a vida a ensinar aos gentios
que eles podiam ser cristãos sem se tornar
prosélitos dos judeus. Em geral, isso
desagradava a estes porquanto, na sua
concepção, a Lei mosaica obrigava a todos, e
tinham preconceitos contra os gentios
incircuncisos que se atreviam a se ter na conta
de discípulos do Messias judeu. Por um lado,
Paulo ensinava aos gentios que
permanecessem firmes como rochedo na
liberdade que tinham em Cristo, como fez nas
cartas aos Gálatas e aos Romanos; por outro
lado, não queria que esses gentios tivessem
preconceitos contra os judeus, seus
companheiros cristãos, antes, queria que os
considerassem como irmãos em Cristo. Não
queria ver duas igrejas: Uma judaica e outra
gentílica, mas uma igreja, isto é, judeus e
gentios, formando uma unidade em Cristo. Seu
gesto em favor dessa unidade, visando os
elementos judaicos da igreja, foi a grande
oferta em dinheiro que levantou nas igrejas
gentílicas, ao fim de sua terceira viagem
missionária, em prol dos crentes pobres da
igreja-mãe em Jerusalém, At 21. Esperava que
esta demonstração de amor cristão levasse os
cristãos judeus a ser mais benévolos para com
os seus irmãos gentios. Seu gesto em favor
dessa mesma unidade, tendo em mira os
elementos gentílicos da Igreja, foi esta Epístola,
escrita ao principal centro de seus convertidos
gentios, onde exalta a unidade, universalidade
e grandeza indizível do corpo de Cristo. Para o
Apóstolo, Cristo era algo imenso, em quem
havia lugar não somente para as pessoas das
mais diferentes raças, pontos de vista e
preconceitos, mas que possuía o poder de
resolver todos os problemas da humanidade,
bem como levar a unir-se e harmonizar-se com
Deus não só toda a vida da sociedade e da
família, Ef 5.22-6.9, como até as miríades de
seres do universo invisível, Ef 3.10. Para Samuel
Taylor Coleridge a Epístola é “uma das
composições mais divina que existem”
DATA
Esta é uma das quatro “Epístolas da
prisão”, escritas por Paulo quando detento em
Roma (60-62 d.C); as outras foram Filipenses,
Colossenses e Filemom, conduzidas pelos
mesmos portadores, Ef 6.21; Cl 4.7-9; Fm 10-12.
Houve outra que não existe hoje, Cl 4.16.
AUTOR
Duas vezes na Epístola se diz que foi Paulo
quem a escreveu, Ef 1.1;3.1. Autoria reforçada
pelas evidências internas e externas.
PROPÓSITO
Explicar o eterno propósito e a graça de
Deus e os alvos que ele tem para a Igreja. A
principal doutrina é a salvação. Paulo, em
oração, deseja que os seus leitores cresçam na
fé, no amor, na sabedoria e na revelação do Pai
da glória.
VISÃO PANORÃMICA
A Epístola aborda em síntese dois temas
fundamentais: Primeiro, como somos redimidos
por Deus nos capítulos de 1 a 3. Segundo, Como
nós, os redimidos, devemos viver, nos capítulos
4 a 6.
CINCO CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS
1. A revelação da grande verdade teológica dos
capítulos 1-3 é interrompida por duas orações
de Paulo. A primeira em Ef 1.15-23 e a segunda
em Ef 3.14-21.
2.A expressão “em Cristo” aparece 106 vezes
nas epístolas, somente em Éfeso, aparece 36
vezes.
3.A Epístola salienta o propósito e alvo eterno
de Deus para a Igreja.
4.Há referências à várias operações do Espírito
Santo na vida do crente, Ef 1.13,14,17;2.18;
3.5,16,20;4.3,4,30;5.18;6.17,18.
5.Efésios é tida, como epístola gêmea em
virtude de das semelhanças de conteúdo, e
terem sido escritas na mesma época.
CRISTO REVELADO
Capítulo 1 – Ele é o redentor, Ef 1.7
Capítulo 2 – Ele é o pacificador que reconciliou
o homem com Deus e também entre os homens,
Ef 2.11-18
Capítulo 3 – Ele é o tesouro em que são
encontradas as riquezas inescrutáveis da vida,
Ef 3.8.
Capítulo 4 – Ele é o doador de dons ministeriais
à Igreja, Ef 4.7-11.
Capítulo 5 – Ele é o marido modelo, Ef 5.25-27,32.
Capítulo 6 – Ele é o Senhor, poderoso na batalha,
e ao mesmo tempo, a força para a vitória do seu
povo contra as astutas ciladas do maligno, Ef
6.10.
LIÇÃO 2
I E II EPÍSTOLAS 
AOS CORÍNTIOS
PRIMEIRA
EPÍSTOLA 
AOS 
CORÍNTIOS
Autor: O apóstolo Paulo
Data: 55/56 d.C.
Tema: Problemas da Igreja e suas
Soluções.
Palavras-Chave: A cruz, pecados
sexuais, dons espirituais, amor e a
ressurreição.
Versículo-Chave: I Co 13.1;14.33a.
Corinto era uma grande metrópole
comercial da Grécia, uma das maiores, mais
ricas e importantes cidades do Império
Romano, com uma população de 400.000, só
ultrapassada por Roma, Alexandria e Antioquia.
Situada no istmo da Grécia, uns 80 km de
Atenas, na principal rota comercial do Império,
pelos ancoradouros passava o comércio do
mundo. Viajar de navio naquela época era
muito perigoso, e circundar a extremidade do
sul da Grécia era muito arriscado. Para evitar
essa volta, o comércio de leste a oeste entre
Roma e a Ásia se valia do istmo de Corinto como
ponto de escala. Neste ponto, as mercadorias
eram descarregadas e atravessadas por terra
até o outro lado da estreita faixa de terra.
Corinto era uma célebre e voluptuosa cidade,
onde se defrontavam os vícios do Oriente e do
Ocidente. Aí Paulo ficou um ano e meio, tendo a
cooperação de Áquila e Priscila, I Co 16.19, bem
como de sua própria equipe, At 18.5 fundou uma
de suas maiores igrejas, bem à sombra da
filosofia de Atenas.
AUTOR
A própria epístola, I Co 1.1-2; 16.21, assim
como a tradição da igreja reconhecem Paulo
como o seu autor. Essa afirmativa, de modo
geral,não tem sido questionada. A Epístola foi
escrita mais ou menos em 55 ou 56 d.C., perto
do fim dos três anos de ministério de Paulo em
Éfeso, leia I Co 16.5-9; At 20.31.
PROPÓSITO
Uns três anos depois de sair de Corinto,
estando em Éfeso, cerca de 320 km a leste, do
outro lado do Mar Egeu, onde fazia a obra mais
maravilhosa de toda a sua prodigiosa vida, uma
delegação de líderes da Igreja de Corinto foi
enviada a essa cidade para consultá-lo sobre
alguns problemas e desordens muito sérios que
surgiram. Estéfanas, Fortunato e Acaio lhe
trouxeram uma contribuição financeira e
também a informação do que estava
acontecendo na Igreja, I Co 16.17, e sobre a
divisão Paulo fora informado pelos da família de
Cloé, I Co 1.11. E muitas outras informações fora
passada ao apóstolo por escrito. Foi quando ele
escreveu esta carta. Já antes, havia mandado
uma, de que hoje está perdida, I Co 5.9. Tudo
indica que pretendia ir a Corinto na primavera
de 57 d.C., antes do Pentecostes, I Co 16.8. Ao
escrever esta carta, Paulo tinha dois alvos em
vista:
1 – Tratar dos sérios problemas de que fora
informado.
2 – Aconselhar e doutrinar sobre vários
assuntos que os coríntios lhes havia
encaminhado por escrito.
VISÃO PANORÂMICA
O cenário da Igreja era de convertidos
vindos de um ambiente pagão, I Co 6.8-11. A
Igreja tinha muitos problemas, como a crise de
liderança que causava divisões, I Co 1.10-17.
Costumes imorais permaneciam sem solução, I
Co 5.1-6.20. Um grupo entusiasta da Igreja
alardeava seus dons espirituais, I Co 12.1-14.40.
Um grupo legalista estava preocupado com
regras de alimentação, I Co 8.1-10.32. Algumas
pessoas se comportavam mal na ceia do
Senhor, I Co 11.17-34, e outras espalhavam falsos
ensinos a respeito da ressurreição, I Co 15.1-58.
Essas questões e outras oriundas da
composição multi-étnica de gregos, romanos e
judeus e da mistura de classes sociais entre
ricos, pobres e escravos, caracterizavam uma
Igreja singular e cheia de confusão.
PROPÓSITO E TEOLOGIA
Paulo escreveu para responder às
perguntas que os coríntios lhe haviam feito,
mas ele tinha também outras preocupações.
Apesar da Igreja contar com muitos dons, I Co
1.4-7, faltava-lhe maturidade e espiritualidade, I
Co 3.1-4. Paulo queria fortalecer a Igreja nas
suas áreas de fraqueza.
Pela inspiração do Espírito Santo, ele redigiu a
explicação mais clara da ceia do Senhor que
temos na Bíblia, I Co 11.17-34, da ressurreição, I
Co 15. 1-58, e dos dons espirituais, I Co 12.1-14.40.
contudo a concentração de I Coríntios não está
em teologia da doutrina, mas em teologia
pastoral. Esta epístola trata do problema dos que
causam divisões no corpo de Cristo, I Co 1.11-3.4,
de como agir com os companheiros cristãos que
pecam, I Co 5.1-13, de questões de sexualidade no
casamento e de divórcio, I Co 7.1-40, da conduta
apropriada no culto, I Co 11.2-34, e de contendas
por causa de comida, I Co 8.1-11.1.
CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 CAPÍTULO 4
FACÇÕES NA 
IGREJA
A SABEDORIA 
DE DEUS
A GRANDEZA 
DA IGREJA
PAULO 
DEFENDE-SE
CAPÍTULO 5 CAPÍTULO 6 CAPÍTULO 7 CAPÍTULO 8
O CASO DE 
INCESTO
DEMANDAS 
JUDICIAIS -
IMORALIDADE
O CASAMENTO
COISAS 
SACRIFICADAS 
AOS ÍDOLOS
CAPÍTULO 9 CAPÍTULO 10 CAPÍTULO 11 CAPÍTULO 12
O SALÁRIO DOS 
MINISTROS
O PERIGO DA 
QUEDA -
ALIMENTOS
PARTICIPAÇÃO 
DA MULHER NO 
CULTO – A CEIA
DONS 
ESPIRITUAIS
CAPÍTULO 13 CAPÍTULO 14 CAPÍTULO 15 CAPÍTULO 16
O AMOR
LÍNGUAS E 
PROFECIAS
A 
RESSURREIÇÃO
ASSUNTOS 
PARTICULARES:
CONTEÚDO DA EPÍSTOLA
Os coríntios fizeram uma série de perguntas
a respeito do casamento. O apóstolo revela
alguns princípios que regem o casamento, I Co
7.1-7; ele responde aos casados e solteiros e
ainda fala sobre o divórcio. Pensam alguns que,
possivelmente, era viúvo, havendo perdido a
esposa quando ainda moço, por duas razões:
Uma é que ele era membro do Sinédrio, At 26.10,
onde, ao que se informa, só os casados tinham
direito de dar voto; outra é que este capítulo
parece que só podia ser escrito por alguém que
conhecesse as intimidades da vida conjugal.
SEGUNDA 
EPÍSTOLA AOS 
CORÍNTIOS
Autor: O Apóstolo Paulo
Data: 55/56 d.C.
Tema: Glória através do
Sofrimento
Palavras-Chave: Consolação,
sofrimento, ministério, glória,
poder, fraqueza.
Versículo-Chave: II Co 4.5; 5.20,21.
Paulo passara um ano e meio em Corinto,
na parte final da sua segunda viagem
missionária, cerca de 50-51 d.C., e ali fizera uma
multidão de discípulos, At 18.10,11. Depois, na
sua terceira viagem missionária, passara três
anos em Éfeso, de 54-57 d.C. Então, na primavera
de 57 d.C., ainda estando em Éfeso, Paulo
escreveu I Coríntios, I Co 16.8. Logo depois,
houve o grande tumulto no qual Paulo quase
perdeu sua vida, At 19. Deixando Éfeso, Paulo foi
para a Macedônia. Enquanto, estava na
Macedônia visitando as igrejas na região de
Filipos e Tessalônica, no meio de muita
ansiedade e sofrimento, esperando por notícias
de Corinto, Paulo encontrou Tito que estava de
volta de Corinto, com a notícia de que a carta
enviada tinha alcançado o objetivo, II Co 7.6,
mas que ainda havia líderes na Igreja que
quiseram negar que Paulo fosse um genuíno
Apóstolo de Cristo. Foi então que Paulo
escreveu esta Epístola, e a mandou pela mão de
Tito, II Co 8.6,17, antes de ele pessoalmente
viajar para Corinto. O propósito da Epístola
parece ter sido a vindicação de Paulo de sua
posição de Apóstolo de Cristo, lembrando aos
membros da Igreja que ele a fundara, e que
tinha portanto, direito de dirigi-la. Um pouco
mais tarde, Paulo chegou em Corinto, e
invernou ali, At 20.23, conforme planejara, I Co
16.5,6. enquanto estava em Corinto, escreveu
sua Epístola aos Romanos.
ACONTECIMENTOS ENTRE A 1ª E 2ª EPÍSTOLA
A reconstrução desses acontecimentos é 
útil para a compreensão dos assuntos tratados 
na Epístola; analise-os. Outrossim, tudo indica
que houve uma crise na relação entre Paulo e
os coríntios.
1 – Os coríntios provavelmente corrigiram a
maioria das situações tratadas em I Coríntios.
2 – Todavia, por causa da chegada de intrusos
(os opositores de Paulo), a condição da igreja
deteriorara, tornando necessária uma visita
dolorosa de Paulo, leia II Co 2.1;12.14;13.1,2.
3 – Tito foi enviado de Éfeso para Corinto com
uma carta severa, em que Paulo exigia que o
transgressor fosse disciplinado, II Co 2.39; 7.8-
12. Paulo instruiu a Tito para que este
organizasse a oferta para Jerusalém, II Co 8.6.
Depois deviam encontrar-se em Trôade ou na
Macedônia, II Co 2.12,13; 7.5,6.
4 – Paulo saiu de Éfeso e enfrentou dificuldades
na Ásia, II Co 1.8-11; depois atravessou a
Macedônia, organizando a oferta nas igrejas
dali, II Co 2.13; 8.1-4.
5 – Tito chegou à Macedônia com o relatório da
resposta dos coríntios à carta severa, II Co 7.5-
16.
6 – Ao saber dos novos problemas em Corinto,
Paulo escreveu a II Epístola aos Coríntios.
7 – Paulo passou vários meses em Corinto, At
20.2,3, época em que escreveu sua Epístola aos
Romanos.
IMPORTANTES CONSIDERAÇÕES SOBRE A EPÍSTOLA
O capítulo dois parece tratar-se do
indivíduo incestuoso que, na primeira Epístola, I
Co 5.3-5, Paulo ordenara que fosse entregue a
Satanás; em vista disso, desencadeou-se na
igreja uma revolta de consideráveis
proporções contra o apóstolo. Foi tão sério o
caso que ele pessoalmente se dirigiu de Éfeso a
Corinto, II Co 2.1; porém foi repelido de tal forma
que aqui diz ter sido triste a visita. Outrossim,
julga-se à vista de II Co 2.3,9; 7.8,12; 10.10,
passagens que implicam fatos não referidos
em I Coríntios, que Paulo escreveu outra carta,
entre as duas que temos, a qual hoje está
perdida. Deve ter sido bem enérgica, visto como
mudou o curso das coisas em Corinto, a tal
ponto que os que apoiavam o indivíduo
disciplinado, voltaram-se, furiosamente, contra
este, II Co 7.11. Paulo, porém, não soube disto
senão quando se encontrou com Tito, II Co 7.6,7.
Os sofrimentos, angústias e muitas lágrimas
referidasno versículo 4, foram causados não só
pela terrível experiência por que passara em
Éfeso, II Co 1.8,9, como pela amarga ansiedade
em torno da situação em Corinto. Tão aflito
estava por não encontrar Tito em Trôade,
conforme fora o plano, II Co 2.12,13, que deixou
passar esplêndida oportunidade para o
evangelho nesta cidade, para ir às pressas à
Macedônia, na esperança de achar Tito, que ele
sabia estar de caminho com notícias de
Corinto.
Nota: 
“Fragrância”, referida em II Co 2.14-16, é
uma figura de linguagem, baseada nas
procissões triunfais dos imperadores
vitoriosos, que trescalavam a incenso, quando
voltavam a Roma com extensas filas de cativos,
alguns dos quais seriam mortos e outros
recebiam permissão de continuar vivos. Assim,
levava Paulo consigo a fragrância de Deus, a
qual segundo a reação de cada um, significava
vida ou morte. Ele considerava sua vida
ministerial uma marcha triunfal.
MARTIRIZADO EM VIDA
Nesta epístola, Paulo fala muito dos seus
sofrimentos, especialmente nos capítulos 4,6, e
11. Quando de sua conversão, o Senhor lhe
dissera: “Eu lhe mostrarei quanto lhe importa
sofrer pelo meu nome”, At 9.16. Os sofrimentos
começaram imediatamente e continuaram sem
interrupção por mais de trinta anos.
1-Tramaram tirar-lhe a vida em Damasco, At 9.24
2-Tramaram tirar-lhe a vida em Jerusalém, At
9.29
3-Expulsaram de Antioquia, At 13.50.
4-Tentaram apedrejá-lo em Icônio, At 14.5
5-Apedrejaram e deram-no como morto em
Listra, At 14.19.
6-Açoitaram com varas e o puseram no tronco,
At 16.23,24.
7-Em Tessalônica, os judeus e o populacho
acometeram-no junto com o povo amotinado, At
17.5.
8-Expulsaram de Beréia, At 17.13,14.
9-Conspiraram contra ele em Corinto, At 18.12.
10-Em Éfeso, quase perdeu a vida às mãos da
turba enfurecida, At 19.29; II Co 1.8,9.
11-Depois de escrever II aos Coríntios, tramaram
sua morte em Corinto, At 20.3.
12-Por pouco não morreu em Jerusalém, At
22.22,23.
13-Depois esteve dois anos preso em Cesaréia
e dois anos em Roma.
14-Além de tudo isso, ainda houve açoites,
prisões, naufrágios e incessantes privações, de
toda espécie, que não foram escritas, II Co
11.23-27. Só uma pessoa de constituição férrea
podia suportar isso. Era como se sentisse
imortal até que realizasse sua obra!
APARÊNCIA PESSOAL DE PAULO
O capítulo 10, parece é uma resposta à
crítica feita pelos inimigos de Paulo, de ter ele
fraca aparência pessoal, II Co 10.1,10. Uma lenda
que vem do II Século diz que era homem de
estatura mediana, cabelos crespos, pernas
curtas e arqueadas, olhos azuis, grandes e
cerradas sobrancelhas, nariz comprido; era
cheio da graça e compaixão do Senhor,
algumas vezes parecendo homem, outras vezes
parecendo anjo. Outra tradição diz que era
pequeno de estatura, careca, pernas tortas,
robusto, sobrancelhas cerradas, nariz um
pouco saliente, e cheio de graça. Em resposta à
crítica de ser fraco, diz que pelo menos fundou
suas igrejas e não andava perturbando as que
outros fundaram, como faziam os seus
inimigos.
ESPINHO NA CARNE DE PAULO
Alguns versados nas Escrituras pensam
que era epilepsia. Outros acham que era febre
palustre. Outros que era uma dor de cabeça
aguda. Mas a opinião mais corrente é, sem
dúvida, que se tratava de oftalmia crônica,
doença dos olhos, que não somente era em
extremo dolorosa, como às vezes lhe dava uma
aparência repulsiva. É o que se deduz de
expressões em suas Epístolas. Catorze anos
antes de escrever esta Epístola, II Co 12.2,7, que
foi mais ou menos quando entrava na Galácia,
em sua primeira viagem missionária, foi
acometido por uma enfermidade física, Gl 4.13,
de tão repelente aspecto que se constituía
séria tentação para qualquer pessoa em sua
presença, Gl 4.14. Os gálatas teriam-lhe dado
seus próprios olhos, Gl 4.15. Por que “olhos”, se
não era isso que ele precisava de modo
particular? As letras grandes de sua escrita
costumeira, Gl 6.11, podiam ter sido causadas
por sua vista fraca, razão por que ditava suas
cartas a alguns assistentes.
