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SUMÁRIO 1. Introdução ..................................................................... 3 2. Epidemiologia -> BR ................................................ 3 3. Fisiopatologia -> necrose de coagulação / zonas de lesão ................................................................. 6 4. Mecanismo de cura ................................................... 9 5. Classificação ..............................................................11 6. Cálculo de superfície corpórea ...........................18 7. Tratamento .................................................................22 Referências Bibliográficas ........................................28 3QUEIMADURAS 1. INTRODUÇÃO Podemos definir as queimaduras como uma lesão tecidual decorrente de trauma térmico, elétrico, químico ou radioativo, que destrói parcialmen- te ou totalmente a pele e seus ane- xos, podendo alcançar camadas mais profundas como o tecido celular sub- cutâneo, músculos, tendões e ossos. Figura 1. Foto de uma queimadura. Fonte: https://drogariasantoremedio.com.br/o-que-fazer-em-caso-de-queimadura/ As lesões por queimadura estão en- tre as mais devastadoras de todas as lesões e são responsáveis por uma grande crise global de saúde pública. As queimaduras são o quarto tipo de trauma mais comum no mundo, após acidentes de trânsito, quedas e vio- lência interpessoal. Aproximadamen- te 90% das queimaduras ocorrem em países de baixa a média renda, regi- ões que geralmente não possuem a infraestrutura necessária para re- duzir a incidência e a gravidade das queimaduras. 2. EPIDEMIOLOGIA -> BR Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 320 mil crianças mor- rem todos os anos em consequência de queimaduras. Números impressio- nantes, principalmente, por se trata- rem de acidentes que acontecem nos próprios lares por distração e que, portanto, poderiam ser evitados. Segundo a Sociedade Brasileira de Queimaduras, no Brasil acontecem um milhão de casos de queimaduras a cada ano, 200 mil são atendidos em serviços de emergência, e 40 mil Mariana Destacar Mariana Destacar 4QUEIMADURAS demandam hospitalização. As quei- maduras estão entre as principais causas externas de morte registra- das no Brasil, perdendo apenas para outras causas violentas, que incluem acidentes de transporte e homicídios. Estudo conduzido no Distrito Federal demonstrou taxa de mortalidade de 6,2% entre os queimados internados em hospital de emergência. As lesões por queimadura não inten- cionais e intencionais variam de acor- do com a faixa etária, sexo, renda e região global. Nos países de alta ren- da, a tendência nos últimos anos tem sido uma redução na incidência de queimaduras, gravidade da queima- dura, tempo de internação e taxa de mortalidade. As lesões por queimadura estão en- tre as 15 principais causas globais de carga de doenças. Queimaduras são mais comuns em países de baixa e média renda. As três regiões com as maiores taxas de prevalência são a região do Pacífico Ocidental, a re- gião do Mediterrâneo Oriental e a re- gião do Sudeste Asiático. Os países de baixa renda apresentam maior carga de queimaduras relacionadas ao fogo do que os países de alta ren- da. Uma pesquisa de base comunitá- ria realizada em Bagdá entre 2003 e 2014 mostrou que a prevalência de queimaduras foi de 1,1% dos 5148 indivíduos entrevistados em 900 fa- mílias. A prevalência de queimadu- ras é maior para mulheres (0,09 por 100.000) do que homens (0,06 por 100.000). SE LIGA! Os grupos mais vulneráveis a lesões por queimaduras são crianças, mulheres e adultos mais velhos. A falta de supervisão de crianças, a fragilida- de e as doenças comórbidas de idosos, roupas feitas de materiais inflamáveis, analfabetismo dos pais, moradia con- gestionada, comprometimento pree- xistente de uma criança e baixo status socioeconômico são fatores de risco im- portantes para lesões por queimaduras. Sabemos que o prognóstico de uma vítima de queimadura vai depender da extensão da Superfície Corporal Queimada (SCQ), da profundidade e localização da lesão, da presença ou não de doenças crônicas associadas e da idade do paciente (mais grave em crianças e idosos). Assim, as queimaduras de primeiro grau e algumas queimaduras de se- gundo grau curam-se em dias ou se- manas sem deixarem cicatrizes. As queimaduras profundas de