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Terapêutica Odontológica P1.Paloma olsen- odontologia ufpr Analgésicos de ação periférica Bloqueio periférico da dor (nociceptores), pela inibição da COX. Possui ação analgésica (500-600mg), anti agregante plaquetária (40-100 mg) e anti-inflamatória (até 4gr). Nome genérico Nome comercial Forma farmacêutica Posologia Indicação Contraindicação Ácido Acetilsalicílico Atua na COX1 Reduz produção de tromboxano A2 (estimulador da agregação plaquetária) AAS, Aspirina Comprimidos 500mg Comprimidos 100mg (crianças) 1 a 1 comp./ cada 4 ou 6 h ½ comp. ou 1 a cada 6 ou 8h Intervenção primária e secundária de Tromboembolismo Venoso (TEV) Dores de cabeça, dor nas costas, inflamação na garganta, dor muscular, articular, lombalgia, previne AVC,, profilaxia de TVP, ataques isquêmicos transitórios Pode potencializar os efeitos da Varfarina Evitar em pacientes com IRC (insuficiência renal crônica) Alérgicos ao composto, problemas de sangramento: hemofilia, Doença de Von Willebrand, grávidas, asmáticos/ pólipos nasais, crianças e adolescentes com febre devido à infecção viral- Síndrome de Reye Dipirona sódica Anador, Conmel, Novalgina Comp. 500 mg Comp. 320 mg 1 comp. cada 6h 1 comp. cada 6h Controle da dor e febre Diabetes compensado- dor leve Bom para pacientes que fazem uso de anticoagulantes (varfarina e heparina), IRC e asmáticos Risco para quem tem tem queda de pressão (PAS < mmHg), Distúrbios hematológicos, hipersensíveis aos derivados da pirazolona ou ainda com deficiência congênita da glicose-6-fosfato-desidrogenase Paracetamol Tylenol, Dôrico, Sonridor Comp. 500 mg Comp 750 mg Solução gotas 200mg/mL (frasco de 15 mL) - crianças Solução gotas 100mg//mL) - bebês 1 comp. cada 6h 1 comp. cada 6 ou 8 h 1 gota- 1kg 6- 8h 1 gota- 1kg 6-8 h Primeira escolha para grávidas em qualquer período da gestação IRC, asmáticos Diabetes compensado- dor leve Pode potencializar os efeitos da Varfarina Indicações de analgésicos não opióides isolados ou associados segundo procedimento odontológico: Procedimento Analgesia Exodontia, biópsia ou outros procedimentos simples envolvendo tecidos moles AAS, Dipirona, Paracetamol Cirurgia óssea ou periodontal e abordagens endodônticas Codeína + Paracetamol (Tylex) ASS + Propoxifeno Ibuprofeno (doses plenas) Cetorolaco Remoção cirúrgica de 3º molares ou outros procedimentos mais invasivos Codeína + Paracetamol (Tylex) Ibuprofeno (doses plenas) Cetorolaco Aines Bloqueio periférico da dor (nociceptores), pela inibição da COX. Nome genérico Nome comercial Forma farmacêutica Posologia Indicação Contraindicações/ reações adversas Ibuprofeno Ibuprofeno + arginina (aminoácido que melhora a absorção) Alivium, Advil, Buscofem Spidufen Alivium 400mg ou 600mg comp. revestidos Alivium gotas 50 mg/mL para crianças Advil 400 mg comp. cápsulas líquidas Buscofem 400 mg cápsulas gelatinosas Spidufen 400mg ou 600mg (envelopes) 1 comp 1 cáps. cada 6 ou 8 h 1 gota- 1 kg/peso (máx. 40 gotas) Envelope dissolvido em ½ copo de água a cada 12 h Antiinflamatório, analgésico, anti reumático, anti térmico, anti gota É seguro em crianças Problemas renais e transplantados, aumenta efeitos adversos do TGI úlceras gástricas), aumenta o risco de agranulocitose, aumenta o risco de sangramento quando utilizado anticoagulante oral e heparina, aumenta a ação do anti diabético oral, diminui medula óssea (doença reumatológica) Cetoprofeno Profenid retard 200 Cápsulas 50 mg Comp. revestidos 200mg 1 cáps. a cada 6h 1 comp. a cada 2 h (dose única diária) Dor moderada à severa Por ser absorvido no intestino, faz melhor proteção do TGI (bom para pacientes com problemas gástricos) Problemas renais Nimesulida Nisulid, Scaflam, Neosolida Comp. 100 mg 1 comp. a cada 12 h Promove hepatotoxicidade Não recomendado para crianças e idosos Diclofenaco Potássico Cataflam Drágeas 50 mg, comp 50mg, suspensão oral 2 mg/mL (frasco 120 mL), suspensão oral gotas 15 mL (frasco 20mL) 1 drágea a cada 8 ou 12 h Problemas renais Diclofenaco Sódico Voltaren Biofenac Comp. 50mg ou cápsula 100 mg 1 comp. a cada 6 ou 8h 1 cáps. /24h (dose única diária) Problemas renais Piroxicam Feldene, Piroxene Cáps. 10 ou 20mg/ comp. solúveis 20 mg. Ampola de 2 mL com 40mg 1 a 2 cáps. ou 1 a 2 comp./ dia 1 ampola/dia Dor moderada a severa Ótima opção para quem tem gastrite, não ataca o TGI Meloxicam Movatec, Loxam Comp. 7,5mg 1 a 2 comp./dia Tramadol Toragesic Comp. Sublingual 10 mg Dose única diária ou pode ser prescrito a cada 6 ou 8 h (não exceder 90 mg/dia) Problemas renais Dexametasona Betametasona Decadron Celestone Comp. 0,5 e 0,75 mg/ Comp. 4mg ampola 2,5 ml com 4mg Comp. 0,5mg/com. 2mg ampola: mL com 4mg (betam. + 5,3 mg fosfato dissódico) 1 comp/dia por 3 dias 1 ampola (dose única) 1 comp./dia por 3 dias 1 ampola (dose única) USAR DOSES MÁXIMAS POR CURTO TEMPO Processos inflamatórios severos Traumas, acidentes, enxertos- BETA/DEXA Pré ou pós cirúrgico traumático Endodontia (abcessos)- DEXA Artrite da ATM Pênfigo oral, líquen plano Reações alérgicas graves Imunossuprimidos, Doentes renais, gestante Bom para pacientes que fazem uso de anticoagulantes (varfarina e heparina), diabéticos compensados, IRC Celecoxib Celebra cáps. 100 mg e 200 mg 1 comp./ 12h Exerce efeito anaçgésico, antiperético e antiinflamatório Diminui complicações do TGI Sem impacto sobre a agregação plaquetária (COX1) Potência moderada Inibidor seletivo da COX2 Problemas cardíacos: aumenta o risco cardiovascular, AVC, diminui as defesas do endotélio vascular contra HAS, aterosclerose (expressão elevada de COX2). Suprime a produção de PGL2 pelas células endoteliais (vasodilatação). Não é indicado para pacientes com problemas renais (COX2 constitutiva nos rins) Anestésicos Locais Bloqueio do impulso nervoso, impede a despolarização nervosa (bloqueia canais de sódio e potássio) Disponíveis no Brasil: Lidocaína 2% Lidocaína 3% Mepivacaína 2% Mepivacaína 3% Prilocaína 3% Articaína 4% Bupivacaína 0,5% Epinefrina 1:50.000 Epinefrina 1:100.000 Epinefrina 1:200.000 Norepinefrina 1:50.000 Fenilefrina 1:2.500 SEM VASOC. Norepinefrina 1:50.000 Epinefrina 1:100.000 Norepinefrina 1:100.000 Corbadrina 1:20.000 SEM VASOC. Felipressina 0,3 Ul/mL Epinefrina 1:100.000 Epinefrina 1:200.000 Epinefrina 1:200.000 AL Dose máxima (por Kg de peso corporal) Máximo absoluto (independente de peso) Números de tubetes (máximo por sessão) Lidocaína 2% 4,4 mg 300 mg 8,3 Lidocaína 3% 4,4 mg 300 mg 5,5 Mepivacaína 2% 4,4 mg 300 mg 8,3 Mepivacaína 3% 4,4 mg 300 mg 5,5 Articaína 4% 7 mg 500 mg 6,9 Prilocaína 3% 6 mg 400 mg 7,4 Bupivacaína 0,5% 1,3 mg 90 mg 10 AL Início de Ação Tempo de trabalho Indicações Contraindicações Lidocaína 2% 2 a 4 minutos sem vaso: 5-10 minutos Com vaso: 1 hora Primeira opção para procedimentos não