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Ca´lculo 4 2014.2 Turmas CM, GM, FM 1aLista de Exerc´ıcios Prof. Cleide Martins I. Resolva as seguintes EDO’s/ PVI’s de 1a ordem: 1. 3x5y2 + x3y′ = 2y2 2. xy′ + 3y = 3x−3/2 3. xy′ = 6y + 12x4y2/3 4. 9x2y2 + x3/2y′ = y2 5. 2y + (x+ 1)y′ = 3x+ 3 6. 9x1/2y4/3 − 12x1/5y3/2 + (8x3/2y1/3 − 15x6/5y1/2)y′ = 0 7. y + xy′ = 2e2x 8. (2x+ 1)y′ + y = (2x+ 1)3/2 9. (y + x)dy = (y − x)dx 10. xdy − ydx = (1 + y2)dy; y(−1) = 2 11. xdy = (y + x2 + 9y2)dx 12. (xy − 1)dx+ (x2 − xy)dy = 0; y(2) = ln 2 13. 9x dx+ 4y dy = 0 14. (2x+ 1 y − y x2 ) dx+ (2y + 1 x − x y2 ) dy = 0 15. −y dx+ x dy = 0 16. (sen y cos y + xcos2y) dx+ x dy = 0 17. y′ + 4x2y = (4x2 − x)e−x22 18. −senxy(y dx+ x dy) = 0; y(1) = pi 19. y′ + y = y2 20. e2xy′ = 2(x+ 2)y3; y(0) = 1√ 5 21. y′ + y x2 = 2xe 1 x 22. 2yy′ + y2senx = sen x; y(0) = √ 2 23. y′ = x+ 4y 24. y′ + (x+ 1)y = ex 2 y3; y(0) = 1 2 25. xy′ = ( y x )3 + y 26. sen (y − x) dx+ [cos (y − x)− sen (y − x)] dy = 0 27. y′ = x(y − x2 + 1) 28. xy′ = (y − 2x)2 + y (Fac¸a z = y − 2x) 29. y′ − 3y = −12y2; y(0) = 2 30. (2y + y2 x + ex(1 + 1 x )) dx+ (x+ 2y) dy = 0; y(1) = 1 II. Em cada um dos problemas a seguir, uma func¸a˜o y = g(x) e´ descrita por alguma propriedade geome´trica do seu gra´fico. Escreva uma E.D.O da forma y′ = f(x, y) tendo a func¸a˜o g(x) por soluc¸a˜o (ou uma de suas soluc¸o˜es ) e determine g(x). 1. A inclinac¸a˜o do gra´fico de g no ponto (x, y) e´ a soma de x e y. 2. A reta tangente ao gra´fico de g no ponto (x, y) intersepta o eixo x no ponto (x 2 , 0). 3. A reta tangente ao gra´fico de g em (x, y) passa pelo ponto (−y, x) 4. Determine a func¸a˜o y = g(x), x > 0, cujo gra´fico passa pelo ponto (1, 2) e que tem a seguinte propriedade: para cada (x, y) no gra´fico de g, a a´rea do triaˆngulo de ve´rtices (0, 0), (x, y) e (0,m),m > 0 e´ igual a 1, onde (0,m) e´ a intersec¸a˜o da reta tangente em (x, y) com o eixo y. Aplicac¸o˜es Leia e entenda cada um dos exemplos seguintes antes de resolver os problemas propostos Exemplo 1. Decaimento radioativo: Sabe–se que um certo material radioativo decai a uma taxa proporcional a` quantidade presente. Observa–se um bloco desse material tendo, originalmente, massa Q0 gramas. Apo´s 24 horas nota–se uma reduc¸a˜o em massa de 10%. Encontre a expressa˜o Q(t), para a massa do bloco em func¸a˜o do tempo e o tempo necessa´rio para que a massa do bloco decaia para a metade da massa original. Soluc¸a˜o : Como a taxa de variac¸a˜o de Q e´ proporcional a Q tem-se: Q′(t) = kQ(t) k constante A EDO acima e´ separa´vel (e linear). Sua soluc¸a˜o geral e´: Q(t) = cekt Tomando t = 0 quando Q0 e´ observada, tem–se um problema de valor inicial e c = Q0. Para determinar a constante k