segundo grau e as queimaduras pequenas de terceiro grau demoram semanas para se curarem e, normalmente, causam cicatrizes. A maior parte requer en- xertos de pele. As queimaduras que afetam mais de 90% da superfície corporal ou mais de 60% numa pes- soa idosa, são normalmente mortais. Houve um declínio na mortalidade devido a incêndios e chamas em todo o mundo. Nos Estados Unidos (EUA), 5QUEIMADURAS a taxa de mortalidade por incêndio e queimaduras ajustada à idade dimi- nuiu de 2,99 por 100.000 em 1981 para 1,2 por 100.000 em 2006. En- tre 1990 e 2010, o Global Burden of Disease Project observou um declí- nio de 6% no mundo em mortes por incêndio e queimaduras, de 5,3 para 4,9 por 100.000. Durante esse perí- odo, entre 1982 e 2002, a mortalida- de por incêndios e queimaduras nos homens australianos caiu de 1,5 para 0,7 por 100.000. Da mesma forma, a taxa de mortalidade por incêndio em mulheres brasileiras diminuiu de 1,1 para 0,5 por 100.000. Outros países que observaram redução na mortali- dade por incêndios e queimaduras de 1982 a 2002 incluem Canadá, Fran- ça, México, Panamá, Tailândia, Reino Unido e Venezuela. Aproximadamente 90% de todas as mortes relacionadas a queimaduras ocorrem em países de baixa e média renda ou baixa renda, enquanto 3% ocorrem em países de alta renda. Nos EUA, em 2006, as taxas de mortali- dade por mortes relacionadas a quei- maduras em crianças até quatro anos de idade foram 1,24 vezes mais altas para meninas do que meninos. Para crianças de 4 a 20 anos, a taxa de mortalidade foi quase idêntica para meninos e meninas (0,7 por 100.000 e 0,65 por 100.000 crianças). 6QUEIMADURAS 3. FISIOPATOLOGIA -> NECROSE DE COAGULAÇÃO / ZONAS DE LESÃO A fisiopatologia da lesão por queima- dura se dá pela destruição da inte- gridade capilar e vascular, em razão de seus efeitos serem locais e sistê- micos. O comprometimento do tecido vai depender da intensidade da expo- sição térmica, das características da área queimada e das reações locais e sistêmicas. Assim, a queimadura irá comprome- ter a integridade funcional da pele, responsável pela homeostase hidro- eletrolítica, controle da temperatura interna, flexibilidade e lubrificação da MAPA MENTAL DA EPIDEMIOLOGIA Brasil QUEIMADURAS Mortes Maior em mulheres Idosos Crianças Mulheres Grupos vulneráveis CasosPrevalência Mundo 6,2% no Distrito Federal 320 mil crianças Brasil 1 milhão 200 mil atendidos 40 mil hospitalizados 90% em países subdesenvolvidos 7QUEIMADURAS superfície corporal. Portando, a mag- nitude do comprometimento dessas funções depende da extensão e pro- fundidade da queimadura. A injúria térmica provoca no organis- mo uma resposta local, traduzida por necrose de coagulação tecidual e pro- gressiva trombose dos vasos adjacen- tes num período de 12 a 48 horas. A ferida da queimadura a princípio é estéril, porém o tecido necrótico ra- pidamente se torna colonizado por bactérias endógenas e exógenas, produtoras de proteases, que levam à liqüefação e separação da escara, dando lugar ao tecido de granulação responsável pela cicatrização da feri- da, que se caracteriza por alta capa- cidade de retração e fibrose nas quei- maduras de terceiro grau. Figura 2. Foto com a formação de flictena por li- quefação. Fonte: https://images.app.goo.gl/ PAFEzGKY5deNseCk6 Nas grandes queimaduras, além da resposta local, o dano térmico desen- cadeia ainda uma reação sistêmica do organismo, em conseqüência da libe- ração de mediadores pelo tecido le- sado. Ocorre extenso dano à integri- dade capilar, com perda acelerada de fluidos, seja pela evaporaçãoatravés da ferida ou pela seqüestração nos in- terstícios, que é agravada por subpro- dutos da colonização bacteriana. Além disso, nas queimaduras exten- sas, superiores a 40% da área cor- poral, o sistema imune é incapaz de delimitar a infecção, que, sistemati- zando-se, torna rara a sobrevida nes- ses casos. Essa resposta sistêmica manifesta-se por febre, circulação sanguínea hiperdinâmica e ritmo me- tabólico acelerado, com aumento do catabolismo muscular, decorrente de alteração da função hipotalâmica (au- mento da secreção de glucagon, cor- tisol e catecolaminas), da deficiência da barreira gastrointestinal (passa- gem de bactérias e seus subprodutos para a circulação sistêmica), da con- taminação bacteriana da área quei- mada (liberação sistêmica de bacté- rias e subprodutos), da