Buscar

Aula 07 - Direito Processual Penal - Curso Estágio Ministério Público Estadual

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AULA 07 – DIREITO PROCESSUAL PENAL
Mi
	
	CURSO: Ministério Público Estadual
Estagiando Direito
@estagiando_direito_
2
Considerações iniciais
Vamos continuar o nosso curso, hoje vamos as Provas em espécie, essa parte da matéria é muito importante não só para os nossos concursos por ai, como também para a vida pratica. Devido a sua grande relevância para o processo como um todo vem caindo em várias questões, principalmente a parte das classificações de provas e comportamento do juiz. É de extrema importância a leitura dos artigos referentes as todo o capitulo de provas, pois são MUITAS questões caem de forma idêntica a lei seca. Por fim, deixamos alguns comentários de doutrinas para facilitar a compreensão do conteúdo e aprofundar ainda mais o nosso conhecimento, além de uma bateria de questões para fixar o conhecimento. Qualquer dúvida, elogio, reclamação pode nos enviar no direct do nosso Instagram, será um grande prazer em conversar com vocês.
PROVAS II
Inicialmente na aula passada foi debatido sobre a teoria geral das Provas, hoje vamos passar por cada uma delas, vejamos:
Exame de corpo de delito e perícias 
Corpo de delito: é o conjunto de vestígios materiais ou sensíveis deixadas pela infração penal. A palavra corpo não significa necessariamente o corpo de uma pessoa. Significa sim o conjunto de vestígios sensíveis que o delito deixa para trás, estando seu conceito ligado à própria materialidade do crime. Cumpre destacar que o exame de corpo de delito nada mais é que uma perícia, a principal, a mais importante de todas as perícias, realizada sobre todos e cada um dos vestígios materiais deixados pelo crime.
· Perícia é a análise técnica de uma situação, fato ou estado redigida por um especialista numa determinada disciplina, o perito. É um exame realizado por profissional especialista, legalmente habilitado, destinado a verificar ou esclarecer determinado fato, apurar as causas motivadoras do mesmo, ou o estado, a alegação de direitos, ou a estimação da coisa que é objeto de litígio ou processo
· Laudo pericial: manifestação que normalmente encerra o trabalho do perito, contendo a sua declaração técnica a respeito dos fatos e pontos examinados. É o documento que traduz o exame pericial realizado, formalizando-o. Devido o Sistema liberatório prova, está previsto no Art. 182 CPP que o juiz poderá aceitar ou rejeitar no todo ou em partes o laudo realizado pelo perito.
· Obrigatoriedade: a regra é a obrigatoriedade da perícia como meio hábil à constatação dos sinais visíveis deixados pela infração penal. A falta dessa perícia importará em nulidade processual, salvo se motivada no desaparecimento do vestígio, caso em que a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta (art. 158, CPP).
· Termos ligados ao corpo de delito e pericias:
· Necropsia/autópsia: exame interno do cadáver que tem por finalidade precípua a constatação da causa da morte, dentre outros vestígios relevantes. 
· Exumar: ato de desenterrar o cadáver da sua sepultura, normalmente para se realizar algum exame faltante ou complementar algum já existente.
Interrogatório judicial
Ato por meio do qual o acusado é ouvido e perguntado pelo magistrado a respeito de suas qualificações pessoais e sobre os fatos imputados na denúncia, “abrindo-lhe oportunidade para que, querendo, deles se defenda (incidindo, nesse caso, o direito constitucional ao silêncio, que não pode ser tomado como prova contra o réu).
· Momento da realização: conforme atual orientação do STF, o interrogatório do acusado deve ser o último ato da instrução criminal em todo e qualquer procedimento previsto em leis penais esparsas, pois isso possibilitaria a ele saber de todos os fatos que são alegado e contra eles se defender.
