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Complexo hiperplasia endometrial cistica - piometra

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Complexo Hiperplasia endometrial cistica – piometra 
Processo inflamatório do útero, que se caracteriza pelo acumulo excessivo de liquido em seu interior, em decorrência da hiperplasia das glândulas endometriais, influenciadas pelo aumento da responsividade à progesterona, que ocorre durante o diestro. 
 Etiologia
	Acumulo de liquido intrauterino associado a entrada de bactérias, advindas da vagina, principalmente Escherichia coli, bem como Staphylococcus aureus, Streptococcus spp., Pseudomonas spp., e Proteus spp. 
Fisiopatologia
	Durante o diestro, o corpo lúteo formado após a ovulação do folículo dominante começa a produzir progesterona. Esse hormônio em associação ao estrógeno presente durante o estro, promove alterações citológicas e fisiológicas no útero. O estrógeno aumenta a receptividade da progesterona no útero, que por sua vez induz a hiperplasia das glândulas endometriais que aumentam a secreção de fluidos, bem como diminui a contratilidade uterina e é responsável pela oclusão da cérvix. 
O estrógeno normalmente é farmacologicamente oposto a progesterona, promovendo a abertura da cérvix, porém quando se é usada como contracepção durante o diestro, essa associação da abertura da cérvix com a superestimulação dos receptores aumento da produção de fluidos endometriais induzido pela progesterona, promove a ascendência de bactérias vaginais para o lúmen uterino, levando a colonização e o estabelecimento da infecção uterina. 
	Por vezes, somente a progesterona é incluída, causando uma piometra fechada.
Sinais clínicos 
	Apatia, anorexia, emese, polidipsia e poliuria, corrimento vaginal. Em caso de piometra fechada, o corrimento é ausente e pode haver aumento de temperatura retal associado ou não a taquicardia, TPC aumentado e pulso femoral fraco, constituindo choque septicêmico. 
Exames complementares 
	Hemograma completo, perfil bioquímico, função renal e hepática, US e raio-X
	US > raio-x – melhor diferenciação do tipo de conteúdo*
	Hemograma – leucocitose com desvio à esquerda, monocitose e anemia arregenerativa 
	Bioquímica – Aumento de FA, hiperproteinemia e azotemia de origem pré renal 
Diagnóstico 
	Histórico + exame clinico + exames laboratoriais 
	Exame citológico também é viável 
Diagnósticos diferenciais 
	Mucometra; endometrite; hiperplasia cistica do endométrio; vaginite; abortamento e gestação.
Tratamento
	Clinico ou cirúrgico 
	OSH é o tratamento de eleição na maioria dos casos
	Tratamento cirúrgico – piometra de cérvix fechada, idosos, inflamação grave e não haja interesse reprodutivo. 
		Estabilizar o paciente previamente – fluido + antibiótico de amplo espectro (amoxi + clavulanato; sulfa + trimetropim; quinolonas) + nutrição parenteral.
	Tratamento clinico – piometra aberta; jovem, estado de saúde geral normal 
		PGF2α – 0,1-0,25 mg/kg, SC, durante 5 a 7 dias consecutivos. Caminhar com a paciente por 30 minutos 
		Aglepristone – 10 mg/kg, SC, nos dias 1, 2, 8, 15 e 30 (se necessário) + 1 mg/kg, SC, de PGF2alfa nos dias 3 e 7
Prognostico 
	Vai depender do comprometimento geral do animal, principalmente função renal e hepática, toxicidade sistêmica e evolução clínica. 
	Reservado a mau em casos de comprometimento sistêmico 
	Reservado a bom em casos de OSH ou que não apresentem alterações sistêmicas.

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