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TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) 
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 1 
PROF: RICARDO GOMES 
 
 
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TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) 
 
Prezados Alunos! 
Segue nossa Aula 1 do Curso de Eleitoral! 
Bons estudos! 
Ricardo Gomes 
 
 
1. ÓRGÃOS DA JUSTIÇA ELEITORAL. 
1.1. Composição da Justiça Eleitoral. 
 
De todos os assuntos possíveis de serem cobrados na prova, com 
certeza absoluta, este é o mais frequente e o mais provável de ser exigido com 
1 ou mais questões! 
A organização da Justiça Eleitoral (JE) foi primeiramente 
regulamentada pelo próprio Código Eleitoral nos seus arts. 12 a 41. Com 
efeito, a Constituição Federal de 1988, por ser uma constituição analítica, 
trouxe expressamente em seu texto também a estruturação e organização do 
Poder Judiciário Eleitoral. 
Aula 1 
 
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A Justiça Eleitoral é uma das Justiças Especializadas da União, 
juntamente com a Justiça Militar e a Justiça do Trabalho (todas previstas na 
CF-88). 
 
 
É uma Justiça atípica, pois exerce atividade jurisdicional 
eleitoral (julga conflitos na seara eleitoral, crimes eleitorais, declaração de 
inelegibilidade, entre outros) e, de outro lado, atividade tipicamente 
administrativa, ao organizar todo o processo eleitoral das eleições (voto, 
apuração, diplomação dos eleitos, alistamento eleitoral, etc). 
A Justiça Eleitoral NÃO possui Juízes Eleitorais de Carreira e 
Ministério Público próprio, todos são emprestados da Justiça Federal e 
Estadual e do Ministério Público Federal e Estadual. 
Já os serviços administrativos da Justiça Eleitoral são organizados 
quase que com exclusividade pela União, remanescendo ainda, em alguns 
TREs, a utilização de estruturas e de servidores estaduais e municipais. Vocês, 
futuros servidores de Tribunal Eleitoral, serão servidores da União, com todas 
as prerrogativas asseguradas em lei! 
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Mas, afinal, como é organizada a Justiça Eleitoral? Quais são os 
órgãos da Justiça Eleitoral? 
A organização da JE é hoje definida nos 2 diplomas em estudo: 
Código Eleitoral (arts. 11-41) e na CF-88 (arts. 118-121). Por isso, 
faremos um estudo conjugado dos dois regramentos. 
São órgãos da Justiça Eleitoral: 
1. TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (TSE); 
2. TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS (TREs); 
3. JUÍZES ELEITORAIS; 
4. JUNTAS ELEITORAIS. 
As peculiaridades apresentadas pelo Código Eleitoral são as de que 
o TSE tem sede na Capital da República e jurisdição em todo o país, e de 
que cada Estado e o DF terão um Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Em 
tese, quanto aos territórios, faz a ressalva da possibilidade do TSE propor a 
criação na sua capital. 
Atenção! Parece patente, mas vale asseverar: o Ministério 
Público Eleitoral não faz parte da Organização da Justiça Eleitoral! Não está 
nos rols elencados abaixo. Faço essa ressalva, pois pode o aluno embaralhar 
os conceitos ao achar que o MP Eleitoral faz parte da Justiça Eleitoral. MP é 
órgão independente (quase um 4º Poder). 
Portanto, o Ministério Público Eleitoral não é um dos 4 órgãos da 
Justiça Eleitoral. Decorar: TSE + TREs + Juízes + Juntas Eleitorais. 
É importante gravar isso, pois quase sempre cai esta questão: o 
Ministério Público Eleitoral é um dos órgãos da Justiça Eleitoral, com funções 
de acusação. Lógico que está errada! 
Código Eleitoral 
Art. 12. São órgãos da Justiça Eleitoral: 
I - O Tribunal Superior Eleitoral, com sede na Capital da 
República e jurisdição em todo o País; 
II - Um Tribunal Regional, na Capital de cada Estado, no Distrito 
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Federal e, mediante proposta do Tribunal Superior, na Capital de 
Território; 
III - juntas eleitorais; 
IV - juízes eleitorais. 
CF-88 
Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral: 
I - o Tribunal Superior Eleitoral; 
II - os Tribunais Regionais Eleitorais; 
III - os Juízes Eleitorais; 
IV - as Juntas Eleitorais. 
 
Número de Juízes nos TREs. 
Segundo o Código Eleitoral, o número de Juízes de cada TRE (leia-
se aqui Juízes que atuam na própria Corte Estadual Eleitoral e não os Juízes 
Eleitorais que atuam nas comarcas estaduais) não poderá ser reduzido, mas 
poderá ser elevado a 9 (nove) Juízes por proposta e aprovação do TSE. 
NO ENTANTO, a CF-88 previu apenas a composição fixa de 7 
Juízes nos TREs, o que deve ser considerado para fins de concurso. O art. 13 
do Código, que prevê a quantidade Juízes dos TREs de até 9 Membros não foi 
revogado expressamente (apenas tacitamente). Para fins de prova, basta 
saber que são 7 membros fixos. 
 
 
 
Número de Juízes nos TREs e no TSE: 
TREs 7 Membros 
TSE No mínimo, 7 Membros 
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Periodicidade das Funções dos Juízes Eleitorais. 
Os Juízes que exercem a função eleitoral (abarca todos os Juízes 
Eleitorais: os Membros de Tribunais – 2º grau - e os Juízes Eleitorais de 
1º Grau) servirão obrigatoriamente por 2 ANOS (mínimo de tempo), sendo 
que estão vedados de cumprirem mais de 4 ANOS consecutivos (máximo 
de 2 BIÊNIOS consecutivos), salvo exceções justificadas perante o TRE de 
que faz parte. 
Código Eleitoral 
Art. 14. Os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo 
justificado, servirão obrigatoriamente por dois anos, e nunca por 
mais de dois biênios consecutivos. 
CF-88 
Art. 121 
§ 2º - Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo 
justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por 
mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos 
escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em 
número igual para cada categoria. 
A CF-88 apenas faz 1 uma ressalva ao previsto no Código, ao 
prelecionar que os Juízes servirão por 2 anos, no mínimo, na função eleitoral, 
e acrescenta, determinando que a escolha de substitutos dos Juízes seja 
realizada na mesma ocasião e pelo mesmo processo. 
Esta limitação para até 2 biênios consecutivos decorre do Princípio 
da Periodicidade das funções eleitorais, que procura garantir a lisura no 
trato das questões eleitorais mediante a alternância de Juízes Eleitorais nas 
respectivas comarcas e funções. 
A contagem de cada biênio deverá ser ininterrupta, isto é, não 
será suspensa por qualquer motivo. Ressalva-se a hipótese do Juiz afastar-se 
em decorrência do impedimento previsto no §3º do art. 14, decorrente de 
parentesco do Juiz Eleitoral com candidato a cargo eletivo na circunscrição. 
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Neste específico caso a contagem do prazo será suspensa. 
O Código Eleitoral também preleciona que, na recondução para 
novo biênio, as formalidades legais de escolha e investidura de Juízes deverão 
ser as mesmas utilizadas para na primeira. 
Art. 14 
§ 1º Os biênios serão contados, ininterruptamente, sem o 
desconto de qualquer afastamento nem mesmo o decorrente de 
licença, férias, ou licença especial, salvo no caso do § 3º. 
§ 4º No caso de recondução para o segundo biênio observar-
se-ão as mesmas formalidades indispensáveis à primeira 
investidura. 
Destaco que os Juízes de Direito que exercem a função eleitoral 
afastados por motivos de férias e licença das funções principais que exercem 
na Justiça Comum, serão afastados automaticamente de suas funções perante 
a Justiça Eleitoral. O Código faz uma exceção: quando estiver em período de 
férias coletivas e coincidir com o período eleitoral (realização de eleição, 
apuração ou encerramento de alistamento), o Juiz deverá permanecer 
com suas funções eleitorais. 
Ocorre que não mais existe férias coletivas para os Tribunais de 2º 
grau, apenas nos Tribunais Superiores (ex: TSE, STF, STJ e STM). Nesse 
sentido, a interpretação que se dá ao dispositivo é a de que, caso o Juiz de 
Direito que exerça as funções de Juiz Eleitoral esteja de férias individuais e 
coincida com o período eleitoral, este permanecerá com suas funções eleitorais 
normalmente. 
Art. 14 
§ 2º Os juízes afastados por motivo de licença férias e licença 
especial, de suas funções na Justiça comum, ficarão 
automaticamente afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo 
correspondente exceto quando com períodos de férias 
coletivas, coincidir a realização de eleição, apuração ou 
encerramento de alistamento. 
Como relatado, quando houver algum parente do Juiz Eleitoral ou 
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Desembargador Eleitoral candidato à eleição em cargo na circunscrição em que 
este exerce suas funções eleitorais, deverá este Juiz ou Desembargador 
afastar-se. 
O código delineia os parentes do Juiz candidatos que geram o 
impedimento (cônjuge, parente consangüíneo ou afim, até o 2º GRAU). 
O afastamento do Juiz Eleitoral deverá dar-se, pelo menos, desde a 
homologação da convenção partidária até a apuração final da eleição. 
Art. 14 
§ 3º Da homologação da respectiva convenção partidária até a 
apuração final da eleição, não poderão servir como juízes nos 
Tribunais Eleitorais, ou como juiz eleitoral, o cônjuge, 
parente consangüíneo legítimo ou ilegítimo, ou afim, até o 
segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado na 
circunscrição. 
Art. 15. Os substitutos dos membros efetivos dos Tribunais 
Eleitorais serão escolhidos, na mesma ocasião e pelo mesmo 
processo, em número igual para cada categoria. 
O TSE já decidiu que o Membro do TRE (Desembargador no TRE – 
2º grau) deve afastar-se caso parente seu de até 2º grau seja candidato nas 
eleições federais ou estaduais da circunscrição estadual do respectivo TRE. 
Exemplo: Membro do TRE/RJ que tenha parente até 2º grau candidato a 
Deputado Federal ou Deputado Estadual pelo Estado do Rio de Janeiro. 
Quanto às eleições Municipais o TSE deixou claro que só 
subsistiria o impedimento para o Membro do TRE apenas em relação às 
eleições do município no qual o parente for candidato, não abrangendo o 
restante dos Municípios do Estado. 
Este mesmo raciocínio aplica-se às eleições presidenciais. 
O TSE assim exarou entendimento na Resolução nº 21.108: 
Exercício da jurisdição eleitoral. 
Juiz membro de Tribunal Regional Eleitoral. Existência de 
candidatura de parente consangüíneo ou afim, até o segundo grau, 
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nas eleições federais ou estaduais. 
Impedimento absoluto ao exercício das funções eleitorais, no 
período compreendido entre a homologação da respectiva 
convenção partidária e a apuração final das eleições (art. 14, § 3o, 
c.c. 86, ambos do Código Eleitoral). Precedentes do Tribunal 
Superior Eleitoral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (TSE) 
 
