Correlatos auditivos fisiológicos dos tipos de voz Para estudo, busquem informações nas páginas 92 a 07 do livro Voz: O livro do Especialista, volume 1 TIPO DE VOZ DEFINIÇÃO CORRELATO AUDITIVO (faça um resumo dos principais pontos) 1 ROUCA/RUGOSA presença de ruído, soprosidade/aspereza irregularidade de vibração da onda de mucosa 2 ÁSPERA irritante e desagradável de ataque brusco, rica em ruído, pobre em harmônicos atributo tátil; 2 focos de ressonância simultâneos: r. laringofaríngea básica e intensa e r. nasal compensatória ao esforço laríngeo; rigidez de mucosa das pregas vocais com pouca mucosa à vibração 3 SOPROSA acompanhada de ar não-sonorizado; presença de ruído audível na fonação; intensidade baixa e frequência grave fluxo contínuo de ar através da glote; coaptação deficiente das pregas vocais. 4 SUSSURADA extremo da voz soprosa configuração laríngea: triângulo ântero-posterior ou exclusivamente posterior, com oclusão da região fonatória; também presença de fenda em lambda ou fenda paralela; mucosa rígida e sem vibração; constrição supraglótica 5 FLUIDA emissão agradável, solta e relaxada, com tendência à frequência fundamental grave; voz com psicodinâmica indicativa de charme e sedução Laringe baixa com amplo movimento de mucosa 6 GUTURAL emissão tensa, com abafamento dos harmônicos e predomínio de ressonância laringofaríngea; projeção e volume bastante limitadas Fechamento do vestíbulo laríngeo e redução da amplitude do movimento ondulatório da túnica mucosa das pregas vocais por aumento de tensão muscular 7 COMPRIMIDA voz tensa, desagradável contração exagerada; vibração mucosa de pouca extensão; ataques vocais bruscos com grande força muscular e altos índices de pressão subglótica 8 TENSA-ESTRANGULADA som comprimido e entrecortado, com flutuações na QV; quebras de frequência e sonoridade; incoordenação pneumofonoarticulatória emissão de silvos com pouca quantidade de ar transglótico; tensão excessiva de todo trato vocal 9 BITONAL como se fossem duas vozes; dois diferentes sons com frequência, intensidade e QV diversas desnivelamento das pregas vocais no plano horizontal ou diferença de tensão, massa ou tamanho. 10 DIPLOFÔNICA dois diferentes sons duas diferentes estruturas compondo a fonte produtora do som, como por exemplo, fonação ariepiglótica, fonação vestibular, entre outros. 11 POLIFÔNICA irregularidade vocal encontrando rouqidão, soprosidade, apereza, diplofonia, entre outros; pouca energia harmônica acontece em reconstrução glótica realizada com retalhos de tecido em pós operatório e laringectomias parciais 12 MONÓTONA padrões de frequência e intensidade repetitivos; desinteressante que não atrai o ouvinte; associada à hipernasalidade e articulação imprecisa como ELA e Parkinson associada à gama tonal, inflexões e tessitura reduzida; observada em indivíduos depressivos e pode ser de desordem neurológica também 13 TRÊMULA variações acentuadas, regulares ou irregulares, mas geralmente cíclicas de 4 a 8 Hz; sensação de instabilidade à emissão acontece em situações de forte emoção, mas pode ser de manifestação principal de tremor neurológico heredofamiliar ou um dos primeiros sinais de distúrbios nas vias extrapiramidais como no Parkinson 14 PASTOSA como se o paciente estivesse falando com "uma batata na boca" imprecisão articulatória; comum em crianças com hipertrofia das amígdalas palatinas, indivíduos obesos, quadros neurológicos (alguns) e na fala intoxicada por ingestão de álcool 15 BRANCA OU DESTIMBRADA redução nas características melódicas e espectrais da emissão; poucos harmônicos; tom geralmente grave pode ser de origem funcional, pela contração deficiente dos músculos das cavidades de ressonância ou orgânica; expressa características psicológicas de timidez e introversão 16 CREPITANTE identificada como vocal fry no inglês americano ou creaky voice na literatura britânica; frequência vocal bastante grave, pequena intensidade Todos emitem sons de registro basal, porém se for habitual de voz, configura abuso vocal, laringe com pregas vocais grossas e encurtadas, podendo ou não ocorrer a vibração das pregas vestibulares 17 INFANTILIZADA tom agudo que não corresponde à idade do falante ou maturidade psicoemocional; conhecida como voz delgada geralmente de origem psicológica, imaturidade ou muda vocal incompleta e raros casos orgânicos de laringe infantil padrão de altura repetitivo com elevação da laringe e anteriorização da língua que produz articulação distorcidada 18 FEMINILIZADA tom agudo no limite superior da faixa masculina entre 140 e 150 Hz ou tessitura feminina acima de 150 Hz; encontrado em rapazes com disfonias da muda vocal por dificuldade de aceitação da responsabilidade da vida adulta; aparece também em alguns csos de homossexualidade masculina 19 VIRILIZADA tom grave no limite da faixa feminina com a masculina encontrada em mulheres com grandes edemas de pregas vocais, em alguns quadros de menopausa e ingestão de hormônios masculinos 20 PRESBIFÔNICA voz de grau variado de deterioração com falta de sustentação de frequência, intensidade e qualidade de emissão com constantes quebras de sonoridade observado em idosos, sendo evidente depois dos 65 anos e mais acentuado no sexo masculino que pode apresentar frequência aguda e mulheres adquirem vozes mais graves (virilização) 21 HIPERNASAL voz de uso excessivo da cavidade nasal produção glótica normal e a modificação situa-se ao nível das cavidades de ressonância 22 HIPONASAL redução do componente nasal esperado na fala devido a desvios de septo ou deformidade dos ossos da face; nos casos de obstrução nasal: inflamações de tecidos moles, aumento da vegetação adenóide e pólipos nasais; há trocas de consoantes nasais pelas oclusivas sonoras 23 NASALIDADE MISTA voz de QV semelhante à um indivíduo resfriado que tenta nasalizar a voz quase todos os pacientes fissurados palatinos existe uma nasalidade que pode ser considerada mista por insuficiência velar associada a uma obstrução nasal, condição chamada de rinolalia ou rinofonia mista; sons não-nasais tornam-se um pouco mais nasais e sons nasais mais ou menos desnasalizados