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TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) 
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 5 
PROF: RICARDO GOMES 
 
 
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TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) 
 
Queridos(as) Alunos(as)! 
Segue a nossa Aula 5 de Direito Eleitoral! 
Bons estudos! 
Ricardo Gomes 
 
 
QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 
Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/1995 e 
alterações posteriores): 
1. Disposições preliminares; 
2. Da filiação partidária; 
Lei nº 9.504/1997: 
1. Sistema eletrônico de votação e totalização dos 
votos. 
 
Aula 5 
 
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) 
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 5 
PROF: RICARDO GOMES 
 
 
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LEI DOS PARTIDOS POLÍTICOS (Lei nº 9.096/1995). 
 
1. Disposições preliminares. 
 
 
CONCEITO de Partidos Políticos. 
Segundo José Jairo, o “partido político é a entidade formada pela 
livre associação de pessoas, cujas finalidades são assegurar, no interesse do 
regime democrático, a autenticidade do sistema representativo, e defender os 
direitos humanos fundamentais”. 
Ademais, os Partidos são grupos sociais (grupos de pessoas) 
com idêntica ideologia política que procuram agregar eleitores para 
conquistarem legitimamente o poder político e a realização de determinado 
programa. 
A Lei nº 9.096/95 (Lei dos Partidos Políticos), no art. 1º, apresenta 
da definição legal de Partido. In verbis: 
Art. 1º O partido político, pessoa jurídica de direito privado, 
destina-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a 
autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos 
fundamentais definidos na Constituição Federal. 
 
Normas sobre Partidos Políticos. 
A CF-88, no art. 17 e art. 14, §3º, V, regula, no âmbito 
constitucional, a matéria dos Partidos Políticos. 
Na esfera infraconstitucional, a Lei nº 9.096/95 dispõe sobre 
Partidos Políticos, regulamentando referidos dispositivos constitucionais. 
Mencionadas normas da CF-88 serão tratadas no decorrer do próprio estudo da 
Lei nº 9.096/95. 
 
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) 
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 5 
PROF: RICARDO GOMES 
 
 
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Princípio da Liberdade. 
Tanto a CF-88 quanto a Lei dos Partidos Políticos prelecionam que 
a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos é LIVRE em todo o 
país, observando-se as condições estabelecidas na CF e na Lei. 
Destaco que esta liberdade de criação, fusão, incorporação e 
extinção de partidos políticos, deve respeitar alguns limites, qual sejam: 
resguardar: 
1. a soberania nacional, 
2. o regime democrático, 
3. o pluripartidarismo, 
4. os direitos fundamentais da pessoa humana 
Além disso, devem observar os seguintes preceitos: 
1. caráter nacional dos partidos políticos; 
2. proibição de recebimento de recursos financeiros de 
entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação 
a estes; 
3. prestação de contas à Justiça Eleitoral; 
4. funcionamento parlamentar de acordo com a lei. 
 
CF-88 
Art. 17. É LIVRE a criação, fusão, incorporação e extinção de 
partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o 
regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos 
fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes 
preceitos: 
I - caráter nacional; 
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de 
entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a 
estes; 
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) 
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA 
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III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; 
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. 
Lei nº 9.096/95 
Art. 2º É LIVRE a criação, fusão, incorporação e extinção de 
partidos políticos cujos programas respeitem a soberania 
nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os 
direitos fundamentais da pessoa humana. 
 
NATUREZA JURÍDICA dos Partidos Políticos. 
O partido político apresenta natureza jurídica de PESSOA 
JURIDICA DE DIREITO PRIVADO, conforme preceitua o referido art. 1º da 
Lei dos Partidos Políticos. A CF-88 também fez menção à personalidade jurídica 
dos Partidos Políticos, remetendo-se à normatização pela “lei civil”, pelo Código 
Civil. 
Por sua vez, o Código Civil de 2002, no art. 44, V (alterado pela Lei 
nº 10.825/03), define expressamente os Partidos Políticos como Pessoas 
Jurídicas de Direito Privado. Vejamos todos os dispositivos: 
Lei nº 9.096/95 
Art. 1º O partido político, PESSOA JURÍDICA DE DIREITO 
PRIVADO, destina-se a assegurar, no interesse do regime 
democrático, a autenticidade do sistema representativo e a 
defender os direitos fundamentais definidos na Constituição 
Federal. 
CF-88 
Art. 17 
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade 
jurídica, na forma da LEI CIVIL, registrarão seus estatutos 
no Tribunal Superior Eleitoral. 
Código Civil 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
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I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de 
22.12.2003) 
V - os PARTIDOS POLÍTICOS. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 
22.12.2003) 
 
Autonomia Partidária. 
Os partidos são AUTÔNOMOS para definirem suas estruturas 
internas, organização e funcionamento. 
Lei nº 9.096/95 
Art. 3º É assegurada, ao partido político, AUTONOMIA para 
definir sua estrutura interna, organização e funcionamento. 
Ademais, a CF-88 assegura autonomia para aos partidos para 
adotarem os critérios de escolha e o regime de suas coligações 
eleitorais, SEM OBRIGATORIEDADE DE VINCULAÇÃO entre as 
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, 
devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade 
partidária. 
Esta regra foi determinada pela Emenda Constitucional nº 52/2006, 
que pôs fim à antiga regra da verticalização para as coligações políticas, que 
obrigava os partidos a seguirem nos Estados as mesmas alianças acordadas 
em nível federal. 
Art. 17 
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir 
sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar 
os critérios de escolha e o regime de suas coligações 
eleitorais, SEM OBRIGATORIEDADE DE VINCULAÇÃO entre as 
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou 
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municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de 
disciplina e fidelidade partidária. 
A Lei dos Partidos Políticos, na partealterada pela Lei nº 
12.891/2013, de 11/12/2013, prevê que os candidatos, partidos políticos e 
coligações possuem autonomia para definir o cronograma das atividades 
eleitorais de campanha e para executá-lo em qualquer dia e horário, 
observados os limites estabelecidos em lei. 
Dessa forma, em outras palavras, a Lei estende a autonomia 
partidária, autorizando os candidatos, partidos e coligações a definirem e 
executarem, de forma independente, cronograma de atividades de campanha 
eleitoral. 
Lei nº 9.096/95 
Art. 3 
Parágrafo único. É assegurada aos candidatos, partidos políticos e 
coligações autonomia para definir o cronograma das atividades 
eleitorais de campanha e executá-lo em qualquer dia e horário, 
observados os limites estabelecidos em lei. (Incluído pela Lei nº 
12.891, de 2013) 
 
 
Igualdade de direitos entre filiados. 
O Princípio da Igualdade determina que os filiados de um 
partido político têm iguais direitos e deveres. 
Art. 4º Os filiados de um partido político têm iguais direitos e 
deveres. 
Lembro que, como já estudamos, a filiação partidária é uma das 
condições de elegibilidade (condições para ser eleito), conforme o art. 14, §3º, 
da CF: 
Art. 14. 
§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
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V - a filiação partidária; 
 
Caráter nacional. 
A ação do partido tem caráter nacional e é exercida de acordo 
com seu estatuto e programa, sem subordinação a entidades ou governos 
estrangeiros. 
Nessa linha, é vedado ao partido político ministrar instrução 
militar ou paramilitar, utilizar-se de organização da mesma natureza e 
adotar uniforme para seus membros. 
CF-88 
Art. 17. É LIVRE a criação, fusão, incorporação e extinção de 
partidos políticos, (...) e observados os seguintes preceitos: 
I - caráter nacional; 
§ 4º - É vedada a utilização pelos partidos políticos de 
organização paramilitar. 
Lei nº 9.096/95 
Art. 5º A ação do partido tem caráter nacional e é exercida de 
acordo com seu estatuto e programa, sem subordinação a 
entidades ou governos estrangeiros. 
Art. 6º É vedado ao partido político ministrar instrução 
militar ou paramilitar, utilizar-se de organização da mesma 
natureza e adotar uniforme para seus membros. 
 