nota–se que para t = 24, Q(24) = Q0 − Q010 = 9Q010 . Portanto 9Q0 10 = Q0e 24k ⇒ k = − 1 24 ln 10 9 =˜− 0, 00439 Logo, a expressa˜o de Q(t) e´: Q(t) = Q0e −0,00439t Para que a massa decaia para a metade da quantidade original deve–se ter: Q0 2 = Q0e −0,00439t ⇒ t = 1 0, 00439 ln 2=˜158 horas Exemplo 2. Juros compostos: Suponha que uma quantidade de dinheiro S0 e´ investida a uma taxa de juros de 4% composta trimestralmente. O valor do investimento pode ser computado algebricamente. Entretanto, pode–se aproximar a situac¸a˜o real por um modelo matema´tico no qual assume–se que os juros sa˜o compostos continuamente, ou seja a taxa de variac¸a˜o do valor do investimento S(t) no tempo t e´ a taxa de juros aplicada ao valor do investimento: S ′(t) = 0, 04S(t) Como no exemplo anterior, a soluc¸a˜o da equac¸a˜o acima e´: S(t) = S0e 0,04t A tabela abaixo mostra a a raza˜o S(t) S0 para alguns valores de t em anos para o modelo real e para o modelo aproximado dado acima, bem como o percentual de erro cometido na aproximac¸a˜o. t S(t) S0 S(t) S0 (modelo) Erro 2 1, 0829 1, 0833 0.04 5 1, 2202 1, 2214 0, 1 10 1, 4889 1, 4918 0, 2 20 2, 2168 2, 2255 0, 4 t S(t) S0 S(t) S0 (modelo) Erro 40 4, 9142 4, 9530 0, 8 80 24, 149 24, 533 1, 5 200 2866 2981 4, 0 400 8.214.000 8.886.000 8, 2 Exemplo 3. Problema de Mistura: Considere um tanque que contem uma soluc¸a˜o (mistura de soluto e solvente). Ha´ tanto um fluxo de entrada como um de sa´ıda, e queremos calcular a quantidade Q(t) de soluto no tanque no instante t, conhecendo–se a quantidade inicial Q0. Suponha que a soluc¸a˜o que flui para dentro do tanque tem uma concentrac¸a˜o de c1 gramas de soluto por litro de soluc¸a˜o , que flui a uma taxa constante de r1 litros por segundo e que a soluc¸a˜o no tanque – mantida uniformemente misturada por algum movimento – escoa para fora a uma taxa de r0 litros por segundo. Soluc¸a˜o : Para deduzir uma equac¸a˜o diferencial para Q(t), estima–se a variac¸a˜o ∆Q em um curto intervalo de tempo ∆t. A quantidade de soluto que flui para dentro do tanque no intervalo ∆t e´ c1r1∆t gramas. A quantidade de soluto que escoa para fora do tanque nesse mesmo intervalo depende da concentrac¸a˜o c0(t) no instante t e c0(t) = Q(t) V (t) onde V (t) denota o volume, constante se r1 = r0, varia´vel caso contra´rio, da soluc¸a˜o no tanque no instante t: observe que V (t) = V0 + (r1 − r0)t. A variac¸a˜o em Q e´ a diferenc¸a entre a quantidade que entra no tanque e a quantidade que sai do tanque no intervalo de tempo ∆t ∆Q = r1c1∆t− r0c0∆t e, dividindo–se por ∆t e fazendo ∆t tender a zero, tem–se Q′(t) = r1c1 − r0c0 = r1c1 − r0Q(t) V (t) = r1c1 − r0 V0 + (r1 − r0)tQ(t) Portanto, a quantidade de soluto no tanque obedece a uma