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Teorias da ética

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Esse resumo refere-se a aula 2 de bioética do 8° Período 
Nascimento da Ética: 
Práxis: Processo executório de alguma determinação superior. 
Surgiu na antiguidade clássica. Sócrates é considerado o pai da filosofia e ela nasce no 
questionamento das pessoas, especialmente na Grécia com os pré-socráticos, onde começam a 
questionar os mitos e a fazerem (achar explicações) reflexões naturais, racionais. Ao procurar a 
explicação sobre os fenômenos na natureza (Ex: pq Sol nasce em um lado e some do outro), nasce a 
física e a fisiologia, onde essas pessoas explicavam os fatos baseados na própria natureza (naturalismo). 
Então Sócrates pensou no elemento constitutivo do universo não considerado pelos outros pensadores, 
mas que é a explicação central, que é o ser humano. Nós podemos explicar através do raciocínio os 
fenômenos naturais, ou seja, são fenômenos naturais explicáveis que podemos comprovar, surgindo a 
CIENCIA (aquilo que conseguimos gerar provas). 
Sócrates por questionar tudo, foi condenado por negar os deuses, incentivar os jovens a negar os 
deuses e de conspirar contra a democracia ateniense e morreu. Platão viu tudo e foi seu principal 
discípulo. 
Platão: 
O que significa amor platônico? Aquilo que não está no mundo tangível, mas no mundo das ideias, 
pois para Platão tudo é só uma representação do mundo das ideias (mito da caverna). 
Para Platão (428-348 a.C) tudo vem de uma ordem transcendente, vem de conhecer a essência das 
coisas e quando exposto a essa coisa, reconhecemos. Resumindo, para ele nós já nascemos com o 
conhecimento de tudo e quando vemos, reconhecemos. 
Pilares da ética em Platão: 
 Justiça na ordem individual e social 
 Transcendência do bem 
 Justiça como presidente das virtudes humanas. 
O que seria transcendência do bem? Para Platão todos conhecemos a essência do que é certo, justo 
e para que todos a pratiquem é necessária a educação. Todos nascemos com a possibilidade de agir 
moralmente, mas precisamos ser educados para diferenciar o justo do injusto. Agora, o conceito de 
justiça da época deve ser pensado, pois os únicos que tinham voz na Pólis eram os cidadãos, mas as 
crianças, mulheres, escravos, estrangeiros, etc não eram considerados cidadãos na época e então 
para Platão os princípios éticos devem sobrepujar (exceder) a justiça. 
Para Platão o que era injusto era imundo (como assim? Mundo era a organização e o que não era 
organizado então, seria chamado de imundo). Resumindo: A justiça na ordem social significa que é 
fundamental que se mantenha o ordenamento social para que se tenha justiça e assim todos possam 
praticar o bem. 
Platão também diz que a melhor ação é a que possui equilíbrio e autocontrole. E ele fala de uma nova 
virtude que é uma nova capacidade de ação que foi chamada de Phronesis, a temperança (equilíbrio 
e autocontrole). A virtude é inata e não pode ser ensinada (todos podemos fazer o bem e para isso 
precisamos pensar, rememorar e isso ele chama de ANAMNESE). A anamnese é um autoexame de 
lembranças (que já é inata, já nascemos justos, etc) que faz com que exerçamos a virtude (coisas boas) 
devido a educação. 
Aristóteles: 
Aristóteles foi aluno de Platão e foi tutor de Alexandre da Macedônia (Alexandre, o Grande). Ele diz 
que a experiência humana divide-se em 3 eixos: 
 Teoria (conhecimento) 
 Prática 
 Criação 
Escreveu o livro ÉTICA A NICÔMACO e nesse livro ele traz a primeira definição mais próxima da atual 
sobre a ética. Ele ensina o que é virtude, como chegar à virtude, mostra quais elementos devemos ter 
para ser virtuoso e no fim chega à conclusão de que o uso da virtude (temperança, coragem, 
espiritualidade, etc) é a maneira de chegar à vida boa (eudaimonia). Diz que não nascemos bons, 
mas aprendendo e praticando levamos à prática, ou seja, a virtude não é inata, mas resulta do hábito. 
Diz que a ação ética deve evitar os extremos, atingindo o equilíbrio (equilíbrio entre o uso das virtudes 
– prudência/imprudência). 
Immanuel Kant: 
Ele fala que uma atitude (ação) é considerada boa, virtuosa, moral, quando é tomada isenta de 
VONTADE, mas pelo DEVER (independente do que quer e das suas consequências – ética do dever - 
deontologia). 
Ele participa do racionalismo crítico, devemos justificar nossas ações pela razão e excluir as vontades. 
Princípio da universalização das máximas: toda decisão deve ser baseada puramente na razão e 
totalmente livre (liberdade como império da razão – liberdade dentro dos limites legais) sem a coerção 
das nossas vontades e de forma igualitária entre todas as pessoas (universalização). Para ele a decisão 
só é moral se ela for tomada autonomamente (justiça deve delimitar o exercício da liberdade - 
autonomia). Ex: médico não manda tomar remédio, ele prescreve. 
Obs: Quando fala máximas significa uma afirmação 
Arthur Schopenhauer: 
Faz parte do grupo de filósofos pessimistas. 
Ele pregou a ética da compaixão e caridade. Ele ao se mudar viu uma plantação destruída e chegou 
à conclusão de que não tem como ser um ser humano ético e moral se isso não o afetar, sendo o 
precursor do conceito de empatia. Disse que temos que sentir e aqueles que são cruéis com seres 
senscientes não podem ser bons e que quem não é bom não tem boas atitudes. Não faça mal a 
ninguém e ajude todos que puder. 
Para ele só se age por 3 motivos: 
 Egoísmo (esperando algo em troca) 
 Crueldade (pelo gosto de fazer o mal) 
 Compaixão (vejo sofrimento e me ofereço para ajudar) 
Só é bom, virtuoso e moral quem age por compaixão. Medicina deve ser exercida com compaixão. 
Jurgen Habermas: 
Disse que não basta o raciocínio, para que algo seja moral precisa dar vez e voz a todos em uma 
discussão. Ex: Médico explica benefícios e malefícios de um tratamento ao paciente e a decisão de 
fazer ou não deve emergir da discussão (sem desnível) de todos que fazem parte do discurso 
(importante explicitar os argumentos para as afirmativas). Uma decisão é justa quando todos os 
envolvidos fazem parte do discurso de forma igualitária, sendo o argumento o mais importante. Não 
há tentativa de subverter o discurso, ninguém tenta prevalecer sobre ninguém e deve ter argumento 
(o porquê de cada afirmação e motivos). Ex: Conselho Municipal de Saúde que solicita a presença de 
membro da população, sendo esse ato moral desde que não haja coerção e desde que todos 
entendam. Argumentos diretos, puros e simples.

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