CONTEÚDO DA II EPÍSTOLA AOS 
CORÍNTIOS
CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 CAPÍTULO 4
CONSOLO DE 
PAULO NO 
SOFRIMENTO
O CASO DA 
DISCIPLINA
A GLÓRIA DO SEU 
MINISTÉRIO
SOFRIMENTO 
MINISTERIAL
CAPÍTULO 5 CAPÍTULO 6 CAPÍTULO 7 CAPÍTULO 8
ESPERANÇA DA 
GLÓRIA FUTURA
AS DIFICULDADES 
DE PAULO E 
EXORTAÇÃO À 
SANTIDADE
INFORMAÇÃO DE 
TITO E ALEGRIA 
DE PAULO
A OFERTA PARA A 
IGREJA MÃE
CAPÍTULO 9 CAPÍTULO 10 CAPÍTULO 11 CAPÍTULO 12
ESTÍMULOS PARA 
A OFERTA.
APARÊNCIA 
PESSOAL DE 
PAULO –
AUTORIDADE 
APOSTÓLICA
PAULO E OS 
FALSOS 
APÓSTOLOS E 
SOFRIMENTOS 
PELO EVANGELHO
A VISÃO DO 
PARAÍSO E O 
ESPINHO NA 
CARNE
CAPÍTULO 13
ADVERTÊNCIAS E 
SAUDAÇÕES 
FINAIS
LIÇÃO 3
CARTAS DE PAULO AOS 
FILIPENSES, AOS 
COLOSSENSES, 1ª E 2ª AOS 
TESSALONICENSES, 1ª E 2ª A 
TIMÓTEO, A TITO E A 
FILEMOM
CARTA AOS 
FILIPENSES
Autor: O Apóstolo Paulo
Data: Cerca de 62/63 d.C.
Tema: Alegria de Viver por Cristo
Palavras-Chave: Alegria, regozijar
Versículo-Chave: Fp 4.4
INTRODUÇÃO:
Não é fácil dar o assunto desta Epístola.
Versa sobre uma porção de assuntos à
maneiras de carta. Contudo, como o que lhe deu
ocasião foi o recebimento de uma oferta em
dinheiro, feita por uma das igrejas de Paulo,
destinada a ajudá-lo em sua obra missionária
no estrangeiro, podemos denominá-la “Carta
Missionária. Em regra, Paulo não recebia
pagamento do seu trabalho, porém mantinha-
se trabalhando no seu ofício de fabricante de
tendas, visto haver muitos inimigos e falsos
mestres que abusariam do seu exemplo ou lhe
atribuíam má intenção. A única igreja de que
ele recebeu pagamento, ao que saibamos, foi a
de Filipos. Pelo menos duas vezes mandaram-
lhe oferta quando ele estava em Tessalônica, Fp
4.16; e também quando estava em Corinto, II Co
11,9, e agora em Roma, Fp 4.18.
A CIDADE DE FILIPOS
Cidade estratégica, da Macedônia, parte
norte do que conhecemos por Grécia. Notável
por suas minas de ouro. Foi nas planícies de
Filipos, por volta de 42 a.C., que se feriu a
batalha na qual, com a derrota de Bruto e
Cássio, a república romana caiu e nasceu o
império romano. Augusto, em apreciação pelo
fato, fez dela uma colônia romana.
A IGREJA DE FILIPOS
Foi a primeira igreja de Paulo na Europa.
Fundada cerca de 50 d.C., no princípio de sua
segunda viagem missionária, At 16. Lídia e o
carcereiro estavam entre os convertidos. Lucas
se uniu à comitiva de Paulo em Trôade, e ficou
em Filipos, para se unir novamente à comitiva
algum tempo depois, leia At 16.10;16.40; 20.6.
Não sabemos se ficou exercendo o ministério
pastoral ou a profissão de médico. De qualquer
maneira, contribuiu para o desenvolvimento do
caráter sem defeito da igreja de Filipos, Igreja
tida como a mais fiel de todas as igrejas do
Novo Testamento.
O MOTIVO DA CARTA
Paulo estava em Roma, por volta de 62/63
d.C., aproximadamente dez anos depois de ter
fundado a Igreja de Filipos, e uns três ou quatro
após sua última visita a ela. Aparentemente, por
algum tempo, não teve notícias dessa igreja; é o
que se infere da expressão usada pelo Apóstolo
em Fp 4.10. Foi quando Epafrodito chegou, da
distante Filipos com uma oferta em dinheiro.
Paulo ficou muito sensibilizado e
profundamente grato. Epafrodito quase ia
perdendo a vida ao viajar nesse serviço
prestado a Paulo. Quando se restabeleceu, o
Apóstolo o enviou de volta com esta bela carta,
Fp 2.25-30;4.18.
CONTEÚDO DA EPÍSTOLA
CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 CAPÍTULO 4
O Evangelho 
em Roma
A Humildade de 
Cristo. O Alvo celestial Alegria
CARTA AOS
COLOSSENSES
Autor: O Apóstolo Paulo
Data: Cerca de 62 d.C.
Tema: A Supremacia de Cristo
Palavras-Chave: Plenitude,
Sabedoria, Conhecimento,
Mistério.
Versículos-Chave: Cl 1.18-29;2.10.
Colossos era uma cidade da Frígia. Alguns
naturais dela estiveram em Jerusalém no dia de
Pentecostes, At 2.10. Paulo atravessou essa
região tanto na segunda como na terceira
viagemmissionária, At 16.6; 18.23, contudo há
indícios de que Paulo não teve oportunidade de
ir à Colossos, Cl 2.1. É possível que seja fruto do
trabalho do apóstolo em Éfeso, At 19.10, visto
que Colossos ficava perto das fronteiras da
Ásia, a uns 160 km a leste de Éfeso. Epafras, Ef
1.7; 4.12,13 pode ter sido evangelizado por Paulo
e fundador da Igreja nesta cidade.
OCASIÃO E PROPÓSITO
Paulo estava preso em Roma, ocasião em
que chegou Epafras, vindo de Colossos e por
razões que desconhecemos, acabou ficando
também preso em Roma, Fm 23. Epafras, o
possível pastor de Colossos levou a Paulo a
notícia de uma perigosa heresia que se
propagava na Igreja. Foi então que escreveu esta
carta, enviando-a por mãos de Tíquico e
Onésimo, Cl 4.7-9, os quais levaram também a
carta aos Efésios e outra a Filemom, Ef 6.21. O
principal propósito da Epístola era combater a
heresia e os falsos mestres em Colossos.
HERESIA DE COLOSSOS
Parece tratar-se de uma mistura das
religiões grega, judaica e orientais, espécie de
culto de “pensamentos esotéricos”, que se
apresentava sob o nome de “filosofia”, Cl 2.8,
inculcando o culto dos anjos como
intermediários entre Deus e o homem, Cl 2.18, e
insistindo na rígida observância de certas
exigências judaicas, indo quase ao ponto do
ascetismo, Cl 2.16,21, tudo isso exposto em frases
retumbantes de uma pretensa superioridade, e
tudo como parte do Evangelho de Cristo.
SEMELHANÇA COM EFÉSIOS
Colossenses e Efésios foram escritas ao
mesmo tempo. Encerram declarações
cuidadosamente elaboradas das grandes
doutrinas do Evangelho, para serem lidas em
voz alta nas igrejas, e são muito semelhantes
entre si, em muitas passagens. Seus principais
temas, porém, são de todo diferentes, enquanto
a Epístola aos Efésios aborda sobre a unidade e
grandeza da Igreja, a Epístola aos Colossenses
aborda sobre a divindade e plena suficiência
de Cristo.
CONTEÚDO DA EPÍSTOLA
CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 CAPÍTULO 4
A Divindade de 
Cristo
Cristo Todo-
Suficiente
Vida em 
Cristo
Assuntos 
Particulares
I CARTA AOS
TESSALONICENSES
Autor: O Apóstolo Paulo
Data: Cerca de 51 d.C.
Tema: A Volta de Cristo
Palavras-Chave: Vinda, Fé,
Agradecimento, Esperança e
Caridade.
Versículo-Chave: I Ts 1.9,10.
A Igreja de Tessalônica foi fundada na
segunda viagem missionária de Paulo após
deixar Filipos, At 17.1-9. Tudo indica que Paulo
começou o trabalho nessa cidade pregando por
três sábados seguidos na sinagoga dos judeus,
At 17.2. O tempo que Paulo passou em
Tessalônica foi de muito trabalho, I Ts 2.9;II Ts
3.8, de maneira que não teve tempo suficiente
para instruir plenamente a Igreja. Expulso de
Tessalônica, dirigiu-se a Beréia, uns 80 km ao
oeste. Logo, porém, foi tangido também daí,
deixando Silas e Timóteo.
Ao chegar a Atenas, 320 km ao sul, sozinho,
mandou recado a Beréia para que esses dois
amigos fossem ter com ele o mais breve
possível, At 17.14,15. Chegando eles a Atenas,
Paulo cheio de ansiedade pela jovem igreja de
Tessalônica, imediatamente mandou Timóteo
de volta para lá. Quando este regressou, Paulo
tinha saído de Atenas para Corinto. Timóteo
trouxe a notícia de que os cristãos
tessalonicenses estavam suportando suas
perseguições com bravura, mas que alguns
haviam falecido e os outros estavam
embaraçados para saber como esses falecidos
lucrariam alguma coisa da vinda do Senhor,
doutrina esta a que Paulo, evidentemente, tinha
dado ênfase especial quando estivera com
eles. Foi então que o Apóstolo escreveu esta
carta para dizer-lhes, principalmente, que os
que morreram em Cristo não perderão nada
quando o Senhor vier.
