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* * * Refeitório do mosteiro Santa Maria delle Grazie, Milão ( Santa Ceia – 1495) * * * Capela Sistina, Vaticano Miguel Ângelo Buonarroti ( 1475-1564) * * * * * * * * * A criação de Adão * * * O escravo agonizante- 1513 * * * História Geral da Arte Maneirismo e Barroco * * * Maneirismo “maneirismo” = experiências figurativas de algumas gerações de artistas a partir do séc XVI.( reação ao Renascimento, e aos ideais de moderação e harmonia) A partir do séc XVII e até o XX o termo vira sinônimo de afetação, de inspiração fria e cerebral, de virtuosismo estéril. Primeiras manifestações em Toscana e Florença – obras recusadas e reação ao caráter revolucionário da linguagem figurativa. em prol da renovação, favoráveis à experimentação e à pesquisa. Pintores florentinos estudam e reproduzem os cartões de cenas de batalha executados por Leonardo e Miguel Ângelo para o Palácio Vecchio. * * * Vênus, Cupido e as paixões do amor Bronzino, 1540-1545 “ A possibilidade de ler a composição a partir de um complexo código de símbolos fez com que a obra tenha sido interpretada, alternadamente, como o triunfo de Vênus, ou a alegoria do Prazer, como a vitória do Tempo sobre o Amor, ou a luxúria desmascarada. É quase certo que é a este quadro que Vasari se refere quando fala de um quadro de uma beleza singular enviado para a França a Francisco I no qual figura uma Vênus nua que Cupido beija. Tratado como um camafeu pela extraordinária opalescência das superfícies claras e pelo sombreado dos tons em fundo, é uma amálgama perfeita das citações clássicas, alusões literárias, evoluções formais maneiristas quanto ao desenho, à forma, à cor” (Guia de História da Arte , p67) * * * * * * Características das obras maneiristas Algumas são imitações dos mestres renascentistas: Leonardo, Rafael e Miguel Ângelo Planos contraditórios, equilíbrios improváveis e deslumbramento de luz. Retratos que comunicam mais do que representam. Requintada e distante elegância da pura abstração do pensamento. Evolução do Renascimento, tem como características específicas a elegância aristocrática, o gosto pelo requinte, o artifício e a afetação A fase em Florença constitui-se como “experimentalismo anticlássico”, ou “primeiro maneirismo” * * * * * * Sala dos Gigantes (1532-34) Palácio do Chá, Mântua Giulio Romano “Num contexto de uma brilhante erudição literária e arqueológica, Giulio interpreta a Antiguidade clássica conservando a terribilidade de Miguel Ângelo e insistindo sobretudo na surpresa e no maravilhoso. Basta pensar na impetuosidade transbordante, nos extraordinários efeitos ópticos e psicológicos, no poder criativo das citações clássicas dos frescos no Palácio do Chá, em Mântua.” “Outras referências à Antiguidade são igualmente propostas por Polidoro Caravaggio, que decora fachadas de palácios com cenas marciais, e por Perin del Vaga, que refina a maestria gráfica da sua formação florentina com os preciosismos formais derivados dos estuques e dos grotescos da Roma subterrânea que as pesquisas arqueológicas trazem à luz do dia.” (Guia de História da Arte, p.71) O Palácio Vecchio ( próxima imagem), foi concebido e decorado como um símbolo da síntese do Maneirismo toscano dos últimos anos (1572) * * * G. Vasari, gabinete de Francisco I, 1570-1572- Palácio Vecchio, Florença * * * Giambologna, Rapto das Sabrinas, 1583, Florença “É uma das obras que melhor revelam a capacidade do escultor flamengo para obrigar o observador a não utilizar um único ponto de vista. O espaço é animado por duas forças que se opõem numa espiral dupla : uma parece auxiliar a fuga da donzela, a outra parece fixar-se , como para bloquear a base” * * * * * * O rapto das Sabinas –Rubens,1615 * * * O rapto das Sabinas – Peter Paul Rubens, 1630 * * * O rapto das Sabinas ( David,1799) * * * O rapto das Sabinas – Nicholas Poussin, sec XVII * * * O rapto das Sabinas –Picasso, 1962 * * * Pressupostos maneiristas “Ao afirmar que o homem é a medida de si mesmo, contra o princípio renascentista segundo o qual o homem é a medida de todas as coisas, o Maneirismo coloca já as premissas do seu próprio fim, já que nenhum modelo se pode repetir indefinitivamente sem se desgastar.” “Um dos aspectos mais evidentes do