invasivos- dentística e endo Bom para crianças Para gestantes: sem vaso Mepivacaína 2% com vaso e 3% sem vaso 1 a 2 min 1,9 h 20-40 min Utilizado para contraindicações para vasoconstritor Sem vaso: bom para diabéticos e gestantes hipertensas Prilocaína 3% 2 a 4 min 1,6 h É mais rapidamente metabolizado com FELIPRESSINA: indicado para portadores de doenças cardíacas NUNCA utilizar em Gestante Articaína 4% 1 a 2 min 3 a 4 hrs média duração alta ligação às proteínas plasmáticas Bom para adultos e idosos Paciente com disfunção hepática Pode não ser muito bom para crianças (tempo de trabalho) Alérgicos a sulfitos Bupivacaína 0,5 % 4x mais potente que as outras, porém, seu custo é alto 12 hrs anestesia de tecido 4 hrs anestesia pulpar Longa duração Efeitos cardiotóxicos Não usar em crianças Contra-indicação absoluta de Epinefrina 1- Mepivacaína 3% Procedimentos rápidos 2- Prilocaína 3% com Felipressina 0,3 Ul/mL Procedimentos mais demorados Vasoconstritor Concentração Potência Sítio de ação- receptores Dose máxima Efeitos Contraindicação Epinefrina/ adrenalina 1:200.000 100 50% alfa 50% beta 33 tubetes Efeitos na FC, alterações na PA- elevação brusca É seguro em pacientes comprometidos sistemicamente,porém, somente se estiver COMPENSADO Hipertensão descompensada Infarto agudo do miocárdio AVC recente Cirurgia cardíaca recente (stents ou pontes) Angina pectoris instável Insuficiência cardíaca congestiva não controlada Hipertireoidismo não compensado Alergia à sulfitos Pacientes sob uso contínuo de anfetaminas Usuários de drogas ilícitas (cocaína, crack…) Norepinefrina/ Noradrenalina 1:50.000 25 90% alfa 10% beta 22 tubetes 25% da potência da epinefrina Promove cefaléia, alterações na PA e necrose em anestesias infiltrativas → Cuidar e observar a isquemia NUNCA utilizar em pacientes com doenças cardíacas Fenilefrina 1:100.000 5 90% alfa 10% beta 5 tubetes única do grupo das não catecolaminas Felipressina 0,3 Ul/ml - Artérias coronárias e músculo uterino 3,5 tubetes É exclusivo da Prilocaína Atua diretamente na parede do vaso (músculo liso) Bom para pacientes com problemas cardíacos ( hipertensão arterial ) Excelente para casos de diabete descompensada ansiolíticos- Benzodiazepínicos Mais utilizados no Brasil: Nome genérico Início de ação (min) Meia-vida plasmática (h) Duração do efeito (h) Indicações Efeitos Diazepam 60 20-50 12-24 Pode causar: sonolência, amnésia anterógrada, efeitos paradoxais: agitação, irritabilidade Lorazepam 120 12-20 2-3 Primeira escolha para pacientes idosos Menores efeitos paradoxais Diabéticos, IRC e pacientes com problemas cardíacos compensados Pode causar: sonolência, amnésia anterógrada, efeitos paradoxais: agitação, irritabilidade Alprazolam 60 12-15 1-2 Pode causar: sonolência, amnésia anterógrada, efeitos paradoxais: agitação, irritabilidade Midazolam 30 1-3 1-2 Primeira escolha para atendimento de curta duração em crianças Bom para pacientes cardíacos (como os hipertensos), pois evita o aumento da PA Diabéticos compensados e IRC Pode causar: sonolência, amnésia anterógrada, efeitos paradoxais: agitação, irritabilidade → Pode causar alucinações e fantasias de caráter sexual Protocolo: 1 comprimido 1 hora antes de dormir e 1 hora antes do procedimento (para os pacientes muito ansiosos) 1 comprimido 1 hora antes do procedimento (para pacientes ansiosos moderados) Uso com precauções: Pacientes que fazem o uso de outros