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Alterações cadavéricas

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Alterações cadavéricas (post mortem)
É preciso conhece-las para diferenciá-
las das alterações antes da morte. 
Essas alterações também são 
importantes para o conhecimento de 
tempo de morte, chamado de 
cronotanatognose. 
Classificação 
• Não transformativas (abióticas) 
- Imediatas: são aquelas que 
ocorrem imediatamente após a 
morte. São elas: insensibilidade, 
imobilidade, parada das 
funções cardíaca e respiratória, 
inconsciência e arreflexia. 
- Tardias: acontecem após as 
imediatas. São elas: algor 
mortis, livor mortis, rigor mortis, 
coagulação do sangue, 
embebição pela hemoglobina, 
embebição pela bile, 
meteorismo ou timpanismo 
post mortem, deslocamento e 
torção de vísceras, 
pseudoprolapso retal. 
• Transformativas: estão 
associadas com putrefação. São 
elas: pseudomelanose, enfisema 
cadavérico, maceração, 
coliquação e redução 
esquelética. 
Não transformativas: algor 
mortis 
É conhecido como frigor mortis ou 
frialdade cadavérica. Isso significa o 
resfriamento do cadáver até a 
temperatura ambiente, o seu 
aparecimento é variável, dependendo 
do ambiente e das condições do 
animal. O seu mecanismo de formação 
se dá pela parada dos mecanismos de 
termorregulação fisiológica do animal, 
e também ocorre a evaporação dos 
líquidos corporais, favorecendo uma 
perda de calor. É a alteração 
cadavérica que se deseja que ocorra 
mais rapidamente em termos de 
diagnóstico morfológico. 
Não transformativas: livor 
mortis 
É chamado também de hipóstase 
(aparecimento de manchar 
avermelhadas ou roxas nos locais de 
declive) cadavérica. Se dá pela 
parada cardíaca, o sangue tende a 
se acumular nas regiões mais 
baixas do corpo do animal, e pode 
surgir entre 2 à 4 horas após a morte 
do animal. 
É necessário haver a diferenciação da 
CONGESTÃO HIPOSTÁTICA, que pode 
predispor à pneumonia hipostática 
(uma alteração anti mortem) que 
acontece em animais que ficam 
deitados em um mesmo decúbito por 
um período prolongado. Na necropsia, 
quando o animal teve uma congestão 
hipostática, observa-se que o sangue 
tende a ficar represado em um 
determinado local do pulmão (lobo 
direito ou lobo esquerdo). Para se 
diferenciar a congestão da hipóstase 
em uma necropsia, deve-se procurar 
por edema. 
 
