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Bacias de Rifte

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FACULDADE DE CIÊNCIAS 
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA 
Disciplina: Análise de Bacias Sedimentares 
Tema: Bacias de Rifte 
Discentes: 
Alfândega, Yussufo Abubakir 
Bila, Fernando Marcos 
Miguel, Nélio Clésio 
Miguel, Teófilo Almeida Magalhães 
Massango, Mário Manuel 
 
Docente: 
Lic. Guidion Mavundla 
 
 
 
 
Maputo, Abril de 2022 
2 
 
Índice 
Introdução ..................................................................................................................................................... 3 
2. Objectivos ................................................................................................................................................ 4 
2.1. Objectivo geral ................................................................................................................................. 4 
2.2. Objectivos específicos ....................................................................................................................... 4 
3. Conceitos gerais ....................................................................................................................................... 5 
4. Isostasia .................................................................................................................................................... 5 
5. Mecanismos de Formação de Bacias ..................................................................................................... 6 
5.2. Loading sedimentar ......................................................................................................................... 7 
6. História termal da bacia ou maturação dos sedimentos ...................................................................... 7 
7. Maturação de sedimentos ....................................................................................................................... 9 
8. Sedimentos de bacias do tipo rift ......................................................................................................... 12 
9. Modelos de fácies para bacias de semi-grabens ................................................................................. 12 
10. Exemplos de bacias de rifte em Moçambique....................................................................................... 15 
12. Bibliografia .......................................................................................................................................... 20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1. Introdução 
Os sedimentos e rochas sedimentares podem ser encontrados em diferentes locais da superfície 
terrestre, mas não em todos que tais sedimentos e rochas sedimentares se preservam por longos 
períodos de tempo. Para que um local possa albergar sedimentos e, a partir destes, rochas 
sedimentares, é necessário que o local possua um espaço de acomodação, a ponto de ser necessária 
muita energia para removê-los: as bacias sedimentares. Estes locais são, geralmente, 
topograficamente abatidos em relação às áreas circunvizinhas. O principal factor que rege a 
distribuição das bacias sedimentares é, indubitavelmente, a tectónica de placas, que vai influenciar 
no tipo de processos geológicos ocorrem em determinado local. Dependendo do tipo de limite de 
placas tectónicas, se convergente, se divergente ou transformante, diferentes processos ocorrem, 
resultando em diferentes estruturas e, então, diferentes tipos de bacias sedimentares. Em margens 
convergentes, por exemplo, a tectónica de placas resulta em estruturas extensionais, como as falhas 
que, em conjunto, geralmente formam uma estrutura de graben. Para além da tectónica de placas, 
existem outros factores na formação das bacias sedimentares, que agem muitas vezes 
posteriormente aos processos tectónicos e, não poucas vezes, em consequências dos mesmos 
processos tectônicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
2. Objectivos 
2.1. Objectivo geral 
✓ Descrever os principais aspectos relacionados às bacias de rifte. 
2.2. Objectivos específicos 
✓ Indicar e descrever os mecanismos de formação das bacias de rifte; 
✓ Identificar o tipo e a proveniência dos sedimentos de bacias de rifte; 
✓ Descrever a história termal e de maturação de sedimentos característicos de bacias de 
rifte; 
✓ Mencionar exemplos de bacias de rifte em Moçambique e no Mundo; e 
✓ Avaliar a prospectividade das bacias do tipo rifte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
3. Conceitos gerais 
Uma bacia de rifte típica apresenta-se como uma depressão na crusta, geralmente alongadas, 
limitadas em uma ou ambas extremidades por falhas normais que afectam o embasamento 
cristalino. Em geral apresentam quilómetros de profundidade, dezenas de quilómetros de largura 
e centenas de quilómetros de comprimento. Agora, os sistemas de rift constituem um conjunto de 
bacias de rifte paralelas, intersectantes e/ou sobrepostas entre si. 
As bacias de rifte, antigas e recentes, estão entre as estruturas geológicas mais importantes em 
termos de abundância e acumulação de sedimentos. Estas bacias, em geral recentes e 
topograficamente expressivas, ocorrem em todos os continentes, assim como na relativamente fina 
crusta oceânica. Os riftes em estas bacias se formam são, por assim dizer, os sinalizadores dos 
primeiros estágios da formação de uma nova bacia oceânica. 
As bacias de rifte componentes estruturais de larga escala. Esses componentes incluem margens 
afectadas por falhas, os flancos (destas margens afectadas por falhas) soerguidos, margem 
rotacionadas, vales profundos, blocos de falha de larga escala dentro da bacia e zonas de 
transferência. 
4. Isostasia 
Basicamente é definida como a resposta da crusta a mudanças de estado. Em Análise de Bacias 
Sedimentares entender a isostasia e o seu carácter indicador de possíveis locais de bacias é 
fundamental para descoberta das mesmas e compreensão dos factores que levaram a mudanças do 
padrão da crusta. 
Destinguem-se a Isostasia do Tipo Airy e a do Tipo Pratty, como dois grandes grupos. 
6 
 