perda de calor (evaporação através da ferida levan- do à hipotermia) e da perda de fluidos (desequilíbrio hidroeletrolítico). Outro ponto importante que precisa- mos ter em mente são as zonas de lesão. Sendo a pele responsável por fornecer uma forte barreira à trans- ferência de energia para os tecidos 8QUEIMADURAS mais profundos, mesmo com a remo- ção do foco desencadeador da quei- madura, a resposta dos tecidos locais pode levar à lesão nas camadas mais profundas. A área de lesão cutânea ou superficial é assim dividida em três zonas – zona de coagulação, zona de estase e zona de hiperemia. A área necrótica da queimadura onde as cé- lulas foram destruídas é denominada zona de coagulação. Esse tecido é danificado irreversivelmente no mo- mento em que ocorre a lesão. A área imediatamente adjacente à zona ne- crótica tem um grau de lesão mode- rado, com perfusão tissular reduzida. Essa área é chamada de zona de es- tase e, dependendo das condições da ferida, pode sobreviver ou evoluir para necrose coagulativa. Tratamen- to direcionado para o controle da in- flamação local, imediatamente após a queimadura pode preservar a zona de estase. A última área é denomina- da zona de hiperemia, caracterizada pela vasodilatação em razão da infla- mação circunjacente à queimadura. Essa região contém o tecido clara- mente viável do qual se inicia o pro- cesso de cicatrização e, geralmente, não tem risco de necrose adicional. Zona de coagulação Zona de estase Zona de hiperemia Figura 3. Foto das zonas de lesão. Fonte: https://images.app.goo.gl/ RtxDxQUnVQnyfNSf8 9QUEIMADURAS 4. MECANISMO DE CURA Por acometerem apenas a epi- derme resultando de uma sim- ples resposta inflamatória, as queimaduras de primeiro grau apresentam sua reversão em até uma semana sem mudan- ças na coloração, espessura ou textura da pele a partir da mul- tiplicação celular, com a desca- mação da subcamada acometi- da e normalmente não possuem repercussões sistêmicas Assim como as queimaduras superficiais, as queimaduras de segundo grau podem ter cicatri- zação espontânea se não houver complicações pele pelo proces- so conhecido como reepitaliza- ção e naquelas mais profundas MAPA MENTAL DA FISIOPATOLOGIA Zona de coagulação EXPOSIÇÃO TÉRMICA Destruição da parede celular Liberação de proteases Zona de estase Zona de hiperemia Perda da integridade capilar e vascular Necrose de coagulação Queimadura Zonas de lesão Danificado irreversivelmente Perfusão tissular reduzida vasodilatação pelo mecanismo de contração associado, a partir dos bordos da ferida, pela metaplasia de fibroblastos em miofibroblas- tos e a consequente retração dos bordos. 10QUEIMADURAS Já as queimaduras de terceiro grau ou de espessura total, aquelas em que há lesão de todos os elementos da pele, incluindo epiderme, derme, tecido ce- lular subcutâneo, com destruição de folículos pilosos, glândulas sudorípa- ras e sebáceas receptoras para dor e da coagulação do plexo vascular, são incapazes de se regenerarem, pois os anexos dérmicos e sua reserva epite- lial estão destruídos e, portanto, ne- cessitam de algum tipo de cobertura cutânea, usualmente enxerto cutâneo pele autólogo. Figura 4. Foto de reepitalização de queimadura. Fonte: https://images.app.goo.gl/NJ5TaPGSfWDtUJDZ9 11QUEIMADURAS 5. CLASSIFICAÇÃO As queimaduras podem apresentar duas principais classificações, seja em função de sua causa e de sua profundidade. A seguir iremos apre- sentar as duas classificações. Causas • Calor - As queimaduras térmi- cas mais comuns estão associadas a chamas, líquidos quentes, objetos sólidos quentes e va- por. A profun- didade da lesão térmica está relacio- nada à temperatura do contato, duração do contato da fonte de calor externa e espessu- ra da pele. Como a condutividade térmica da pele é baixa, a maioria das queimaduras térmicas envolve a epiderme e parte da derme. MAPA MENTAL DA CURA Reepitalização QUEIMADURA Segundo Grau superficial Terceiro grau Segundo grau profundo Primeiro Grau Descamação Cobertura cirúrgica Figura 5. Foto de queimadura por calor. Fonte: https://saude.cultu- ramix.com/dicas/queimaduras 12QUEIMADURAS • Descarga elétrica - A energia elé- trica é transformada em calor à medida que a corrente passa pe- los tecidos do corpo com má con- dução. A eletroporação (lesão das membranas celulares) interrompe o potencial e a função da membra- na. A magnitude da