Registro dos Partidos. 
Como relatamos linhas atrás, após os Partidos adquirirem 
personalidade jurídica na forma do Código Civil (Pessoa Jurídica de Direito 
Privado), deverão REGISTRAR seus ESTATUTOS no Tribunal Superior 
Eleitoral (TSE). 
O que irão registrar? 
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Seus ESTATUTOS! 
Onde registrarão os Estatutos? 
No TSE! Mas porque no TSE? Os Partidos só ostentam oficialmente 
o caráter nacional (não apenas regional) após o registro na Suprema Corte 
Eleitoral, adquirindo, por consequência, as prerrogativas constitucionais e 
legais de agremiação partidária. 
CF-88 
Art. 17 
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade 
jurídica, na forma da LEI CIVIL, registrarão seus estatutos 
no Tribunal Superior Eleitoral. 
Lei nº 9.096/95 
Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na 
forma da lei civil, registra seu estatuto no Tribunal Superior 
Eleitoral. 
Contudo, para que seja admitido o registro do estatuto de partido 
político no TSE, é preciso que este comprove seu CARÁTER NACIONAL no 
plano fático por meio do apoiamento mínimo de eleitores. 
O APOIAMENTO MÍNIMO de eleitores corresponde aos seguintes 
números: 
1. pelo menos, 0,5% (meio por cento) dos votos dados na 
última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não 
computados os votos em branco e os nulos, 
2. distribuídos por 1/3 (um terço), ou mais, dos Estados, 
3. com um mínimo de 1/10% (um décimo por cento) do 
eleitorado que haja votado em cada um deles. 
Art. 7 
§ 1º Só é admitido o registro do estatuto de partido político que 
tenha caráter nacional, considerando-se como tal aquele que 
comprove o apoiamento de eleitores correspondente a, pelo 
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menos (mínimo), 0,5% meio por cento dos votos dados na 
última eleição geral para a Câmara dos Deputados, não 
computados os votos em branco e os nulos, distribuídos por 1/3 
um terço, ou mais, dos Estados, com um mínimo de 1/10% 
um décimo por cento do eleitorado que haja votado em cada 
um deles. 
Dessa forma, para comprovar que o partido tem apoio de eleitores 
(mínimo exigido por lei) é preciso que apresente as assinaturas com o 
respectivo título eleitoral de cada eleitor apoiador. 
Assim, se um Partido registrado como pessoa jurídica de direito 
privado quiser registrar seus estatutos no TSE, deverá comprovar o seu 
apoiamento mínimo de 0,5% dos votos da última eleição da Câmara (dá mais 
de 400 Mil votos!); distribuição de pelo menos 1/3 dos Estados e mínimo de 
1/10% (0,1%) do eleitorado de cada Estado. 
Em outubro de 2013, o TSE negou o pedido de registro do estatuto 
e do órgão de direção nacional da Rede Sustentabilidade, conduzido pela 
ex-senadora e ex-candidata à Presidência da República MARINA SILVA. Na 
ocasião, o partido obteve o apoio de 442.524 eleitores com assinaturas 
certificadas pelos cartórios eleitorais, não atingindo o número mínimo de 
491.949 assinaturas exigidas pela legislação eleitoral para a criação de novo 
partido. 
O partido conseguiu demonstrar o apoio em 15 Estados, mas não 
conseguiu alcançar o 0,5% do eleitorado correspondente aos votos da última 
eleição da Câmara. Com isso, não alcançou o apoiamento mínimo que 
ensejaria em seu caráter nacional. 
 
A CF-88 assegura aos Partidos os direitos aos recursos ao fundo 
partidário e de acesso gratuito ao RÁDIO e TV. No entanto, somente o 
partido que tenha registrado seu estatuto no TSE poderá: 
 participar do processo eleitoral, 
 receber recursos do Fundo Partidário e 
 ter acesso gratuito ao RÁDIO e TV. 
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CF-88 
Art. 17 
§ 3º - Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo 
partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma 
da lei. 
Lei nº 9.096/95 
Art. 7 
§ 2º Só o partido que tenha registrado seu estatuto no 
Tribunal Superior Eleitoral pode participar do processo 
eleitoral, receber recursos do Fundo Partidário e ter acesso 
gratuito ao rádio e à televisão, nos termos fixados nesta Lei. 
Por fim, também somente com o registro do estatuto no TSE é 
que estará assegurada a EXCLUSIVIDADE da denominação do partido, 
sigla e símbolos, sendo vedada a utilização de variação destes por outros 
partidos que possam confundir o eleitor, induzindo-o a erro ou confusão. 
Art. 7 
§ 3º Somente o registro do estatuto do partido noTribunal 
Superior Eleitoral assegura a exclusividade da sua 
denominação, sigla e símbolos, vedada a utilização, por outros 
partidos, de variações que venham a induzir a erro ou confusão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. Da criação e do registro dos partidos políticos. 
 
Procedimento de registro e criação dos Partidos. 
É preciso que, primeiro, o Partido adquira PERSONALIDADE 
JURÍDICA, nos termos do Código Civil (Pessoa Jurídica de Direito Privado), 
para que, depois, possa registrar seus estatutos no TSE. 
Com efeito, o Partido apenas adquire personalidade jurídica 
mediante o seu registro em Cartório competente do Registro Civil das 
Pessoas Jurídicas, da Capital Federal (Brasília). 
O requerimento de registro deve ser subscrito pelos fundadores 
do Partido, em número não inferior a 101 (pelo menos 101 fundadores), 
com domicílio eleitoral em, no mínimo, 1/3 dos ESTADOS (caráter 
nacional), acompanhado dos seguintes documentos: 
1. cópia autêntica da ata da reunião de fundação do 
partido; 
2. exemplares do Diário Oficial que publicou, no seu inteiro teor, 
o programa e o estatuto; 
3. relação de todos os fundadores com o nome completo, 
naturalidade, número do título eleitoral com a Zona, Seção, 
Município e Estado, profissão e endereço da residência. 
Este requerimento deve indicar o nome e função dos dirigentes 
provisórios e o endereço da sede do partido na Capital Federal (Brasília). 
Cumpridas todas essas exigências, o Oficial do Registro Civil 
efetua o registro do Partido como Pessoa Jurídica de Direito Privado no livro 
correspondente, expedindo CERTIDÃO de inteiro teor. 
Tornando-se pessoa jurídica, o partido deve promover a obtenção 
do apoiamento mínimo de eleitores para ostentar o seu caráter nacional e 
deve realizar os atos necessários para a constituição definitiva de seus órgãos 
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e designação dos dirigentes, na forma do seu estatuto. 
Com o registro no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas 
da Capital Federal e sendo promovido o apoiamento mínimo de eleitores, o 
Partido poderá finalmente requerer o registro de seus estatutos no TSE. 
Resumo: 
1. Registro no Cartório Civil como Pessoa Jurídica de Direito Privado  
2. Obtenção do Apoiamento Mínimo  
3. Constituição definitiva dos órgãos e designação dos dirigentes  
4. Registros dos Estatutos no TSE. 
Art. 8º O requerimento do registro de partido político, dirigido ao 
cartório competente do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, da 
Capital Federal, deve ser subscrito pelos seus fundadores, em 
número nunca inferior a 101 (cento e um), com domicílio 
eleitoral em, no mínimo, 1/3 (um terço) dos Estados, e será 
acompanhado de: 
I - cópia autêntica da ata da reunião de fundação do partido; 
II - exemplares do Diário Oficial que publicou, no seu inteiro teor, o 
programa e o estatuto; 
III - relação de todos os fundadores com o nome completo, 
naturalidade, número do título eleitoral com a Zona, Seção, 
Município e Estado, profissão e endereço da residência. 
§ 1º O requerimento indicará o nome e função dos dirigentes 
provisórios e o endereço da sede do partido na Capital Federal. 
§ 2º Satisfeitas as exigências deste artigo, o Oficial do Registro 
Civil efetua o registro no livro correspondente, expedindo 
certidão de inteiro teor. 
§ 3º Adquirida a personalidade jurídica na forma deste artigo, 
o partido promove a obtenção do apoiamento mínimo de 
eleitores a que se refere o § 1º do art. 7º e realiza os atos 
necessários para a constituição definitiva de seus órgãos e 
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designação dos dirigentes, na forma do seu estatuto. 
Art. 9º Feita a constituição e designação, referidas no § 3º do 
artigo anterior, os dirigentes nacionais promoverão o registro do 
estatuto do partido junto ao Tribunal Superior Eleitoral, 
através de requerimento acompanhado de: (...) 
 