A CIDADE DE TESSALÔNICA
Situada a pouco menos de 160 km a
sudoeste de Filipos, era a capital, cidade
principal e porto da província romana da
Macedônia. Uma grande cidade com cerca de
200.000 habitantes, havia ali uma grande
colônia judaica, cujos membros movidos de
inveja levantaram uma terrível perseguição, At
17.1-9. Tessalônica é a atual “Saloniki”. Situada
no ângulo N.O. do Mar Egeu, defronte de belo
ancoradouro, numa planície rica e bem
irrigada, sobre a grande estrada militar
setentrional que se estendia de Roma ao
Oriente. De lá se avistava o Monte Olimpo,
habitação dos deuses gregos. Era a cidade
principal nos dias de Paulo, e hoje ainda é uma
cidade próspera.
O PROPÓSITO DA CARTA
Embora esteve lá por pouco tempo, Paulo
revolucionou a cidade. Seus inimigos
acusaram-no de “transtornar o mundo”, At 17.6.
Numerosa multidão de gregos piedosos e
muitas mulheres distintas creram, At 17.4. O
sucesso desse trabalho foi noticiado por toda a
Grécia, I Ts 1.8,9. Portanto, ao escrever Paulo
teve como objetivo, expressar sua alegria pela
fé e perseverança dos tessalonicenses em
meio à perseguição, instruí-los na santidade e
na vida piedosa, e tirar as dúvidas com relação
à doutrina do arrebatamento e ressurreição
dos mortos.
CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 CAPÍTULO 4
A Fama da 
Igreja
A conduta do 
Apóstolo
O Relatório de 
Timóteo
Imoralidade, 
Amor, e a vinda 
do Senhor
CAPÍTULO 5
A Vinda do 
Senhor
O CONTEÚDO DA EPÍSTOLA
II CARTA AOS
TESSALONICENSES
Autor: O apóstolo Paulo
Data: Cerca de 51 ou 52 d.C.
Tema: A volta de Cristo
Palavras-Chave: Dia do
Senhor, Homem do Pecado,
Tradição.
Versículo-Chave: II Ts 2.15
Nesta carta temos outras instruções sobre
a vinda do Senhor. Possivelmente escrita
poucas semanas ou meses, depois da primeira
epístola. Na primeira, Paulo falara da vinda do
Senhor como sendo súbita e inesperada. Nesta,
ele explica que não ocorrerá senão depois da
apostasia. O seu propósito na segunda carta
era animar seus novos convertidos que
enfrentavam perseguições, exortá-los a dar
bom testemunho cristão e a trabalhar cada um
pelo seu sustento e corrigir certos erros
doutrinários sobre os eventos dos tempos do
fim, com relação ao dia do Senhor, ou dia de
Cristo, II Ts 2.2
CONTEÚDO DA EPÍSTOLA
CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3
O Dia do Senhor A Apostasia
Os desordeiros
II Ts 3.6-15
I CARTA A 
TIMÓTEO
Autor: O Apóstolo Paulo
Data: Cerca de 65 d.C.
Tema: A Sã Doutrina e a Piedade
Palavras-Chave: Cuidado, Vigilância,
Força, Compromisso.
Versículos-Chave: I Tm 3.15; 4.12. 
I e II Epístola a Timóteo e a Tito são,
comumente chamadas “Epístolas Pastorais”.
Prevalece a opinião de que foram escritas entre
a primeira e a segunda prisão de Paulo, entre
64 a 67 d.C.. Alguns críticos racionalistas
modernos têm aventado a teoria de que tais
cartas foram obra de algum autor
desconhecido, que, trinta a cinqüenta anos
depois da morte de Paulo, as escreveu usando o
nome deste, para inculcar certas doutrinas. Não
há base histórica para essa opinião. Desde o
princípio, estas Epístolas têm sido
consideradas como escritos genuínos de
Paulo.
QUEM ERA TIMÓTEO
Natural de Listra, at 16.1. sua mãe era judia
e seu pai, grego. O nome da mãe, Eunice; o da
avó, Loide, II Tm 1.5. Foi um convertido de Paulo, I
Tm 1.2. Juntou-se ao apóstolo em sua segunda
viagem missionária, cerca de 50 d.C., At 16.3.
sua escolha foi indicada por Deus, I Tm 1.18. Foi
separado pelos presbíteros e Paulo, I Tm 4.14; II
Tm 1.6. Acompanhou Paulo a Trôade, Filipos,
Tessalônica, Beréia. Demorou nesta última
cidade até que Paulo o mandasse chamar a
Atenas, At 17.14,15. Depois o Apóstolo o enviou
de volta a Tessalônica, I Ts 3.1,2. Quando
regressou, Paulo tinha ido a corinto, At 18.5; I Ts
3.6. Ajudou a escrever as Cartas aos
tessalonicenses, I Ts 1.1; II Ts 1.1. Mais tarde,
Paulo o enviou de Éfeso a Corinto, I Co 4.17. O
Apóstolo juntou-se a ele na Macedônia e ele
ajudou a escrever II Coríntios, At 19.22; II Co 1.1.
Acompanhou Paulo até certo ponto na viagem a
Jerusalém, At 20.4. Se acompanhou Paulo até
em todo trajeto até Jerusalém e Roma não está
declarado, mas aparece com Paulo nesta
última cidade, Fp 1.1; 2.19-22; Cl 1.1; Fm 1. Mais
adiante, está em Éfeso, onde recebe esta
Epístola. É chamado comurgência aRoma, II Tm
4.9. Se chegou lá antes da morte de Paulo não
se sabe. É mencionado em Hb 13.23 como
havendo sido solto da prisão. Era tímido e
retraído por natureza; não capaz como Tito de
tratar com pessoas que provocaram
perturbações. Não gozava de muito boa saúde, I
Tm 5.23. Ele e Lucas foram os dois
companheiros mais constantes do Apóstolo.
Este amava-o, devotadamente, e sem ele sentia-
se desolado. Diz a tradição que, depois da morte
de Paulo, esteve a cargo de Timóteo cuidar da
Igreja de Éfeso, e que sofreu o martírio ao
tempo de Nerva ou Domiciano. Nesta caso, teria
sido cooperador do Apóstolo João em Éfeso.
ÉFESO
Foi aí que Paulo realizou o seu maior
trabalho, por volta de 54-57 d.C., At 19. Uns
quatro anos depois de sair dali,
aproximadamente em 62 d.C., estando preso em
Roma escreveu a Epístola à Igreja dessa
cidade. Cerca de três anos depois, isto é, em 65
d.C., dirigiu esta Epístola a Timóteo a respeito
do trabalho em Éfeso. Mais tarde, nesta cidade
veio a residir João, onde escreveu seu
Evangelho, suas Epístolas e o Apocalípse. Nesta
cidade foi grande o número de convertidos, e
consta que nos anos seguintes o número
continuou aumentando. Segundo a história
cinqüenta anos depois, os cristãos se tornaram
tão numerosos que os templos pagãos quase
ficaram abandonados. Portanto, Éfeso veio a ser
o centro da cristandade. Não havia edifícios
para as igrejas, os templos somente
começaram a ser edificados duzentos anos
depois da época de Paulo, quando Constantino
pôs fim às perseguições aos cristãos. A Igreja
em Éfeso se reunia em pequenos grupos em
centenas casas espalhadas pela cidade,
situação que exigia um grande número de
presbíteros, At 20.17. A princípio, o trabalho de
Timóteo foi junto aos presbíteros que apesar de
trabalharem sem seminários, sem templos e a
despeito das perseguições, a Igreja fez mais
rápido progresso do que em outra qualquer
época depois, porque conservava a mente nos
fatos essenciais e não nas superficialidades do
Cristianismo.
CONTEÚDO DA EPÍSTOLA
CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3
Falsos Mestres A Oração. O Lugar das 
Mulheres
Bispos e diáconos
CAPÍTULO 4 CAPÍTULO 5 CAPÍTULO 6
A apostasia 
vindoura. O Trabalho 
de um ministro
Viúvas. 
Presbíteros
Sobre os Escravos, e 
o Desejo de 
Riquezas
II CARTA A 
TIMÓTEO
Autor: O Apóstolo Paulo
Data: Cerca de 67 d.C.
Tema: Perseverança Inabalável na
Fé
Palavras-Chave: Batalha, Instrução,
Responsabilidade.
Versículos-Chave: II Tm 3.14-17; 4.1-5
Na segunda Epístola de Paulo a Timóteo,
temos a última Palavra de Paulo, e
conseqüentemente, seu brado de triunfo na
hora da morte. O livro de Atos termina com
Paulo na prisão em Roma, por volta do ano 64
d.C. A crença comum é que ele foi absolvido,
voltou à Grécia e à Ásia Menor, mas mais
adiante foi novamente preso possivelmente em
Trôade, II Tm 4.13, e levado de volta a Roma.
Desta vez foi pelos agentes do imperador e não,
como da primeira vez, pelos judeus. Agora como
criminoso, II Tm 2.9, não como antes, por
alguma violação técnica da lei judaica. Tudo
leva a crer que pode ter sido em relação com o
incêndio de Roma. A perseguição neroniana
surgiu em virtude do grande incêndio de Roma,
ocorrido em 64 d.C. O próprio Nero incendiou a
cidade. Apesar de ser um monstro, foi grande
construtor. Foi para construir uma nova Roma,
maior, que pôs fogo à cidade, e ainda tocava
rabeca, com júbilo, à vista do incêndio. O povo
suspeitou dele e os historiadores são
unânimes em declarar que foi ele quem
perpetrou o crime. Com o fim de afastar de si a
suspeita, acusou os cristãos, e por ser Paulo o
líder mundial do Cristianismo, acredita-se que
foi devido a esta acusação que foi executado lá
por volta de 66 ou 67 d.C. Enquanto aguardava
no cárcere em Roma, o tempo de sua partida,
escreveu esta última carta a Timóteo, seu
amigo íntimo e cooperador de confiança,
pedindo que ficasse fiel, a despeito de tudo, ao
que lhe fora confiado como ministro de Cristo, e
se apressasse a estar em Roma antes do
inverno, II Tm 4.21. A nota da fé triunfante de
Paulo nessa hora escura é uma das mais
nobres passagens das Escrituras. Estava
próximo de ser executado por um crime que
não cometera. Seus amigos o abandonaram,
deixando-o sofrer sozinho. A causa pela qual
entregara sua vida estava sendo arrasada pela
perseguição no Ocidente e no Oriente,
resvalava para a apostasia. Entretanto, nem
uma palavra de pesar emitiu por haver
entregue sua vida ao serviço de Cristo e da
Igreja. Nada que indicasse dúvida quanto a
partir direto para os braços daquele a quem
amara e servira tão devotadamente, no instante
em que lhe decepassem a cabeça; muito pelo
contrário, de posse da pena, registra
solenemente as palavras mais tocantes de
todas as Epístolas:
“Combati o bom combate, acabei a carreira, 
guardei a fé”, II Timóteo 4.7
CONTEÚDO DA EPÍSTOLA
CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3 CAPÍTULO 4
Conheço 
Aquele em 
Quem tenho 
Crido
Conselho a 
Timóteo
Tempos 
Difíceis
As Últimas 
Palavras de 
Paulo
CARTA A TITO
Autor: O Apóstolo Paulo
Data: Cerca de 65/66 d.C.