Figura 1. Teoria de Airy: Balanço isostático é atingido pela presença duma raiz para suster a uma 
elevação e teoria de Pratt: O balanço é atingido pela diferença de densidade das rochas. 
5. Mecanismos de Formação de Bacias 
As bacias do tipo rifte são originadas por mecanismos, a saber: 
a) adelgaçamento/afinamento crustal; 
b) loading sedimentar. 
 
A crusta é quebradiça/frágil e quando submetida a tectónica extensional, por um Far Field Stress, 
ela acomoda a deformação por falhas normais. Tal sistema de falhas normais gera grabens, semi-
grabens. A medida que tal deformação acontece, a crusta experimenta um strechening 
(estiramento) resultando no seu afinamento, podendo dar-se por rifteamente activo ou por 
rifteamento passivo. 
7 
 
 
Figura 2. Rifteamento Passivo e Activo. 
Estes dois modelos provêm da extensão crustal que é compensada pela redução da espessura, assim 
a medida que isso acontece a superfície perde topografia tal que sedimentos posteriores podem 
preencher este espaço. O que difere estes modelos é que no activo a distensão é causada por efeitos 
locais de gradiente lateral de pressão litostática por topografia e no passivo a distensão é causada 
por propagação distal de esforços vindos das margens das Placas. 
5.2. Loading sedimentar 
Um espaço de acomodação de sedimentos implica capacidade de receber, acumular e preservar 
sedimentos por um longo período de tempo. Porque isto é contínuo o peso de sedimentos vai 
exercendo pressão e se confina a medida que passa o tempo, constituindo um mecanismo de 
subsidência. 
 
6. História termal da bacia ou maturação dos sedimentos 
Avaliados os históricos estruturais e de soterramento do graben, terá alguma aproximação com a 
história térmica da bacia, e descrevendo quantitativamente a relação entre história e maturação de 
sedimentos (exumação e soterramento), levando em conta o gradiente térmico dolocal. 
Tendo em conta a evidência da anomalia termal em profundidade: 
8 
 
• Anomalias de gravidade de Bouguer negativas; 
• Alto fluxo de calor; e 
• Actividade vulcânica bimodal. 
 
Figura 3. À medida que a Terra arrefece, o calor é transferido por convexão do manto para a 
litosfera, sendo depois conduzido através da litosfera para a superfície. O fluxo de calor que se 
observa à superfície da Terra pode ser estimado com base na medição do gradiente térmico e na 
condutividade das rochas. 
Conhecendo os mecanismos através dos quais se dá cada um dos dois tipos de rifteamento, se pode 
caracterizar a história termal da bacia sedimentar resultante: 
 
 
a) Rifteamento activo: 
• A elevação do manto causa um afinamento crustal (aquecimento); 
• Afinamento leva à elevação; e 
• Elevação leva a tensão e rifteamento. 
b) Rifteamento passivo: 
9 
 
• Extensão regional causa falhas; e 
• Rochas do manto quente sobem e penetram na litosfera. 
 
 
Figura 4. (À esquerda) A. Rifteamento passivo (Passive rifting) e B. rifteamento activo. (À direita) 
Subsidência térmica mais efectiva do que a subsidência mecânica. 
 