EDO de 1a ordem linear. Exemplo 4. Crescimento Populacional Suponha que P (t) e´ o nu´mero de indiv´ıduos numa populac¸a˜o tendo taxas de natalidade β(t) e mortalidade δ(t) e que so´ ha´ variac¸a˜o de populac¸a˜o por ocorreˆncia de nascimento e morte de indiv´ıduos. Sendo B(t) e D(t) os nu´meros de nascimentos e mortes ocorridos num intervalo de tempo ∆t, as respectivas taxas β(t) e δ(t) sa˜o definidas como a raza˜o entre o nu´mero de nascimentos por unidade de tempo por unidade de populac¸a˜o e a raza˜o entre o nu´mero de mortes por unidade de tempo por unidade de populac¸a˜o β(t) = lim ∆t→0 B(t+∆t)−B(t) ∆tP (t) = 1 P B′(t) δ(t) = lim ∆t→0 D(t+∆t)−D(t) ∆tP (t) = 1 P D′(t) e a taxa de variac¸a˜o da populac¸a˜o P ′(t) e´ P ′(t) = lim ∆t→0 P (t+∆t)− P (t) ∆t = lim ∆t→0 B(t+∆t)−D(t+∆t)− (B(t)−D(t)) ∆t P ′(t) = B′(t)−D′(t) = (β − δ)P Se β e δ so´ dependem de t enta˜o a equac¸a˜o acima e´ separa´vel e sua soluc¸a˜o geral e´ P (t) = e ∫ (β−δ)dt No pro´ximo exemplo, a taxa de natalidade depende tambe´m da populac¸a˜o. Exemplo 5. Populac¸o˜es Limitadas Em algumas populac¸o˜es observa–se que a taxa de natalidade decresce enquanto a populac¸a˜o cresce. Por exemplo, suponha que β(t) e´ uma func¸a˜o decrescente e linear de P (t), ou seja, existem constantes positivas β1 e β0 tais que β(t) = β0 − β1P (t). Sendo a taxa de mortalidade constante, δ = δ0, a equac¸a˜o do exemplo anterior torna–se dP dt = (β0 − β1P − δ0)P = β1P (β0 − δ0 β1 − P ) Se k = β1 e M = β0−δ0 β1 , reescreve–se a equac¸a˜o acima dP dt = kP (M − P ) que e´ chamada equac¸a˜o log´ıstica. Essa equac¸a˜o ainda e´ separa´vel. Se P0 = P (0), integrando–se obtem– se P M − P = Ae kMt ⇒ A = P0 M − P0 ou seja P (t) = MP0 P0 + (M − P0)e−kMt Supondo que P0 < M , observa–se que P (t) < M e lim t→∞P (t) = M III. Problemas Em cada um dos problemas abaixo escreva e resolva uma equac¸a˜o diferencial que seja modelo matema´tico para a situac¸a˜o descrita. 1. A taxa de variac¸a˜o temporal de uma populac¸a˜o P e´ proporcional a` raiz quadrada de P 2. Se, numa populac¸a˜o de bacte´rias, a taxa de natalidade e de mortalidade sa˜o proporcionais ao nu´mero de indiv´ıduos presentes, qual e´ a func¸a˜o da populac¸a˜o em relac¸a˜o ao tempo? Qual a tendeˆncia dessapopulac¸a˜o a longo prazo? 3. Em uma cidade com uma populac¸a˜o fixa de P pessoas a taxa de variac¸a˜o temporal do nu´mero N de pessoas que contrairam certa doenc¸a e´ proporcional ao produto de nu´mero de pessoas que teˆm a doenc¸a pelo nu´mero de pessoas que na˜o teˆm. 4. Um modelo para a propagac¸a˜o de uma epidemia e´ que a taxa de propagac¸a˜o e´ proporcional ao nu´mero de pessoas infectadas e ao nu´mero de pessoas na˜o infectadas. Em uma cidade isolada de 5000 habitantes, 160 pessoas teˆm a doenc¸a no comec¸o da semana e 1200 a teˆm no final da semana. Quanto tempo levara´ para que 80% da populac¸a˜o esteja contaminada? 