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Nova Sede 
 
Composição do TSE. 
Com a nova regulação pela CF-88 da composição do Tribunal 
Superior Eleitoral, foram derrogados tacitamente os caputs dos arts. 16 e 17 
do Código Eleitoral. 
Segundo a CF-88, a composição mínima do TSE são 7 Ministros. 
A sua atual composição pode ser assim resumida, conforma CF-88, art. 119: 
QUANTIDADE DE 
MEMBROS 
ORIGEM 
FORMA DE 
COMPOSIÇÃO 
3 MINISTROS 
SUPREMO TRIBUNAL 
FEDERAL (STF) 
ELEIÇÃO 
2 MINISTROS 
SUPERIOR TRIBUNAL 
DE JUSTIÇA (STJ) 
ELEIÇÃO 
2 MINISTROS ADVOGADOS 
NOMEAÇÃO pelo 
Presidente da Rep. 
(entre 6 Advogados). 
 
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CF-88 
Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, 
de sete membros, escolhidos: 
I - mediante eleição, pelo voto secreto: 
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; 
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de 
Justiça; 
II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes 
dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade 
moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal. 
 
Os Advogados fazem parte de uma lista de 6 nomes, 
organizada pelo Supremo Tribunal Federal. O notável saber jurídico e a 
idoneidade moral são os requisitos necessários para a nomeação dos 
advogados para o TSE. 
Esta nomeação de Advogados, segundo o Código Eleitoral, NÃO 
poderá recair: 
1. em cidadão que ocupe cargo público de que seja 
demissível ad nutum (a qualquer tempo, sob 
discricionariedade. Ex: cargo em comissão), ou 
2. que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa 
beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou 
favor em virtude de contrato com aa administração 
pública, ou que exerça qualquer mandato de caráter 
político (federal, estadual ou municipal): 
Código Eleitoral 
Art. 16 
§ 2º A nomeação que trata o inciso II deste artigo não poderá 
recair em cidadão que ocupe cargo público de que seja demissível 
ad nutum; que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa 
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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 11beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou favor em virtude 
de contrato com a administração pública; ou que exerça mandato 
de caráter político, federal, estadual ou municipal. (§ 4º 
renumerado pelo Decreto-lei nº 441, de 29.1.1969 e alterado 
pela Lei nº 7.191, de 4.6.1984) 
A Classe dos Advogados que compõe o TSE e os TREs são 
denominados no âmbito da Justiça Eleitoral como “Classe dos Juristas”, 
classe que não é Juiz de carreira, oriunda originariamente da Magistratura 
Estadual ou Federal, mas constitui operadores dos Direito na área eleitoral. 
Importante considerar que não há qualquer proibição aos 
Advogados membros da Justiça Eleitoral, tanto no TSE quanto nos TREs, de 
exercitarem a Advocacia, a despeito da previsão do art. 28, II, da Lei nº 
8.906/94 (Estatuto da OAB), tendo em vista decisão permissiva do STF na 
ADINMC nº 1.127/94, que os excluiu da proibição legal. 
 
Número de Juízes nos TREs e no TSE: 
TREs 7 Membros 
TSE No mínimo, 7 Membros 
Observem que o art. 119 da CF-88 prevê que a constituição do 
TSE é de, no mínimo, de 7 Juízes. Registro mais uma vez que a CF-88 não 
fala em composição mínima para os TREs. 
 
A despeito da desatualização e de eventual derrogação tácita 
operada pela CF-88 sobre alguns dispositivos dos arts. 16 e 17, devemos 
enfrentá-los, pois, a despeito de referido posicionamento, são ainda cobrados 
por algumas bancas, a exemplo, a FCC. 
 
Vedação de parentesco entre Ministros. 
É vedada a existência de parentesco de até 4º GRAU entre os 
Ministros do TSE. Caso venha a ocorrer, será excluído o último que foi 
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escolhido: 
Art. 16 
§ 1º Não podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral 
cidadãos que tenham entre si parentesco, ainda que por 
afinidade, até o 4º (quarto) grau, seja o vínculo legítimo ou 
ilegítimo, excluindo-se neste caso o que tiver sido escolhido por 
último. (§ 3º renumerado pelo Decreto-lei nº 441, de 29.1.1969 
e alterado pela Lei nº 7.191, de 4.6.1984) 
 
 Presidência, Vice-Presidência e Corregedoria do TSE. 
O art. 119, parágrafo único, da CF-88 prevê que o Presidente e o 
Vice-Presidente do TSE devem ser Ministros do STF, enquanto que o 
Corregedor-Geral é do STJ: 
CF-88 
Art. 119 
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu 
Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do 
Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os 
Ministros do Superior Tribunal de Justiça. 
Cargos no TSE: ORIGEM: 
Presidente e VICE do TSE SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) 
Corregedor-Geral Eleitoral 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
(STJ) 
Na realidade, o Corregedor-Geral é apenas 1 dos 2 Ministros 
oriundos do STJ que compõem a corte. Assim, o Ministro do STJ também 
Corregedor-Geral Eleitoral, acumula as funções de Corregedoria com as 
funções ordinárias de Ministro do TSE (propriamente como Magistrado da 
Corte). 
Nesse aspecto, não se aplica o caput do art. 17 do Código 
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Eleitoral. 
Sobre o Corregedor-Geral Eleitoral, cabem as seguintes 
considerações: 
1. as atribuições do Corregedor serão fixadas por resolução do 
TSE; 
2. poderá se locomover aos Estados por determinação do 
TSE, a pedido dos TREs, a requerimento de partido ou 
quando necessário; 
3. os provimentos emanados da Corregedoria-Geral vinculam 
as Corregedorias Regionais. 
Art. 17 
§ 1º As atribuições do Corregedor Geral serão fixadas pelo Tribunal 
Superior Eleitoral. 
§ 2º No desempenho de suas atribuições o Corregedor Geral se 
locomoverá para os Estados e Territórios nos seguintes casos: 
I - por determinação do Tribunal Superior Eleitoral; 
II - a pedido dos Tribunais Regionais Eleitorais; 
III - a requerimento de Partido deferido pelo Tribunal Superior 
Eleitoral; 
IV - sempre que entender necessário. 
§ 3º Os provimentos emanados da Corregedoria Geral vinculam os 
Corregedores Regionais, que lhes devem dar imediato e preciso 
cumprimento. 
 