Registro no TSE. 
O registro do Estatuto no TSE é realizado por meio de outro 
requerimento, acompanhado da seguinte documentação: 
a. exemplar autenticado do inteiro teor do programa e 
do estatuto partidários, inscritos no Registro Civil; 
b. certidão do registro civil da pessoa jurídica 
(expedida pelo Oficial do Cartório); 
c. certidões dos cartórios eleitorais que comprovem 
ter o partido obtido o apoiamento mínimo de eleitores. 
A prova desse apoiamento mínimo é feita por meio das assinaturas 
dos eleitores, com menção ao número do título eleitoral, em listas organizadas 
por cada Zona. A certidão citada é emitida pelo Escrivão eleitoral, que após 
consultar no cadastro eleitoral a situação de cada um dos eleitores constantes 
da relação apresentada pelo partido, atestará a veracidade das assinaturas, 
lavrando a certidão. 
O escrivão dará imediato recibo de cada lista que lhe for 
apresentada e, no prazo de 15 DIAS, lavrará o seu atestado (Certidão), 
devolvendo-a ao interessado. 
Após o protocolo do registro do Partido, o processo será distribuído 
a um Relator no prazo de 48 HORAS. Deve ser ouvida a Procuradoria-
Geral Eleitoral no prazo de 10 DIAS. 
Caso não seja necessária a realização de diligências para sanar 
eventuais falhas no processo ou tendo sido estas sanadas, o registro do 
estatuto do Partido no TSE deverá ser efetuado no prazo máximo de 30 
DIAS! 
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Outras alterações posteriores no estatuto ou no programa do 
partido deverão ser registradas tanto no Cartório do Registro Civil quanto 
no TSE! 
O Partido também deve comunicar à Justiça Eleitoral a constituição 
de seus órgãos de direção e os nomes dos integrantes e as posteriores 
alterações, nos seguintes termos: 
1. no Tribunal Superior Eleitoral, dos integrantes dos órgãos 
de âmbito nacional; 
2. nos Tribunais Regionais Eleitorais, dos integrantes dos 
órgãos de âmbito estadual, municipal ou zonal. 
Art. 9 
§ 1º A prova do apoiamento mínimo de eleitores é feita por 
meio de suas assinaturas, com menção ao número do respectivo 
título eleitoral, em listas organizadas para cada Zona, sendo a 
veracidade das respectivas assinaturas e o número dos títulos 
atestados pelo Escrivão Eleitoral. 
§ 2º O Escrivão Eleitoral dá imediato recibo de cada lista que lhe 
for apresentada e, no prazo de 15 (quinze) dias, lavra o seu 
atestado, devolvendo-a ao interessado. 
§ 3º Protocolado o pedido de registro no Tribunal Superior 
Eleitoral, o processo respectivo, no prazo de 48 (quarenta e oito) 
horas, é distribuído a um Relator, que, ouvida a Procuradoria-
Geral, em 10 (dez) dias, determina, em igual prazo, diligências 
para sanar eventuais falhas do processo. 
§ 4ºSe não houver diligências a determinar, ou após o seu 
atendimento, o Tribunal Superior Eleitoral registra o estatuto 
do partido, no prazo de 30 (trinta) dias. 
Art. 10. As alterações programáticas ou estatutárias, após 
registradas no Ofício Civil competente, devem ser encaminhadas, 
para o mesmo fim, ao Tribunal Superior Eleitoral. 
Parágrafo único. O Partido comunica à Justiça Eleitoral a 
constituição de seus órgãos de direção e os nomes dos respectivos 
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integrantes, bem como as alterações que forem promovidas, para 
anotação: (Incluído pela Lei nº 9.259, de 1996) 
I - no Tribunal Superior Eleitoral, dos integrantes dos órgãos de 
âmbito nacional; (Incluído pela Lei nº 9.259, de 1996) 
II - nos Tribunais Regionais Eleitorais, dos integrantes dos órgãos 
de âmbito estadual, municipal ou zonal. (Incluído pela Lei nº 
9.259, de 1996) 
 
Credenciamento de Delegados. 
Após o registro do Partido no TSE, poderão ser registrados 
Delegados perante as 3 (três) esferas jurisdicionais eleitorais: 
 no Juiz Eleitoral; 
 no TRE; 
 no TSE. 
Os Delegados credenciados pelos diversos órgãos representam o 
partido perante Tribunais ou Juízes Eleitorais respectivos. Em detalhes, assim é 
selecionada a representação destes delegados: 
 Delegados credenciados pelo órgão de direção nacional 
representam o partido perante quaisquer Tribunais (TSE e 
TREs) ou Juízes Eleitorais; 
 Delegados credenciados pelos órgãos estaduais, somente 
perante o TRE e os Juízes Eleitorais do respectivo Estado, 
do DF ou Território; 
 Delegados credenciados pelo órgão municipal, perante o 
Juiz Eleitoral da respectiva jurisdição. 
Art. 11. O partido com registro no Tribunal Superior Eleitoral pode 
credenciar, respectivamente: 
I - delegados perante o Juiz Eleitoral; 
II - delegados perante o Tribunal Regional Eleitoral; 
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III - delegados perante o Tribunal Superior Eleitoral. 
Parágrafo único. Os delegados credenciados pelo órgão de direção 
nacional representam o partido perante quaisquer Tribunais ou 
Juízes Eleitorais; os credenciados pelos órgãos estaduais, somente 
perante o Tribunal Regional Eleitoral e os Juízes Eleitorais do 
respectivo Estado, do Distrito Federal ou Território Federal; e os 
credenciados pelo órgão municipal, perante o Juiz Eleitoral da 
respectiva jurisdição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. Da filiação partidária. 
 
Condições para a filiação partidária. 
Os partidos políticos são acessíveis a todos os cidadãos, sem 
quaisquer distinções. Contudo, a Lei dos Partidos Políticos impõe 2 condições 
básicas para que o eleitor possa filiar-se a determinado partido: 
1. estar em gozo de seus direitos políticos; 
2. atender às regras estatutárias do Partido que deseja filiar-se. 
Esta última condição decorre da autonomia partidária, que permite 
aos partidos estabelecerem, entre outros, sua organização interna e regras 
sobre filiação partidária. 
Art. 16. Só pode filiar-se a partido o eleitor que estiver no 
pleno gozo de seus direitos políticos. 
Art. 17. Considera-se deferida, para todos os efeitos, a filiação 
partidária, com o atendimento das regras estatutárias do 
partido. 
Parágrafo único. Deferida a filiação do eleitor, será entregue 
comprovante ao interessado, no modelo adotado pelo partido. 
 A Resolução TSE nº 23.117 ressalva a possibilidade de filiação do 
eleitoral considerado inelegível. Este poderá filiar-se, mas não poderá 
concorrer a mandato eletivo enquanto perdurar a inelegibilidade. 
Art. 1º Somente poderá filiar-se a partido o eleitor que estiver no 
pleno gozo de seus direitos políticos (Lei nº 9.096/95, art. 16), 
ressalvada a possibilidade de filiação do eleitor considerado 
inelegível (Ac.-TSE nos 12.371, de 27 de agosto de 1992, 23.351, 
de 23 de setembro de 2004 e 22.014, de 18 de outubro de 2004). 
 