lesão depende da trajetória da corrente, da resis- tência ao fluxo de corrente através dos tecidos e da força e duração do fluxo de corrente. Figura 6. Foto de queimadura por descarga elétrica. Fonte: https://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/ noticia/sorte-que-fiquei-consciente-diz-pintor-que-so- breviveu-a-descarga-eletrica-de-11-mil-volts-em-ita- tiba.ghtml • Fricção - Lesões por fricção po- dem ocorrer devido a uma com- binação de ruptura mecânica dos tecidos, bem como o calor gerado pela fricção. Figura 7. Foto de queimadura por fricção. Fonte: https://saude.umcomo.com.br/artigo/como-curar-uma- -queimadura-por-friccao-13855.html • Produtos químicos - A lesão é causada por uma ampla gama de reações cáusticas, incluindo altera- ção do pH, rompimento das mem- branas celulares e efeitos tóxicos diretos nos processos metabólicos. Além da duração da exposição, a natureza do agente determinará a gravidade da lesão. O contato com ácido causa necrose da coagula- ção do tecido, enquanto queima- duras alcalinas geram necrose de liquefação. A absorção sistêmica de alguns produtos químicos ame- aça a vida e os danos locais podem incluir toda a espessura da pele e dos tecidos subjacentes. 13QUEIMADURAS • Radiação - A energia de radio- frequência ou a radiação ionizan- te podem causar danos à pele e aos tecidos. O tipo mais comum de queimadura por radiação é a quei- madura solar. Atualmente, as quei- maduras por radiação são mais comuns hoje após a terapia tera- pêutica com radiação e também em pacientes que recebem radia- ção excessiva por procedimen- tos de diagnóstico. Queimaduras por radiação podem ser vistas em indivíduos que trabalham na in- dústria nuclear. As queimaduras por radiação são frequentemente associadas ao câncer devido à ca- pacidade da radiação ionizante de interagir e danificar o DNA. Os re- sultados clínicos da radiação ioni- zante dependem da dose, tempo de exposição e tipo de partícula que determina a profundidade da exposição. Dependendo da ener- gia do fóton, a radiação pode cau- sar queimaduras internas muito profundas. Figura 8. Foto de queimadura por produtos químicos. Fonte: https://images.app.goo.gl/mGAnw4C8y98w4BpZ6 14QUEIMADURAS Classificação por profundidade As queimaduras cutâneas também podem ser classificadas de acordo com a profundidade da lesão tecidual. A profundidade da queima determina em grande parte o potencial de cica- trização e a necessidade de enxerto cirúrgico. As feridas por queimadura geralmen- te não são uniformes em profundida- de, e muitas apresentam uma mistura de componentes profundos e super- ficiais. Uma avaliação precisa da pro- fundidade da ferida de queimadura pode ser difícil inicialmente,pois as feridas são dinâmicas e podem pro- gredir e converter-se em feridas mais profundas e, portanto, podem levar vários dias para uma determinação final. A pele fina, particularmente nas superfícies volares dos antebraços, coxas mediais, períneo e orelhas, sustenta lesões de queimadura mais profundas do que as sugeridas pela aparência inicial. É melhor assumir que não há queimaduras superficiais nessas áreas. Crianças menores de 5 anos e adultos acima de 55 anos também são mais suscetíveis a quei- maduras mais profundas devido à pele mais fina. • Primeiro grau - queimaduras su- perficiais ou epidérmicas envol- vem apenas a camada epidérmica da pele. Eles não causam bolhas, mas são dolorosos, secos, verme- lhos e empalidecem com a pres- são. Nos próximos dois a três dias, a dor e o eritema diminuem e, apro- ximadamente, no dia 4, o epitélio lesionado se afasta da epiderme recém-cicatrizada. Tais lesões são Figura 9. Foto de queimadura por radiação. Fonte: https://images.app.goo.gl/22BDMj1Yz4eodGuC7 15QUEIMADURAS geralmente curadas em seis dias sem cicatrizes. Este processo é co- mumente visto com queimaduras solares. Figura 10. Foto de queimadura de primeiro grau. Fon- te: UpToDate, 2020 • Segundo grau - queimaduras de espessura parcial envolvem a epi- derme e porções da derme. Eles são caracterizados como superfi- ciais ou profundos. ◊ Segundo grau superficial - Essas queimaduras caracte- risticamente formam bolhas dentro de 24 horas entre a epiderme e a derme. São do- lorosas, vermelhas, choram e empalidecem com a pres- são. Queimaduras que inicial- mente parecem ser apenas epidérmicas em profundida- de podem ser determinadas