 
Procurador-Geral do TSE 
As funções de Procurador-Geral do TSE serão exercidas pelo 
Procurador-Geral da República (PGR), que é o Chefe do Ministério Público 
da União (MPU). 
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Segundo a Lei Orgânica do MPU, o Procurador-Geral e o VICE-
Procurador-Geral poderão designar Membros do Ministério Público Federal 
(MPF) para oficiarem perante o TSE. No entanto, estes outros membros do 
MPU designados pelo PGR para auxiliá-lo nas funções eleitorais não poderão 
ter assento no Plenário do TSE. 
Ademais, será substituto do Procurador-Geral Eleitoral, nas 
hipóteses de impedimento e vacância, o VICE-Procurador-Geral Eleitoral, 
designado entre os Subprocuradores-Gerais da República. 
Código Eleitoral 
Art. 18. Exercerá as funções de Procurador Geral, junto ao Tribunal 
Superior Eleitoral, o Procurador Geral da República, 
funcionando, em suas faltas e impedimentos, seu substituto legal. 
Parágrafo único. O Procurador Geral poderá designar outros 
membros do Ministério Público da União, com exercício no 
Distrito Federal, e sem prejuízo das respectivas funções, para 
auxiliá-lo junto ao Tribunal Superior Eleitoral, onde não poderão 
ter assento. 
LC nº 75/93 
Art. 72. Compete ao Ministério Público Federal exercer, no que 
couber, junto à Justiça Eleitoral, as funções do Ministério Público, 
atuando em todas as fases e instâncias do processo eleitoral. 
Art. 73. O Procurador-Geral Eleitoral é o Procurador-Geral da 
República. 
Parágrafo único. O Procurador-Geral Eleitoral designará, dentre os 
Subprocuradores-Gerais da República, o Vice-Procurador-Geral 
Eleitoral, que o substituirá em seus impedimentos e exercerá o 
cargo em caso de vacância, até o provimento definitivo. 
Art. 74. Compete ao Procurador-Geral Eleitoral exercer as 
funções do Ministério Público nas causas de competência do 
Tribunal Superior Eleitoral. 
Parágrafo único. Além do Vice-Procurador-Geral Eleitoral, o 
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Procurador-Geral poderá designar, por necessidade de serviço, 
membros do Ministério Público Federal para oficiarem, com sua 
aprovação, perante o Tribunal Superior Eleitoral. 
 
Deliberações do TSE. 
As deliberações do TSE serão realizadas por maioria de votos, em 
sessão pública, com presença da maioria de seus membros. 
Constitui a maioria de seus membros o 1º número inteiro acima 
da metade dos membros. No caso da Corte, que tem 7 Membros, o 1º nº 
inteiro acima da metade (3,5) é 4 Membros. 
Assim, para a Corte efetivamente deliberar sobre alguma matéria 
eleitoral, deverão estar presentes pelo menos 4 dos Ministros (a metade é 
3,5, e o 1º nº inteiro acima dametade é 4). No plano prático, o que o Código 
Eleitoral exige é que para as deliberações do TSE devem estar presentes a 
Maioria Absoluta dos seus Membros (quórum mínimo é a maioria 
absoluta). 
Após alcançada a maioria absoluta, restará preenchido o quórum 
mínimo para início da votação, que será tomada pela maioria de votos dos 
Ministros presentes. 
Observação: a maioria dos membros não é metade mais 1! Isso 
pode levar o estudante a erro! Alguns acabam propugnando tal ideia, mas as 
provas de concursos frequentemente apontam no sentido indicado. 
Com efeito, existem matérias que exigem Quórum 
Especialíssimo (a totalidade dos Membros do TSE presentes). São as 
seguintes: 
1. interpretação do Código Eleitoral em face da 
Constituição; 
2. cassação de registro de partidos políticos; 
3. análise de recursos que importem anulação geral de 
eleições; 
4. análise de recursos que importem perda de diplomas. 
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Nestes casos excepcionais, caso algum membro do Tribunal falte, 
será convocado o substituto, porque a deliberação deverá ser com todos os 
membros presentes na sessão. 
Código Eleitoral 
Art. 19. O Tribunal Superior delibera por maioria de votos, em 
sessão pública, com a presença da maioria de seus membros. 
Parágrafo único. As decisões do Tribunal Superior, assim na 
interpretação do Código Eleitoral em face da Constituição e 
cassação de registro de partidos políticos, como sobre 
quaisquer recursos que importem anulação geral de eleições 
ou perda de diplomas, só poderão ser tomadas com a presença 
de todos os seus membros. Se ocorrer impedimento de algum 
juiz, será convocado o substituto ou o respectivo suplente. 
Exceções ao Quórum da totalidade dos Membros do TSE: 
 Admite-se o julgamento com o quórum incompleto (sem a 
totalidade dos Ministros) em caso de suspeição ou 
impedimento do Ministro titular da Classe dos Juristas 
(Advogados) e quando impossível juridicamente a 
convocação de Juiz substituto; 
 Esta regra NÃO se aplica às deliberações dos TREs 
(Tribunais Regionais Eleitorais); 
Para a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo 
do Poder Público, será necessário o voto da maioria absoluta dos Membros 
do Tribunal (Cláusula Constitucional de Reserva de Plenário). 
CF-88 
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus 
membros ou dos membros do respectivo órgão especial 
poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou 
ato normativo do Poder Público. 
 
Suspeição e impedimento de Membros do TSE. 
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A previsão legal de arguição de suspeição ou impedimento de 
algum Ministro da Corte visa impedir eventuais decisões parciais, em favor ou 
em desfavor de algum candidato ou partido. 
O impedimento legal gera a presunção absoluta de 
parcialidade do Juiz (ex: um Juiz que seria parte no processo que ele mesmo 
julgaria). Já a simples suspeição gera presunção relativa de parcialidade, 
dependente de prova concreta da eventual parcialidade do magistrado (ex: 
amigo íntimo ou inimigo mortal de alguma das partes do processo – tem que 
provar que era amigo íntimo, senão não há suspeição). 
Segundo a doutrina, o impedimento diferencia-se da suspeição de 
acordo com o nível de comprometimento do juiz com o processo (nível de 
comprometimento de sua imparcialidade). 
No impedimento há presunção absoluta (juris et de jure) de 
parcialidade do Juiz, isto é, considera-se pelas circunstâncias fáticas que o Juiz 
realmente será parcial se decidir aquele processo. Por exemplo, ser cônjuge 
(marido) da autora ou da ré da ação. Com certeza, neste caso, o Juiz prolatará 
uma decisão parcial, pendendo para o lado da sua esposa, sendo 
considerado pela lei como presunção absoluta, sequer admitindo prova em 
contrário. 
Já na suspeição há apenas presunção relativa (juris tantum) de 
parcialidade do Juiz. A Lei elenca algumas hipóteses em que se “suspeita” que 
o Juiz seja parcial (mas, sem certeza). 
As causas de impedimento e suspeição são elencadas 
respectivamente nos arts. 134 e 135 do Código de Processo Civil (CPC), nos 
seguintes termos: 
CPC 
Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo 
contencioso ou voluntário (IMPEDIMENTO): 
I - de que for parte; 
II - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como 
perito, funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou 
depoimento como testemunha; 
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III - que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe 
proferido sentença ou decisão; 
IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o 
seu cônjuge ou qualquer parente seu, consangüíneo ou afim, em 
linha reta; ou na linha colateral até o segundo grau; 
V - quando cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, de alguma 
das partes, em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau; 
VI - quando for órgão de direção ou de administração de pessoa 
jurídica, parte na causa. 
Parágrafo único. No caso do no IV, o impedimento só se verifica 
quando o advogado já estava exercendo o patrocínio da causa; é, 
porém, vedado ao advogado pleitear no processo, a fim de criar o 
impedimento do juiz. 
Art. 135. Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz, 
quando (SUSPEIÇÃO): 
I - amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes; 
II - alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu 
cônjuge ou de parentes destes, em linha reta ou na colateral até o 
terceiro grau; 
III - herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das 
partes; 
IV - receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo; 
aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa, ou 
subministrar meios para atender às despesas do litígio; 
V - interessado no julgamento da causa em favor de uma das 
partes. 
Parágrafo único. Poderá ainda o juiz declarar-se suspeito por 
motivo íntimo. 
 