Tema: A Sã Doutrina e as Boas
Obras
Palavras-Chave: Diligência,
Compromisso, Responsabilidade.
Versículos-Chave: Tt 2.11-14.
Tito era grego; acompanhou Paulo a
Jerusalém; contra sua circuncisão esse
apóstolo se manifestou firmemente, Gl 2.3-5. Foi
um dos convertidos de Paulo, Tt 1.4. Alguns anos
mais tarde, aparece com o apóstolo em Éfeso,
de onde é enviado a Corinto para investigar
certas desordens e iniciar o levantamento da
oferta para os crentes pobres de Jerusalém, II
Co 8.6,10. Regressando de Corinto, encontrou
Paulo na Macedônia e, depois de lhe expor a
situação, foi mandado de volta àquela cidade,
na frente do apóstolo, levando a segunda
Epístola aos Coríntios, para preparar o caminho
à ida de Paulo e terminar o levantamento da
oferta, II Co 2.3,12,13;7.5,613,14;8.16,17,18,23; 12.
14,18. O fato de ser Tito escolhido para
investigar a situação aflitiva em Corinto indica
que Paulo devia considerá-lo um líder cristão
de muita capacidade, prudente e maneiroso. A
outra vez que ouvimos dele, uns 7 ou 8 anos
mais tarde, é nesta Epístola, que é escrita, por
volta de 65 d.C. está em Creta. A expressão
“deixei-te em Creta”, Tt 1.5, mostra que Paulo
estivera lá com ele. O navio de Paulo, na viagem
a Roma, At 27, tocou, na costa sul de Creta, mas é
pouco provável que foi dessa vez que deixou
Tito ali. A opinião dominante é que, depois de
solto de sua primeira prisão em Roma, cerca de
64 d.C., Paulo saiu na direção leste, incluindo
Creta no seu itinerário. Depois de pôr em ordem
as coisas nas igrejas cretenses, Tito devia ser
substituído por Ártemas ou Tíquico, pedindo-
lhe Paulo, que fosse encontrá-lo em Nicópolis,
na Grécia ocidental, Tt 3.12. A última notícia que
temos dele está em II Tm 4.10, onde se diz que
saíra de Roma para a Dalmácia. Parece que se
juntou a Paulo e estava com ele quando foi preso,
acompanhando-o a Roma. Se abandonou o
apóstolo naquela hora de perigo e solidão, devido
aos riscos ameaçadores, ou se Paulo o mandou
terminar a evangelização da costa N.O. da Grécia,
não sabemos. Esperamos que esta última hipótese
se tenha dado, porque era bom e grande homem.
Reza a tradição que ele veio a ser bispo de Creta e
morreu tranqüilamente em idade avançada. A
igreja de Creta foi fundada por Paulo, porque este
evitava edificar sobre fundamentos lançados por
outros, contudo, no Dia de Pentecostes, havia
cretenses em Jerusalém, At 2.11.
PROPÓSITO
1. Ajudar as igrejas a crescerem na fé, no
conhecimento da verdade e em santidade, Tt
1.1
2.Pôr em ordem o que Paulo deixara
inacabado nas igrejas de Creta, inclusive a
instituição de presbíteros, Tt 1.5;
3.Silenciar os falsos mestres, Tt 1.11
4.Voltar à companhia de Paulo, uma vez
substituído por Ártemas ou Tíquico, Tt 3.12.
ILHA DE CRETA
Uma ilha, também conhecida por Cândia, a
S.E. da Grécia,entre os mares Egeu e
Mediterrâneo, tendo uns 240 km de extensão, 11
a 48 de largura. Montanhosa, mas os seus vales
eram férteis, populosos e ricos; era a Ilha das
Cem Cidades. Sede de uma civilização antiga e
poderosa, que já no alvorecer da história grega
se tornara lendária. Seu monte mais alto, Ida,
era famoso como local legendário do
nascimento de Zeus, o deus grego. Cidade do
semi-lendário legislador Minos, filho de Zeus, e
do fabuloso Minotauro. Seu povo era
aparentado com os filisteus, julgando-se que
eram os mesmos queretitas, I Sm 30.14.
Navegantes afoitos e famosos arqueiros, de
muito má reputação moral.
CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2 CAPÍTULO 3
Instituição de 
Presbíteros e sobre 
os falsos mestres.
Boas Obras Boas Obras
CONTEÚDO DA EPÍSTOLA
CARTA A 
FILEMOM
Autor: O Apóstolo Paulo
Data: Cerca de 62 d.C.
Tema; Reconciliação
Palavra-chave: Irmão
Versículos-Chave: Fm 17-19
Filemom era um cristão de Colossos, dos
convertidos de Paulo, pessoa abastada. Em
sua casa reunia-se uma igreja. Parece que
ele e Paulo eram amigos íntimos. E
Onésimo era o nome de um escravo de
Filemom. É possível que fosse um jovem
muito talentoso. O exército romano, em
suas excursões, muitas vezes capturava
moços e moças dos melhores e muito
inteligentes, e levava-os para vendê-los
como escravos.
OCASIÃO DA CARTA
Uns quatro ou cinco anos depois que Paulo
deixara aquela parte do mundo e estava preso
em Roma. Onésimo, ao que parece, furtara
algum dinheiro do seu senhor, Filemom, e fugira
para Roma. Uma vez ali, talvez havendo j[á
gastado o dinheiro que furtara, conseguiu
encontrar Paulo. É possível que tivesse
começado a gostar dele na casa do seu senhor,
anos antes. Não é provável que o encontrasse,
casualmente, numa cidade de 1.500.000
habitantes. Paulo persuadiu-o a ser cristão e
enviou-o de volta a seu senhor, levando esta
carta, cujo objetivo era pedir a Filemom que
perdoasse o escravo fugitivo e o recebesse
como irmão em Cristo, oferecendo-se Paulo
para restituir o dinheiro furtado. A carta é um
mimo de cortesia, tato, delicadeza e
generosidade, culminando com um comovente
apelo a Filemom para que recebesse Onésimo
como se fosse o próprio Paulo, 17
A RECEPÇÃO DO ESCRAVO
A Bíblia não dá nenhuma idéia de como
esse senhor recebeu o escravo de volta.
Há porém, uma tradição que diz ter sido
recebido por Filemom, que, compreendendo
qual era a intenção velada por Paulo, deu-lhe
alforria. É assim que o Evangelho faz. Cristo, no
coração do escravo, fê-lo reconhecer as praxes
sociais de sua época e voltar a seu senhor,
resolvido a ser bom escravo e a viver como tal.
O mesmo Cristo, no coração do senhor, fê-lo
reconhecer o escravo como irmão na fé e dar-
lhe a liberdade. Há, ainda, uma tradição de que
Onésimo, depois, veio a ser bispo da Igreja de
Beréia
LIÇÃO 4
CARTAS GERAIS
AOS HEBREUS E 
TIAGO
CARTA AOS 
HEBREUS
Autor: Desconhecido
Data: Cerca de 67 – 69 d. 
Tema: Um Melhor Concerto
Palavra-Chave: Melhor
Versículo-Chave: Hb 4.14
AUTORIA
Eusébio, historiador da Igreja primitiva,
cita o erudito Orígenes, dizendo: “Só Deus sabe
quem realmente escreveu a Epístola aos
Hebreus. Apesar desse veredicto, muitas e
diferentes opiniões têm sido levantadas sobre
a autoria. Os cristãos do Império Romano
oriental consideravam Paulo o autor. O livro de
Hebreus contém afirmações semelhantes à
visão de Paulo da preexistência e do papel de
Cristo na criação, compare Hb 1.1-4 com Cl 1.15-
17. Por outro lado, Hb 8.6 e II Co 3.4-11 discutem a
nova aliança. Esses fatores levaram alguns
observadores a considerar Paulo o autor. Já os
cristãos do Império Romano ocidental
questionaram desde o início a autoria paulina
de Hebreus. Para eles, a afirmação de Hb 2.3 dá
a entender que o autor não era um apóstolo.
Embora, Tertuliano defendeu Barnabé como o
autor, pelo fato de ser levita; Martinho Lutero
propôs Apolo, devido a sua eloqüência, At 18.24;
Adolfh Harnack, historiador do século XIX,
mencionou Priscila, esposa de Áquila, como
autora, mas, nenhum desses nomes puderam
ser confirmados. É melhor dizer que o autor é
desconhecido.
DATA
O Escritor usou verbos no tempo presente
em Hb 10.11, para descrever o ministério dos
sacerdotes no templo em Jerusalém. Isso é um
indicador de que os sacrifícios ainda estavam
sendo oferecidos nos dias do escritor. O
exército romano destruiu o templo no ano 70
d.C. a perseguição intensa em dias anteriores
parecia próxima, leia Hb 10.32-34 e Timóteo
ainda estava vivo, Hb 13.23. Portanto, a melhor
opção para a data, é a última metade da década
de 60, antes da destruição do templo; mais
precisamente entre 68 e 69 d.C.