Relação dos filiados para a Justiça Eleitoral. 
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Na 2ª (segunda) semana dos meses de ABRIL e OUTUBRO (2 
vezes no ano) de cada ano, o partido, por seus órgãos de direção municipais, 
regionais ou nacional, deverá remeter, aos JUÍZES ELEITORAIS, para 
arquivamento, publicação e cumprimento dos prazos de filiação partidária para 
efeito de candidatura a cargos eletivos, a RELAÇÃO de todos os seus 
filiados, da qual constará a data de filiação, o número dos títulos eleitorais e 
das seções em que estão inscritos. 
Sobre o tema, o TSE exarou a Súmula 20: 
Súmula 20 – TSE: A falta do nome do filiado ao partido na 
lista por este encaminhada à Justiça Eleitoral, nos termos do art. 
19 da Lei 9.096, de 19.9.95, pode ser suprida por outros 
elementos de prova de oportuna filiação. 
Os órgãos de direção nacional dos partidos têm acesso às 
informações dos filiados constantes do cadastro eleitoral. Este cadastro 
nacional de eleitores é um banco de dados quase indevassável. Com esta 
permissão, os órgãos nacionais dos partidos não terão mais obstáculos para 
acessarem as informações dos seus filiados constantes do cadastro de 
eleitores. 
Art. 19 
§ 1º Se a relação não é remetida nos prazos mencionados neste 
artigo, permanece inalterada a filiação de todos os eleitores, 
constante da relação remetida anteriormente. 
§ 2º Os prejudicados por desídia ou má-fé poderão requerer, 
diretamente à Justiça Eleitoral, a observância do que prescreve o 
caput deste artigo. 
§ 3o Os órgãos de direção nacional dos partidos políticos terão 
pleno acesso às informações de seus filiados constantes do 
cadastro eleitoral. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) 
 
Prazos mínimos de filiação partidária para concorrer a cargo 
eletivo. 
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Para concorrer em uma determinada eleição, o eleitor deverá estar 
filiado no seu partido com pelo menos 1 ANO antes da data das 
ELEIÇÕES (majoritárias ou proporcionais). Se não fosse essa regra, muitos 
eleitores filiavam-se aos partidos faltando poucos dias antes das eleições para 
candidatarem-se, sem demonstrar qualquer histórico de luta política. 
Art. 18. Para concorrer a cargo eletivo, o eleitor deverá estar 
filiado ao respectivo partido pelo menos 1 (um) ANO antes 
da data fixada para as eleições, majoritárias ou proporcionais. 
Todavia, a Lei permite aos partidos, à luz da autonomia partidária, 
instituir em seusestatutos PRAZOS DE FILIAÇÃO PARTIDÁRIA SUPERIORES 
a 1 ANO para eventuais candidaturas a cargos eletivos! Ressalva a Lei que 
estes prazos não podem ser alterados pelos partidos no ano da eleição. 
Art. 20. É facultado ao partido político estabelecer, em seu 
estatuto, prazos de filiação partidária SUPERIORES aos 
previstos nesta Lei, com vistas a candidatura a cargos eletivos. 
Parágrafo único. Os prazos de filiação partidária, fixados no 
estatuto do partido, com vistas a candidatura a cargos eletivos, 
não podem ser alterados no ano da eleição. 
 
Desligamento do eleitor do Partido. 
O desligamento do vínculo de eleitor com o Partido depende de 
comunicação escrita daquele ao órgão de direção municipal do partido e 
ao Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito. 
Comunicação conjunta: órgão de direção municipal + Juiz Eleitoral 
Considera-se automaticamente extinto o vínculo do eleitor com o 
partido tão logo decorram 2 DIAS da data da entrega da comunicação. 
Apenas para conhecimento, informo que a Resolução nº 
23.117/2009 estabelece os procedimentos do desligamento dos partidos. 
Art. 21. Para desligar-se do partido, o filiado faz comunicação 
escrita ao órgão de direção municipal e ao Juiz Eleitoral da 
Zona em que for inscrito. 
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Parágrafo único. Decorridos dois dias da data da entrega da 
comunicação, o vínculo torna-se extinto, para todos os efeitos. 
 
Cancelamento imediato da filiação partidária. 
Serão imediatamente canceladas as filiações partidárias nos 
seguintes casos ocorridos com os eleitores: 
1. morte; 
2. perda dos direitos políticos; 
3. expulsão; 
4. outras formas previstas no estatuto, com comunicação 
obrigatória ao atingido no prazo de 48 (quarenta e oito) 
horas da decisão. 
5. filiação a outro partido, desde que a pessoa comunique o fato 
ao juiz da respectiva Zona Eleitoral. (este foi uma 
hipótese prevista na Lei nº 12.891/2013) 
Por lei, o eleitor está obrigado a comunicar da filiação a outro 
partido ao partido que ainda está filiado e ao Juiz Eleitoral de sua Zona. 
Antigamente, caso fosse constatada dupla filiação, ambas eram consideradas 
NULAS! Contudo, com a Lei nº 12.891/2013, caso existam 2 ou mais filiações, 
prevalecerá a mais recente, devendo a Justiça Eleitoral determinar o 
cancelamento das demais. Assim, só haverá o cancelamento das filiações mais 
antigas, prevalecendo sempre a última filiação. 
Portanto, caso a prova diga que ambas serão declaradas nulas, 
estará errado! 
Art. 22. 
Parágrafo único. Havendo coexistência de filiações partidárias, 
prevalecerá a mais recente, devendo a Justiça Eleitoral 
determinar o cancelamento das demais. (Redação dada pela 
Lei nº 12.891, de 2013) 
 
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4. Do sistema eletrônico de votação e da totalização dos 
votos. 
O sistema regular e geral de votação e de 
totalização/contabilização dos votos é por meio eletrônico. No entanto, existe 
ainda o sistema de votação manual, por cédulas, que é aplicado em caráter 
excepcional quando em determinadas situações for inviável tecnicamente dar 
início ou prosseguir com a votação eletrônica. 
A votação será feita na URNA ELETRÔNICA no CANDIDATO 
(com seu número) ou na LEGENDA PARTIDÁRIA (com o número apenas do 
partido). Quando o eleitor digita o nº do candidato, a sua fotografia aparecerá 
com o nome do partido e o cargo em disputa, grafado no masculino ou 
feminino. 
Art. 59. A votação e a totalização dos votos serão feitas por 
sistema eletrônico, podendo o Tribunal Superior Eleitoral 
autorizar, em caráter excepcional, a aplicação das regras fixadas 
nos arts. 83 a 89. 
§ 1º A votação eletrônica será feita no número do candidato ou 
da legenda partidária, devendo o nome e fotografia do candidato 
e o nome do partido ou a legenda partidária aparecer no painel da 
urna eletrônica, com a expressão designadora do cargo disputado 
no masculino ou feminino, conforme o caso. 
Como já comentamos em aula anterior, nas eleições proporcionais 
serão computados para a LEGENDA PARTIDÁRIA os votos em que não seja 
possível a identificação do candidato, desde que o nº do partido seja digitado 
corretamente. Ex: eleitor quer votar em JOÃO para Deputado Federal do PMM 
(nº 20.123), no entanto, no ato de votação, digita o nº 20.321; como foi 
digitado corretamente o nº da legenda partidária (20), este voto não será 
contado para JOÃO, mas será contado para o PMM. 
 Art. 59 
§ 2º Na votação para as eleições proporcionais, serão 
computados para a legenda partidária os votos em que não 
seja possível a identificação do candidato, desde que o número 
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identificador do partido seja digitado de forma correta. 
Quando as eleições proporcionais e majoritárias realizarem-se 
simultaneamente, a votação em urna eletrônica será feita em 1º lugar para as 
eleições proporcionais e em 2º lugar para as eleições majoritárias. 
A Urna é um computador como qualquer outro. Dentre as suas 
finalidades, está a de permitir o registro digital de cada voto (contabilizar e 
não perder os votos nela inseridos) e o registro identificador da urna. O 
anonimato do eleitor é plenamente resguardado. 
Art. 59 
§ 3º A urna eletrônica exibirá para o eleitor os painéis na seguinte 
ordem: (Redação dada pela Lei nº 12.976, de 2014) 
I - para as eleições de que trata o inciso I do parágrafo único do art. 1º, 
Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Senador, 
Governador e Vice-Governador de Estado ou do Distrito Federal, 
Presidente e Vice-Presidente da República; (Incluído pela Lei nº 
12.976, de 2014) 
II - para as eleições de que trata o inciso II do parágrafo único do art. 1º, 
Vereador, Prefeito e Vice-Prefeito. (Incluído pela Lei nº 12.976, de 
2014) 
§ 4o A urna eletrônica disporá de recursos que, mediante 
assinatura digital, permitam o registro digital de cada voto e a 
identificação da urna em que foi registrado, resguardado o 
anonimato do eleitor. (Redação dada pela Lei nº 10.740, de 1º.10.2003) 
§ 5o Caberá à Justiça Eleitoral definir a chave de segurança e 
a identificação da urna eletrônica de que trata o § 4o. (Redação 
dada pela Lei nº 10.740, de 1º.10.2003) 
§ 6o Ao final da eleição, a urna eletrônica procederá à 
assinatura digital do arquivo de votos, com aplicação do 
registro de horário e do arquivo do boletim de urna, de maneira a 
impedir a substituição de votos e a alteração dos registros 
dos termos de início e término da votação. (Redação dada pela Lei 
nº 10.740, de 1º.10.2003) 
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§ 7o O Tribunal Superior Eleitoral colocaráà disposição dos 
eleitores urnas eletrônicas destinadas a treinamento. (Redação 
dada pela Lei nº 10.740, de 1º.10.2003) 
Art. 60. No sistema eletrônico de votação considerar-se-á voto de 
legenda quando o eleitor assinalar o número do partido no 
momento de votar para determinado cargo e somente para 
este será computado. 
Art 61. A urna eletrônica contabilizará cada voto, 
assegurando-lhe o sigilo e inviolabilidade, garantida aos partidos 
políticos, coligações e candidatos ampla fiscalização. 
 