Tópicos explicativos sobre Presunção Legal: 
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Todas as causas de presunção são previstas em lei. 
A presunção absoluta é absoluta porque não admite prova em contrário. É 
um fato previsto em lei que, confirmado ocorrido, não admite juízo retratativo. 
No exemplo citado, o fato do Juiz ser parte no processo que ele mesmo julgará 
gera a presunção absoluta de parcialidade do Juiz, pois não é possível, 
segunda a Lei, que ele julgará contrariamente aos seus próprios interesses. É 
por isso que as causas de impedimento previstas em lei geram a presunção 
absoluta de parcialidade do Juiz. 
Já a presunção relativa é um indicativo de parcialidade do Juiz, dependente 
de prova do alegado e admite prova em contrário. No exemplo dado,poderemos superar a inicial presunção de parcialidade do Juiz por ser este 
amigo íntimo ou inimigo mortal de alguma das partes do processo, provando 
que isto não interferirá diretamente no feito ou que não é verdade (que eles 
não são amigos íntimos ou inimigos mortais). 
As hipóteses de suspeição e impedimento estão previstas na Lei 
Civil e na Lei Penal (especialmente no Código de Processo Civil e no Código de 
Processo Penal), salvo quanto ao motivo de parcialidade partidária, que é 
prevista expressamente no Código Eleitoral, em seu art. 20. 
A Parcialidade Partidária é conceituada pela Jurisprudência como 
uma forma de favorecimento ou beneficiamento de algum candidato ou partido 
político, de modo a conduzir os processos e as ações decorrentes do processo 
eleitoral. Um exemplo de parcialidade partidária seria um determinado Juiz 
Eleitoral julgar determinada ação eleitoral em favor de determinado candidato 
a Governador do Estado por ser este do partido preferido pelo Magistrado. A 
arguição de parcialidade partidária deve ser cabalmente provada, não valendo 
mera alegação sem lastro probatório. 
Pelo menos a parcialidade partidária é um dos motivos previstos 
diretamente na lei eleitoral para arguição de impedimento e suspeição. 
Referido dispositivo prevê, ademais, que qualquer interessado 
poderá argüir a suspeição e o impedimento, mas não somente dos Juízes 
Eleitorais! Também poderá ser impugnada a imparcialidade também do 
Procurador Geral e de Funcionários da Secretaria do Juízo Eleitoral. 
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Ademais, o Código Eleitoral dispõe que será ilegítima a suspeição 
quando o excipiente a provocar ou, depois de manifestada a causa, praticar 
ato que importe aceitação do argüido. 
O que é isso Professor? Não entendi nada! 
Calma, vamos explicar melhor. 
Esta hipótese legal abarca-se 2 situações. Será considerada 
ilegítima a suspeição se: 
 Excipiente a provocar – excipiente é o autor da exceção de 
suspeição (ação que visa declarar a suspeição do Juiz ou 
Desembargador), é quem propõe a exceção de suspeição, quem alega 
a suspeição do Juiz. O excipiente pode provocar a suspeição, por 
exemplo, quando deliberadamente cria uma animosidade com o Juiz 
para forjar uma eventual inimizada capital (declarada). Esta inimizade 
poder ser alegada em juízo como suspeição, mas como a lei prevê 
que se a suspeição for provocada pelo excipiente, esta será ilegítima. 
Esta é uma espécie de indução da suspeição. Outro exemplo seria a 
parte promover uma representação administrativa contra o juiz para, 
em seguida, alegar que, em razão disso, o juiz perdeu a sua 
parcialidade. 
 Depois de manifestada a causa, praticar ato que importe 
aceitação do arguido – nesta parte a Lei não foi nem um pouco 
clara. Neste caso, é reputada ilegítima a alegação de suspeição se a 
parte arguente já houver praticado atos processuais que signifiquem 
aceitação do órgão jurisdicional (aceitação do Juiz). Se a parte já 
praticou atos processuais e não apresentou oposição à eventual 
suspeição, tendo, portanto aceitado o órgão jurisdicional 
possivelmente suspeito, não poderá em seguida levantar a sua 
suspeição, posto ter precluído (perdido) seu direito. 
 
Código Eleitoral 
Art. 20. Perante o Tribunal Superior, qualquer interessado poderá 
argüir a suspeição ou impedimento dos seus membros, do 
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Procurador Geral ou de funcionários de sua Secretaria, nos 
casos previstos na lei processual civil ou penal e por motivo de 
parcialidade partidária, mediante o processo previsto em 
regimento. 
Parágrafo único. Será ilegítima a suspeição quando o excipiente 
a provocar ou, depois de manifestada a causa, praticar ato que 
importe aceitação do argüido. 
 
Decisões do TSE e Recursos. 
Em regra, as decisões do TSE são IRRECORRÍVEIS, não cabe 
qualquer recurso das decisões do Tribunal, ressalvado somente quando 
contrariarem a Constituição ou quando forem denegatórias (negarem) 
de habeas corpus ou mandado de segurança. 
Então, somente CABERÁ RECURSOS das decisões do TSE caso: 
1. contrariarem a Constituição; 
2. forem denegatórias de habeas corpus ou mandado de 
segurança. 
Esta é uma regra prevista diretamente na Constituição: 
CF-88 
Art. 121 
§ 3º - São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior 
Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as 
denegatórias de "habeas-corpus" ou mandado de 
segurança. 
A competência para julgamento de recursos contra decisões do TSE 
é do STF (recurso ordinário ou recurso extraordinário). 
CF-8 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, 
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
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II - julgar, em recurso ordinário: 
a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data" e 
o mandado de injunção decididos em única instância pelos 
Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; 
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas 
decididas em única ou última instância, quando a decisão 
recorrida: 
a) contrariar dispositivo desta Constituição; 
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; 
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face 
desta Constituição. 
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. (Incluída 
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
 
As decisões e todos os atos normativos e regulamentares do TSE 
devem ter cumprimento imediato por parte dos TREs e Juízes eleitorais: 
Código Eleitoral 
Art. 21 Os Tribunais e juízes inferiores devem dar imediato 
cumprimento às decisões, mandados, instruções e outros atos 
emanados do Tribunal Superior Eleitoral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS (TREs) 
 
 
Composição dos TREs. 
Em cada capital de cada Estado da Federação e do Distrito Federal 
haverá 1 (um) Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Como falei na Aula 
Demonstrativa, não há Estado que não tenha TRE, logo são muitos concursos 
de TREs disponíveis, não acham? 
Os TREs são compostos com 7 Membros, escolhidos mediante 
eleição ou nomeação do Presidente da República, resumida da forma abaixo. 
Antes, porém, friso que os TREs têm composição FIXA pela CF-88, pois o art. 
120 da Carta não prevê composição mínima para as Cortes Regionais (como 
o faz para o TSE), apenas elenca a quantidade de juízes que as comporão. 
Desse modo, os TREs NÃO podem mais aumentar o número de Juízes. 
Memorização! 
 TSE – Composição Mínima de 7 Membros 
 TREs – Composição Fixa de 7 Membros 
QUANTIDADE DE 
MEMBROS 
ORIGEM 
FORMA DE 
COMPOSIÇÃO2 JUÍZES 
DESEMBARGADORES 
DO TJ do Estado 
ELEIÇÃO 
(eleição no TJ) 
2 JUÍZES 
JUÍZES DE DIREITO 
escolhidos pelo TJ 
ELEIÇÃO 
(eleição no TJ) 
1 JUIZ JUIZ DO TRF com sede 
na Capital ou 
ESCOLHA do TRF 
 
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escolhido pelo TRF 
2 JUÍZES ADVOGADOS 
NOMEAÇÃO pelo 
Presidente da 
República 
(entre 6 Advogados) – 
indicados pelo TJ (não 
pela OAB) 
 