 Não transformativas: rigor 
mortis 
É chamado também de rigidez 
cadavérica, podemos verificá-lo mais 
facilmente na mandíbula e nas 
articulações, aparece geralmente entre 
2 à 4 horas depois da morte. É mais 
precoce em animais de apresentaram 
caso de tétano, caquexia ou que 
fizeram exercício extenuante antes da 
morte. 
O mecanismo do rigor mortis é 
dividido em 3 fases: 
• Fase de pré rigor: fase em que o 
animal vêm à óbito e ainda 
não aconteceu o rigor, porque 
há um armazenamento de 
glicogênio nas fibras 
musculares. Esse glicogênio é 
transformado em ATP, e faz 
com que os filamentos de 
actina e miosina não se liguem 
de forma acentuada e o 
músculo fique mais relaxado. 
• Fase de rigor: nessa fase o 
glicogênio já foi todo 
consumido, não há mais 
formação de ATP e com isso há 
uma ligação muito forte entre 
actina e miosina, ocorrendo o 
rigor mortis. 
• Fase de pós rigor: autólise, 
liberação de enzimas 
proteolíticas, e as pontes de 
ligação entre actina e miosina 
são degradadas. 
O primeiro órgão que entra em rigor é 
o coração (mais ou menos uma hora 
após a morte). O rigor mortis é mais 
intenso no ventrículo esquerdo do que 
no ventrículo direito, pois a espessura 
do ventrículo esquerdo é maior do que 
a espessura do ventrículo direito, visto 
que o esquerdo bombeia sangue para 
o corpo inteiro. 
Não transformativas: 
coagulação sanguínea 
Observamos coágulos cruóricos 
(vermelhos) e lardáceos (amarelos), 
sendo que os lardáceos são comuns em 
cavalos e não necessariamente 
significam doença. 
Ocorre aproximadamente duas horas 
após a morte e dura oito horas. Seu 
mecanismo de formação (do coágulo) 
se dá pela hipóxia, em que há a 
liberação de tromboquinase (fator de 
coagulação sanguínea) e aí ocorre a 
formação dos coágulos. 
Não transformativas: embebição 
pela hemoglobina 
É também chamada de embebição 
sanguínea, e ocorre quando há 
hemólise, as hemácias se rompem e a 
hemoglobina extravasa e atinge os 
tecidos. Pode aparecer 8 horas após a 
morte. 
Não transformativas: embebição 
pela bile 
Ocorrem manchas amerelo 
esverdeadas ao redor da vesícula 
biliar. Não tem tempo específico após 
a morte para ocorrer, é variável. Em 
ruminantes, a sua formação é precoce. 
Seu mecanismo de formação se dá 
pela saída de sais biliares a medida 
que a parede da vesícula biliar entra 
em autólise. 
Não transformativas: 
meteorismo ou timpanismo post 
mortem 
Se dá pela produção de gás após a 
morte. Verifica-se uma distenção 
abdominal, e seu tempo de 
aparecimento após a morte é variável. 
É visualizado mais precocemente em 
herbívoros. 
Diferenciamos ante x post mortem por 
meio de alterações circulatórias. No 
post mortem, não há alteração 
circulatória. No ante mortem sim. O 
timpanismo ante mortem comprime os 
vasos. 
Não transformativas: 
deslocamento, torção e ruptura 
de vísceras 
Normalmente está associado ao 
acúmulo de gás. Começa a haver 
uma formação de gás oriundo da 
fermentação, e as alças começam a se 
deslocar e podem se romper. Se tiver 
acontecido antes da morte, iremos 
encontrar hemorragia, edema , 
congestão, inflamação e etc. 
Não transformativas: 
pseudoprolapso retal 
Verifica-se a saída da ampola retal 
sem alterações circulatórias. Seu 
mecanismo se dá pela formação de 
gases que comprimem os tecidos. 
Transformativas: 
pseudomelanose 
É encontrada em órgãos onde antes 
havia sangue. Começa a haver a 
embebição pela hemoglobina, os 
tecidos são tingidos de vermelho e 
depois ocorre a proliferação de 
bactérias, que começam a produzir 
ácido sulfídrico que em contato com o 
ferro da hemoglobina gera o sulfureto 
de ferro, que dá a coloração 
esverdeada. 
O cadáver já está em estado de 
putrefação. 
Transformativas: enfisema 
cadavérico 
É quando há a formação de gás 
sulfídrico pelas bactérias em tecido 
sólido, como fígado, e etc. Encontramos 
os gases na forma de crepitação: 
quando sentimos bolhas de gás se 
rompendo durante a manipulação de 
um tecido. 
Transformativas: maceração 
É o desprendimento das mucosas, e 
se dá pela ação de enzimas 
proteolíticas. 
Transformativas: coliquação 
É também chamada de liquefação. 
Verificamos que as vísceras começam a 
ficar amorfas, sem o formato 
anatômico reconhecido, vão se 
degradando. Isso se dá pela produção 
de enzimas proteolíticas. 
Transformativas: redução 
esquelética 
É a desintegração dos tecidos 
moles. 
Fatores que influem no 
aparecimento precoce ou tardio 
das alterações cadavéricas 
• Temperatura ambiente 
• Tamanho do animal 
• Estado nutricional 
• Causa mortis 
• Cobertura tegumentar

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