fármacos depressores do SNC (anti-histamínicos, antitussígenos, anticonvulsivantes, etc) Portadores de doença hepática ou renal Portadores de insuficiência respiratória leve Portadores de insuficiência cardíaca congestiva- ICC Gestantes no segundo trimestre de gradivez e durante a lactação Contraindicações: Pacientes com insuficiência respiratória GRAVE Portadores de glaucoma de ângulo estreito Portadores de Miastenia grave Gestantes no primeiro e terceiro trimestre de gradivez Criança com comprometimento físico ou mental severo História de hipersensibilidade aos benzodiazepínicos Apnéia do sono Elitistas (depressão do SNC e risco de dano hepático) Nome genérico Doses usuais para adultos Doses usuais para idosos Doses usuais para crianças Diazepam 5-10 mg 5 mg 0,2 - 0,5 mg/kg Lorazepam 1-2 mg 1 mg Não é recomendado Alprazolam 0,5 - 0,75 mg 0,25 - 0,5 ,g Não é recomendado Midazolam 7,5 - 15 mg 7,5 mg 0,25 - 0,5 mg/kg Em idosos: a excreção é mais lenta. Para tal, utilizar medicamentos de curta duração, como o Lorazepam, que tem ½ vida intermediária Antibióticos Nome genérico Nomes comerciais Formas farmacêuticas Posologia Indicações Amoxicilina Amoxicilina + Clavulanato de Potássio Amoxil Clavulin Novamox Cápsulas 500 mg Suspensão oral 250 mg/5 mL (frasco 120mL) Comp. revestidos 500 mg de amoxicilina + 125 mg de clavulanato de potássio 1 cápsula a cada 8 h Cálculo pediátrico (5-15 mL/ 8h) 1 comp. revestido a cada 8 h 1ª opção para profilaxia antibiótica (2g) 500 ou 875 mg: 4 cápsulas 1 h antes do procedimento Azitromicina Zitromax Astro Cápsulas e comprimidos revestidos 250 mg Comprimidos revestidos 500 mg 1 comprimido ou 1 cápsula a cada 24 h (dose única diária) Tetraciclina Terramicina Cápsulas 250 mg ou 500 mg Suspensão oral 250 mg/ 5 mL (frasco 60 mL) 1 cápsula a cada 6 h 10-15 mL a cada 6 h Doxiciclina obs: não é recomendada para crianças que têm dentição mista Vibramicina Comprimidos solúveis 100 mg 2 comprimidos em dose única no 1º dia e 1 comprimido a cada 12 h nos dias seguintes Primeira opção para profilaxia antibiótica em pacientes alérgicos à penicilina. Menores efeitos no TGI 1 comprimido 100 mg 1 h antes do procedimento Cefalexina Keflex Drágeas 500 mg e 1g 1 drágea/ cada 6 h ou 12 h 2ª opção para profilaxia antibiótica Critérios para Profilaxia Antibiótica: - Condição do Paciente - Procedimento odontológico Sempre realizar profilaxia em pacientes: - Tiveram endocardite infecciosa - Portadores de válvula protética - Doença cardíaca congênita - Receptores de transplante cardíaco - Com valvulopatia/ regurgitação É recomendado para pacientes que necessitam de profilaxia, em procedimentos odontológicos: - Toda vez que realizar raspagem subgengival, perfuração da mucosas bucal e procedimentos em tecidos ósseos - Primeira opção: Penicilina/ Amoxicilina No caso de utilizar 500 mg: 5 cápsulas 1 hr antes do procedimento - Segunda opção: Cefalosporina - Pacientes alérgicos à Penicilina: Doxiciclina Pacientes que requerem cuidados na prescrição medicamentosa 1. Diabéticos: Critério diagnóstico Glicemia em Jejum (mín. 8h) Glicemia 2h após 75 g de glicose) Glicemia casual ou aleatória Glicemia normal 70-99 <140 <200 Intolerância à glicose 100-125 >140 e <200 - Diabetes Melito >126 >200 > (com sintomas) Medicamentos mais indicados são: - Hipoglicemiantes orais, como as sulfonilureias (clorpropamida e glibenclamida)- diabéticos