CF-88 
Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de 
cada Estado e no Distrito Federal. 
§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: 
I - mediante eleição, pelo voto secreto: 
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de 
Justiça; 
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo 
Tribunal de Justiça; 
II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na 
Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz 
federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional 
Federal respectivo; 
III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois 
juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e 
idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. 
Da mesma forma que os Ministros do TSE escolhidos dentre a lista 
de 6 Advogados, os Desembargadores dos TREs originariamente Advogados 
deverão ostentar notável saber jurídico e idoneidade moral. Os 2 
Advogados que compõem os TREs são chamados de “Classe do Juristas”. 
Todos os 6 Advogados serão indicados pelo TJ local, mas a 
nomeação dos 2 Advogados para compor o pleno do TRE é feita pelo 
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Presidente da República (Chefe do Poder Executivo Federal). O TJ 
Estadual organiza os nomes dos Juízes em lista tríplice e encaminha ao TSE, 
que a divulgará através de Edital.1 
Cuidado! Vale frisar que a indicação dos Advogados não é feita 
pela OAB! A OAB não tem qualquer relação com a indicação dos Advogados 
para compor os TREs. Como já coloquei, é comum colocarem em provas e 
pegarem muitos desavisados! 
Nesta lista de Advogados não poderão constar nomes de 
Magistrados aposentados ou Membros do Ministério Público (agora 
Advogados). O entendimento atual é que esta regra NÃO se aplica ao TSE. 
Código Eleitoral 
Art. 25 
§ 1º A lista tríplice organizada pelo Tribunal de Justiça será 
enviada ao Tribunal Superior Eleitoral. 
§ 2º A lista não poderá conter nome de magistrado aposentado 
ou de membro do Ministério Público. 
§ 3º Recebidas as indicações o Tribunal Superior divulgará a lista 
através de edital, podendo os partidos, no prazo de cinco dias, 
impugná-la com fundamento em incompatibilidade. 
§ 4º Se a impugnação for julgada procedente quanto a qualquer 
dos indicados, a lista será devolvida ao Tribunal de origem para 
complementação. 
§ 5º Não havendo impugnação, ou desprezada esta, o Tribunal 
Superior encaminhará a lista ao Poder Executivo para a 
nomeação. 
O Código Eleitoral prevê lista tríplice de Advogados. Professor, 
mas não são 6 (seis) os Advogados indicados pelo TJ para compor o TRE? 
Sim! Para cada vaga de Membro de TRE, das 2 previstas para 
 
1
 A Resolução TSE nº 21.461/2003 dispõe sobre o encaminhamento de lista tríplice organizada pelo Tribunal de Justiça 
ao Tribunal Superior Eleitoral. 
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Advogados, é elaborada 1 (uma) lista tríplice de nomes de Advogados, por isso 
que são 6 indicados para escolha de 2 como nomeados. Apesar da CF-88 
prelecionar que são 2 Juízes dentre 6 Advogados, no plano fático, a escolha é 
por listas tríplices (de 3 Advogados) para cada vaga. Desse modo, não é 
elaborada 1 lista de 6 nomes para cada vaga, mas 1 lista de 3 nomes para 
cada vaga. Resumo assim: 
1. surgiu 1 vaga no TRE: elabora-se 1 lista tríplice; 
2. surgiu + 1 vaga: elabora-se mais 1 lista tríplice. 
Ao seguir este procedimento, assegura-se que as 2 vagas de Juízes 
oriundos da Advocacia sejam preenchidas da escolha de 6 Advogados. 
Seguindo à regra prevista para o TSE sobre a nomeação de 
Advogados para a Corte Superior, segundo o Código Eleitoral, a nomeação da 
Classe dos Juristas para exercerem a função de Desembargadores nos TREs 
também não poderá recair em cidadão que ocupe cargo público de que seja 
demissível ad nutum (demitido a qualquer tempo, sob discricionariedade. Ex: 
cargo em comissão), que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa 
beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou favor em virtude de contrato 
com a administração pública, ou que exerça qualquer mandato de caráter 
político (federal, estadual ou municipal). 
Esta regra é prevista no art. 25, §7º, que remonta à aplicação do 
disposto no art. 16, §2º (antigo parágrafo 4º): 
Código Eleitoral 
Art. 25 
§ 7º A nomeação de que trata o nº II deste artigo (atual inciso III 
do art. 120, §3º, I, da CF-88 – nomeação de Advogados) não 
poderá recair em cidadão que tenha qualquer das 
incompatibilidades mencionadas no art. 16, § 4º (atual §2º do art. 
16 do Código Eleitoral). 
Art. 16 
§ 2º A nomeação que trata o inciso II deste artigo não poderá 
recair em cidadão que ocupe cargo público de que seja demissível 
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ad nutum; que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa 
beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou favor em virtude 
de contrato com a administração pública; ou que exerça mandato 
de caráter político, federal, estadual ou municipal. (§ 4º 
renumerado pelo Decreto-lei nº 441, de 29.1.1969 e alterado 
pela Lei nº 7.191, de 4.6.1984) 
CF-88 
Art. 120. 
§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão: 
III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois 
juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e 
idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. 
A Resolução TSE nº 21.461/2003 prevê o requisito específico para 
os Advogados de pelo menos 10 ANOS de atividade profissional 
(consecutivos ou não). 
Resolução TSE nº 21.461/2003 
Art. 1º Os advogados a que se refere o inciso III do § 1º do art. 
120 da Constituição Federal, na data em que forem indicados, 
deverão estar no exercício da advocacia e possuir dez anos 
consecutivos ou não de prática profissional. 
 
Vedação de parentesco entre Desembargadores dos TREs. 
Igualmente, como previsto para o TSE, é também vedada a 
existência de parentesco de até 4º GRAU entre os Desembargadores dos 
TREs. Caso venha a ocorrer, será excluído o último que foi escolhido: 
Código Eleitoral 
Art. 25 
§ 6º Não podem fazer parte do Tribunal Regional pessoas que 
tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o 4º 
grau, seja o vínculo legítimoou ilegítimo, excluindo-se neste caso 
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a que tiver sido escolhida por último. 
 
 
Presidência, Vice-Presidência e Corregedoria dos TREs. 
O Presidente e o Vice do TRE serão eleitos pelo próprio TRE 
entre os Desembargadores do TJ Estadual. A previsão legal quanto à 
nomeação do Corregedor Regional é que está desatualizada. O Código 
Eleitoral, no art. 26, prevê que seria o Corregedor o 3º Desembargador do TJ. 
Ocorre que, hoje, com o regramento constitucional, são apenas 2 
Desembargadores do TJ que compõem o TRE. 
Desse modo, entende-se que o Corregedor Regional deverá ser 
eleito entre os 2 (dois) atuais Desembargadores do TRE oriundos do TJ, 
que são o Presidente ou o Vice-Presidente do TRE. Em regra, é nomeado 
como Corregedor o Vice-Presidente do TRE. Contudo, temos que ter atenção 
ao que dispõe o Regimento Interno do TRE, pois alguns preveem que caberá a 
ao Presidente a função de Corregedoria e, até mesmo, a outro membro do TRE 
(contrariamente ao previsto na Lei). 
CF-88 
Art. 120 
§ 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o 
Vice-Presidente dentre os desembargadores (Leia-se: 
Desembargadores do TJ). 
Código Eleitoral 
Art. 26. O Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal Regional 
serão eleitos por este dentre os três desembargadores do Tribunal 
de Justiça; o terceiro desembargador será o Corregedor Regional 
da Justiça Eleitoral. (NÃO APLICÁVEL!) 
 
No mesmo sentido da Corregedoria-Geral Eleitoral (do TSE), para o 
Corregedor Regional, cabem as seguintes considerações: 
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1. as atribuições do Corregedor serão fixadas pelo TSE 
(Resolução) ou pelo TRE, em caráter supletivo; 
2. poderá se locomover às Zonas Eleitorais por 
determinação do TSE ou do TRE, a pedido de juízes 
eleitorais, a requerimento de partido ou quando 
necessário; 
3. os provimentos (regulamentos correcionais) emanados da 
Corregedoria-Geral vinculam as Corregedorias 
Regionais. 
Art. 26 
§ 1º As atribuições do Corregedor Regional serão fixadas pelo 
Tribunal Superior Eleitoral e, em caráter supletivo ou 
complementar, pelo Tribunal Regional Eleitoral perante o qual 
servir. 
§ 2º No desempenho de suas atribuições o Corregedor Regional se 
locomoverá para as zonas eleitorais nos seguintes casos: 
I - por determinação do Tribunal Superior Eleitoral ou do Tribunal 
Regional Eleitoral; 
II - a pedido dos juízes eleitorais; 
III - a requerimento de Partido, deferido pelo Tribunal Regional; 
IV - sempre que entender necessário. 
 