Confissão 
Admissão, pelo acusado ou indiciado, de que as imputações que lhe são feitas correspondem com a verdade. Atualmente, com a superação do sistema inquisitório como sistema processual e do sistema das provas tarifadas como método de avaliação das provas, a confissão, assim como os demais meios de prova, possui valor relativo. Como prevê o art. 197 do CPP, a confissão será analisada juntamente às demais provas amealhadas durante a persecução penal, podendo ser-lhe conferido maior ou menor valor probatório a depender da maior ou menor sintonia entre o seu conteúdo e todo o conjunto probatório.
Espécies:
· extrajudicial: fora da fase processual da persecução penal; 
· judicial: durante o processo; 
· explícita: direta, objetiva e indubitável; 
· implícita: subentendida; decorreria de atos praticados pelo acusado que demonstrem admissão de culpa. Não admitida no processo penal brasileiro; 
· simples: admissão de culpa sem invocação de causas excludentes de ilicitude ou culpabilidade que amparem a conduta; 
· qualificada: admissão de culpa com a alegação de que teria agido acobertado por justificantes ou exculpantes; 
· ficta: confissão decorrente da omissão do acusado em contestar as imputações que recaem sobre a sua pessoa. Inadmitida no processo penal brasileiro, em razão do direito constitucional ao silêncio e da vedação à utilização desse silêncio em seu desfavor; 
· delatória: o acusado confessa a prática delituosa e aponta coautor(es) e partícipe(s) que teria(m) concorrido para o crime.
Prova testemunhal 
Testemunha é a pessoa imparcial e desinteressada na causa que, em juízo, relata as suas percepções sensoriais a respeito de um fato (no caso, delituoso) que tenha presenciado ou do qual tenha tomado conhecimento.
Classificação:
· Numerárias: contabilizadas para o limite de testemunhas arroláveis pelas partes. São as testemunhas arroladas e que prestam o compromisso legal de dizer a verdade; 
· Extranumerárias: embora haja dissenso na doutrina sobre esse conceito, são, em suma, as testemunhas que não são computadas para aferição do limite de testemunhas no processo. Podem ser as testemunhas ouvidas por iniciativa do próprio juiz, as que nada souberem a respeito dos fatos, as que não prestam o compromisso legal, e aquelas que forem arroladas acima do limite máximo previsto para o procedimento, cabendo ao magistrado inquiri-las ou não; 
· Direta: testemunha que visualizou ou presenciou o fato criminoso; 
· Indireta: não visualizou nem presenciou o fato, mas tomou conhecimento do crime por terceiros; 
· Própria: testemunha que depõe sobre o próprio objeto da imputação da peça acusatória; 
· Imprópria ou fedatária: depõe especificamente sobre um ato processual ou procedimental, para atestar a sua regularidade;
· Informante: pessoas que se dispensou de a obrigação de prestarem o compromisso de dizer a verdade. São os indivíduos elencados no art. 206 do CPP, os menores de 14 (quatorze) anos e os doentes/deficientes mentais, conforme art. 208 do CPP. 
· Testemunha referida: testemunha mencionada por outra pessoa e que até então era desconhecida. Poderá ser inquirida, caso entenda o juiz por pertinente;
· Depoimento ad perpetuam rei memoriam: testemunhas que necessitem se ausentar ou inspirem receio, pela velhice ou enfermidade, de não mais estarem presentes por ocasião da instrução criminal. Poderão ter a inquirição antecipada a requerimento das partes ou ex officio pelo juiz. 
· Testemunha anônima: testemunha cujos dados qualificativos permanecem em sigilo em relação ao acusado, como forma de proteção. 
· Testemunha ausente: não comparece à inquirição por uma miríade de motivos.
Acareação
Meio de prova através do qual se colocam frente a frente depoentes com relatos divergentes, para que expliquem essa dissonância sobre fatos relevantes ao deslinde do processo. 
· Admite-se acareação entre: 
· acusados; 
· acusado e testemunha; 
· testemunhas; d) acusado e ofendido; 
· testemunha e ofendido; 
· ofendidos. 
