Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ANABOLIZANTES Prof. Ms. Hélio Vidrich Filho Esteroides Anabólico-Androgênicos (EAA): Grupo de compostos naturais e sintéticos formados pela testosterona e seus derivados. Testosterona: Sintetizada desde 1935; Durante a 2ª Grande Guerra foi utilizada pelas tropas alemãs para aumentar a agressividade dos soldados. Anos 50: Foi utilizada sob forma oral e injetável no tratamento de alguns tipos de anemia, em doenças com perda muscular, bem como em pacientes pós-cirúrgicos para diminuir a atrofia muscular secundária. 1939: Foi sugerido que sua administração poderia melhorar a performance de atletas. 1954: Primeira referência ao uso para melhorar o desempenho de atletas (Campeonato de levantamento de peso em Viena). O Comitê Olímpico Internacional (COI): Define como "doping" o uso de qualquer substância exógena ou endógena em quantidades ou vias anormais com a intenção de aumentar o desempenho do atleta em uma competição. Atletas acreditam que essas drogas: Aumentam a massa muscular; Aumentam a força física; Aumentam a agressividade em competições; Diminuem o tempo de recuperação entre exercícios intensos. Também é descrito o uso pela expectativa de tratar ou prevenir lesões decorrentes da prática de esportes. Os EAA têm sido abusados, também, por não atletas: Desejo de ganhar peso; Melhorar a aparência. Obs.: É particularmente perturbador o aumento da frequência do seu uso entre os adolescentes. A HIPÓFISE E SEUS HORMÔNIOS FISIOLOGIA No homem, as células de Leydig constituem, praticamente, a única fonte de testosterona. As células de Leydig são células que se encontram entre os tubos seminíferos, nos testículos. Produzem testosterona, quando estimuladas pelo hormônio luteinizante (LH). No homem adulto normal, a concentração plasmática de testosterona varia de 300 a 1.000 ng/dl e a taxa de produção diária está entre 2,5 e 11mg. AMP cíclico – monofosfato cíclico adenosina: 1º) Ação do hormônio estimulante sobre o receptor na membrana celular; 2º) O hormônio reagiu com o receptor é ativada uma enzima na membrana celular; 3º) A enzima converte parte do ATP em AMP cíclico; 4º) Uma vez formado o AMP cíclico, começa a desempenhar funções fisiológicas distintas: - Ativação de enzimas; - Alterações da permeabilidade celular; - Modificações do grau de contração do músculo liso; - Ativação da síntese proteica; - Promoção da secreção celular. MECANISMO DE AÇÃO HORMONAL FISIOLOGIA O LH e o hormônio folículo estimulante – FSH regulam o crescimento testicular, a espermatogênese e a esteroidogênese. O LH aumenta a síntese de AMP cíclico nas células de Leydig do testículo, o que aumenta a conversão de colesterol para estrógenos. O FSH promove a espermatogênese e aumenta a atividade do LH, aumentando a síntese de testosterona. Os andrógenos secretados pelas células intersticiais atingem os túbulos seminíferos e a circulação, virilizando o indivíduo. EFEITOS Recomendações para o Uso de EAA Ganho de peso por portadores de AIDS; Diminuição da dor óssea na osteoartrose; Catabolismo induzido por corticosteróide; Anemia grave; Câncer de mama metastático; Deficiência hormonal masculina; Condições ginecológicas como a endometriose e no tratamento da osteoporose. Endócrino/Reprodutivo - Homens Menor produção de hormônios (F) Atrofia testicular (F) Oligopermia/Azoospermia (F) Hipertrofia prostática Carcinoma prostático Alterações do metabolismo glicídico (resistência à insulina) Diminuição de T3, T4 e TSH Impotência (F) Acne Aumento do pênis Tom de voz mais grave Distribuição masculina dos pêlos pubianos Aumento de secreção das glândulas sebáceas Aumento dos pêlos faciais. Endócrino/ Reprodutivo - Mulheres Masculinização Voz mais grave Hipertrofia de Clítoris Atrofia mamária Irregularidades menstruais (oligomenorréia/amenorréia) Aumento da libido Diminuição das gorduras corporais Alteração do metabolismo glicídico (F) Diminuição de T3, T4 e TSH Cardiovascular / Hematológico Diminuição do colesterol HDL e aumento do LDL Hipertensão (retenção de sódio e água) Anormalidades hematológicas como aumento da agregação plaquetária Hipertensão Infarto do miocárdio Hipertrofia do ventrículo esquerdo Acidente vascular encefálico (AVE) Hepático Lesão hepática Carcinoma hepatocelular (mais de 24 meses de uso) Peliose hepática (formação de sáculos com sangue) – Mais de 6 meses de uso Hepatite Hipertrofia da porta hepática Renal e Dermatológico Elevação da creatinina Tumor de Wilms Calvice Acne Psicológicos Comportamento agressivo Aumento ou diminuição da libido Flutuações repentinas do Humor Dependência Psicose Episódios maníacos ou depressivos Tentativa de suicídio Depressão Ansiedade Euforia Irritabilidade Insônia Subjetivos Edema Espasmo musculares Aumento do débito cardíaco Uretrite Dor escrotal Cefaléia Tontura Náusea Musculoesquelético e Outros Risco aumentado de lesão musculotendinosa Fechamento prematuro das epífises (adolescentes) Transmissão de HIV por compartilhar agulha Possivelmente maior risco de doenças malígnas USO DE ESTERÓIDES EM ASSIS Distribuição quanto ao uso de anabolizantes Nunca usou anabolizante Está usando Já usou e não usa mais Se tivesse oportunidade em usar anabolizante usaria? 0 20 40 60 80 Sim Não % Consciência sobre os males causados pelo anabolizante 0 20 40 60 80 sim não % Uso de anabolizante quanto ao sexo 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Nunca usou anabolizante Está usando Já usou e não usa mais % Feminino masculino se tivesse oportunidade usaria? 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Feminino Masculino % Sim Não Voce tem consciência dos males causados pelo anabolizante 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Feminino Masculino % Sim Não O uso de anabolizantes 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 De 16 a 20 anos De 21 a 30 anos De 20 a 40 anos % Nunca usou anabolizante Está usando Já usou e não usa mais
Compartilhar