tipo 2 não obesos - Metformina para diabéticos tipo 2 obesos ou com sobrepeso - Insulina Medicação pré operatória: - Pode ser considerado o uso de Benzodiazepínico, evitando o aumento da glicemia por condições emocionais- MIDAZOLAM, ALPRAZOLAM, DIAZEPAM OU LORAZEPAM (em idosos), nas mesmas dosagens habituais - Óxido nitroso é um boa opção Anestésicos locais: - Pacientes compensados possuem maior tolerância aos agentes vasoconstritores - EPINEFRINA 1:100.000 poderá ser utilizado na mínima dose, compatível com anestesia profunda e duração suficiente Analgésicos e Anti-inflamatórios: - DIPIRONA e PARACETAMOL são indicados nas dosagens e posologia habitual para procedimentos menos invasivos - Nas intervenções mais invasivas, BETA ou DEXAMETASONA para diabéticos controlados - AINES podem competir com os hipoglicemiantes orais, pelo mesmo sítio de ligação. Somente prescrever após trocas de informações com o médico Profilaxia e tratamento das infecções bacterianas: - A profilaxia não é indicada para diabéticos bem controlados. Basta um protocolo de assepsia e antissepsia local - Só deve ser considerado para pacientes com a doença descompensada - Analisar junto ao médico a necessidade de utilizar ou não - Quando for indicada, recomenda-se o regime de DOSE ÚNICA de AMOXICILINA 1g (Claritromicina 500mg ou Clindamicina 600mg aos alérgicos às PENICILINAS) 1 hora antes do procedimento - Para infecções bucais previamente existentes, tratar de forma mais agressiva. 2. Portadores de Doenças Cardiovasculares A principal recomendação do médico em vários casos é: evitar AL com vasoconstritor A epinefrina tem efeito direto na FC, volume sistólico, DC, demanda de oxigênio pelo miocárdio e na RVP. Em doses elevadas, particularmente quando administradas no interior dos vasos sanguíneos, podem levar a uma brusca elevação da PA, devido à vasoconstrição periférica. Aumenta a DC, força de contração ventricular, aumento no DC… Importante lembrar das doses endógenas de epinefrina e norepinefrina, que aumentam o trabalho cardiovascular. Concentração e quantidade de epinefrina por tubete Número de tubetes por sessão de atendimento 1:50.000 (0,036 mg) 1 1:100.000 (0,018 mg) 2 1:200.000 (0,009 mg) 4 Na tabela acima, temos o volume máximo (expresso em números de tubetes) dos AL que contém epinefrina, recomendado para pacientes com Doença Cardiovascular CONTROLADA, por sessão deatendimento O uso de fios retratores com Epinefrina não devem ser empregados em pacientes com risco cardiovascular. Os fios contém 8% de epinefrina racêmica, o que produz uma concentração ativa de epinefrina 4% (significa 40 mg/mL) Quando a epinefrina estiver contraindicada: Por não pertencer ao grupo das catecolaminas, a Felipressina não age sobre os receptores alfa e beta adrenérgicos, portanto, não produz efeitos no sistema cardiovascular Em pacientes com Hipertensão Arterial, a dosagem clinicamente segura de Felipressina é de 0,18 UI/mL, que é equivalente ao contido em 6mL da solução de prilocaína 3% com 0,03 UI/mL (menos de 3,5 tubetes) Hipertensão em estágio I- Pressão arterial controlada ou situada nos limites de té 160/100 mmHg no dia da consulta (ASA II) - Pode ser submetido a procedimentos odontológicos eletivos ou urgentes - Planejar sessões preferencialmente no períoda da manhã (10 e 12 h) e nos procedimentos prolongados, monitorar a PA - Prescrever um BENZODIAZEPÍNICO, como o