 
7. Maturação de sedimentos 
O preenchimento do rift geralmente consiste em depósitos continentais tais como: Fluvial (rio), 
Lacustrino (lagonas ou lagoa), aluviais e eluvionais. Sendo que, muitos evaporitos podem ser 
formados em Vales de rift ou em bacias que estão localizadas em áreas quentes ( devido ascensão 
da astenosfera) e seca, tendo alguns processos como, a invasão de um mar e por bacias de 
drenagens fechadas. Nesse tipo de bacia pode ocorrer rochas vulcânicas, associadas a intrusões 
(podendo estar presentes); 
Teremos a maturação de sedimentos nos diferentes tipos de rift, nomeadamente: 
10 
 
Margem passiva 
A margem passiva encontra-se normalmente recoberta por sedimentos de espessamento em 
direcção ao mar, tipicamente por depósitos marinhos rasos. Com vários, mecanisms de susidência 
mecânica como: 
• Arrefecimento (contração termal) seguido do finamento da litosfera; 
• Mudança de fases na crosta inferior ou manto (gabro a Eclogite); 
• Descarga de sedimentos (que adiciona outros efeitos); 
Em termo de morfologia, a margem passiva será caracterizado pelo shelf, slope e elevação 
continental, tendo as margens de shelf construídas fora com o tempo, tendo sedimentos como 
clásticos e carbonáticos. A profundidade da água fica relativamente constante em shelf, fornecendo 
sedimentos abundantemente. Nos slopes encontra-se sistemas clásticas, além de sedimentos 
pelágicos, contornitos, etc. 
 
Figura 5: A e B mostra sedimentos depositados pós-rifteamento com margens vulcânicas e 
pobres em magma, tendo no A espessos derrames na fase rift (até 15 Km), com refletores de 
grande amplitude inclinados para oceanos (SDR). 
11 
 
 
 
Figura 6. Mostra a margem continental que resulta da transição subjacente da crosta continental 
para a crosta oceânica, como a crosta oceânica é mais fina (e portanto , menos flutuante) do que a 
continental, a sua superfície é mais baixa. À medida que a bacia oceânica submersa se inunda 
com água, uma cunha de camadas sedimentares (arenito, xisto e calcário) se acumula ao longo da 
margem continental. Camadas sedimentares e vulcânicas mais antigas preenchem os vales de rift 
que se formaram quando o continente se partiu inicialmente. 
 
 
Margem activa 
Nesse tipo de margem, rifte vai abrindo a crusta inferior e sofrendo adelgaçamento, definidos por 
falhas tectónicas com larguras entre 30 a 75 km e comprimento variável, desde as dezenas até às 
centenas de quilómetros, com largas volumes de rochas vulcânicas, com sedimentos marinhos( 
causadas pelas mudanças do nível do mar) e continentais. 
 
