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AULA Direito de Famílias

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Aula 1 
Direito de Famílias 
Estes direitos estão resguardados no Código Civil e na Constituição Federal. 
Família
Núcleo fundamental de organização.
O postulado da dignidade da pessoa humana que representa, considerada a centralidade desse princípio essencial (CF, art. 1º, III), a dignidade da pessoa humana é o vetor máximo interpretativo. 
O princípio constitucional da busca da felicidade, decorre por implicitude, do núcleo de que se irradia o postulado da dignidade da pessoa humana. Portanto, o direito a felicidade é decorrente da dignidade da pessoa humana.
As normas que regulam Direito de Família, via de regra são normas de ordem pública, imperativas. Logo não podem ser afastadas pela vontade das partes. O Direito de família tem influência direta de normas morais e fatores de religiosos.
A Constituição Federal de 88, amplia de forma relevante alguns aspectos, dentre estes está à igualdade entre pais e filhos, em seu artigo 227 parágrafo 6°. Traz ainda a questão do concubinato em puro (união entre pessoas não impedidas de casar – hoje União Estável) e impuro (união entre pessoas impedidas de casar – hoje apenas concubinato). Os filhos eram divididos em legítimos (filhos de pais casados) e ilegítimos (filhos de pais não casados).
O artigo 226, da CF/88, traz o rol referente às formas de constituição da família. Cabe ressaltar que é apenas exemplificativo, são disciplinadas três formas, entretanto não se exclui outras possibilidades, que possam surgir. 
Segundo artigo 226 da Constituição Federal, é família:
Aquela formada pelo casamento (art. 226, § 1º e 2º);
Formada pela União Estável (art. 226, § 3º);
Família Monoparental (formada por apenas um dos pais – art. 226, § 4º, CF).
Atualmente são levantadas questões referentes à União Homoafetiva.
O elemento que une e constitui a família, é o ‘’animus’’, ou seja, à vontade, e o afeto.
O Código Civil em seu artigo 1503, juntamente com o artigo 226, parágrafo 7° da CF, traz uma regra protética.
Casamento (Art. 1511 – 1589 do CC)
É a união legal entre duas pessoas, celebrada perante o Estado, respeitada as formalidades legais. O casamento cria comunhão plena, e a isonomia conjugal. (Artigo 1511, CC)
Art. 1.511. O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direito e deveres dos cônjuges.
Características
Regulado por normas imperativas, dessa forma não podem ser afastadas por vontade das partes. Exceção é a escolha do regime de bens.
Mas cabe lembrar que existem casos em que o regime de bens já vem imposto por legislação, disciplinado em meio legal. Exemplo é o artigo 1641 do Código Civil, onde são hipóteses que são impostas pela Lei, o regime da separação de bens. (Pessoa que vai se casar, e tem mais de 70 anos, o regime é de separação de bens) 
É norma de ordem pública.
Monogamia, não é permitida a possibilidade de casamento simultâneo (1521, CC), lembrando que a Bigamia na esfera penal, é considerada crime, artigo 235 do CP.
Hipótese de não observar o requisito impeditivo, o casamento é nulo (1548, II, CC)
Exclusividade, dever conjugal de fidelidade recíproca, efeito produzido pelo casamento (1566, II, CC)
Quebra de dever conjugal possibilitava separação conjugal litigiosa, embora segundo entendimento, e emenda constitucional, não mais existe separação judicial. Pode acontecer indenização, se houver dano moral, material ou estético.
Personalíssimo, decorrente das qualidades.
O Código Civil, admite possibilidade de anular o casamento, se houver erro essencial (1557, CC cumulado 1550, III, CC). Três requisitos são necessários: o erro deve ser anterior ao casamento, de completo desconhecimento do outro e insuportável à vida em comum. Com prazo decadencial de 3 anos, a contar da celebração (1560, III, CC). Exemplo: Doença mental grave, gera anulação do casamento. 