como espessura parcial 12 a 24 horas depois. Essas quei- maduras geralmente curam em 7 a 21 dias; cicatrizes são incomuns, embora possam ocorrer alterações de pigmen- to. Uma camada de exsudato fibrinoso e detritos necróticos pode se acumular na super- fície, o que pode predispor a ferida de queimadura à colo- nização bacteriana pesada e à cicatrização retardada. Es- sas queimaduras geralmen- te curam sem comprometi- mento funcional ou cicatrizes hipertróficas. Figura 11. Foto de queimadura de segundo grau su- perficial. Fonte: UpToDate, 2020 ◊ Segundo grau profunda - Es- sas queimaduras se esten- dem até a derme mais profun- da e são caracteristicamente 16QUEIMADURAS diferentes das queimaduras de espessura parcial. Queima- duras profundas danificam os folículos capilares e o tecido glandular. Elas são dolorosas apenas por pressão, quase sempre com bolhas (facilmen- te abertas), são úmidas ou se- cas por cera e apresentam co- loração manchada variável, de branco irregular a branco. Eles não empalidecem com a pres- são. Se a infecção for evitada e as feridas puderem cicatrizar espontaneamente sem enxer- tia, elas serão curadas em duas a nove semanas. Essas quei- maduras invariavelmente cau- sam cicatrizes hipertróficas. Se envolverem uma articula- ção, espera-se uma disfunção articular mesmo com fisiote- rapia agressiva. Uma queima- dura profunda de espessura parcial que não cicatriza em duas semanas é funcional e cosmeticamente equivalente a uma queimadura de espes- sura total. A diferenciação das queimaduras de espessura to- tal é muitas vezes difícil. Figura 12. Foto de queimadura de segundo grau pro- funda. Fonte: UpToDate, 2020 • Terceiro grau - Essas queimadu- ras se estendem através e destro- em todas as camadas da derme e geralmente danificam o tecido sub- cutâneo subjacente. A presença de escaras, a derme morta e des- naturada, geralmente está intacta. A escara pode comprometer a via- bilidade de um membro ou tronco, se circunferencial. As queimaduras de espessura total são geralmen- te anestésicas ou hipoestéticas. A aparência da pele pode variar de branco ceroso a cinza acinzenta- do a carbonizado e preto. A pele é seca e inelástica e não empalidece com a pressão. Os cabelos podem ser facilmente retirados dos folí- culos capilares. Vesículas e bolhas não se desenvolvem. A escara eventualmente se separa do tecido subjacente e revela um leito não curado de tecido de gra- nulação. Sem cirurgia, essas feridas cicatrizam por contratura da ferida 17QUEIMADURAS com reepitalização em torno das bordas da ferida. A cicatrização é grave com contraturas; a cura es- pontânea completa não é possível. Figura 13. Foto de queimadura de terceiro grau. Fonte: UpToDate, 2020 • Quarto grau - queimaduras de quarto grau são lesões profundas e potencialmente fatais que se es- tendem através da pele até os te- cidos moles subjacentes e podem envolver músculos e / ou ossos. Figura 14. Foto de queimadura de quarto grau. Fonte: https://doi.org/10.1590/S1983-51752011000100032. 18QUEIMADURAS CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURAS PELA PROFUNDIDADE PROFUNDIDADE APARÊNCIA SENSAÇÃO TEMPO DE CURA Superficial (epidérmica) Seco, vermelho Brancas com pressão Doloroso 3 a 6 dias Espessura parcial superficial Bolhas Úmido, vermelho, chorando Brancas com pressão Doloroso à tempe- ratura e ao ar e ao toque 7 a 21 dias Espessura parcial profunda Bolhas (facilmente abertas) Molhado ou seco por cera Cor variável (irregular ao branco, branco ao vermelho) O branqueamento por pressão pode ser lento Doloroso apenas à pressão > 21 dias, geralmente re- quer tratamento cirúrgico Espessura completa Branco ceroso a cinza acinzentado a carbonizado e preto Seco e inelástico Sem branqueamento com pressão Apenas pressão profunda Raros, a menos que trata- dos cirurgicamente Lesões mais profun- das (quarto grau) Estende-se para a fáscia e / ou músculo Pressão profunda Nunca, a menos que seja tratado cirurgicamente Tabela 1. Classificação das queimaduras pela profundidade MAPA MENTAL DAS CLASSIFICAÇÕES QUEIMADURAS Profundidade Causa Calor Descarga elétrica Radiação Fricção Produtos químicos Primeiro Grau Segundo Grau Terceiro Grau Quarto Grau Superficial Profunda 6. CÁLCULO DE SUPERFÍCIE CORPÓREA Uma estimativa completa e precisa do tamanho da queimadura é essencial para orientar a terapia e determinar quando transferir