DESTINATÁRIOS
Não há dúvida de que os judeus cristãos
foram os primeiros leitores do livro. Há indício
de que tais judeus não viviam na Palestina, leia
Hb 2.3. Outrossim, os destinatários tinham
recursos suficientes para ajudar outros
crentes, enquanto os cristãos palestinos eram
pobres e precisavam de ajuda, At 11.27-30;
Rm 15.26. A expressão “os da Itália vos saúdam
em Hb 13.24”, soa como se os italianos longe de
casa estivessem enviando saudações aos
amigos em Roma. Isso é um indício de que a
Epístola foi enviada aos judeus cristãos de Roma.
TEMA
A SUPERIODADE DE CRISTO
O Escritor mostra que Cristo é superior a
cada aspecto da religião do Antigo Testamento.
Entender esse princípio poderia evitar que os
leitores abandonassem a Cristo, retornando ao
judaísmo, Hb 10.26-29.
PROPÓSITOS
Independentemente de onde viviam, os
destinatários eram bem conhecidos do escritor.
Ele os descreve como generosos, Hb 6.10, porém,
imaturos, Hb 5.11-14. E estava ciente da
perseguição que sofriam, Hb 10.32-34; 12.4, e
planejava em breve, visitá-los, Hb 13.19,23. O
escritor repreende os seus leitores por não se
reunirem o bastante, Hb 10.24,25, e adverte-os do
perigo de cair em pecado, Hb 3.12-14. Eles
pensavam em voltar ao judaísmo, e o autor
adverte-os contra a apostasia, Hb 6.4-9; 10.26-31.
Em suma, o seu propósito era fortalecê-los na
fé, a fim de que alcançassem a maturidade
espiritual.
TEOLOGIA
O Escritor apresenta Jesus como humano,
Hb 2.18, como sendo tentado, Hb 4.15, obediente
até a morte, Hb 3.2; 13.12, destacando o valor da
obediência, Hb 5.8. E finalmente mostra a
superioridade do sacrifício de Cristo em
relação aos sacrifícios da Antiga Aliança, Hb
10.1-4,11-14.
CRISTO É O RESPLENDOR DA GLÓRIA DE DEUS.
“O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a 
expressa imagem da sua pessoa, e sustentando 
todas as coisas pela palavra do seu poder, 
havendo feito por si mesmo a purificação dos 
nossos pecados, assentou-se à destra da 
Majestade, nas alturas; “ Hebreus 1.3
O sol não pode existir sem emitir os seus
raios, portanto, os raios solares são
exatamente a manifestação do sol, de maneira
que se não fosse o seu resplendor jamais
teríamos conhecimento da sua existência;
aliás, sem eles, nem mesmo a vida na terra
seria possível. Da mesma forma Deus é o sol
central, e na Antiga Aliança ele revelou por
várias vezes e de muitas maneiras a sua glória,
de maneira que era impossível negar a sua
existência. Desde que a sua voz ecoou
retumbantemente na escuridão do abismo da
terra caótica, dizendo: Haja Luz !!! Gn 1.3 Os seus
fulgurantes raios rasgaram as mais gélidas e
densas trevas do pecado; e a partir daí, a sua
glória refulgia-se na própria natureza, Sl 19.1,
nos pactos e alianças, Gn 15.17,18; na coluna de
fogo no deserto, Ex 13.21; na nuvem que cobriu o
tabernáculo, Ex 40.38, nas revelações
proféticas, Ez 1.1-28, na dedicação do templo, II
Cr 7.1,2, etc. Porém, assim como há dias em que
os raios solares quase não são percebidos, nas
dispensações passadas a glória de Deus
resplandeceu, mas não em toda a sua
intensidade. Apesar de ser perceptível na
Antiga Aliança, ela não se manifestou em toda a
sua plenitude e intensidade, até porque, a
Antiga Aliança era caracterizada pelas sombras
das coisas futuras,Cl 2.16,17, mas vindo a luz
verdadeira que alumia todo homem que vem ao
mundo, Jo 1.9, a plenitude da glória de Deus foi
vista, como nos afirma o texto sagrado:
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e 
vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do 
Pai, cheio de graça e de verdade” João 1.14
Assim sendo, a igreja qual lua iluminada,
atravessa triunfantemente as noites mais
escuras da história da humanidade, em demanda
da cidade que não necessita de sol nem de lua,
para que nela resplandeçam, porque a glória de
Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua
lâmpada, Ap 21.23; 22.5.
CRISTO SUPERIOR AOS ANJOS
Os hebreus reverenciavam aos anjos de tal
forma que chegavam a considerá-los como
deuses; e firmavam esse conceito no próprio
texto sagrado, pois no Salmos 97.7, João Ferreira
de Almeida traduziu o termo hebraico “elohim”
para “deuses” , porém o tradutor Antônio
Pereira de Figueiredo, traduziu para “anjos” ,
deixando no rodapé da Bíblia que traduzira,
uma nota explicando que no hebraico, o termo
“elohim” é Deus. Porém, por algumas razões,
entendemos que o referido termo hebraico é
uma referência aos anjos e não a deuses, até
porque no Salmos 148.2 requer-se dos anjos
que adorem a Deus; no Salmos 8.5, João Ferreira
de Almeida traduziu o termo “elohim” para
anjos e não para Deus, observe a nota no
rodapé da Bíblia de Estudo Pentecostal; e
também, jamais poderíamos admitir que Deus
pudesse ser adorado por outros deuses, já que
há um só Deus. Mas essa complexidade textual,
fez com que os hebreus entendessem que os
anjos fossem deuses. Portanto, o escritor aos
Hebreus ao escrever essa epístola sabia que os
seus leitores tinham essa opinião formada a
respeito dos anjos, porém com a sabedoria que
Deus lhe concedeu, usou exatamente o texto no
qual firmavam esse conceito, para provar que
Cristo é superior aos anjos; por isso é adorado
por eles. Examinando o texto inicial da epístola
aos Hebreus, observamos que o escritor
enfatiza a magnitude da pessoa de Cristo, e
depois passa a fazer uma comparação entre
Cristo e os anjos; porquanto, a respeito do
Senhor, afirma:
“Feito tanto mais excelente do que os anjos, 
quanto herdou mais excelente nome do que eles. 
Porque a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu 
Filho, hoje te gerei ? E outra vez: Eu lhe serei por 
Pai, e ele me será por Filho ? E quando outra vez 
introduz no mundo o Primogênito, diz: E todos os 
anjos de Deus o adorem.” Hebreus 1.4-6.
Pelo fato do escritor aos Hebreus, fazer
citação de Salmos 2.7 que diz: “Tu és meu Filho,
eu hoje te gerei” e ainda continuar dizendo: “E
quando outra vez introduz no mundo o
Primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o
adorem”, fazendo citação dos Salmos 97.7,
naturalmente, quis referir-se à manifestação
angelical ocorrida por ocasião da encarnação
do Verbo Divino, pois durante a vida terrena de
Jesus, os anjos demonstraram que estavam à
serviço dele e que também eram submissos à
ele, como podemos observar a seguir:
Os anjos anunciaram o seu nascimento a Maria,
Lc 1.28-36, a José, Mt 1.20,21, aos pastores que
estavam no campo, Lc 2.10-14, prestaram-lhe
assistência na tentação no deserto, Mc 1.13. Um
anjo o confortou na agonia do Getsêmani, Lc
22.43. Na morte e ressurreição, se fizeram
presentes para remover a pedra, e anunciar a
sua esmagadora vitória sobre a morte, Mt 28.2-
6; Mc 16.5. Por ocasião da sua ascensão,
anunciaram a sua triunfante chegada nos céus,
At 1.10; Sl 24. Partindo do princípio de que os
anjos são criaturas do próprio Senhor, Ne 9.6; Jo
1.3, e que não recebem adoração, muito pelo
contrário, são adoradores, Ap 19.10; Cl 2.18; Sl
97.7; 148.2; não são oniscientes, Mt 24.36, e
portanto, não conhecem os planos eternos de
Deus, Ef 3.9, o mistério da salvação, I Pe 1.12; não
penetram as profundezas de Deus, I Co 2.10,11; e
não sabem sequer o que está no coração dos
homens, I Rs 8.39, não temos nenhuma dúvida
quanto a inferioridade deles em relação a
Jesus. É interessante observar que o escritor
aos Hebreus, citou o Salmo 104.4, revelando que
o Senhor faz dos seus anjos, ventos; e dos seus
ministros, labaredas de fogo. Significa que eles
são apenas bafos de ventos e fagulhas de fogo,
porque segundo o autor de Hebreus, fogo
consumidor é o Senhor, Hb 12.29. Porquanto,
como mensageiros que são do Senhor, os anjos
jamais poderiam ter trazido a revelação final
que os hebreus julgavam, mas somente o
Senhor Jesus, em quem deviam confiar e
clamar, enquanto experimentavam as duras
provações da vida, porque o seu nome fora feito
mais excelente do que os anjos, Hb 1.4. O
escritor aos Hebreus chama a atenção dos seus
leitores, dizendo: Convém-nos atentar, isto é,
voltar a mente, dar atenção, dar ouvidos, refletir,
ponderar, etc., com mais diligência, ou seja,
com muito mais cuidado, com zelo, com um
investigação eficiente, para as coisas que
temos ouvido; em outras palavras diríamos que,
ele esperava que os hebreus desse mais
atenção ao Evangelho de Cristo do que a antiga
revelação que haviam recebido. Significa que
se eles respeitavam aos anjos que foram
medianeiros da lei, com muito mais diligência
deviam respeitar a Cristo e atentar para os seus
ensinamentos, dando-lhe muito mais atenção
do que a lei mosaica. Se tivermos cuidado,
poderemos levar o navio da salvação eterna até
o porto final. Mas, na mesma proporção que nos
mostrarmos negligentes, o navio também se
afasta de seu porto seguro. O ancoradouro
seguro está ao alcance de todos, mas pode ser
perdido devido à negligência. Dizem que não há
nada que Satanás goste tanto como de um crente
negligente. Os hebreus estavam se deixando
levar pela tendência natural da natureza
humana, que muitas vezes é levada pelo sabor
das coisas terrenas. Que Deus nos guarde em
Cristo Jesus, porque nenhuma condenação há,
somente para os que estão em Cristo Jesus, que
não andam segundo a carne, mas segundo o
espírito, Rm 8.1. Analise as sábias palavras de
Vincent:
“O desvio é um sinal de morte; dar ouvidos é um
sinal da vida. A tora de madeira bóia ao sabor
da correnteza, mas o navio corta as ondas
adversas porque alguém está dando atenção”
CRISTO, SUPERIOR A MOISÉS
“sendo fiel ao que o constituiu, como também o 
foi Moisés em toda a sua casa. Porque ele é tido 
por digno de tanto maior glória do que Moisés, 
quanto maior honra do que a casa tem aquele que 
a edificou” Hebreus 3.2,3
A afirmativa de que Moisés foi um servo fiel em
sua casa, naturalmente tem base no que disse
o próprio Senhor Deus, a respeito dele, a Arão e
à sua irmã Miriã, leia:
“E disse: Ouvi agora as minhas palavras; se entre 
vós houver profeta, eu, o Senhor, em visão a ele 
me farei conhecer ou em sonhos falarei com ele. 
Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel 
em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, e 
de vista, e não por figuras; pois, ele vê a 
semelhança do Senhor; por que pois, não tivestes 
temor de falar contra o meu servo, contra Moisés?” 
Números 12.6-8
Enquanto Moisés brilhou como um servo fiel em
sua casa, Cristo resplandeceu a sua fulgurante
glória como o edificador dessa referida casa,
de maneira que o brilho do servo foi ofuscado
pelo fulgor da glória do Senhor. Se Moisés é
honrado como servo fiel, Cristo deve ser
adorado como Filho fiel. A superioridade de
Cristo em relação a Moisés, está também na
abrangência do ministério de cada um; embora
a missão de Moisés tivesse um aspecto eterno
e universal, ele se limitou a um serviço, que
apesar de divino, tinha um aspecto transitório,
e estava limitado aos limites da nação israelita,
porém, Cristo executou uma obra eterna e
universal, isto é, uma obra perpétua que
beneficiou espiritualmente todas as nações da
terra. O Senhor disse a Arão e à Miriã, que
Moisés era superior aos profetas, Nm 12.6, mas
Cristo está incompreensivelmente elevado
acima, tanto dos profetas como também de
Moisés, pois o Senhor o exaltou acima detodo o
nome, Fp 2.5-11.
CRISTO, SUMO SACERDOTE SUPERIOR A ARÃO
Se Arão podia condoer-se dos ignorantes e
errados, mesmo estando sujeito às mesmas
fraquezas humanas, Lv 4.3; 16.11,15, muito mais
Cristo, que embora tenha sofrido as fraquezas
humanas, por ter-se revestido do mesmo tipo
de corpo que possuímos, sem contudo
participar do pecado, provando sobretudo que
o pecado é uma aberração da natureza humana,
e não um elemento necessário à ela. Cristo
provou que é possível ao ser humano viver sem
o pecado. Porquanto, o serviço sacerdotal de
Cristo é extremamente superior ao de Arão,
porque sabe perfeitamente o que passamos
aqui, porque ele mesmo trilhou por esse
caminho, sem contudo se deixar levar pelas
pressões das fraquezas humanas. Ele sabe que
nós não passamos de pó, sabe também que
somos fracos e, em razão disso, somos
altamente dependentes da sua terna
compaixão. Ora, se os israelitas contavam com
a simpatia de Arão, muito mais nós, podemos
contar com a simpatia e ternura de Cristo,
porque apesar de ter sido tomado dentre os
homens, a sua vocação sumo sacerdotal foi-lhe
conferida devido a sua posição de Filho, e não
somente por isso, mas também devido a
superioridade da ordem sacerdotal de Cristo
em relação à de Arão, observe o que diz o
escritor aos Hebreus:
“Assim, também Cristo não se glorificou a si 
mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas 
glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, 
hoje te gerei. Como também diz noutro lugar: Tu 
és sacerdote eternamente, segundo a ordem de 
Melquisedeque.” Hebreus 5.5,6
O GRANDE PERIGO DA APOSTASIA
Depois de convocar os seus leitores a
deixarem os rudimentos e exortá-los a
prosseguirem até a perfeição, o autor da
epístola, diz: “E isso faremos, se Deus o
permitir” Hebreus 6.3. Significa que devemos
avançar conforme a vontade e permissão de
Deus, isto é, devemos sair dos alicerces, para a
maturidade espiritual, para a perfeição; ou do
contrário estaremos correndo o risco de nos
desviarmos para o grande perigo da apostasia.
Apostasia – Do grego “apostásis” que significa 
afastamento. Refere-se ao abandono premeditado 
da fé cristã. No Antigo Testamento, não foram 
poucas as apostasias cometidas por Israel. Só em 
Juizes, deparamo-nos com sete. Para os profetas, 
a apostasia constituía-se num adultério espiritual. 
Se a congregação hebréia era tida como a esposa 
de Jeová, deveria guardar-lhe fielmente os 
preceitos, e jamais curvar-se diante de outros 
deuses. Infelizmente, muitas foram as vezes em 
que a filha de Sião entregou-se aos estranhos. 
Jeremias e Ezequiel foram os profetas que mais
enfocaram a apostasia israelita sob o prisma das 
relações matrimoniais. No Novo Testamento, já 
era grande a apostasia no final do primeiro 
século. Muitos crentes de origem israelita, por 
exemplo, sentindo-se isolados da comunidade 
judaica, tendiam a deixar a fé cristã, e voltar aos 
rudimentos da Lei de Moisés e ao pomposo 
cerimonial do Templo. Há que se estabelecer, 
aqui, a diferença entre apostasia e heresia. A 
primeira, como já dissemos, é o abandono 
premeditado e completo da fé; a segunda, é a 
abjuração parcial desta mesma fé.
Dicionário Teológico
Qual é pois o grande perigo da apostasia?
Naturalmente, é a impossibilidade da
restauração espiritual, eis o que diz o autor:
“Porque é impossível que os que já uma vez 
foram iluminados, e provaram o Dom celestial, e 
se fizeram participantes do Espírito Santo, e 
provaram a boa palavra de Deus, e as virtudes do 
século futuro, e recaíram, sejam outra vez 
renovados para arrependimento; pois assim, 
quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus 
e o expõem ao vitupério” Hebreus 6.4-6
O escritor aos Hebreus advertia aos seus
leitores quanto ao grande perigo da apostasia,
pois eles já haviam sido iluminados, isto é, eles
não eram mais cegos, não estavam mais em
trevas espirituais. Sabiam diferençar
perfeitamente entre uma coisa e outra. Não
eram mais neófitos na fé, haviam provado o
Dom celestial, tinham tido profundas
experiências com Cristo. Eles se fizeram
participantes do Espírito Santo. Não eram mais
uma espécie de marinheiro de primeira viagem,
haviam se tornado membros ativos do corpo de
Cristo; e acrescenta o autor: “E provaram a boa
palavra de Deus”, significa que tinham
consciência das verdades bíblicas. E não
somente isso, mas também provaram as
virtudes do século futuro. Se eles se
comportavam como meninos espirituais, não
era porque lhes faltava as instruções
necessárias e suficientes, mas sim porque
negligenciavam deliberadamente as coisas
próprias da fase adulta. Eles não podiam se
desculpar dizendo: Não conseguimos chegar à
fase adulta, eles tinham que dizer: “Nós não
queremos chegar a fase adulta”, era de fato
uma questão de negligência e rebeldia. Eles
não pecavam por ignorância, e sim por uma
deliberação consciente. Analise o texto
seguinte:
“Se alguma pessoa pecar por ignorância, 
oferecerá uma cabra de um ano, como oferta pelo 
pecado. O sacerdote fará expiação pela alma que 
erra, quando pecar por ignorância diante de 
Jeová, para fazer expiação por ela, e se lhe 
perdoará. Tereis uma só lei para aquele que fizer 
alguma coisa por ignorância, tanto para o natural
entre os filhos de Israel, tanto para o estrangeiro 
que peregrina entre eles. Mas a pessoa que fizer 
alguma coisa afoitamente, ou seja natural, ou seja 
estrangeiro, ela blasfema a Jeová; tal pessoa será 
cortada dentre o seu povo. Pois ela desprezou a 
palavra de Jeová e violou o seu mandamento, 
essa pessoa certamente será cortada, sobre ela 
estará a sua iniqüidade” Números 15.27-31 
(TRADUÇÃO BRASILEIRA)
Portanto, o pecado premeditado e
consciente, se torna numa espécie de rebeldia
e blasfema ao Senhor e à sua palavra. Não é o
caso de pecados cometidos por ignorância,
fraquezas, ou acidentalmente. Se pecarmos por
ignorância o Senhor não leva em conta, At 17.30;
e os pecados cometidos por fraquezas ou
acidentalmente, temos um advogado para nos
defender, I Jo 2.1. A Bíblia é enfática quando diz:
“Porque o que me achar achará a vida e alcançará 
favor do Senhor. Mas o que pecar contra mim 
violentará a sua própria alma; todos os que me 
aborrecem amam a morte” Provérbios 8.36,37
As nossas atitudes diante do Senhor nos
proporcionam duas coisas: A vida ou a morte; a
luz ou as trevas; a salvação ou a condenação.
Para ilustrar essa verdade bíblica queremos
tomar como exemplo o uso da força elétrica; se
utilizarmos devidamente dela seremos
beneficiados por ela, porém, se alguém
desrespeita os avisos de perigo de morte, ou
utiliza indevidamente dela, poderá ser
fulminado, e ainda culpado de sua própria
desgraça. Significa que somos responsáveis
por aquilo que conhecemos; e se uma pessoa
conhece a doutrina de Cristo, e simplesmente
decide ignorá-la, será punido por sua rebeldia e
desprezo à palavra do Senhor. O pecado para o
qual Esaú não encontrou lugar de
arrependimento foi o desprezo pelo privilégio,
que Deus lhe concedera de ser o primogênito,
Hb 12.17. Ou o crente obedece ao Evangelho a
fim de alcançar todas as bênçãos prometidas
nele, ou então, desobedece e terá que arcar
com todas as conseqüências de sua própria
desobediência, sofrendo a justa punição do
Senhor. A carreira cristã pode ser comparada à
um concurso, em que o candidato passa por
várias etapas, sendo que todas elas são
eliminatórias; de maneira que o candidato pode
ser eliminado tanto por reprovação, como
também por negligenciar uma dessas etapas.