MIDAZOLAM 7,5 mg para evitar o aumento da pressão arterial, Óxido Nitroso também é liberado. - Empregar soluções de FELIPRESSINA 0,03 UI/mL associada à PRILOCAÍNA ou EPINEFRINA nas concentrações 1:200.000 ou 1:100.000 associada à LIDOCAÍNA 2% ou ARTICAÍNA 2%. Dar preferência para as soluções de menor concentração de vasoconstritor. - OBS: não ultrapassar o limite máximo de tubetes- 2 para a Epinefrina 1:100.000 ou 4 para a Epinefrina 1:200.000. O limite máximo para a Felipressina é de 3 tubetes! Hipertensão em estágio II- Pressão arterial atingindo níveis > 160/100 mmHg, mas ainda sem ultrapassar 180/110 mmHg (ASA II) - Os procedimentos odontológicos eletivos são contraindicados - Nas urgências odontológicas, empregar solução de PRILOCAÍNA com FELIPRESSINA (máximo 2-3 tubetes). É importante que o procedimento seja realizado de forma rápida (máximo 30 minutos) e sob sedação com MIDAZOLAM ou Óxido Nitroso Hipertensão em estágio III- Pressão arterial em níveis > 180/100 mmHg , mas ainda sem apresentar sintomas (ASA II) - Todo e qualquer procedimento está contraindicado. Nos casos de urgência, deve ser feito no ambiente hospitalar, após avaliação médica e redução da PA Hipertensão severa, SINTOMÁTICA. PA sistólica > 180 mmHg ou diastólica > 110 mmHg, com sinais e sintomas como dor de cabeça, alterações visuais, sangramento nasal ou gengival espontâneo e dificuldade respiratória - Providenciar serviço móvel de urgência - Nos casos de urgência, deve ser feito no ambiente hospitalar, após avaliação médica e redução da PA 3. Gestantes e Lactantes AL: Protocolo para procedimentos eletivos: Programar preferencialmente para o segundo trimestre de gestação Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000 Urgências (dor ou infecção) Intervir em qualquer período da gestação Gestação normal, Grávidas com história de anemia, Grávidas diabéticas ou com hipertensão arterial CONTROLADA: Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000 Grávidas com hipertensão arterial não controlada: Avaliar o risco/benefício do atendimento ambulatorial junto ao médico Prilocaína 3% com Felipressina ou Mepivacaína 3% sem vaso Grávidas com hipertensão não controlada e história de anemia: Mepivacaína 3% sem vaso Controle da dor: Quando o processo doloroso já está instalado, é necessário remover a dor (pulpotomia ou pulpectomia, por exemplo). Quando houver necessidade da prescrição de analgésico o PARACETAMOL é a escolha para qualquer período de gestação. Não é recomendado utilizar Dipirona sódica nos 3 primeiros meses de gravidez. Os analgésicos opióides (como o Tramadol e a Codeína devem ser evitados. A aspirina e os anti-inflamatórios devem ser evitados principalmente no último mês de gestação. Empregar BETA ou DEXAMETASONA caso haja necessidade de empregar anti-inflamatório. Antibióticos: As PENICILINAS são a primeira escolha em dosagem e posologia habitual. Grávidas que apresentam alergia às penicilinas, deve-se optar pela ERITROMICINA. Para infecções avançadas, o METRONIDAZOL e a AMOXICILINA devem ser associados em doses habituais. A Clindamicina é a escolha para alérgicas às Penicilinas. As TETRACICLINAS têm uso CONTRAINDICADO na gestação. Lactantes: Sedação mínima por via oral. Optar pelo MIDAZOLAM em vez do DIAZEPAM Na anestesia local, preferir Lidocaína em vez de Bupivacaína valiar a necessidade de terapia medicamentosa. Considerar ajuste de