Buscar

Infeccao das vias aereas superiores

Prévia do material em texto

MEDICINA UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
@jujnamed
Pediatria 
Infecção das vias aéreas superiores 
- Via aéreas superiores = cavidade nasal, 
cavidade oral, seios paranasais, tonsila 
faríngea/adenóide, tonsila palatina, faringe, 
laringe e primeira parte da traqueia
Rinofaringite aguda/resfriado comum
- Processo inflamatório agudo benigno das 
vias aéreas superiores de etiologia viral que 
acomete a cavidade nasal, faringe e seios da 
face
- Os sintomas aparecem em 12h-7h após 
exposição e podem durar entre 2-14 dias
Etiologia
- Rinovírus (mais comum)
- Adenovírus (também causa a bronquiolite 
obliterante)
- VSR (também causa BVA)
- Parainfluenza (também causa laringite)
- Influenza (também causa gripe)
- Coronavírus
Diagnóstico 
- É clínico, feito a partir do quadro clínico 
(caracterizado por febre, tosse, coriza, 
obstrução nasal, cefaleia, mialgia, 
inapetência, irritabilidade, odinofagia) e 
exame físico (com achados de secreção clara 
e hialina, hiperemia na orofaringe e orelha 
média, e roncos a ausculta pulmonar)
Tratamento 
- Suporte (antitérmico, analgésico, lavagem 
nasal, inalação, aumento da ingesta hídrica) 
Prevenção 
- Lavagem das mãos, contato interpessoal, 
contato com secreções
Complicações 
- Pelo processo inflamatório da mucosa nasal, 
pode ocorrer obstrução dos óstios dos seios 
paranasais e tubária, permitindo a 
instalação de infecção bacteriana 
secundária, podendo ocorrer sinusite e otite 
média aguda
- O vírus também pode descer e acometer as 
vias aéreas inferiores, causando pneumonia
* Suspeitar de complicação quando: febre 
persistente, piora do estado geral (criança 
prostada), coriza amarelada e tosse secretiva 
principalmente a noite
Síndrome gripal
- Doença infecciosa das vias aéreas 
superiores, febril e aguda
Etiologia
- Haemophilus influenzae
Quadro clínico 
- Em maiores de 2 anos: febre, tosse, dor de 
garganta e cefaleia/mialgia/artralgia 
- Em menores de 2 anos: febre, tosse, coriza 
e obstrução nasal
MEDICINA UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
@jujnamed
Fatores de risco para complicação 
- Grávidas e puérperas
- Crianças < 5 anos (em especial < 2 anos)
- População indígena
- Indivíduos <19 anos em uso prolongado AAS
- Portadores de comorbidades como: 
pneumopatias (ex: asma), 
cardiovasculopatias, nefropatias, 
hepatopatias, doenças hematológicas, 
distúrbios metabólicos e transtornos 
neurológicos
Complicações
Síndrome respiratória aguda grave
- Caracteriza-se por: sintomas de síndrome 
gripal (tosse, febre, coriza, obstrução nasal, 
cefaleia/mialgia/atralgia) + sinais de 
acometimento pulmonar (sat de O2 <94% em 
ar ambiente / esforço respiratório / 
aumento da FC / piora nas condições 
clínicas da doença de base / hipotensão / 
insuficiência respiratória aguda durante 
período sazonal) 
Tratamento
- Para quem não se enquadra no grupo de 
risco: suporte (lavagem nasal, tratar 
sintomas, inalação) 
- Para quem se enquadra no grupo de risco: 
fosfato de oseltamivir (inibidor seletivo da 
neuraminidase que deve ser administrado 
nas primeiras 48h do diagnóstico) 
Prevenção
- Vacina contra influenza 
Otite média aguda
- Inflamação da mucosa que reveste a 
cavidade timpânica, tem início súbito e é 
caracterizada pela presença de sinais e 
sintomas sugestivos de inflamação aguda no 
ouvido
Fatores de risco 
- IVAS de repetição (a OMA costuma ser uma 
complicação de resfriado)
- Berçários e creches
- Uso de chupetas
- Exposição ao tabaco 
- Comorbidades (lábio leporino, fenda 
palatina, rinite alérgica, RGE, hipertrofia de 
adenoides)
Etiologia
- Streptococcus pneumoniae (mais comum)
- Haemophilus influenzae
Diagnóstico 