Eleitores autorizados a votar na seção eleitoral. 
Nas seções eleitorais em que houver votação em urna eletrônica 
somente poderão votar os eleitores cujos nomes estiverem nas respectivas 
folhas de votação. As falhas da urna eletrônica são disciplinadas pelo TSE 
por meio de Resoluções específicas. 
Art. 62. Nas Seções em que for adotada a urna eletrônica, 
somente poderão votar eleitores cujos nomes estiverem nas 
respectivas folhas de votação, não se aplicando a ressalva a 
que se refere o art. 148, § 1º, da Lei nº 4.737, de 15 de julho de 
1965 - Código Eleitoral. 
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral disciplinará a 
hipótese de falha na urna eletrônica que prejudique o regular 
processo de votação. 
 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS COMENTADOS 
 
1: TRE - PI - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 02/08/2009. 
O partido político 
a) pode ter caráter estadual ou municipal, desde que exerça suas atividades de 
acordo com seu estatuto e seu programa. 
b) adquire personalidade jurídica com o registro de seu estatuto no Tribunal 
Superior Eleitoral. 
c) tem direito à exclusividade da sua denominação, sigla e símbolos, 
independentemente do registro no Tribunal Superior Eleitoral. 
d) tem autonomia para definir sua estrutura interna, mas a sua organização é 
regulamentada pela Justiça Eleitoral. 
e) é pessoa jurídica de direito privado e as pessoas a ele filiadas têm iguais 
direitos e deveres. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. Os partidos devem ter APENAS caráter NACIONAL! Tem os 
partidos órgãos não nacionais (estaduais e municipais), mas são todos com 
caráter NACIONAL! 
CF-88 
Art. 17. É LIVRE a criação, fusão, incorporação e extinção de 
partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o 
regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos 
fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes 
preceitos: 
I - caráter nacional; 
Lei nº 9.096/95 
Art. 5º A ação do partido tem caráter nacional e é exercida de 
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acordo com seu estatuto e programa, sem subordinação a 
entidades ou governos estrangeiros. 
Item B – errado. A aquisição da personalidade jurídica do Partido se dá 
mediante o seu registro em Cartório competente do Registro Civil das 
Pessoas Jurídicas, da Capital Federal (Brasília) e não no TSE. 
Art. 7º O partido político, após adquirir personalidade jurídica na 
forma da lei civil, registra seu estatuto no Tribunal Superior 
Eleitoral. 
Art. 8º O requerimento do registro de partido político, dirigido ao 
cartório competente do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, da 
Capital Federal, deve ser subscrito pelos seus fundadores, em 
número nunca inferior a cento e um, com domicílio eleitoral em, no 
mínimo, um terço dos Estados, e será acompanhado de: 
Resumo do procedimento de registro e criação dos Partidos: 
Registro no Cartório Civil como Pessoa Jurídica de Direito Privado  
Obtenção do Apoiamento Mínimo  
Constituição definitiva dos órgãos e designação dos dirigentes  
Registros dos Estatutos no TSE. 
Item C – errado. Somente com o registro do estatuto no TSE é que estará 
assegurada a EXCLUSIVIDADE da denominação do partido, sigla e 
símbolos, sendo vedada a utilização de variação destes por outros partidos 
que possam confundir o eleitor, induzindo-o a erro ou confusão. 
Art. 7 
§ 3º Somente o registro do estatuto do partido no Tribunal 
Superior Eleitoral assegura a exclusividade da sua 
denominação, sigla e símbolos, vedada a utilização, por outros 
partidos, de variações que venham a induzir a erro ou confusão. 
Item D – errado. Os partidos são AUTÔNOMOS para definirem suas 
estruturas internas, organização e funcionamento. 
Lei nº 9.096/95 
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Art. 3º É assegurada, ao partido político, AUTONOMIA para 
definir sua estrutura interna, organização e funcionamento. 
Item E – correto. 
Lei nº 9.096/95 
Art. 1º O partido político, PESSOA JURÍDICA DE DIREITO 
PRIVADO, (...) 
CF-88 
Art. 17 
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade 
jurídica, na forma da LEI CIVIL, registrarão seus estatutos 
no Tribunal Superior Eleitoral. 
Código Civil 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
V - os PARTIDOS POLÍTICOS. 
O Princípio da Igualdade determina que os filiados de um partido político 
têm iguais direitos e deveres. 
Art. 4º Os filiados de um partido político têm iguais direitos e 
deveres. 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA E 
 
2: TJ RR - Juiz Substituto [FCC] - 28/03/2008. 
Os partidos políticos 
a) adquirem personalidade jurídica com o registro do estatuto no Tribunal 
Superior Eleitoral. 
b) têm ação de caráter regional. 
c) podem adotar uniforme para seus membros. 
d) são pessoas jurídicas de direito privado. 
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e) podem receber recursos do Fundo Partidário independentemente do registro 
de seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. Aquisição de personalidade se dá com o registro do Partido 
em Cartório competente do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, da 
Capital Federal (Brasília) e não no TSE. 
Item B – errado. Ação de caráter NACIONAL. 
Item C – errado. É vedado ao partido político ministrar instrução militar ou 
paramilitar, utilizar-se de organização da mesma natureza e adotar 
UNIFORME para seus membros. 
CF-88 
Art. 17. 
§ 4º - É vedada a utilização pelos partidos políticos de 
organização paramilitar. 
Lei nº 9.096/95 
Art. 6º É vedado ao partido político ministrar instrução 
militar ou paramilitar, utilizar-se de organização da mesma 
natureza e adotar uniforme para seus membros. 
Item D – correto. 
Lei nº 9.096/95 
Art. 1º O partido político, PESSOA JURÍDICA DE DIREITO 
PRIVADO, (...) 
Código Civil 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
V - os PARTIDOS POLÍTICOS. 
Item E – errado. A CF-88 assegura aos Partidos o direito aos recursos ao 
fundo partidário e de acesso gratuito ao RÁDIO e TV. No entanto, 
somente o partido que tenha registrado seu estatuto no TSE poderá:TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) 
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 participar do processo eleitoral, 
 receber recursos do Fundo Partidário e 
 ter acesso gratuito ao RÁDIO e TV. 
CF-88 
Art. 17 
§ 3º - Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo 
partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma 
da lei. 
Lei nº 9.096/95 
Art. 7 
§ 2º Só o partido que tenha registrado seu estatuto no 
Tribunal Superior Eleitoral pode participar do processo 
eleitoral, receber recursos do Fundo Partidário e ter acesso 
gratuito ao rádio e à televisão, nos termos fixados nesta Lei. 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA D 
 