um paciente para um centro de queimadura. Usando um dos métodos descritos abaixo, a extensão das queimaduras é esti- mada e expressa como a porcenta- gem área total da superfície corporal (SCQ). SE LIGA! Queimaduras superficiais (pri- meiro grau) não estão incluídas na ava- liação percentual de queima de SCQ. 19QUEIMADURAS o método mais preciso para esti- mar a SCQ para adultos e crianças. As crianças têm cabeças propor- cionalmente maiores e extremida- des inferiores menores, portanto a porcentagem de SCQ é estimada com mais precisão usando o gráfi- co de Lund- Browder. Os locais das áreas queimadas de segundo e de terceiro grau são regis- trados em um diagrama de queima. Presume-se que queimaduras com aparência compatível com segundo grau profunda ou terceiro grau sejam de terceiro grau até que seja possível uma diferenciação precisa. Métodos de estimativa Os dois métodos mais usados para avaliar a porcen- tagem de SCQ em adultos são o grá- fico de Lund-Brow- der e “Regra dos noves”. O gráfico de Lund-Browder é o método recomen- dado em crianças, porque considera a porcentagem re- lativa da área de superfície corporal afetada pelo cresci- mento. Se a queima for irregular e/ou ir- regular, o método da palma da mão pode ser mais útil. • Lund-Browder - O gráfico de Lund-Browder é Adultos Bebês Crianças (5 anos) Figura 15. Distribuição corpórea pela regra de Lund-Browder. Fonte: UpToDate, 2020 20QUEIMADURAS • Regra dos Nove - Para avaliação de adultos, o método mais expedito para estimar a SCQ em adultos é a “Regra dos Nove”: ◊ A cabeça representa 9% de SCQ ◊ Cada braço repre- senta 9% de SCQ ◊ Cada perna repre- senta 18% de SCQ ◊ O tronco anterior e posterior represen- tam 18% de SCQ ◊ Genitália representa 1% de SCQ GRÁFICO DE LUND-BROWDER MODIFICADO PARA AVALIAR A PORCENTAGEM DE QUEIMADURATO- TAL DA SUPERFÍCIE CORPORAL EM CRIANÇAS E ADULTOS ÁREA* NASCIMENTO ATÉ 1 ANO 1 A 4 ANOS 5 A 9 ANOS 10 A 14 ANOS ADULTO Cabeça 9,5 8,5 6.5 5.5 4.5 Pescoço 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Tronco 13 13 13 13 13 Braço 2 2 2 2 2 Antebraço 1.5 1.5 1.5 1.5 1.5 Mão 1,25 1,25 1,25 1,25 1,25 Coxa 2,75 3,25 4 4,25 4,5 Perna 2.5 2.5 2.5 3 3,25 Pé 1,75 1,75 1,75 1,75 1,75 Nádega 2.5 2.5 2.5 2.5 2.5 Genitália 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Tabela 2. Distribuição corpórea pela regra de Lund-Browder Figura 16. Foto Regra dos Noves. Fonte: https://images.app.goo.gl/ e1WNXbfXPgTjjJkj8 21QUEIMADURAS • Método da palma da mão - quei- maduras pequenas ou irregulares podem ser aproximadas usando a área da palma da mão do pacien- te. A palma da mão do paciente, excluindo os dedos, é aproxima- damente 0,5% da área total da superfície corporal, e toda a super- fície palmar, incluindo os dedos, é 1% em crianças e adultos. Figura 17. Foto palma da mão. Fonte: https://images. app.goo.gl/NARQskjDUEKVdMHY9 SAIBA MAIS! Precisão das estimativas percentuais da SCQ - Em vários relatórios observacionais com- parando a estimativa do tamanho da queimadura no hospital de referência com a estimativa no centro receptor de queimaduras, o tamanho das queimaduras maiores foi subestimado. Isso resultou em sub-reanimação no hospital de referência. A transferência antecipada para um centro de queimaduras deve ser organizada quando as lesões atenderem aos critérios para queimaduras graves. A porcentagem de EATB queimada pode estar subestimada em mulheres com mamas grandes que apresentam queimaduras no tronco anterior. Uma tabela baseada no tamanho do copo de um soutien destina-se a complementar o gráfico de Lund-Browder para estimativa de queima- duras em adultos. Em uma revisão de 60 voluntários para determinar a diferença na porcenta- gem de SCQ do tronco anterior entre homens e mulheres, constatou-se que as mulheres com seios grandes (tamanho do copo D e maior) tinham uma quantidade significativamente maior de porcentagem de SCQ no peito anterior em comparação com homens (16 versus 11%) [ 17] Essa porcentagem adicional de SCQ está concentrada na região peitoral e representa 10% do SCQ em comparação com 5% para homens e 7% para mulheres com seios menores. Houve uma distribuição igual da SCQ do tronco anterior e posterior nos homens, mas uma proporção de 1,6: 1 nas mulheres de seios grandes. Para cada aumento no tamanho do copo, o SCQ do tronco anterior de uma mulher aumenta em um fator de 0,1, em