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introducao a pacientes com necessidades especiais

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Hysla Carneiro- P9 
 
Introdução a pacientes com 
necessidades especiais 
-A especialidade de Odontologia para Pacientes com 
Necessidades Especiais foi reconhecida em 2002 pelo 
Conselho Federal de Odontologia e apresenta um 
baixo número de especialistas, comparada às demais 
especialidades 
-A inclusão dos PNE no atendimento clínico 
odontológico é um direito garantido pela Constituição 
Federal, e vem ocorrendo de forma crescente, na 
Odontologia 
-Termos adequados para se referir a pessoas com deficiência: 
-Pessoa com deficiência (termo recomendado pela 
OMS) 
-Paciente com necessidade especial (termo utilizado 
na odontologia para pessoa com deficiência, 
comprometimento sistêmico ou condição especial 
temporária ou permanente) 
-Conceitos: 
-De acordo com a Convenção dos Direitos das Pessoas 
com Deficiências, as pessoas com deficiência são 
aquelas que possuem impedimento de natureza física, 
intelectual ou sensorial que, em interação com 
diversas barreiras, podem obstruir sua participação 
plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas 
(Decreto 6.949/2009). 
-Na Odontologia, consideramos Pacientes com 
Necessidades Especiais todo aquele que apresente 
limitações, temporária ou permanente, de natureza 
física, intelectual, sensorial, emocional, de 
crescimento ou médica que o impeça de ser 
submetido a uma situação odontológica convencional. 
Por isso, o termo é mais amplo. 
-Classificação das deficiências no brasil: 
-De acordo com a Política Nacional para Integração da 
Pessoa com Deficiência, as pessoas com deficiência 
são classificadas em: 
 • Deficiência física; 
 • Deficiência auditiva; 
 • Deficiência visual; 
 • Deficiência intelectual; 
• Deficiência múltipla 
-Como visto, na odontologia, outros pacientes além 
das pessoas com deficiência são considerados PNE, 
logo segue a classificação e alguns exemplos de PNE 
na Odontologia, para fins didáticos, adaptado por 
CAMPOS et al (2009): 
• Deficiência física: paralisia cerebral, di, hemi e 
tetraparesia ou tetraplegia, amputações, distrofia 
muscular e Acidente Vascular Encefálico (AVE); 
• Deficiências sensoriais: deficiência auditiva e visual; 
 • Deficiência intelectual: condição de dificuldade 
cognitiva exclusiva ou associada a outras condições 
como epilepsia, paralisia cerebral e síndromes; 
• Distúrbios comportamentais: autismo, bulimia e 
anorexia; 
 • Condições e doenças sistêmicas — gravidez, 
pacientes irradiados em região de cabeça e pescoço, 
pacientes transplantados, pacientes 
imunossuprimidos, diabetes melito, cardiopatias, 
doenças hematológicas, transtornos convulsivos, 
insuficiência renal crônica e doenças autoimunes; 
 • Transtornos psiquiátricos: depressão, esquizofrenia, 
fobias, transtorno obsessivo-compulsivo e ansiedade; 
 • Doenças infectocontagiosas: pacientes 
soropositivos para o Vírus da Imunodeficiência 
Humana, hepatites virais e tuberculose; 
• Síndromes: Síndrome de Down, Síndrome de 
Microcefalia por Zika vírus, entre outras; 
-Epidemiologia: 
-Em 2010, foi observado um grande número de 
pessoas com deficiência na Paraíba e no Brasil, 
inclusive os valores percentuais da Paraíba foram 
superiores aos dados do Brasil. 
-A deficiência mais frequente foi a deficiência visual, 
porém algumas críticas foram relatadas sobre 
metodologia de coleta de dados, pois era questionado 
se a pessoa tinha algumas dificuldades, grande 
dificuldade e não consegue enxergar de modo algum, 
sendo assim, boa parte das pessoas responderam que 
têm alguma dificuldade de enxergar (17,84%). 
-Acessibilidade: 
-A acessibilidade seria proporcionar as pessoas com 
deficiência condições para alcançarem e utilizarem, 
com segurança e autonomia, os espaços, mobiliários e 
equipamentos urbanos, as edificações, os transportes 
Hysla Carneiro- P9 
 
e os sistemas e meios de comunicação. Para isso, a lei 
prevê a eliminação de barreiras e obstáculos que 
limitem ou impeçam o acesso, a liberdade de 
movimento e a circulação com segurança dessas 
pessoas 
-Os estabelecimentos dos serviços de saúde 
necessitam cumprir as normas de acessibilidade para 
pessoas com deficiência. Seguem abaixo as legislações 
federais que contém informações sobre 
acessibilidade: 
• LEI Nº 10.098 – DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000 - 
Estabelece normas gerais e critérios básicos para a 
promoção da acessibilidade das pessoas com 
deficiência ou com mobilidade reduzida; 
• DECRETO Nº 5.296 – DE 02 DE DEZEMBRO DE 2004 - 
Regulamenta as Leis de nº 10.048, de 08/ 11/ 00, que 
dá prioridade de atendimento, e nº 10.098, que 
estabelece normas gerais para a promoção de 
acessibilidade; 
• LEI Nº 7.714 DE 28 DE DEZEMBRO DE 2004 - 
Estabelece normas e critérios para a acessibilidade de 
pessoas com necessidades especiais. 
-Políticas públicas para pessoas com deficiência: 
-Vários eventos e documentos internacionais e 
nacionais apresentam diretrizes e orientam políticas 
públicas para pessoas com deficiência. 
-Por exemplo, a Convenção dos Direitos da Pessoa 
com Deficiência, promovida pela Organização das 
Nações Unidas, em 2008, que teve o objetivo de 
proteger e assegurar os direitos humanos e liberdades 
fundamentais para todas as pessoas com deficiência e 
promover o respeito pela sua dignidade inerente. 
-No Brasil, a Constituição Federal de 1988, no seu 
Artigo 23, Inciso II, estabeleceu a responsabilidade de 
cuidar da saúde, da assistência pública, da proteção e 
garantia das pessoas com deficiência 
-Em 2011, o Governo Federal, por meio do Decreto n. 
7.612, de 17 de novembro de 2011, lança o Plano 
Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – 
Viver sem Limite. 
-O plano apresentou ações em várias áreas (educação, 
saúde, lazer, transporte, esporte, entre outras). 
-Na Odontologia, o Plano Viver sem Limites apresenta algumas 
ações para as pessoas com deficiência, dentre elas: 
 -Aumento de 20% no financiamento do SUS para os 
CEO que oferecerem atendimento às pessoas com 
deficiência; 
-Adequação física e aquisição de equipamentos para 
27 centros cirúrgicos em hospitais gerais para 
atendimentos de PNE em ambiente hospitalar; 
 -Capacitação de 6.600 profissionais da Odontologia 
para atendimento à pessoa com deficiência. 
-A RCPCD instituída no âmbito do SUS pela Portaria 
GM/MS Nº 793 de 24 de abril de 2012, é constituída 
por três componentes: 
-I - Atenção Básica; 
-II- Atenção Especializada em Reabilitação Auditiva, 
Física, Intelectual, Visual, Ostomia e em Múltiplas 
Deficiências; 
-III- Atenção Hospitalar e de Urgência e Emergência.

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