Procedimento: o juiz exporá aos acareados os pontos de divergência dos seus depoimentos e passará a reperguntá-los sobre esses pontos para que esclareçam ou confirmem os seus relatos. As partes poderão, também, fazer reperguntas para elucidar dúvidas remanescentes.
Reconhecimento de pessoas e coisas
Ato pelo qual um indivíduodescreve, verifica e identifica outra pessoa ou coisa que lhe é apresentada, como sendo aquela que viu no passado.
Prova documental 
· Documento em sentido amplo: todo objeto ou forma corporificada que represente a manifestação do pensamento humano e que possa comprovar a existência de determinado fato (fotos, pinturas, gravações, filmagens etc.). 
· Documento em sentido estrito: são os escritos que se prestam a comprovar algo em juízo. Nos termos do art. 232 do CPP, são “quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, públicos ou particulares”.
Indícios 
São circunstâncias conhecidas e provadas que permitam, por indução, concluir-se pela existência de outras circunstâncias.
Classificação dos indícios. 
· Indício positivo: indicam a existência de algo que se queira provar. 
· Indício negativo ou contraindício: indica a insustentabilidade de uma tese alegada ou de um indício apresentado. Como maior exemplo de contraindício tem-se a figura do álibi, que busca demonstrar a incompatibilidade temporal e espacial entre o acusado e as circunstâncias do fato a ele imputado.
Busca e apreensão 
embora comumente estejam ligados, busca e apreensão são conceitos distintos e até mesmo independentes. Busca é o ato de procurar algo ou alguém; apreensão é o ato de apossamento ou guarda de algo ou alguém. Pode haver busca sem apreensão e vice-versa.
· Busca pessoal: recai sobre a própria pessoa e seus pertences imediatos. Reforçando, é admissível quando houver fundado receio de que a pessoa traga consigo: 
· arma proibida; 
· coisas achadas ou obtidas por meios criminosos; 
· instrumentos de falsificação ou contrafação e objetos falsificados e contrafeitos; 
· armas e munições, instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a fim delituoso; 
· objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu; 
· cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato; 
· qualquer outro elemento de convicção. 
NÃO DEPENDERÁ de mandado judicial nas hipóteses do art. 244 do CPP; quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca domiciliar.
· Busca domiciliar: guarda íntima relação com a inviolabilidade do domicílio/casa prevista no art. 5º, XI da CF. Poderia, pois, a busca ser realizada durante a noite com o consentimento do morador. Mas, em regra, será realizada durante o dia, em cumprimento ao mandado judicial.
· Conceito de “dia”: há pelo menos quatro posições sobre o conceito de “dia”: 
· das 6h às 20h; 
· das 6h às 18h; 
· da aurora ao crepúsculo, enquanto há iluminação solar; 
· das 5h às 21h, com base na Lei de Abuso de Autoridade. Até antes da Lei, prevalecia a posição de número 2. Majoritariamente está a doutrina mais adepta com a última teoria. 
· Abrangência de “Casa”: o conceito de casa é extraído do Código Penal, art. 150, § 4º. Seriam abrangidos, pois: qualquer compartimento habitado; aposento ocupado de habitação coletiva ou compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade. Não são abrangidas, conforme § 5º do mesmo artigo, hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta.
Considerações finais
Depois dessa longa aula, é necessário realizarmos a leitura de nosso Código de Processo Penal e se caso tiver a oportunidade, realizar varias questões, principalmente para fixar o extenso conteúdo. Alguns pontos foram propositalmente enfatizados a fim de acertar o máximo de questões. Qualquer dúvida pode entrar em contato conosco no direct ou comentários da plataforma. 
QUESTÕES
1) Em relação às provas previstas no CPP, assinale a opção correta. 
A. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo vedado ao juiz produzir provas de ofício, em respeito ao sistema acusatório.
B. Quando a infração deixar vestígios, a autoridade policial determinará a realização do exame de corpo de delito, direto ou indireto, que poderá ser suprido pela confissão do acusado caso não seja possível a sua realização. 