Maneirismo é a circulação das experiências. Uma vez estabelecida a legitimidade da imitação, e depois de estas se converter em norma, assiste-se a uma reelaboração febril dos dados adquiridos. O modelo alheio transforma-se numa espécie de matéria-prima que é convertida num novo produto artístico, muitas vezes de indiscutível originalidade, mas em cuja composição ainda se reconhece, e, por vezes, se exibe, a marca de origem. A difusão das gravuras e das estampas(...) alimenta um intercâmbio de informações de uma mobilidade surpreendente”. ( Guia de História da Arte, p. 72) * * * * * * Reforma e contra-reforma Reforma protestante durante o séc XVI – ocasionará a arte do Contra-Reforma na segunda metade do sec XVI, com o domínio das imagens religiosas. 1517 – Martinho Lutero expõe suas 95 “teses” criticando a Igreja de Roma denunciando a venda das indulgências ( papa Júlio II – projetos faraônicos – Basílica S. Pedro) Iconoclastia luterana rejeita a imagem religiosa, renova o sacerdócio e apresenta a versão do Evangelho em língua vulgar para que todo fiel alcance a”graça divina” Na Alemanha é primoroso o trabalho dos gravuristas para ilustrar a Biblía com imagens simples. Introduz-se nas imagens uma emotividade de tipo expressionista e dramática. O violento realismo traz um espírito visionário e místico * * * Aspectos da Contra Reforma Obras que propõem íntima fidelidade à realidade; Representação da digna condição do trabalho e da vida cotidiana Nova representação do sagrado com imagens claras, devotas, modestas, de intenso sentimento religioso. Concílio de Trento em 1545/63 que propõem clareza, verossimilhança e devoção A adoração dos magos (J. Bassano- 1559-1561) * * * * * * * * * L. Carracci. A conversão de São Paulo 1587-88 Com o intuito de restituir naturalidade á pintura, Ludovico Carracci propõem-se a criar uma “arte sacra compreensível e intensa, um livro popular impregnado de humanidade, em que o fiel se possa reconhecer.” “A espacialidade criada por Ludovico é aberta, luminosa e envolvente , como na Conversão de São Paulo, uma obra construída como um instantâneo, onde o episódio bíblico se transforma em incidente físico e meteorológico, apaixonado e apaixonante na sua circularidade espacial” A sintaxe do quadro insere o observado no centro do mesmo, introduzindo a espacialidade barroca. * * * * * * Barroco –sec XVI e XVII Barroco = irregularidade; Termo utilizado pelos ourives para referir-se a arte cinzelada, preciosa, extravagante Declínio do império espanhol na Europa, da formação do conceito de nacionalidade, das “novas ciências” (Kepler e Galileu): a cultura barroco cria uma nova percepção do incomensurável desígnio divino e uma nova mitologia religiosa * * * Caravaggio (1571- 1610) Interesse pela “natureza intrìnseca das coisas” Rigorosa e atenta observação do real; Luz rasante, interesse crucial, natureza viva ou morta; O mal e o bem como faces da mesma moeda; Obras que sugerem a suspensão temporal e a imobilidade dos personagens * * * Caravaggio , Tomé, o incrédulo, 1602 * * * Peter Paul Rubens, Virgem e o menino entronizado com santos, 1627 * * * Diego Velázquez, O aguadeiro de Sevilha, 1619 * * * Diego Velázquez, As meninas, 1656 * * * Rembrandt van Rijn, Cristo pregando, 1652 * * * Jan Vermeer, A leiteira, 1660 * * * Temas e características do Barroco Retratos dos expoentes das classes emergentes: burgueses, mercadores, artesãos, que vêm no retrato coletivo um símbolo do reconhecimento da dignidade social que conquistaram. Rembrandt van Rijin ( 1606- 1669)– retratos, paisagens, cenas de taberna, temas habituais da pintura holandesa – “narrativa privada” Diego Velásquez (1599-1660)- obsessão do espaço concebido como princípio de desorientação/ representação cenográfica, um teatro de espelhos e de ilusões; Conceito de espaço “infinito”, vastidão e grandeza do desígnio divino, união entre a natureza ultraterrena e a esfera humana Imagem fascinante, envolvente, repleta de ritmo e movimento; Gian Lorenzo Bernini (1599- 1667) – esculturas com sugestões plásticas, dinâmicas e sensuais, em fontes, praças e igrejas; Contração e expansão das estruturas arquitetônicas; movimentos curvilíneos que englobam o espaço exterior; * * *
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