3: TRE-SP - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 10/05/2006. 
Os partidos políticos 
a) podem receber recursos do Fundo Partidário, mesmo que não tenham 
registrado seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. 
b) são pessoas jurídicas de direito público, pois se destinam a assegurar os 
direitos fundamentais definidos na Constituição Federal. 
c) podem ser subordinados a entidades estrangeiras, desde que seus estatutos 
respeitem a soberania nacional. 
d) não podem ministrar instrução paramilitar, mas podem adotar uniformes 
para seus membros. 
e) têm autonomia para definir sua estrutura interna, organização e 
funcionamento, e seus estatutos devem ter caráter nacional. 
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COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. Conforme questão anterior. 
Item B – errado. Pessoas Jurídicas de Direito Privado. 
Item C – errado. Nunca poderá haver subordinação dos Partidos a entidades 
estrangeiras. 
CF-88 
Art. 17. É LIVRE a criação, fusão, incorporação e extinção de 
partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o 
regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos 
fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes 
preceitos: 
I - caráter nacional; 
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de 
entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a 
estes; 
Lei nº 9.096/95 
Art. 5º A ação do partido tem caráter nacional e é exercida de 
acordo com seu estatuto e programa, sem subordinação a 
entidades ou governos estrangeiros. 
Item D – errado. É vedado ao partido político ministrar instrução militar 
ou paramilitar, utilizar-se de organização da mesma natureza e adotar 
UNIFORME para seus membros. 
CF-88 
Art. 17. 
§ 4º - É vedada a utilização pelos partidos políticos de 
organização paramilitar. 
Lei nº 9.096/95 
Art. 6º É vedado ao partido político ministrar instrução 
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militar ou paramilitar, utilizar-se de organização da mesma 
natureza e adotar UNIFORME para seus membros. 
Item E – correto. 
Lei nº 9.096/95 
Art. 3º É assegurada, ao partido político, AUTONOMIA para definir 
sua estrutura interna, organização e funcionamento. 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA E 
 
4: TRE-AP - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] - 15/01/2006. 
Em relação aos partidos políticos, é correto afirmar que 
a) é livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos. 
b) podem ter caráter nacional e internacional, resguardado o regime 
democrático e o pluripartidarismo, e é vedada a fidelidade partidária. 
c) deverão registrar seus estatutos no Senado Federal. 
d) prestarão suas contas ao Congresso Nacional, que as aprovarão por maioria 
absoluta dos seus membros. 
e) poderão receber recursos financeiros de organização paramilitar e entidade 
ou governo estrangeiros desde que devidamente contabilizado. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – correto. Liberdade Partidária. A criação, fusão, incorporação e 
extinção de partidos é LIVRE em todo o país, observando-se as condições 
estabelecidas na CF e na Lei. 
CF-88 
Art. 17. É LIVRE a criação, fusão, incorporação e extinção de 
partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o 
regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos 
fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes 
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preceitos: 
Lei nº 9.096/95 
Art. 2º É LIVRE a criação, fusão, incorporação e extinção de 
partidos políticos cujos programas respeitem a soberania 
nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os 
direitos fundamentais da pessoa humana. 
Item B – errado. Caráter apenas nacional e permanece a fidelidade partidária – 
os partidos podem estabelecer normas específicas sobre a fidelidade partidária. 
Art. 17 
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir 
sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar 
os critérios de escolha e o regime de suas coligações 
eleitorais, SEM OBRIGATORIEDADE DE VINCULAÇÃO entre as 
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou 
municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de 
disciplina e fidelidade partidária. 
Item C – errado. Registro dos estatutos no TSE. 
Item D – errado. Prestação de contas à Justiça Eleitoral e não ao Congresso 
Nacional. 
Item E – errado. Os partidos NÃO PODEM receber, direta ou indiretamente, 
contribuição ou auxílio financeiro, inclusive por meio de publicidade de 
qualquer espécie oriundos de: entidade ou governo estrangeiros; 
Art. 31. É vedado ao partido receber, direta ou indiretamente, 
sob qualquer forma ou pretexto, contribuição ou auxílio 
pecuniário ou estimável em dinheiro, inclusive através de 
publicidade de qualquer espécie, procedente de: 
I - entidade ou governo estrangeiros; 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA A 
 
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5: TRE-MG - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 18/07/2005. 
Os partidos políticos 
a) podem adotar uniformes para seus membros, mas lhes é vedado ministrar 
instrução militar ou paramilitar. 
b) só adquirem personalidade jurídica após o registro de seus estatutos no 
Tribunal Regional Eleitoral competente. 
c) atuam de acordo com o seu estatuto e programa e podem ser subordinados 
a entidades estrangeiras. 
d) têm autonomia para definir sua estrutura interna, órgãos e funcionamento, 
e só podem ter caráter nacional. 
e) têm acesso gratuito ao rádio e à televisão, independentemente do registro 
de seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral, e podem receber recurso do 
fundo partidário. 
 
COMENTÁRIOS: 
Itens A, B, C e D já comentados. D é correto. 
Item E – errado. A CF-88 assegura aos Partidos o direito aos recursos ao 
fundo partidário e de acesso gratuito ao RÁDIO e TV. No entanto, 
somente o partido quetenha registrado seu estatuto no TSE poderá: 
 participar do processo eleitoral, 
 receber recursos do Fundo Partidário e 
 ter acesso gratuito ao RÁDIO e TV. 
Art. 7 
§ 2º Só o partido que tenha registrado seu estatuto no 
Tribunal Superior Eleitoral pode participar do processo 
eleitoral, receber recursos do Fundo Partidário e ter acesso 
gratuito ao rádio e à televisão, nos termos fixados nesta Lei. 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA D 
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6: TRE-RN - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 03/07/2005. 
Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei, 
deverão registrar seus estatutos junto ao 
a) Conselho Nacional Eleitoral. 
b) Colégio Eleitoral de sua circunscrição. 
c) Superior Tribunal de Justiça. 
d) Congresso Nacional. 
e) Tribunal Superior Eleitoral. 
 
COMENTÁRIOS: 
Com a aquisição da personalidade jurídica, o partido deve registrar seu 
estatuto no TSE. 
RESPOSTA CERTA: LETRA E 
 
7: TRE-PE - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 25/01/2004. 
Considere as afirmativas: 
I. Os Partidos Políticos podem ter caráter nacional, estadual ou municipal. 
II. A autonomia para definir sua organização e funcionamento possibilita aos 
Partidos Políticos a adoção de uniformes para seus membros. 
III. Os filiados de um Partido Político têm iguais direitos e deveres. 
Está correto APENAS o que se afirma em 
a) I. 
b) I e II. 
c) I e III. 
d) II e III. 
e) III. 
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COMENTÁRIOS: 
Itens I e II errados. Já comentados. 
Item III - correto. O Princípio da Igualdade determina que os filiados de um 
partido político têm iguais direitos e deveres. 
Art. 4º Os filiados de um partido político têm iguais direitos e 
deveres. 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA E 
 
8: TRE - AM – Judiciária [FCC] - 31/01/2010. 
A respeito da criação e do registro dos Partidos Políticos, considere: 
I. O partido político que já tenha adquirido personalidade jurídica através do 
registro no cartório competente do Registro Civil e das Pessoas Jurídicas da 
Capital Federal poderá participar do processo eleitoral, ter acesso gratuito ao 
rádio e à televisão, mas não receberá recursos do Fundo Partidário. 
II. Só é admitido o registro do estatuto de partido político que tenha caráter 
nacional. 
III. O registro do estatuto no Tribunal Superior Eleitoral assegura a 
exclusividade da sua denominação, sigla e símbolos. 
IV. O requerimento de registro de partido político, dirigido ao cartório 
competente do Registro Civil e das Pessoas Jurídicas, da Capital Federal, deve 
ser subscrito pelos seus fundadores, em número nunca inferior a cento e um, 
com domicílio eleitoral em, no mínimo, um terço dos Estados. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I, II e IV. 
b) I, II e III. 
c) I e IV. 
d) II e III. 
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e) II, III e IV. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item I – errado. O partido com registro no cartório civil e do seu estatuto no 
TSE PODERÁ RECEBER recursos do FUNDO PARTIDÁRIO. 
§ 2º Só o partido que tenha registrado seu estatuto no 
Tribunal Superior Eleitoral pode participar do processo 
eleitoral, receber recursos do Fundo Partidário e ter acesso 
gratuito ao rádio e à televisão, nos termos fixados nesta Lei. 
Item II – correto. Para que seja admitido o registro do estatuto de partido 
político, é preciso que este comprove seu CARÁTER NACIONAL por meio do 
apoiamento mínimo de eleitores. 
Art. 7 
§ 1º Só é admitido o registro do estatuto de partido político 
que tenha CARÁTER NACIONAL, considerando-se como tal 
aquele que comprove o apoiamento de eleitores correspondente 
a, pelo menos, meio por cento dos votos dados na última eleição 
geral para a Câmara dos Deputados, não computados os votos em 
branco e os nulos, distribuídos por um terço, ou mais, dos Estados, 
com um mínimo de um décimo por cento do eleitorado que haja 
votado em cada um deles. 
Item III – correto. 
Art. 7 
§ 3º Somente o registro do estatuto do partido no Tribunal 
Superior Eleitoral assegura a exclusividade da sua 
denominação, sigla e símbolos, vedada a utilização, por outros 
partidos, de variações que venham a induzir a erro ou confusão. 
Item IV – correto. O requerimento de registro deve ser subscrito pelos 
fundadores do Partido, em número não inferior a 101 (pelo menos 101 
fundadores e NÃO 100!!!), com domicílio eleitoral em, no mínimo, 1/3 dos 
ESTADOS (caráter nacional) e NÃO APENAS 5 ESTADOS. 
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Art. 8º O requerimento do registro de partido político, dirigido ao 
cartório competente do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, da 
Capital Federal, deve ser subscrito pelos seus fundadores, em 
número nunca inferior a cento e um, com domicílio eleitoral em, no 
mínimo, um terço dos Estados, e será acompanhado de: 
 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA E 
 