C. Antes de iniciar o interrogatório, o acusado deve ser informado pelo juiz do seu direito de permanecer calado e de que não é obrigado a responder às perguntas que lhe forem formuladas, mas que o seu silêncio poderá ser interpretado como confissão presumida. 
D. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor, exceto o ascendente, o descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, o irmão, o pai, a mãe, o amigo íntimo e o inimigo capital do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, a obtenção ou a integração da prova do fato e de suas circunstâncias. 
E. O juiz deve formar sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
2) Sobre a prova penal, analise as afirmativas a seguir. 
I – São princípios que informam a prova penal: verdade material, vedação da prova ilícita, aquisição ou comunhão da prova, audiência contraditória, concentração e imediação, auto- responsabilidade das partes, identidade física do juiz, publicidade e livre convencimento motivado. 
II – Como formas de avaliação da prova no direito processual penal brasileiro são admitidos os seguintes sistemas: tarifada ou legal, íntima convicção e persuasão racional. 
III – A confissão do réu no processo penal é de valor relativo e deve ser cotejada com as demais provas. Se reconhecida na sentença não poderá levar a pena abaixo do mínimo cominado. 
IV – A prova ilícita é inadmissível no direito processual penal brasileiro, exceto aquela a favor do réu e para proteger o seu estado de liberdade. As provas ilícitas por derivação, extraídas da “Teoria dos frutos da árvore envenenada”, chegam ao processo por meio de informação obtida por prova ilicitamente colhida. O Código de Processo Penal hoje mitiga a vedação das provas ilícitas por derivação, no caso da fonte independente e da descoberta inevitável. Está correto o que se afirma em: 
A. somente I, II e III; 
B. somente I e IV; 
C. somente II e IV; 
D. somente III; 
E. I, II, III e IV.
3) Lucas foi denunciado pela prática de crime de furto qualificado. Durante o procedimento comum ordinário, arrolou, em resposta à acusação, sua esposa para ser ouvida em audiência de instrução e julgamento, apesar de várias pessoas terem conhecimento sobre os fatos. Considerando as informações narradas, sobre o tema Prova, é correto afirmar que a esposa de Lucas: 
A. é proibida de depor em razão da função, ministério, ofício ou profissão, somente sendo autorizada sua oitiva se assim quiser e houver autorização do denunciado; 
B. deverá ser ouvida na condição de informante, prestando compromisso legal de dizer a verdade; 
C. responderá às perguntas formuladas direta e inicialmente pelo juiz, podendo as partes complementá-las; 
D. será ouvida, em audiência de instrução e julgamento, após o interrogatório do réu e oitiva das testemunhas de acusação; 
E. não será computada para fins do limite de 08 testemunhas do procedimento comum ordinário.
4) Segundo Aury Lopes Jr., é muito importante distinguir os atos de prova daqueles meros atos de investigação (produzidos na fase pré-processual). Assim, são atos de prova aqueles que:
A. servem para a formação da opinio delicti do acusador. 
B. podem ser praticados pelo Ministério Público ou pela Polícia Judiciária. 
C. não estão destinados à sentença. 
D. estão dirigidos a convencer o juiz de uma afirmação.
5) Com relação às testemunhas no processo penal, é correto afirmar que:
A. é permitido à testemunha trazer o depoimento por escrito, não necessitando prestá-lo oralmente. 
B. as pessoas impossibilitadas, por enfermidade ou por velhice, de comparecer para depor, serão inquiridas onde estiverem. 