relação ao tronco posterior. Além disso, um estudo em pacientes obesos sugeriu que os diagramas “Regra dos Noves” e Lund-Browder subestimam a extensão das queimaduras envolvendo o tronco e superesti- mam a porcentagem de queimaduras envolvendo as extremidades no paciente obeso. Neste estudo, a forma primária do paciente (andróide versus ginecóide) foi importante para determi- nar a porcentagem de EAPT em comparação com o índice de massa corporal (IMC) e o sexo. 22QUEIMADURAS 7. TRATAMENTO É preciso ter em mente que o trata- mento de pacientes queimados é complexo e longo. Se inicia com um primeiro atendimento, o qual será ba- seado na estabilização do paciente e na correção dos distúrbios hidroelé- tricos decorrentes das perdas volêmi- cas após a quebra da barreira da pele e exposição de capilares; até a corre- ção das complicações geradas como infecções e contraturas. Assim, será preciso uma equipe mul- tidisciplinar, composta desde a equi- pe de pronto atendimento para a situação aguda, até uma equipe es- pecializada composta por médicos dermatológicos, cirurgiões plásticos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricio- nais e psicólogos. Essa equipe multi- disciplinar irá enfrentar, junto com o paciente, uma longa jornada baseada em conquistas diárias. CRITÉRIOS DE REFERÊNCIA DO CENTRO DE GRAVAÇÃO Queimaduras de espessura parcial superiores a 10% de TBSA Queimaduras que envolvem o rosto, mãos, pés, genitália, períneo ou articulações principais Queimaduras de terceiro grau em qualquer faixa etária Queimaduras elétricas, incluindo danos causados por raios Queimaduras químicas Lesão por inalação Queimadura em pacientes com distúrbios médicos preexistentes que podem complicar o tratamento, prolon- gar a recuperação ou afetar a mortalidade Qualquer paciente com queimaduras e trauma concomitante (como fraturas) em que a lesão por queimadura represente o maior risco de morbimortalidade. Nesses casos, se o trauma apresentar maior risco imediato, o paciente poderá ser estabilizado inicialmente em um centro de trauma antes de ser transferido para uma unidade de queima. O julgamento do médico será necessário em tais situações e deve estar de acordo com o plano regional de controle médico e os protocolos de triagem. Crianças queimadas em hospitais sem pessoal ou equipamento qualificado para o atendimento de crianças Lesão por queimadura em pacientes que necessitarão de intervenção social, emocional ou de reabilitação especial Tabela 3. Critérios de referência do centro de gravação 23QUEIMADURAS Estabilização Durante a estabilização do paciente, é preciso realizar um exame físico mi- nucioso para que possamos identifi- car a gravidade das lesões e calcular a SCQ queimada, o que irá nos orientar na correção hídrica deste paciente, já que a reposição volêmica adequada é crucial no tratamento do paciente com mais de 20% de SCQ. A infu- são de líquidos deve ser iniciada, de preferência, já no ambiente pré-hos- pitalar. Em Centros de Tratamento de Queimados (CTQs), após um cálculo mais preciso da área envolvida, a ad- ministração de líquidos obedecerá a uma fórmula mais rigorosas. É impor- tante que o volume prescrito até este momento seja também contabilizado. A última edição do ATLS (10ª) reco- menda uma reposição inicial de volu- me, nas primeiras 24 horas, de 2 ml de Ringer lactato x peso do paciente (em kg) x SCQ. Metade do volume in- fundido nas primeiras 8 horas, a con- tar do momento do acidente, e a outra metade nas 16 horas subsequentes. É importante termos em mente que o resultado inicial desse cálculo re- presenta o volume que será inicia- do; posteriormente, a infusão deverá ser ajustada (para mais ou para me- nos), com o objetivo de manter um débito urinário, em adultos, de 0,5 ml/kg/h e, em crianças ≤ 30 kg, de 1 ml/kg/h; nesta população pediátrica, recomenda- se a administração de solução glicosada juntamente com o Ringer. Um volume administrado insuficiente resulta em hipoperfusão e lesão or- gânica; por outro lado, uma infusão excessiva de líquidos pode agravar o edema, fenômeno que tem como consequências a progressão da quei- madura para planos mais profundos ou a síndrome compartimental de ab- dome ou extremidades. Cicatrização Pacientes que apresentem queima- dura de primeiro grau irão apenas precisar de hidratação da pele, já que a lesão se restringe a epiderme, se