5. O transporte de uma substaˆncia atrave´s de uma parede capilar na fisiologia pulmonar tem sido modelado pela equac¸a˜o diferencial dh dt = −R V ( h k + h ) onde h e´ a concentrac¸a˜o do hormoˆnio na corrente sangu´ınea, t e´ o tempo, R e´ a taxa ma´xima de transporte, V e´ o volume do capilar e k e´ a constante positiva que mede a afinidade entre os hormoˆnios e as enzimas que auxiliam o processo. Resolva essa EDO para encontrar uma relac¸a˜o entre h e t. 6. Suponha que uma populac¸a˜o de peixes P (t) num lago e´ atacada por uma doenc¸a no instante t = 0, resultando que os peixes cessam de reproduzir ( de modo que a taxa de natalidade e´ β = 0) e a taxa de mortalidade δ ( mortes por semana por peixe) e´ assim proporcional a √ 1 P . Se existiam inicialmente 900 peixes no lago e restaram 441 apo´s seis semanas, quanto tempo levou para todos os peixes no lago morrerem? 7. Uma populac¸a˜o de pequenos roedores tem taxa de natalidade β = (0, 001)P (nascimentos por meˆs por roedor) e taxa de mortalidade δ constante. Se P (0) = 100 e P ′(0) = 8, quanto tempo levara´ para que esta populac¸a˜o dobre para 200 roedores? (Sugesta˜o: Primeiro encontre o valor de δ). 8. Na ocasia˜o do nascimento de um bebeˆ um casal depositou $ 5.000 numa caderneta de poupanc¸a que rende 8% ao ano de juros continuamente compostos. Permite–se acumular os pagamentos de juros. Quanto tera´ a caderneta no de´cimo oitavo aniversa´rio da crianc¸a? 9. Um tanque conte´m 1000 litros de a´gua pura. A´gua salgada contendo 0, 1 Kg de sal por litro entra no tanque a uma taxa de 10 `/min. A soluc¸a˜o e´ agitada e retirada do tanque a` mesma taxa. Quanto sal permanece no tanque apo´s 6 minutos? IV. Resolva as seguintes EDO’s (soluc¸a˜o geral) e PVI’s (soluc¸a˜o particular) de 2a ordem: 1. y′′ + y′ − 6y = 0 2. y′′ + 2y′ + y = 0 3. y′′ + 8y = 0 4. 2y′′ − 4y′ + 8y = 0 5. y′′ − 4y′ + 4y = 0 6. y′′ − 9y′ + 20y = 0 7. 2y′′ + 2y′ + 3y = 0 8. y′′ − y′ + y = 0; y(pi/√3) = 2e √ 3pi/6, y′(pi/ √ 3) = 0 9. 3y′′ − 4y = 0 10. y′′ − 6y′ + 4y = 0; y(0) = 3, y′(0) = 1 11. y′′ + y = senx 12. y′′ + 9y = 2 cos 3x+ 3 sen3x 13. y′′ + 2y′ − 3y = 1 + xex 14. y′′ + 2y′ + 5y = ex sen x 15. yy′′ = 2y′2 16. x2y′′ + 3xy′ + 10y = 0 17. 2x2y′′ + 10xy′ + 8y = 0 18. x2y′′ + 2xy′ − 12y = 0 19. x2y′′ + 6xy′ + 6y = x2 20. x2y′′ + 2xy′ − 12y = 1 x3 21. (x− 1)y′′ − xy′ + y = 0; com x > 1 sabendo que y1 = ex e´ soluc¸a˜o 22. x2y′′ − x(x+ 2)y′ + (x+ 2)y = 0; sabendo que y1 = x e´ soluc¸a˜o 23. x2y′′ − 2xy′ + (x2 + 2)y = 0; sabendo que y1 = x cos x e´ soluc¸a˜o
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