12 
 
Figura 7. Temos uma margem activa (rifteamento da Crosta), onde ainda se verifca o 
estiramento da crosta (afinamento da mesma) seguida pela acumulação sedimentos, que vão 
maturando com ascensão da astenosfera (manto) que vai migrando para zona menos profunda. 
8. Sedimentos de bacias do tipo rift 
Em bacias do tipo rifte frequentemente ocorrem depósitos fluviais, isto porque sedimentos são 
erodidos e transportados a partir da parte superior dos blocos de falha que formam o rifte – em 
forma de graben. Quando esses grabens são assimétricos, os sedimentos são erodidos e 
transportados de um só lado do rifte, mas quando são simétricos, os sedimentos são erodidos dos 
dois lados das bordas. O transporte dos sedimentos se dá do topo para a base do graben, devido a 
acção da forca de gravidade e de rios. Numa primeira fase, são desenvolvidos canais entrelaçados 
devido a velocidade com que o rio corre em direcção a base, e à medida que se aproxima desta, rio 
a sua velocidade diminui, visto que o a inclinação torna-se mais suave, formando-se um padrão 
meandrante. A topografia pré-rifte controla a posição de maioria dos rios, que podem ou não entrar 
na bacia. Controla igualmente o budget balanço hidrológico e sedimentológico. 
9. Modelos de fácies para bacias de semi-grabens 
O preenchimento do rift geralmente consiste em depósitos continentais tais como: Fluvial (rio), 
Lacustrino (lagonas ou lagoa), aluviais e eluvionais. Sendo que, muitos evaporitos podem ser 
formados em Vales de rift ou em bacias que estão localizadas em áreas quentes ( devido ascensão 
da astenosfera) e seca, tendo alguns processos como, a invasão de um mar e por bacias de 
drenagens fechadas. Nesse tipo de bacia pode ocorrer rochas vulcânicas, associadas a intrusões 
(podendo estar presentes);ara este tipo de bacias deixaram expostos vários ambientes 
deposicionais. Tudo indica que bacias assimétricas são causadas pela diferença no fornecimento 
de sedimentos para bacia e pelos diferentes processos deposicionais, nos dois lados da bacia, 
principalmente se os sedimentos são provenientes dos flancos da semi-graben. Sedimentos 
provenientes do footwall tendem a apresentar uma granulometria grossa e a formar fans aluviais, 
deltas e debris flows em águas profundas. 
Relação entre o espaço de acomodação dos sedimentos, fornecimento de sedimentos e o 
fornecimento de água 
A relação entre o espaço de acomodação, o fornecimento de sedimentos e o fornecimento de água 
determina que tipo de sistema deposicional será predominante em bacias do tipo rift. 
13 
 
Em casos em que o fornecimento de sedimentos é maior que o espaço de acomodação, verifica-se 
uma predominância de depósitos fluviais. Em casos onde o espaço de acomodação é maior que o 
fornecimento de sedimentos, verifica-se uma predominância de depósitos lacrustinos (porém 
ocorrem também depósitos fluviais e deltaicos). 
A relação entre o fornecimento de água e o espaço de acomodação determina as condições 
hidrogeológicas no leque. Se o fornecimento de água exceder a capacidade do espaço de 
acomodação, o leque é hidrogeologicamente aberto. Em casos em que o espaço de acomodação 
excede o fornecimento de água, o leque é hidrogeologicamente fechado. 
14 
 
 
 
Figura 8. Modelos de fácies para bacias de semi-grabens. 
15 
 
 
Figura 9. Relação entre o espaço de acordação dos sedimentos, fornecimento de sedimentos e o 
fornecimento de água. 
10. Exemplos de bacias de rifte em Moçambique 
Em Moçambique existem 4 bacias do tipo rifte, a saber, a bacia do Lago Niassa, a bacia de 
Maniamba e as bacias do Baixo e Médio Zambeze. As duas primeiras estão relacionadas ao sistema 
de rifte Este Africano. 
As bacias de baixo e médio Zambeze estão localizadas no extremo Oeste de Moçambique, na 
província de Tete, representando um sistema de grabens e estão orientadas na direcção Oeste-Este, 
com uma extensão de 270Km. O seu preenchimento sedimentar compreende formações 
sedimentares do Karoo, e em volume menor de sedimentos continentais do jurássico Superior e 
Cretácico Superior e Cretácico Inferior, a pilha de sedimentos na bacia possui uma espessura 
estimada de 4000 m. 
16 
 
A bacia do LagoNiassa (ás vezes designado Lake Malawi), com preenchimento sedimentar 
composto por sedimentos lacustrinos e fluviais no intervalo Mioceno a Plioceno fazendo a 
espessura de cerca de 3500m. 
A bacia de Maniamba é adjacente a bacia do Lago Niassa, estando localizada a Noroeste da 
província de Niassa. A bacia compreende sedimentos do Karoo com largura de 50 a 60Km, com 
direcção de 145Km até a fronteira com a Tanzânia. A área total da bacia no território é de 
aproximadamente 8000Km2.
 
 Figura 10. Localização das bacias do tipo rifte em Moçambique (CAMBA, 2015). 
 