caracterizando uma inflamação local. No caso de pacientes com queima- duras de segundo grau superficial, onde existe um acometimento até a derme papilar, é preferível a realiza- ção de enxertos de pele parciais após o desbridamento de toda a região acometida, assim, o paciente irá apresentar uma menor contratura e altera- ções estéticas da região acometida. Mariana Destacar Mariana Destacar 24QUEIMADURAS Quando existe acometimento da der- me total, chegando ao subcutâneo, o organismo não será mais capaz de realizar uma cicatrização eficiente, já que os anexos dérmicos e sua reserva epitelial estão destruídos. Nessas si- tuações, é preferível a utilização de retalhos cutâneos para prevenir o surgimento de contraturas e deformi- dades na pele do paciente. Figura 20. Foto de retalho em queimadura. Fonte: https://images.app.goo.gl/hYHW5kaJWUxLH6zD9 25QUEIMADURAS evolução do paciente. Para impedir seu surgimento, o cirurgião plástico pode fazer uso dos enxertos e reta- lhos para impedir a reepitalização de- sordenada nestas regiões. Caso o pa- ciente já se encontrecom contraturas em seu atendimento, pode-se fazer uso de retalhos, como na Zetaplastia, para permitir uma maior mobilidade a região. Complicações A depender do tipo, do local e de como foi realizado o tratamento da queimadura do paciente, ele pode evoluir com algumas complicações como contraturas e infecções. Assim, em regiões de grande mobi- lidade, como articulações e pescoço, é preciso ficar atento para o surgi- mento de contraturas, já que pode- rá impactar de maneira negativa na Figura 21. Foto do tratamento de uma contratura. Fonte: https://images.app.goo.gl/h6BYuaXdw4JQj2Wr8 Por fim, para impedirmos o surgimen- to de infecções, é preciso ter em men- te a sua fisiopatologia. Após a quei- madura, a barreia de proteção que a pele confere é perdida, permitindo o extravasamento de nutrientes para o meio externo, criando um local pro- pício para a colonização bacteriana e posterior surgimento de infecções. Os organismos gram-positivos predomi- nantes encontrados nas infecções por queimaduras permanecem sen- do o Staphylococcus aureus , segui- dos pelas espécies de Enterococcus, que são encontradas em números decrescentes. Patógenos gram-ne- gativos dominam após o quinto dia de uma internação hospitalar tipica- mente prolongada e emergiram como os agentes etiológicos mais comuns de infecção invasiva em virtude de seu grande repertório de fatores de virulência e características de resis- tência antimicrobiana. Pseudomonas aeruginosa continua sendo o micror- ganismo gram-negativo mais fre- quente isolado de feridas queimadas, seguido por Escherichia coli. Dessa 26QUEIMADURAS forma, quando recebemos esse pa- ciente, ainda durante a realização de seu primeiro curativo, precisamos impedir que ocorra a infecção, já que após a adequada reposição volêmica 70% dos pacientes que morrem se- rão em decorrência de infecções. O tratamento preventivo será realizado com sulfadiazina de prata tópica em 1% nas feridas. Caso venha a evoluir com uma infecção, faremos uso de uma antibioticoterapia inicialmente empírica, baseada nos principais pa- tógenos encontrados no seu hospital, sendo guiada, posteriormente, pelo antibiograma da cultura realizada a partir das secreções coletadas. Figura 22. Foto de infecção em uma queimadura. Fonte: https://pt.slideshare.net/profluiscarloscarvalho/ estafilococos-13472102 27QUEIMADURAS MAPA MENTAL GERAL Regra dos Noves QUEIMADURA SCQ Contratura Infecção Complicações TratamentoProfundidade Classificação de Risco Sulfadiazina de Prata Reposição volêmica Prevenção de Infecção Cirúrgico Enxerto Desbridamento Retalho Terceiro Grau Segundo Grau Primeiro Grau Superficial Profunda 28QUEIMADURAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Igreja D, Elsayed S, Reid O, et al. Queime infecções de feridas. Clin Microbiol Rev 2006; 19: 403. Azzopardi EA, Azzopardi SM, Boyce DE, Dickson WA. Infecções gram negativas emergen- tes em queimaduras. J Burn Care Res 2011; 32: 570. Aldana MC, Navarrete N. Epidemiologia de uma década de queimaduras fatais pediátricas na Colômbia, América do Sul. Burns 2015; 41: 1587. Smolle C, Cambiaso-Daniel J., Forbes AA, et al. Tendências recentes na epidemiologia das queimaduras em todo o mundo: uma revisão sistemática. Burns 2017; 43: 249. 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