- Quadro clínico (caracterizado por otalgia, 
febre, irritabilidade, vômitos, anorexia, 
cefaleia e otorreia) + otoscopia (com 
abaulamento, hiperemia, efusão em ouvido 
médio) 
Tratamento 
- Amoxicilina
MEDICINA UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
@jujnamed
Rinossinusite aguda
- Inflamação da mucosa que reveste os seios 
paranasais 
Etiologia
- É uma complicação de uma síndrome 
respiratória que pode ser viral (rinovírus, 
influenza, parainfluenza, VSR) ou bacteriana 
(S.pneumoniae, H.influenzae, M.catarrhalis, 
S.aureus) 
• Como diferenciar etiologia bacteriana de 
viral? 
. Quando viral: duração até 5 dias e melhora 
progressiva dos sintomas
. Quando bacteriana: duração > 5 dias e piora 
dos sintomas 
Fatores de risco
- Uso de chupetas (altera a drenagem da tuba 
auditiva) 
- Creches
- Tabagismo passivo 
- Lábio leporino
Diagnóstico 
- Feito através do quadro clínico (tosse 
produtiva que piora a noite, febre, coriza, 
obstrução nasal, cefaleia, inapetência, 
irritabilidade, halitose, náuseas e vômitos) e 
exame físico (sinal da vela -> secreção 
purulenta na retrofaringe) 
• Resumindo: resfriado que não melhora com 
tosse que piora a noite 
* RX de seios da face não é um exame 
necessário para diagnóstico (os seios da face 
só se tornam completamente aerados a 
partir dos 12 anos) 
Complicações 
- Abcesso 
- Celulite orbitária
* Em caso de suspeita de complicação (criança 
toxemiada, sinais focais) solicitar Tc de crânio 
e de seios da face
Tratamento 
- Suporte (tratar sintomas + lavagem nasal) 
- Se bacteriana -> amoxicilina 
CRUPE
- Conjunto de doenças que acometem a 
laringe e se manifestam com rouquidão, 
tosse ladrante e estridor inspiratório (som 
de apito) 
- Causa mais comum = laringite viral aguda
Laringite viral aguda
- Principal causa de obstrução de via aérea 
superior 
Etiologia
- Parainfluenza (mais comum) 
- Influenza
- VSR
Fatores de risco 
- Crianças 1-6 anos (pico de incidência aos 18 
meses) 
MEDICINA UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
@jujnamed
- Sexo masculino 
- Estações do ano (outono e inverno)
Diagnóstico 
- Quadro cínico (coriza hialina, tosse rouca/
abafada, obstrução nasal, choro rouco/
abafado, febre, disfonia, afonia) + exame 
físico (estridor inspiratório, edema/eritema 
de laringe, aumento da FR/FC, agitação, 
sinais de desconforto respiratório, cianose)
* Só se deve pedir RX de coluna cervical para 
excluir diagnóstico diferencial (ex: aspiração 
de CE), no caso de laringite viral aguda o RX 
terá o sinal patognomônico de sinal da ponta 
de lápis/torre de igreja
Critérios de gravidade 
Tratamento 
- Corticoesteróides (dexametasona/
prednisolona/budesonida) + suporte 
ventilatório (se necessário) 
Tonsilite aguda/amigdalite
- Infecção aguda de faringe e/ou tonsilas
Etiologia
- Vírus (mais comum -> adenovírus, influenza)
- Bactéria (EBHGA -> streptococcus pyogenes) 
* Etiologia viral é caracterizada por sinais de 
resfriado
* Etiologia bacteriana é caracterizada por 
ausência de sinais de resfriado em crianças 
maiores de 2 anos
Diagnóstico 
- Quadro clínico (resfriado comum -> febre, 
protação, halitose, inapetência, dor de 
garganta) + exame físico (aumento das 
amígdalas, exsudato purulento e petéquias 
em palato) + cultura de orofaringe ou prova 
rápida para detecção de EBHGA
Tratamento 
• Tem como objetivo evitar complicações e 
diminuir o tempo de sintomas 
- Se viral: suporte (tratar os sintomas + 
aumento da ingesta hídrica) 
- Se bacteriana: amoxicilina ou azitromicina 
Complicações
- Abcesso retrofaringeo e abcesso amigdaliano
- Celulite, escarlatina, impetigo
- Febre reumática, síndrome nefrítica

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Materiais recentes

Perguntas Recentes