doses, sem perder o efeito da medicação. Preferir fármacos que sejam pouco excretados no leite materno, como exemplo: PARACETAMOL em vez de AAS e PENICILINAS em vez de QUINOLONAS Evitar associações, preferindo formas puras. Ex: PARACETAMOL PURO em vez de PARACETAMOL + AAS + CAFEÍNA Orientar a mãe a observar os efeitos que os medicamentos podem causar no seu filho, como alteração de sono, padrão alimentar, etc. Dipirona e Paracetamol são seguros. Evitar AAS. Ibuprofeno, Diclofenaco e Cetorolaco podem ser empregados no controle de dor moderada, assim como os Corticosteróides (BETA e DEXA) 4. Pacientes com Hipertireoidismo: - Deficiência de iodo compromete a produção de T3 e T4 - Doença não controlada: evitar procedimentos cirúrgicos, anestésicos com EPINEFRINA, NOREPINEFRINA, CORBADRINA ou FENILEFRINA- optar por soluções com FELIPRESSINA - Doença controlada: sem restrições para os procedimentos odontológicos. Não há contraindicação para uso de AL com vasoconstritor. Prevenir e tratar infecções bucais 5. Hipotireoidismo: - Doença não controlada: evitar procedimentos cirúrgicos, evitar prescrição de depressores do SNC - Doença controlada: sem restrições para os procedimentos odontológicos. Não há contraindicação para uso de AL com vasoconstritor. Prevenir e tratar infecções bucais 6. Portadores de Insuficiência Renal Crônica (IRC): Na fase inicial da doença, os pacientes relatam cansaço, fraqueza e falta de apetite. À medida que a doença se agrava, coceira, náuseas e vômitos se fazem presentes. O mau funcionamento dos rins propicia várias alterações no organismo. A hipertensão arterial, anemia e agregação plaquetária anormal normalmente estão relacionadas à IRC. A doença periodontal geralmente se encontra nesses pacientes, e a infecção bucal pode agravar as condições sistêmicas do indivíduo. Infecções oportunistas podem ocorrer devido à imunossupressão, principalmente em pacientes transplantados renais. Previamente a qualquer procedimento cirúrgico, o dentista deve ter em mãos o hemograma e o coagulograma completo para avaliar a hemostasia. Em relação à pressão arterial, deve-se avaliar a FC e a PA Protocolo para pacientes com a doença controlada: Sedação mínima: BENZODIAZEPÍNICO de ação curta, como o MIDAZOLAM 7,5% Antissepsia: Solução de Digluconato de CLOREXIDINA 0,12% e 0,2% respectivamente AL: Menores volumes possíveis de ARTICAÍNA 4% ou LIDOCAÍNA 2% com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000 (máximo 2 tubetes por sessão) Quando a Epinefrina estiver contraindicada, fazer o uso da FELIPRESSINA (exceto em pacientes com anemia). Evitar o uso de MEPIVACAÍNA, pois a metabolização hepática e excreção renal são lentas Analgésicos: optar para doses leves DIPIRONA ou PARACETAMOL (menor dose possível). Evitar ASS. Para dores intensas, o TRAMADOL é uma boa escolha Anti-inflamatórios: evitar o uso de AINES, pois podem aumentar a retenção de sódio e interagir com os anti-hipertensivos e diuréticos, aumentando a PA. Dar preferência aos uso de CORTICOSTERÓIDES (DEXA ou BETA) em dose única por tempo restrito Antibióticos: em casos leves de IRC, não há necessidade de reduzir as doses. Penicilina V, Amoxicilina , Metronidazol, Azitromicina e Clindamicina são boas escolhas. Tetraciclina e Cefalosporinas devem ser evitadas (nefrotóxicas) Pacientes tratados com Hemodiálise: Todo paciente submetido à hemodiálise recebe Heparina, anticoagulante. Por