Liberdade para a escolha do outro consorte, não se admite possibilidade de casamento mediante coação. Existe a coação moral ‘’vis cumpulsiva’’, onde não é retirada completamente a liberdade de escolha. Sendo que o casamento mediante coação moral pode ser anulado, pois existe um vício de consentimento, o prazo para alegar é de 4 anos, contado a partir da data de celebração (1504, CC). Existe também caso em que ocorre a coação física ‘’vis absoluta’’, cujo consentimento é suprimido, e a vontade não existe. Sendo que o ato é inexistente (Teoria do Ato inexistente, surgiu sec. XIX, quando acontece ausência de consentimento).
Comunhão plena de vida- um dos efeitos é a mútua assistência, um cônjuge deve amparar o outro. 
Casamento é negócio solene, a lei prevê as formalidades, para a validade. O ato mais solene, com formalidades preliminares e no momento (habilitação).
Negócio puro e simples, não está subordinado a nenhum evento futuro a eficácia, produz efeito logo após celebração. Não admite condição, nem termo. (Condição- elemento acidental, introduzido facultativamente pela vontade das partes.) (Condição é fato futuro incerto, geralmente vem precedido de ‘’se’’. A condição é fato inexistente, uma vez que produz efeitos logo após a celebração) (Não admite condição suspensiva, e nem condição resolutiva).
Casamento não admite termo (fato, futuro e certo), data para fim e início. Previsão quanto a encargo, também não é possível. 
Dissolubilidade- pode ser dissolvido por ato contrário.
Acontece com o divórcio
Emenda n°9 de 28 de junho de 77, possibilitou o divórcio. N°6515(26/12/77)
Modalidade básica, divórcio através de conversão, primeiro separação, passado três anos era requerido o divórcio.
Mesmo efeito do ‘’desquite’’, que já era previsto no CC de 16, a separação judicial.
Modalidade excepcional, era permitida através da Lei do divórcio. Se já estivesse separado de fato há 5 anos, poderia requerer divórcio direto.
A CF/88 modifica os critérios originais da Lei do divórcio, art. 226 parágrafo 6° CF, passa a prever duas modalidades básicas. Divórcio por conversão, o prazo é reduzido de 3 anos para 1 ano. O divórcio direto aconteceria se estivesse separado há 2 anos, também sendo reduzido o prazo. Vincula decretação do divórcio ao tempo. 
Junho de 2010, passa a vigorar a Emenda Constitucional 66, modifica parágrafo 6° do artigo 226 da CF. 
Não exige nenhum requisito prévio, apenas a vontade é o requisito, para este ser decretado.
Natureza Jurídica do casamento
Existem várias correntes, dentre elas está a Teoria clássica, contratual ou individualista.
Teoria Institucionalista: o casamento é uma instituição;
Teoria Contratualista: o casamento é um contrato, porém, de natureza especial;
Teoria Mista ou eclética: o casamento é uma instituição em relação ao conteúdo, entretanto, é um contrato especial quanto a formação.
Segundo Sílvio Rodrigues é um contrato de direito de família. Uma segunda corrente defende a teoria institucional ou supraindividualista, casamento é uma instituição devido as formas, normas e efeitos, uma vez que é estabelecido pelo Estado. A terceira corrente defende a teoria mista ou eclética, que foi formulada propondo que é negócio jurídico complexo. É um contrato no momento da formação, precisa de vontade. A corrente dominante é a mista. ( Os professores Sílvio Venosa, Pablo S., Orlando G., Nelson R., Maria Berenice Dias, adotam e utilizam essa terceira corrente)
Artigo 1514 do CC, a vontade, livre e espontânea
 
Habilitação Matrimonial
É uma formalidade preliminar, antecede a celebração do casamento. Onde são verificadas inexistências de impedimentos. (1521, CC)
Da publicidade do casamento, verifica se já tem idade mínima.
Processa-se no Cartório de registro civil de pessoa natural, na localidade onde se tem o domicílio de qualquer uma das partes.
Os editais devem ser fixados e ambas as localidades, se houver diferentes domicílios.
Documentos necessários á habilitação matrimonial, artigo 1525 do CC. 
Antes de 16 anos, somente com autorização judicial. (1520 do CC)
Precisa de autorização dos pais (ambos, pai e mãe) ou representantelegal, se o indivíduo possui entre 16 e 18. Artigo 1531, caso os pais tiverem opiniões divergentes.
Se os pais recusam, é possível o menor pleitear o suplemento do consentimento dos pais. (1519, CC) (Recebe um curador especial)

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