 
Procurador Regional Eleitoral. Quem é? 
O caput do art. 27 do Código Eleitoral foi revogado pelos arts. 76 e 
77 da Lei Complementar nº 75/1993, que dispõe sobre o estatuto do Ministério 
Público da União (MPU). 
Por incrível que pareça, o Procurador Regional Eleitoral (PRE) 
não é o Chefe do Ministério Público Estadual e nem do Federal. É um 
Procurador Regional da República ou um Procurador da República com 
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exercício no Estado. O Procurador Regional da República e o Procurador da 
República fazem parte da carreira do Ministério Público Federal (é como se 
fossem “Promotores Federais”). 
O Procurador Regional da República é o “fim de carreira” do 
Procurador da República. 
Na prática, o Procurador Regional Eleitoral acaba sendo um 
Procurador da República lotado no Estado (quase nunca é um Procurador 
Regional da República). O Procurador Regional Eleitoral chefia o MP Eleitoral no 
Estado, inclusive coordenando e chefiando os Promotores Eleitorais do 
Estado (Promotores de Justiça da Justiça Estadual de 1º Grau, com funções 
Eleitorais). 
Sobre o Procurador Regional da República destaco os seguintes 
pontos: 
1. O caput do art. 27 do Código Eleitoral está revogado, não 
regulamento mais a matéria; 
2. O Procurador Regional Eleitoral pode ser um Procurador 
Regional da República ou um Procurador da República 
vitalício, tanto nos Estados quanto no Distrito Federal; 
LC 75/93 – Lei Orgânica do Ministério Público da União (MPU) 
Art. 76. O Procurador Regional Eleitoral, juntamente com o seu 
substituto, será designado pelo Procurador-Geral Eleitoral, 
dentre os Procuradores Regionais da República no Estado e 
no Distrito Federal, ou, onde não houver, dentre os 
Procuradores da República vitalícios, para um mandato de 
dois anos. 
§ 1º O Procurador Regional Eleitoral poderá ser reconduzido uma 
vez. 
§ 2º O Procurador Regional Eleitoral poderá ser destituído, antes 
do término do mandato, por iniciativa do Procurador-Geral 
Eleitoral, anuindo a maioria absoluta do Conselho Superior do 
Ministério Público Federal. 
Art. 77. Compete ao Procurador Regional Eleitoral exercer as 
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funções do Ministério Público nas causas de competência do 
Tribunal Regional Eleitoral respectivo, além de dirigir, no Estado, as 
atividades do setor. 
Parágrafo único. O Procurador-Geral Eleitoral poderá designar, por 
necessidade de serviço, outros membros do Ministério Público 
Federal para oficiar, sob a coordenação do Procurador Regional, 
perante os Tribunais Regionais Eleitorais. 
REVOGADO 
Código Eleitoral 
Art. 27. Servirá como Procurador Regional junto a cada Tribunal 
Regional Eleitoral o Procurador da República no respectivo Estado 
e, onde houver mais de um, aquele que for designado pelo 
Procurador Geral da República. 
 
 
Procuradores Eleitorais junto aos Tribunais Eleitorais: 
No TSE 
Procurador-Geral da República 
(PGR) 
Nos TREs 
PROCURADOR REGIONAL DA 
REPÚBLICA ou 
PROCURADOR DA REPÚBLICA – 
investidos da função de 
Procurador Regional Eleitoral 
(PRE) 
 
Deliberações dos TREs. 
As deliberações dos TREs serão realizadas por maioria de votos, 
em sessão pública, com presença da maioria de seus membros. 
Mais uma vez, digo que constitui a maioria de seus membros é o 
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1º número inteiro acima da metade dos membros. No caso dos TREs que 
possuem 7 Membros, o 1º nº inteiro acima da metade é 4 Membros. 
Assim, para o TRE efetivamente deliberar sobre alguma matéria 
eleitoral, deverão estar presentes pelo menos 4 dos Membros (a metade é 
3,5, e o 1º nº inteiro acima da metade é 4). 
Caso não haja quórum para início dos trabalhos, serão convocados 
substitutos dos membros. 
Código Eleitoral 
Art. 28. Os Tribunais Regionais deliberampor maioria de votos, 
em sessão pública, com a presença da maioria de seus 
membros. 
§ 1º No caso de impedimento e não existindo quorum, será o 
membro do Tribunal substituído por outro da mesma categoria, 
designado na forma prevista na Constituição. 
 
Suspeição de Membros dos TREs. 
Da mesma forma que para o TSE, a previsão legal de arguição de 
suspeição de algum Desembargador do TRE, do Procurador Regional, ou 
mesmo dos funcionários de sua secretaria, visa impedir eventuais decisões 
parciais em favor ou em desfavor de algum candidato ou partido. 
Atenção! 
Observem que, diferentemente do TSE, para os TREs o Código 
Eleitoral somente previu a hipótese de arguição de suspeição, em nada 
mencionou sobre a arguição de impedimento. 
O art. 28, §1º, do Código Eleitoral preleciona sobre impedimento 
para Membro do TRE, porém, diferentemente do previsto para o TSE no art. 20 
(faculdade de qualquer interessado arguir a SUSPEIÇÃO e o IMPEDIMENTO dos 
Membros do TSE, Procurador-Geral e funcionários), o art. 28 previu que 
somente poderá ser arguida a SUSPEIÇÃO de Membro do TRE, não 
facultando a possibilidade de arguição de impedimento. 
Conforme o Código Eleitoral, em caso de impedimento, o membro 
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do TRE será simplesmente substituído, não havendo a necessidade de 
arguição de impedimento e a mesma proporção jurídica na hipótese do TSE. Já 
em caso de SUSPEIÇÃO de membro do TRE, cabe ARGUIÇÃO de suspeição e 
eventual recurso para o TSE. 
Repito o já relatado linhas atrás: 
O impedimento legal gera a presunção absoluta de 
parcialidade do Juiz (ex: um Juiz que seria parte no processo que ele mesmo 
julgaria). Já a simples suspeição gera presunção relativa de parcialidade, 
dependente de prova (ex: amigo íntimo ou inimigo mortal de alguma das 
partes do processo). 
As hipóteses de suspeição e impedimento estão previstas na Lei 
Civil e na Lei Penal (especialmente no Código de Processo Civil e no Código de 
Processo Penal), salvo quanto ao motivo de parcialidade partidária, que é 
prevista no art. 20 do Código Eleitoral. Então, pelo menos a parcialidade 
partidária é um dos motivos previstos diretamente na lei eleitoral para 
arguição de impedimento e suspeição. 
Ademais, referido dispositivo prevê que qualquer interessado 
poderá argüir a suspeição no TRE, mas não somente dos Membros do 
Tribunal, mas também poderá ser impugnada a imparcialidade também do 
Procurador Regional e de funcionários da Secretaria do Juízo Eleitoral. 
Ademais, no caso dos TREs, é prevista a hipótese de Recurso 
voluntário para o TSE em caso de não aceitação pelo TRE da arguição de 
suspeição do Desembargador, do Procurador Regional, ou de funcionários da 
sua Secretaria, assim como dos Juízes e escrivães eleitorais. 
Código Eleitoral 
Art. 28. 
§ 1º No caso de IMPEDIMENTO e não existindo quorum, será o 
membro do Tribunal substituído por outro da mesma categoria, 
designado na forma prevista na Constituição. 
§ 2º Perante o Tribunal Regional, e com recurso voluntário para 
o Tribunal Superior qualquer interessado poderá argüir a 
SUSPEIÇÃO dos seus membros, do Procurador Regional, ou de 
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funcionários da sua Secretaria, assim como dos juízes e 
escrivães eleitorais, nos casos previstos na lei processual civil e 
por motivo de parcialidade partidária, mediante o processo previsto 
em regimento. 
§ 3º No caso previsto no parágrafo anterior será observado o 
disposto no parágrafo único do art. 20. 
Art. 20. 
Parágrafo único. Será ilegítima a suspeição quando o excipiente 
(quem propõe a exceção de suspeição) a provocar ou, depois de 
manifestada a causa, praticar ato que importe aceitação do 
argüido. 
 