isso, é recomendado que os procedimentos odontológicos que causam sangramentos sejam realizados um dia após a sessão de hemodiálise, evitando o risco de hemorragia. A profilaxia da ENDOCARDITE BACTERIANA é discutível para esses pacientes. A penicilinaV, Azitromicina e Clindamicina não necessitam de ajustes de doses ou aumento de intervalo. O Metronidazol é empregado por tempos curtos (3-5 dias) e não requer ajuste de dose. Pacientes que receberam transplante renal: Considerar a profilaxia antibiótica prévia aos procedimentos cirúrgicos. Pacientes que fazem uso crônico de corticosteróides podem requerer suplementação do mesmo Pacientes que utilizam Varfarina deverão ser cuidadosamente avaliados antes de todo procedimento que cause sangramento, devido a RNI 7. Pacientes portadores de Porfiria- AL: Uso seguro Uso com precaução Bupivacaína % sem vasoc. ou com Epinefrina 1:200.00 Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.00 ou 1:200.00 Prilocaína 3% Felipressina 0,03 UI/mL Mepivacaína 3% sem vaso EMLA (anestésico tópico) Mistura de Lidocaína e Prilocaína Mepivacaína 2% com epinefrina 1:100.000 Medicamentos de uso seguro: Alprazolam, Lorazepam, Midazolam, Óxido Nitroso, Paracetamol, Paracetamol + Codeína, AAS, Cetoprofeno, Ibuprofeno, Beta e Dexametasona, Penicilina, Ampicilina, Amoxicilina, Cefalosporina, Azitromicina e Doxiciclina Medicamentos duvidosos: Diazepam, Cetorolaco, Diclofenaco, Celecoxib, Tramadol, Clindamicina, Metronidazol, Cetoconazol, Fluconazol Não seguro: Eritromicina, Orfenadrina Ainda não classificado: Dipirona, Nimesulida e Valeriana 8. Protocolo para Asmáticos: Sedação mínima: Óxido Nitroso, evitar em pacientes com asma severa persistente ou BENZODIAZEPÍNICO, Midazolam 7,5 mg 20-30 minutos antes do procedimento ou Lorazepam 2 g antes do procedimento, 1mg (para idosos) AL: Lidocaína 2%, Mepivacaína 2% ou Articaína 4% com epinefrina 1:100.00 ou 1:200.000. Para pacientes alérgicos à sulfitos, Prilocaína 3% com Felipressina Controle da dor: Dipirona 500 mg ou Paracetamol 750 mg (a cada 4h) (a cada 6 h) Anti-inflamatórios: Betametasona ou Dexametasona 4 mg em dose única 1 h antes do procedimento Antibióticos: apenas na presença de sinais locais ou manifestações sistêmicas de infecção 9. Pacientes que fazem uso de anticoagulantes: - Portadores de fibrilação atrial - Próteses valvares cardíacas - Antecedentes de trombose ou embolia Orais: Varfarina Parenterais: Heparina e derivados Cuidados na prescrição: Vários medicamentos podem interagir com a varfarina, aumentando os riscos de sangramento ou favorecendo o surgimento de trombose. O problema está quando se inicia ou se retira algum deles Medicamentos que podem potencializar os efeitos da Varfarina, aumentando o risco de hemorragia: Analgésicos: AAS, Paracetamol Anti-inflamatórios: Não esteroidais (em geral), Corticosteróides Antibióticos: Cefalosporinas, Eritromicina, Azitromicina, Metronidazol, Tetraciclinas e Ciprofloxacina Cuidados na terapia: RNI < 3,5 não é necessário alterar dosagem ou suspender o anticoagulante Quando RNI for > ou igual 3,5 é necessário verificar com o médico do paciente RNI: Tempo de atividade da protrombina, avalia via extrínseca da coagulação No pós operatório, optar por DIPIRONA no controle da dor Considerar uso de Corticóides em dose única (Beta ou Dexametasona)
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