9: TRE - AM – Judiciária [FCC] - 31/01/2010. 
A respeito da filiação partidária é INCORRETO afirmar que 
a) considera-se deferida, para todos os efeitos, a filiação partidária, com o 
atendimento das regras estatutárias do partido. 
b) é facultado aos partidos políticos estabelecer, em seu estatuto, prazos de 
filiação partidária inferiores aos previstos em lei, com vistas a candidaturas a 
cargos eletivos. 
c) os prazos de filiação partidária, fixados no estatuto do partido, com vistas a 
candidatura a cargos eletivos, não podem ser alterados no ano da eleição. 
d) para desligar-se do partido, o filiado faz comunicação escrita ao órgão de 
direção municipal e ao Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito. 
e) quem se filia a outro partido deve fazer comunicação ao partido e ao Juiz de 
sua respectiva Zona Eleitoral, para cancelar sua filiação. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – correto. 
Art. 17. Considera-se deferida, para todos os efeitos, a filiação 
partidária, com o atendimento das regras estatutárias do partido. 
Item B – errado. A Lei permite aos partidos, à luz da autonomia partidária, 
instituir em seus estatutos PRAZOS DE FILIAÇÃO PARTIDÁRIA SUPERIORES 
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A 1 ANO para eventuais candidaturas a cargos eletivos! 
Art. 20. É facultado ao partido político estabelecer, em seu 
estatuto, prazos de filiação partidária superiores aos previstos 
nesta Lei, com vistas a candidatura a cargos eletivos. 
Item C – correto. Os prazos de filiaçãopartidária não podem ser alterados 
pelos partidos no ano da eleição. 
Art. 20. 
Parágrafo único. Os prazos de filiação partidária, fixados no 
estatuto do partido, com vistas a candidatura a cargos eletivos, 
não podem ser alterados no ano da eleição. 
Item D – correto. O desligamento do vínculo de eleitor com o Partido depende 
de comunicação escrita daquele ao órgão de direção municipal do 
partido e ao Juiz Eleitoral da Zona em que for inscrito. 
Art. 21. Para desligar-se do partido, o filiado faz comunicação 
escrita ao órgão de direção municipal e ao Juiz Eleitoral da Zona 
em que for inscrito. 
Item E – era correto. Anteriormente, o eleitor estava obrigado a comunicar da 
filiação a outro partido ao partido que ainda está filiado e ao Juiz Eleitoral de 
sua Zona, para que cancele sua filiação antiga, sob pena de ficar configurada 
no dia imediato à sua nova filiação a chamada DUPLA FILIAÇÃO, sendo 
consideradas ambas nulas. 
Contudo, com a Lei nº 12.891/2013, caso existam 2 ou mais filiações, 
prevalecerá a mais recente, devendo a Justiça Eleitoral determinar o 
cancelamento das demais. Assim, só haverá o cancelamento das filiações mais 
antigas, prevalecendo sempre a última filiação. 
Portanto, caso a prova diga que ambas serão declaradas nulas, 
estará errado! 
Art. 22. 
Parágrafo único. Havendo coexistência de filiações partidárias, 
prevalecerá a mais recente, devendo a Justiça Eleitoral 
determinar o cancelamento das demais. (Redação dada pela 
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Lei nº 12.891, de 2013) 
 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA B 
 
10: TRE - PI - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 02/08/2009. 
Tício filiou-se ao partido político Alpha. Posteriormente, filiou-se ao partido 
político Beta, sem comunicar ao partido Alpha nem ao Juiz de sua Zona 
Eleitoral. Nesse caso, 
a) as duas filiações serão consideradas nulas para todos os efeitos. 
b) somente a segunda filiação será considerada nula para todos os efeitos. 
c) somente a primeira filiação será considerada nula para todos os efeitos. 
d) o eleitor será chamado perante a Justiça Eleitoral para optar por um dos 
referidos partidos. 
e) caberá ao Juiz Eleitoral indicar, após ouvir o interessado, a que partido 
político passará a pertencer. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item E da questão anterior. 
RESPOSTA CERTA: LETRA A 
 
11: TRE-PB - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 15/04/2007. 
A respeito da filiação partidária, 
a) o estatuto do partido não pode prever outras formas de cancelamento da 
filiação partidária além dos casos previstos em lei. 
b) considera-se deferida, para todos os efeitos, a filiação partidária com o 
atendimento das regras estatutárias do partido. 
c) constatada a dupla filiação, será considerada nula a filiação partidária mais 
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antiga. 
d) para concorrer a cargo eletivo, o eleitor deverá estar filiado ao respectivo 
partido pelo menos há seis meses antes da data do pleito. 
e) o eleitor que não estiver no pleno gozo de seus direitos políticos pode filiar-
se a partido, mas não pode concorrer a cargo eletivo. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A – errado. 
Art. 22. O cancelamento imediato da filiação partidária verifica-se 
nos casos de: 
IV - outras formas previstas no estatuto, com comunicação 
obrigatória ao atingido no prazo de 48 (quarenta e oito) horas da 
decisão. 
Item B – correto. 
Art. 17. Considera-se deferida, para todos os efeitos, a filiação 
partidária, com o atendimento das regras estatutárias do partido. 
Item C – errado. Nulas todas as filiações. 
Item D – errado. Há pelo menos 1 ANO antes da data do pleito. 
Item E – errado. Não poderá filiar-se. 
Art. 16. Só pode filiar-se a partido o eleitor que estiver no pleno 
gozo de seus direitos políticos. 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA B 
 
12: TRE-PI - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 12/05/2002. 
Como o deputado foi expulso do partido, sua filiação 
a) pode ser mantida por decisão de ofício do Diretório Nacional. 
b) remanesce até que ele peça seu cancelamento. 
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c) é considerada imediatamente cancelada. 
d) remanesce até o fim do mandato ou até filiação a outro partido. 
e) fica suspensa até reexame necessário pelo Diretório Nacional. 
 