C. é vedado ao juiz ouvir outras testemunhas, além das indicadas pelaspartes. 
D. é vedado à testemunha trazer apontamentos para consulta em seu depoimento.
6) De acordo com a Lei nº 3.689/1941 - Código de Processo Penal, quando a infração deixar vestígios, será necessária a perícia judicial, em que os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados. O perito terá, em regra geral, para elaborar o laudo pericial, o prazo máximo de: 
A. 7 dias. 
B. 8 dias. 
C. 10 dias. 
D. 15 dias.
7) De maneira geral, a doutrina conceitua prova como todo elemento através do qual se pretende influenciar o convencimento do julgador, demonstrando-se a existência ou realidade de um fato. Em que pese o Código de Processo Penal seja primordialmente marcado pelo sistema acusatório, alguns resquícios sobre características do sistema inquisitivo permanecem em relação ao tema. Com base nas previsões do Código de Processo Penal, em relação ao tema “prova”, é correto afirmar que: 
A. a prova da qualificadora do crime de furto qualificado pelo rompimento de obstáculo depende da realização de exame de corpo de delito, podendo esse ser suprido apenas pela confissão do acusado; 
B. as provas ilícitas deverão ser desentranhadas do processo, assim como aquelas que dela derivarem, ainda que as derivadas pudessem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras; 
C. o crime de lesão corporal de natureza grave exige a realização de exame de corpo de delito, que poderá ser, porém, indireto, caso os vestígios desapareçam; 
D. a busca e apreensão pessoal, havendo prova da materialidade e indícios de autoria de flagrante delito e posse de instrumentos do crime, depende da prévia existência de mandado; 
E. o exame pericial deverá ser realizado por dois peritos oficiais, ou, em sua falta, duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior.
8) Hades, delegado de polícia, em comunhão de ações e desígnios com Hermes, Perseu e Ájax, agentes de polícia lotados na mesma delegacia, associaram-se de forma estruturalmente ordenada e mediante divisão de tarefas, constituindo organização criminosa que tinha por objeto receber valores de empresários para deixar de reprimir atividades ilícitas por eles praticadas, organizando operações policiais em face de concorrentes. De acordo com as informações repassadas por empresários integrantes do esquema, de forma dissimulada e de comum acordo, os agentes forjaram notícia anônima dando conta da existência de materiais contrabandeados e fruto de contrafação (pirataria) no interior de estabelecimento especificado. Com base unicamente nesta notícia, o delegado Hades determinou que seus agentes realizassem diligências no local dos fatos em período noturno. Em meio à vigilância policial, os agentes, sob a direção do delegado de polícia, ingressaram na sede do estabelecimento comercial, constatando farto material oriundo de pirataria e também grande quantidade de munições, armas de fogo e entorpecentes. Conduzidos os responsáveis à Delegacia de Polícia, foi lavrado auto de prisão em flagrante. Nada obstante, paralelamente às condutas praticadas, mediante procedimento investigatório próprio que corria fundamentadamente sob sigilo, o Ministério Público, por meio de interceptações telefônicas autorizadas judicialmente, monitorava a atuação da organização criminosa e, apesar de ter obtido mandado de busca e apreensão para o mesmo estabelecimento comercial, não teve êxito em impedir, naquele momento, a ação dos policiais civis. Em relação ao caso proposto, é correto afirmar que: 
A. o membro do Ministério Público que participou das investigações estará necessariamente impedido para oferecer denúncia e acompanhar os termos ulteriores do processo; 
B. é lícita a entrada dos agentes no estabelecimento comercial, mesmo que fundada em notícia anônima, uma vez que os atos das autoridades públicas possuem presunção de legitimidade; 
C. ainda que a apreensão de material contrafeito seja ilícita, o mesmo não se pode dizer da apreensão de entorpecentes, armas de fogo e munições, uma vez que constituem infrações penais autônomas desvinculadas com o objeto da investigação; 
D. tanto as provas colhidas contra o alvo dos agentes de polícia judiciária, quanto aquelas reunidas contra a organização criminosa são ilícitas, uma vez que é vedado ao Ministério Público promover investigações criminais diretamente; 
E. as provas recolhidas no interior do estabelecimento, apesar de colhidas por meio ilícito, podem ser utilizadas no processo penal, uma vez que a investigação do Ministério Público demonstrou a sua obtenção por fonte independente/ descoberta inevitável. 
Gabarito
1- E; 2-E; 3-E; 4-D; 5-B; 6-C; 7-C; 8-E

Outros materiais