De forma que o crente não pode por sua alta
recreação ficar nos rudimentos da doutrina de
Cristo, sem avançar para as etapas seguintes, e
nem deve achar que se for reprovado nas
provas em que é submetido, o Senhor será
misericordioso com ele, porque quem submete
o crente às provas é o próprio Senhor; de
maneira que quem resolve estacionar no
caminho da fé, se surpreenderá não pelo fato
de não conseguirchegar ao fim da carreira,
mas sim, por desviar do caminho, caindo na
apostasia, sendo impossível a sua restauração
espiritual, porque quem se acostuma ao
pecado se torna insensível, até porque o
pecado consciente, corrói a sensibilidade
espiritual do crente, a ponto de transformá-lo
num devasso e profano, chegando a blasfemar
contra o Espírito Santo; o chamado “pecado
para morte” I Jo 5.16b que não tem perdão, nem
neste século e nem no vindouro Lc 12.10. O
crente que entra pelo caminho da apostasia, de
novo crucifica o Filho de Deus e o expõe ao
vitupério, ou seja, se torna pior do que o ímpio
que peca por ignorância, e por conseguinte, se
torna como a terra que produz espinhos e
abrolhos, se tornando maldita e digna do fogo,
Hb 6.7,8; mas dos crentes hebreus, o escritor
esperava coisas melhores, coisas pertinentes à
salvação; e é o que Deus espera de cada um de
nós, Hb 6.9.
CRISTO TROUXE MAIOR GLÓRIA NA 
ADORAÇÃO A DEUS
A GLÓRIA DA LEI
PROPICIATÓRIO
A GLÓRIA QUE CRISTO 
TROUXE
CALVÁRIO
JUÍZO SUSPENSO JUÍZO PROCLAMADO
SENTENÇA ADIADA SENTENÇA EXECUTADA
A LEI COBERTA A LEI CUMPRIDA
O PECADO COBERTO O PECADO TIRADO
O PECADOR ALIVIADO O PECADOR SALVO E LIBERTO
CRISTO, MEDIADOR DE UMA MELHOR ALIANÇA
“Mas agora alcançou ele ministério tanto mais 
excelente, quanto é mediador de um melhor
concerto, que está confirmado em melhores 
promessas. Porque, se aquele primeiro fora 
irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para 
o segundo”. Hebreus 8.6,7.
Cristo alcançou um ministério mais
excelente, não temos dúvidas que esse
ministério mais excelente foi alcançado por ter
sido bem sucedido em sua missão terrena, por
sua identificação conosco, e pela aprovação
divina, Hb 2.9,11; 5.1-10. E por ter alcançado um
ministério mais excelente se tornou mediador
de uma melhor Aliança, pois a antiga Aliança
como sombra que era, falava apenas
vagamente das realidades celestiais. A Aliança
mosaica fazia exigências impossíveis aos
homens, transformando-os em escravos, e,
portanto, não era capaz de dar-lhes forças para
cumprirem as sua próprias exigências. Eis a
razão porque estava fracassada: A lei não dava
condições aos seus aderentes, portanto, devido
essa deficiência da lei, somando mais a
fraqueza humana, a lei acabou por enfermar-se,
e, por conseguinte, tornou-se ineficiente; neste
caso, houve necessidade de ser revogada, a fim
de que entrasse em vigor uma melhor Aliança,
firmada em melhores promessas.
A EFICÁCIA DO SACRIFÍCIO DE 
CRISTO
ASPECTO DE CADA 
PACTO
ANTIGO PACTO
LEI
NOVO PACTO
GRAÇA
FUNDAMENTO SANGUE DE ANIMAIS SANGUE DE CRISTO
SIGNIFICADO SÍMBOLO REALIDADE
PROPÓSITO COBRIR O PECADO TIRAR O PECADO
ESSÊNCIA
MINISTÉRIO DE 
MORTE
LEI DO ESPÍRITO DE 
VIDA
VALOR PROVISÓRIO ETERNO
CONDIÇÃO INEFICAZ EFICAZ
O PECADO IMPERDOÁVEL
“Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de 
termos recebido o conhecimento da verdade, já 
não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma 
expectação horrível de juízo e ardor de fogo, que 
há de devorar os adversários.” Hebreus 10. 26,27
Ao referir-se ao pecado imperdoável, o
autor da epístola não tinha em mente um
pecado específico. O que inferimos do texto em
apreço, é que o autor procura enfatizar que o
fato do crente voluntariamente continuar no
pecado, não importando de qual natureza seja,
será levado a um indiferentismo espiritual, que
inevitavelmente o conduzirá a uma lassidão
moral, que fatalmente terminará na apostasia;
doença espiritual, para a qual não existe
remédio. Naturalmente, o escritor tinha em
mente o princípio legal que proibia ao
sacerdote, fazer expiação pelo pecador que
deliberadamente decidisse pecar, Nm 15.30,31.
Ora, se na Antiga Aliança, quando os sacrifícios
eram repetidos por inúmeras vezes, não se
devia fazer expiação, senão por aquele que
pecasse inadvertidamente ou por ignorância;
imagine a situação dos crentes na Nova
Aliança, que receberam o pleno conhecimento
da verdade, e depois disso, acostumaram-se ao
pecado; para estes não há mais remissão, até
porque, a Nova Aliança foi estabelecida
mediante o único e perfeito sacrifício de Cristo,
de maneira que se alguém profanar o sangue
da Nova Aliança, não lhe resta mais sacrifícios;
porque os sacrifícios levíticos foram abolidos,
e o de Cristo foi único. Sendo Cristo o único
caminho da salvação, que esperam os
peregrinos que errarem esse caminho? Sendo
Cristo a única porta das ovelhas, o que pode
esperar as ovelhas que errarem essa entrada?
Sendo somente através da cruz de Cristo, que o
novo e vivo caminho foi aberto, o que esperam
aqueles que erraram o caminho da cruz? a
apostasia é tanto possível como também fatal,
irreversível e sem expiação.
CARTA DE 
TIAGO
Autor: Tiago
Data: 45-49 d.C.
Tema: A Fé Manifesta-se pelas Obras.
Palavras-Chave: Fé, Riquezas, Língua,
Orgulho, Oração.
Versículo-Chave: Tg 1.27; 2.20.
A epístola de Tiago é conhecida como a
epístola da religião pura, uma epístola que
todos os crentes precisam conhecer, em
virtude da sua mensagem doutrinária, pastoral
e prática.
A AUTORIA E A OCASIÃO
Ha três homens com o nome de Tiago no
Novo Testamento, ligados à autoria da epístola
em estudo:
1º) Tiago, filho de Zebedeu e irmão de João, um
dos doze, (Mt 4.21; Mc l0.35;Lc 9.54 e At 1.13).
2º) Tiago, filho de Alfeu, um dos doze, (Mt 10.3;Mc
3.18;Lc 6.15; At 1.13).
3º) Tiago, o irmão do Senhor, ( Gl 1.19; Mt
13.55.). A tradição cristã atribui à Tiago, o irmão
do Senhor , a autoria humana da epístola. A
bíblia revela que durante o ministério de Jesus,
Tiago e seus irmãos não criam que Jesus seu
meio irmão mais velho, era o Messias, Jo 7.5; Mc
3.21. Somente após, a ressurreição, eles
passaram a crer em Jesus, I Co 15.7. Consta que
Tiago esteve no cenáculo entre os que foram
batizados com Espírito Santo, At 1.14.
PARENTESCO COM JESUS.
Os evangelhos fazem menção de quatro
homens como meio irmão do Senhor, leia Mt
13.55; Mc 6.3. Existem três teorias referentes ao
parentesco entre Jesus e seus irmãos:
1ª) É que eles eram realmente seus irmãos.
2ª) Afirma que seus irmãos eram filhos de José,
de um casamento anterior.
3ª) Afirma que os irmãos de Jesus não eram
realmente seus irmãos, mas primos, estas duas
últimas teorias defendem a idéia da virgindade
perpétua de Maria.
Sobre a virgindade de Maria, precisamos
observar o seguinte:
1º) Maria só foi virgem até que Jesus nasceu, Mt
1.25.
2º) Jesus era o filho primogênito e não
unigênito de Maria, Lc 2.7.
3º) Jesus é o filho unigênito do Pai, Jo 1.14, 3.16 e
I Jo 4.9.
SEU CARÁTER
Homem íntegro, de vida santa, rígido,
porém estimado pelos compatriotas que o
chamavam de Tiago," o justo".
Homem de oração
Ele viveu uma vida de nazireu; passava
muito tempo de joelhos, em oração no templo, a
ponto de, segundo a história, ter os joelhos
calejados como os de um camelo.
Seu ministério e atuação
Presidiu o concílio em Jerusalém, At 15.13.
Considerado coluna da Igreja, Gl 2.9.
Respeitado pelo Apóstolo Paulo, At 21.18.
Respeitado pelo Apóstolo Pedro, At 12.17
A HISTÓRIA DO SEU MARTÍRIO
Os historiadores afirmam que Anamo,
sumo sacerdote, e os escribas e fariseus,
aproveitando-se do intervalo entre a morte de
Festo e a chegada do novo governador romano,
reuniram o Sinédrio e ordenaram a Tiago,
“irmão de Jesus”, que proclamasse, de um dos
pórticos do Templo, que Jesus não era o
Messias, a fim de conter o povo que, em
grandes levas, estava abraçando o
Cristianismo. Ao invés disso, Tiago bradou que
Jesus era o Filho de Deus e juiz do mundo. Seus
inimigos, enfurecidos, arrojaram-no ao chão,
depois o apedrejaram, até que um pisoador,
compadecido, deu fim aos seus sofrimentos,
dando-lhe um golpe de maça, quando ele,
ajoelhado, orava assim: “Pai, perdoa-lhes, não
sabem o que fazem”. Poucos anos depois
começou o cerco fatal de Jerusalém, 70 d.C.
CURIOSIDADES NA EPÍSTOLA DE TIAGO
A epístola de Tiago se reduz acerca de
quinhentas e setenta

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