Decisões dos TREs e Recursos. 
Lembrando: das decisões do TSE cabe algum recurso? 
Segundo o art. 121, §3º, da CF-88, são IRRECORRÍVEIS as 
decisões do TSE (como regra), salvo as que contrariarem a Constituição e 
as denegatórias de Habeas Corpus e de Mandando de Segurança. 
Contudo, em relação às decisões dos TREs, são também 
irrecorríveis? 
Igualmente às decisões do TSE, como regra, das decisões dos 
TREs NÃO cabem recursos! 
Então, a regra é que, das decisões do TSE e dos TREs NÃO CABEM 
RECURSOS! 
Somente caberá recurso de decisão do TRE nos seguintes casos, 
previstos no art. 121, §4º da CF-88, assim resumidos: 
1. decisão proferida contra disposição expressa da 
Constituição ou de Lei; 
2. quando ocorrer divergência na interpretação de lei entre 
2 ou mais TREs – o TSE funcionará como uniformizador das 
decisões dos TREs; 
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3. decisão que verse sobre inelegibilidade ou expedição de 
diplomas federais ou estaduais - NÃO CABERÁ RECURSO 
para o TSE de decisão sobre inelegibilidade ou expedição de 
diplomas MUNICIPAL! Pode ser pegadinha de prova! 
4. decisão que anular diploma ou decretar a perda de 
mandatos eletivos federais e estaduais - NÃO CABERÁ 
RECURSO para o TSE de decisão que anular diploma ou 
decretar a perda de mandato MUNICIPAL! Pode ser 
pegadinha de prova! 
5. decisão que denegar: 
a. Habeas Corpus; 
b. Mandado de Segurança; 
c. Habeas Data; 
d. Mandado de Injunção. 
CF-88 
Art. 121 
§ 4º - Das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais somente 
caberá recurso quando: 
I - forem proferidas contra disposição expressa desta 
Constituição ou de lei; 
II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou 
mais tribunais eleitorais; 
III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de 
diplomas nas eleições federais ou estaduais; 
IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos 
eletivos federais ou estaduais; 
V - denegarem "habeas-corpus", mandado de segurança, 
"habeas-data" ou mandado de injunção. 
 
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Quadrinho para MEMORIZAÇÃO: 
Decisões dos Tribunais Eleitorais X RECURSOS 
TRIBUNAIS REGRA 
EXCEÇÃO 
(DECISÕES RECORRÍVEIS) 
TRIBUNAL 
SUPERIOR 
ELEITORAL (TSE) 
NÃO CABEM RECURSOS 
das decisões do TSE (art. 
121, §3º, da CF) 
a) contrariarem a 
Constituição; 
b) denegatórias de HC e de 
MS. 
TRIBUNAIS 
REGIONAIS 
ELEITORAIS (TREs) 
NÃO CABEM RECURSOS 
das decisões dos TREs 
(art. 121, §4º, da CF) 
a. decisão proferida contra 
disposição expressa da 
Constituição ou de Lei; 
b. quando ocorrer divergência 
na interpretação de lei 
entre 2 ou mais TREs; 
c. decisão que verse sobre 
inelegibilidade ou 
expedição de diplomas 
federais ou estaduais; - 
NÃO MUNICIPAL!; 
d. decisão que anular diploma 
ou decretar a perda de 
mandatos eletivos federais e 
estaduais- NÃO MUNICIPAL!; 
e. decisão que denegar: 
a. Habeas Corpus; 
b. Mandado de 
Segurança; 
c. Habeas Data; 
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d. Mandado de 
Injunção. 
 
Obs: nesta aula estudamos a composição do TSE e dos TREs. Na próxima aula 
veremos as competências de cada um dos Tribunais Eleitorais. Agora vamos 
praticar um pouco... 
 
 
EXERCÍCIOS COMENTADOS 
 
1. CESPE 05/05/2013 - PC - BA - Delegado de Polícia 
Em relação à organização e ao funcionamento da justiça eleitoral, julgue os 
próximos itens. 
Participa da composição dos tribunais regionais eleitorais um representante do 
MP. 
 
COMENTÁRIOS: 
Gente, isso despenca em provas! 
São órgãos da Justiça Eleitoral: 
1. TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (TSE); 
2. TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS (TREs); 
3. JUÍZES ELEITORAIS; 
4. JUNTAS ELEITORAIS. 
As peculiaridades apresentadas pelo Código Eleitoral são as de que 
o TSE tem sede na Capital da República e jurisdição em todo o país, e de 
que cada Estado e o DF terão um Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Em 
tese, quanto aos territórios, faz a ressalva da possibilidade do TSE propor a 
criação na sua capital. 
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Atenção! O Ministério Público Eleitoral não faz parte da 
Organização da Justiça Eleitoral! Não está nos rols elencados abaixo. Faço essa 
ressalva, pois pode o aluno embaralhar os conceitos ao achar que o MP 
Eleitoral faz parte da Justiça Eleitoral. MP é órgão independente (quase um 4º 
Poder). 
Portanto, o Ministério Público Eleitoral não é um dos 4 órgãos da 
Justiça Eleitoral. Decorar: TSE + TREs + Juízes + Juntas Eleitorais. 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
2. CESPE 06/01/2013 - TRE - MS - Técnico Judiciário - Contabilidade 
(Adaptada) No que se refere a juízes e tribunais eleitorais, julgue os itens 
abaixo com base no que dispõe a CF. 
a) As zonas eleitorais são órgãos da justiça eleitoral. 
b) O corregedor eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral será, necessariamente, 
um ministro oriundo do Supremo Tribunal Federal. 
c) Entre os membros do Tribunal Superior Eleitoral, deve haver dois cidadãos 
de idoneidade moral indicados pelo presidente da República. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – Errado. Zona Eleitoral não é órgão da Justiça Eleitoral. Não confundir 
zona eleitoral com junta eleitoral!!! 
Item B – Errado. O art. 119, parágrafo único, da CF-88 prevê que o Presidente 
e o Vice-Presidente do TSE devem ser Ministros do STF, enquanto que o 
Corregedor-Geral é do STJ: 
CF-88 
Art. 119 
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu 
Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do 
Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os 
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Ministros do Superior Tribunal de Justiça. 
Cargos no TSE: ORIGEM: 
Presidente e VICE do TSE SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) 
Corregedor-Geral Eleitoral 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
(STJ) 
Na realidade, o Corregedor-Geral é apenas 1 dos 2 Ministros 
oriundos do STJ que compõem a corte. Assim, o Ministro do STJ também 
Corregedor-Geral Eleitoral, acumula as funções de Corregedoria com as 
funções ordinárias de Ministro do TSE (propriamente como Magistrado da 
Corte). 
Item C – Errado. Não são cidadãos simplesmente, mas Advogados. 
A atual composição do TSE pode ser assim resumida, conforma CF-
88, art. 119: 
QUANTIDADE DE 
MEMBROS 
ORIGEM 
FORMA DE 
COMPOSIÇÃO 
3 MINISTROS 
SUPREMO TRIBUNAL 
FEDERAL (STF) 
ELEIÇÃO 
2 MINISTROS 
SUPERIOR TRIBUNAL 
DE JUSTIÇA (STJ) 
ELEIÇÃO 
2 MINISTROS ADVOGADOS 
NOMEAÇÃO pelo 
Presidente da Rep. 
(entre 6 Advogados). 
 
CF-88 
Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, 
de sete membros, escolhidos: 
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I - mediante eleição, pelo voto secreto: 
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; 
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de 
Justiça; 
II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes 
dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade 
moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal. 
 
RESPOSTA CERTA: EEE 
 
3. CESPE 06/01/2013 - TRE - MS - Analista Judiciário - Analista de 
Sistemas 
Assinale a opção correta a respeito dos tribunais eleitorais. 
a) Dois membros dos TREs devem ser nomeados pelo presidente da República 
entre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral indicados 
pelo tribunal de justiça. 
b) Somente haverá TRE nas capitais em que haja, no mínimo, um milhão de 
eleitores. 
c) Os presidentes dos TREs devem ser eleitos por votação dos servidores do 
tribunal e dos advogados militantes no respectivo estado. 
d) O Tribunal Superior Eleitoral (TSE ) compõe-se de sete ministros eleitos por 
voto secreto entre os membros dos tribunais regionais eleitorais (TREs). 
e) As decisões dos TREs são irrecorríveis, em qualquer hipótese. 
 