COMENTÁRIOS: 
Art. 22. O cancelamento IMEDIATO da filiação partidária 
verifica-se nos casos de: 
III - expulsão; 
 
RESPOSTA CERTA: LETRA C 
 
13: TRE - AM – Administrativa [FCC] - 31/01/2010. 
A respeito do sistema eletrônico de votação e totalização dos votos, considere: 
I. A urna eletrônica exibirá para o eleitor, primeiramente, os painéis referentes 
às eleições proporcionais e, sem seguida, os referentes às eleições 
majoritárias. 
II. A urna eletrônica disporá de recursos que, mediante assinatura digital, 
permitam o registro digital de cada voto, a identificação da urna em que foi 
registrado e o nome do eleitor. 
III. No sistema eletrônico de votação considerar-se-á voto de legenda quando 
o eleitor assinalar o número do partido no momento de votar para 
determinado cargo e somente para este será computado. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) II. 
b) I e II. 
c) I e III. 
d) II e III. 
e) III. 
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COMENTÁRIOS: 
Item I – correto. A antiga redação do dispositivo dizia exatamente isso 
Lei nº 9.504/97 
Art. 59 
§ 3º A urna eletrônica exibirá para o eleitor, primeiramente, os 
painéis referentes às eleições proporcionais e, em seguida, os 
referentes às eleições majoritárias. 
Contudo, o dispositivo sofreu alterações agora em 2014: 
 Art. 59 
§ 3º A urna eletrônica exibirá para o eleitor os painéis na seguinte 
ordem: (Redação dada pela Lei nº 12.976, de 2014) 
I - para as eleições de que trata o inciso I do parágrafo único do art. 1º, 
Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Senador, 
Governador e Vice-Governador de Estado ou do Distrito Federal, 
Presidente e Vice-Presidente da República; (Incluído pela Lei nº 
12.976, de 2014) 
II - para as eleições de que trata o inciso II do parágrafo único do art. 1º, 
Vereador, Prefeito e Vice-Prefeito. (Incluído pela Lei nº 12.976, de 
2014) 
Item II – errado. Jamais a identificação do eleitor! É totalmente resguardado o 
seu anonimato! 
Lei nº 9.504/97 
Art. 59 
§ 4o A urna eletrônica disporá de recursos que, mediante 
assinatura digital, permitam o registro digital de cada voto e a 
identificação da urna em que foi registrado, resguardado o 
anonimato do eleitor. 
Item III – correto. Nas eleições proporcionais serão computados para aTRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) 
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LEGENDA PARTIDÁRIA os votos em que não seja possível a identificação do 
candidato, desde que o nº do partido seja digitado corretamente. 
Lei nº 9.504/97 
Art. 59 
§ 2º Na votação para as eleições proporcionais, serão 
computados para a legenda partidária os votos em que não 
seja possível a identificação do candidato, desde que o número 
identificador do partido seja digitado de forma correta. 
 
RESPOSTA CERTA: C 
 
14: TRE - MG - Técnico Judiciário – Administrativa [CESPE] - 
15/03/2009. 
Acerca do sistema eletrônico de votação e totalização dos votos, assinale a 
opção correta. 
a) No painel da urna eletrônica deverão constar o nome e a fotografia do 
candidato, assim como o nome do partido, podendo esses nomes ser 
substituídos pelo número do registro de cada um. 
b) Compete ao TSE colocar à disposição dos eleitores urnas eletrônicas 
destinadas a treinamento. 
c) Cabe ao Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO), atuando em 
comum acordo com a justiça eleitoral, definir a chave de segurança e a 
identificação da urna eletrônica, bem como disciplinar a hipótese de falha na 
urna que prejudique o regular processo de votação. 
d) Além dos membros das mesas eleitorais e dos fiscais dos partidos, os 
candidatos poderão votar em qualquer seção, mesmo que se adote a urna 
eletrônica, observando-se, nesse caso, a necessidade de colher a assinatura 
em folha própria. 
e) Na votação para as eleições proporcionais, serão considerados nulos os 
votos em que não seja possível a identificação do candidato, mesmo que o 
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número identificador do partido seja digitado de forma correta. 
 
COMENTÁRIOS: 
Item A- errado. Na lei não há previsão de substituição dos nomes do candidato 
e do partido por número do registro de cada um. 
Lei nº 9.504/97 
Art. 59. 
§ 1º A votação eletrônica será feita no número do candidato ou 
da legenda partidária, devendo o nome e fotografia do candidato 
e o nome do partido ou a legenda partidária aparecer no painel da 
urna eletrônica, com a expressão designadora do cargo disputado 
no masculino ou feminino, conforme o caso. 
Item B- correto. 
Lei nº 9.504/97 
Art. 59 
§ 7o O Tribunal Superior Eleitoral colocará à disposição dos 
eleitores urnas eletrônicas destinadas a treinamento. 
Item C - errado. Questão para confundir o candidato. Nada de Serpro! 
Lei nº 9.504/97 
Art. 59 
§ 5o Caberá à Justiça Eleitoral definir a chave de segurança e 
a identificação da urna eletrônica de que trata o § 4o. (Redação 
dada pela Lei nº 10.740, de 1º.10.2003) 
Item D - errado. Com a Urna Eletrônica, não se pode votar mais fora de sua 
seção; somente poderão votar os eleitores cujos nomes estiverem nas 
respectivas folhas de votação. 
Lei nº 9.504/97 
Art. 62. Nas Seções em que for adotada a urna eletrônica, 
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somente poderão votar eleitores cujos nomes estiverem nas 
respectivas folhas de votação, não se aplicando a ressalva a 
que se refere o art. 148, § 1º, da Lei nº 4.737, de 15 de julho de 
1965 - Código Eleitoral (possibilidade de Juiz Eleitoral, Presidente 
da República, candidatos, mesários, etc, votarem fora de sua 
seção). 
Item E - errado. Voto de legenda – computado para o partido ou coligação. 
 
RESPOSTA CERTA: B 
 
15: TJ RR - Juiz Substituto [FCC] - 28/03/2008. 
A respeito do sistema eletrônico de votação e totalização dos votos é 
INCORRETO afirmar: 
a) Na votação para as eleições proporcionais, serão computados para a 
legenda partidária os votos em que não seja possível a identificação do 
candidato, desde que o número identificador do partido tenha sido digitado 
corretamente. 
b) A urna eletrônica disporá de recursos que, mediante assinatura digital, 
permitam o registro digital de cada voto e a identificação da urna em que foi 
registrado, bem como do eleitor que o registrou. 
c) A urna eletrônica exibirá para o eleitor, primeiramente, os painéis referentes 
às eleições proporcionais e, em seguida, os referentes às eleições majoritárias. 
d) A urna eletrônica, ao final da eleição, procederá à assinatura digital do 
arquivo de votos, com aplicação do registro de horário e do arquivo do boletim 
de urna, de maneira a impedir a substituição de votos e a alteração dos 
registros dos termos de início e término da votação. 
e) A votação eletrônica será feita no número do candidato ou da legenda 
partidária, devendo o nome e a fotografia do candidato e o nome do partido ou 
legenda partidária aparecer no painel da urna eletrônica, com expressão 
designadora do cargo disputado no masculino ou feminino, conforme o caso. 
 
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COMENTÁRIOS: 
Item A – correto. Nas eleições proporcionais serão computados para a 
LEGENDA PARTIDÁRIA os votos em que não seja possível a identificação do 
candidato, desde que o nº do partido seja digitado corretamente. 
Lei nº 9.504/97 
Art. 59 
§ 2º Na votação para as eleições proporcionais, serão 
computados para a legenda partidária os votos em que não 
seja possível a identificação do candidato, desde que o número 
identificador do partido seja digitado de forma correta. 
Item B – errado. A Urna permite o registro digital de cada voto (contabilizar 
e não perder os votos nela inseridos) e o registro identificador da urna. 
Mas o anonimato do eleitor é plenamente resguardado. 
A antiga redação do dispositivo dizia exatamente isso 
Lei nº 9.504/97 
Art. 59 
§ 3º A urna eletrônica exibirá para o eleitor, primeiramente, os 
painéis referentes às eleições proporcionais e, em seguida, os 
referentes às eleições majoritárias. 
Contudo, o dispositivo sofreu alterações agora em 2014: 
 Art. 59 
§ 3º A urna eletrônica exibirá para o eleitor os painéis na seguinte 
ordem: (Redação dada pela Lei nº 12.976, de 2014) 
I - para as eleições de que trata o inciso I do parágrafo único do art. 1º, 
Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Senador, 
Governador e Vice-Governador de Estado ou do Distrito Federal, 
Presidente e Vice-Presidente da República; (Incluído pela Lei nº 
12.976, de 2014) 
II - para as eleições de que trata o inciso II do parágrafo único do art. 1º, 
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO (TRE/MA) 
NOÇÕES DE DIREITO ELEITORAL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 5 
PROF: RICARDO GOMES 
 
 
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Vereador, Prefeito e Vice-Prefeito. (Incluído pela Lei nº 12.976, de 
2014) 
Item C – correto. Quando as eleições proporcionais

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