COMENTÁRIOS: 
A – correto. Segundo a CF-88, a composição mínima do TSE são 7 Ministros. 
A sua atual composição pode ser assim resumida, conforma CF-88, art. 119: 
QUANTIDADE DE ORIGEM FORMA DE 
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MEMBROS COMPOSIÇÃO 
3 MINISTROS 
SUPREMO TRIBUNAL 
FEDERAL (STF) 
ELEIÇÃO 
2 MINISTROS 
SUPERIOR TRIBUNAL 
DE JUSTIÇA (STJ) 
ELEIÇÃO 
2 MINISTROS ADVOGADOS 
NOMEAÇÃO pelo 
Presidente da Rep. 
(entre 6 Advogados). 
B – errado. Em cada capital de cada Estado da Federação e do Distrito Federal 
haverá 1 (um) Tribunal Regional Eleitoral (TRE). 
C – errado. O Presidente e o Vice do TRE serão eleitos pelo próprio TRE 
entre os Desembargadores do TJ Estadual. 
CF-88 
Art. 120 
§ 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o 
Vice-Presidente dentre os desembargadores (Leia-se: 
Desembargadores do TJ). 
D – errado. Ver item A. 
E – errado. Em regra, as decisões do TSE são IRRECORRÍVEIS, não cabe 
qualquer recurso das decisões do Tribunal, ressalvado somente quando 
contrariarem a Constituição ou quando forem denegatórias (negarem) 
de habeas corpus ou mandado de segurança. 
Então, somente CABERÁ RECURSOS das decisões do TSE caso: 
3. contrariarem a Constituição; 
4. forem denegatórias de habeas corpus ou mandado de 
segurança. 
 
RESPOSTA CERTA: A 
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4. CESPE 26/08/2012 - TRE - RJ - Técnico Judiciário - Administrativa 
A respeito dos órgãos da justiça eleitoral, julgue os itens subsequentes. 
A presidência do TSE cabe a todos os ministros do tribunal, que se revezam no 
cargo. 
 
COMENTÁRIOS: 
Errado! A presidência é reservada aos Ministros do TSE oriundos do 
STF. 
O art. 119, parágrafo único, da CF-88 prevê que o Presidente e o 
Vice-Presidente do TSE devem ser Ministros do STF, enquanto que o 
Corregedor-Geral é do STJ: 
CF-88 
Art. 119 
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu 
Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do 
Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os 
Ministros do Superior Tribunal de Justiça. 
Cargos no TSE: ORIGEM: 
Presidente e VICE do TSE SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) 
Corregedor-Geral Eleitoral 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
(STJ) 
 
RESPOSTA CERTA: E 
 
5. CESPE 19/08/2012 - TJ - BA - Juiz de Direito Substituto 
Acerca da estrutura e composição da justiça eleitoral, assinale a opção correta 
com base no que dispõem a CF e a legislação específica. 
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a) É legítima a indicação de vereador para ministro do TSE na vaga reservada 
à categoria, desde que, além de deter reputação ilibada e notório saber, esse 
vereador não seja filiado a partido político. 
b) O ministro-corregedor do TSE deve ser sempre oriundo do STJ. 
c) Não há impedimento legal à indicação para o cargo de ministro do TSE de 
servidor comissionado que atue como assessor de ministro do STF, desde que 
o servidor seja advogado com notório saber e reputação ilibada. 
d) É vedada a acumulação do cargo de ministro do TSE com o de ministro do 
STF, em razão do princípio da especialização. 
e) Um dos integrantes do TSE é indicado pelo MPU, em respeito ao princípio do 
quinto constitucional. 
 
COMENTÁRIOS: 
A – errado. Admite-se apenas Advogado, Desembargador do TJ, Juiz do TJ e 
Juiz Federal. 
B – correto. O art. 119, parágrafo único, da CF-88 prevê que o Presidente e o 
Vice-Presidente do TSE devem ser Ministros do STF, enquanto que o 
Corregedor-Geral é do STJ: 
CF-88 
Art. 119 
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu 
Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do 
Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os 
Ministros do Superior Tribunal de Justiça. 
Cargos no TSE: ORIGEM: 
Presidente e VICE do TSE SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) 
Corregedor-Geral Eleitoral 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
(STJ) 
C – errado. Esta nomeação de Advogados, segundo o Código Eleitoral, NÃO 
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poderá recair: 
1. em cidadão que ocupe cargo público de que seja 
demissível ad nutum (a qualquer tempo, sob 
discricionariedade), ou 
2. que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa 
beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou 
favor em virtude de contrato com aa administração 
pública, ou que exerça qualquer mandato de caráter 
político (federal, estadual ou municipal): 
Código Eleitoral 
Art. 16 
§ 2º A nomeação que trata o inciso II deste artigo não poderá 
recair em cidadão que ocupe cargo público de que seja demissível 
ad nutum; que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa 
beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou favor em virtude 
de contrato com a administração pública; ou que exerça mandato 
de caráter político, federal, estadual ou municipal. (§ 4º 
renumerado pelo Decreto-lei nº 441, de 29.1.1969 e alterado 
pela Lei nº 7.191, de 4.6.1984) 
D – errado. É plenamente possível. Inclusive, 2 Ministros do STF acumulam 
suas funções no TSE. 
E – errado. Não há indicação do MPU. 
 
RESPOSTA CERTA: B 
 
6: TRE/ES – Analista Judiciário – Área Administrativa [CESPE] - 2011. 
Julgue os itens seguintes, referentes à composição e às atribuições do Tribunal 
Superior Eleitoral (TSE) e do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). 
Um vereador que seja advogado não pode ser nomeado ministro do TSE para 
uma das vagas destinadas a tais profissionais. 
COMENTÁRIOS: 
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Esta questão pegou muita gente que não se atentou às vedações 
dispostas no Código Eleitoral para nomeação de Ministros do TSE oriundos da 
Advocacia! Alguns concurseiros acham que muitas partes do Código Eleitoral 
estão revogadas e simplesmente desprezam o diploma, o que é um equívoco! 
O Vereador não pode ser nomeado Ministro do TSE pelo fato de ser 
Advogado, mas por exercer mandato de caráter político na esfera municipal. 
A nomeação de Advogados NÃO poderá recair: 
1. em cidadão que ocupe cargo público de que seja 
demissível ad nutum (a qualquer tempos, sob 
discricionariedade), ou 
2. que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa 
beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou 
favor em virtude de contrato com a administração 
pública, ou que exerça qualquer mandato de caráter 
político (federal, estadual ou municipal); 
Art. 16 
§ 2º A nomeação que trata o inciso II deste artigo não poderá 
recair em cidadão que ocupe cargo público de que seja demissível 
ad nutum; que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa 
beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou favor em virtude 
de contrato com a administração pública; ou que exerça 
mandato de caráter político, federal, estadual ou 
municipal. (§ 4º renumerado pelo Decreto-lei nº 441, de 
29.1.1969 e alterado pela Lei nº 7.191, de 4.6.1984) 
Portanto, este Vereador jamais poderá ser nomeado Ministro do 
TSE, exatamente pelo fato de exercer mandato eletivo municipal. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
7. TRE/ES – Analista Judiciário – Área Administrativa [CESPE] - 2011. 
O sobrinho-neto de um ministro do TSE na ativa não pode ser nomeado 
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ministro da mesma corte devido ao parentesco. 
 
COMENTÁRIOS: 
Quando se defrontar com uma questão dessas, parta do pressuposto dado na 
questão: o sobrinho-neto é parente do Ministro do TSE em qual grau? O ponto 
inicial é o Ministro. 
O Ministro é o “EU” do quadrinho abaixo; subindo até o PAI, depois IRMÃO, 
SOBRINHO e por último SOBRINHO-NETO (que nem tem ai...rsrs). Chega-se à 
conclusão que é parentesco de 4º GRAU. O sobrinho-neto é o neto da irmã. 
 
Como é vedada a existência de parentesco de até 4º GRAU 
entre os Ministros do TSE. Caso venha a ser constatada, será a última 
nomeação considerada NULA, isto é, o último parente até o 4º grau nomeado 
será excluído! Por isso a questão está CORRETA. 
Art. 16

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