As bacias de rift são bem conhecidas como províncias de rolamento de hidrocarbonetos prólicas e 
todo o mundo, com reservas de petrólio recuperáveis estimadas de aproximadamente 21011 barris 
(Morley 1999). Sendo por vezes preenchida por depósitos continentais, com uma atividade 
vulcânica importante e significativa na variação lateral. 
As bacias de rift apresentam principalmente sedimentos pelágicos e Hemipelágicos, bem como 
sedimentos Vulcanoclásticos, carvões (nas bacias de Niassa e Zambeze), incluindo turbiditos. 
Podendo também apresentar rochas reservatórias, geradoras e rochas selos de hidrocarbonetos, 
tendo em bacias sin- e pós-rift predominância de sedimentos marinhos ou não-marinhos 
(continentais) controlados pelo clima (influência nas fáceis), tectónica (na topográfia, devido as 
falhas existentes) e as variações do nível do mar, isso em bacias marinhas do tipo rift. 
17 
 
Panorama Mundial mostra o mesmo princípio de análise múltipla na avaliação do potencial 
petrolífero das bacias de rift, já utilizado por diversos outros autores (especialmente Klemme 1970 
e 1980), pode, igualmente, ser aplicado através do sistema proposto por Kingston et ai. (1983a). 
 
Figura 11. (a) um mapa simplificado da Zona de Rift Este Africano e (b) diferentes estágios da 
evolução do rift e da actividade vulcânica no rift. 
As bacias de Rift do Este Africano exibem uma grande variedade de de ventilador aluvial, fluvial 
e lago de exposição (Frietick et al. 1986). O ventilador de lago de deposição depende de condições 
climáticas em mudanças no tempo e da bacia para bacia. As diatomitas e xicolas negras ocorrem 
nas mais regiões húmidas, enquanto que nas zonas áridas são caracterizades por lagos de paya com 
evaporites, incluindo carbonato de sódio e lacustre chert (Eugsteer 1986). As bacias sa fenda 
oriental em particular contém sedimentos vulcânicos abundantes de composição variável. Os 
xicolos betuminosos são provavelmente associados a períodos mais húmidos, que são 
normalmente registrados por calcários arenosos com fósseis e areias perto da margem da bacia. A 
atividade vulcânica durante o oligoceno e mioceno foi moderada e caracterizada por cinzas de 
alcalina e félsica bimônima-félsica. 
18 
 
 
 
Figura 12. Uma zona de fenda composta de Semi-Graben com polaridades alternadas. Semi-
grabens adjacentes são separados por cumes interbasinais oblíquos ao eixo de fenda, modelo do 
lango Tanganica, fenda ocidental da zona de fragmentação do leste da Àfrica. B estrutura de Rift 
Rained Cretáceo da região de baixo entre Austrália e Tasmânia. C Combinado extensão e 
screpsping deslocamento. As falhas de N 70˚ E pré-existentes são reativadas pelo movimento de 
script de greve e produzem falhas secundárias normais N30˚E dentro da estrutura de graben. 
Modelo de enrolamento triássico no alto, Marrocos. D Superposição do do detachment acima e 
perpendiculal ao regime extencional anterior gera movimento de dipslip substancial ao longo de 
falhas l´stricas e, assim pressão de golpe paralelo á falta de fronteira da bacia extensional. 
19 
 
11. Conclusão 
As bacias de rifte podem ser classificadas em dois tipos, as formadas por rifteamento activo e as 
formadas por rifteamente passivo. 
Os principais factores que controlam a sedimentação em bacias de rifte não-marinhos são a 
tectónica e o clima. Agora, nas bacias de rifte marinhas, além da tectónica, existe a influência da 
variação do nível do mar. 
As bacias de rifte são as mais comuns em todo o mundo, existindo 4 em moçambique, 
nomeadamente: bacia sedimentar de Maniamba, bacia sedimentar do Lago Niassa, bacia 
sedimentar do Baixo Zambeze e Médio Zambeze. 
 A ocorrência e distribuição de hidrocarbonetos em bacias de rift estão relacionadas a sucessão 
estratigráfica nas fases sin- e pós-rifte. A maioria das reservas de hidrocarbonetos recuperáveis 
ocorrem em riftes com subsidência térmica pós-rifte e em aquelas bacias que são dominadas por 
preenchimento marinho. Os riftes simples são significativamente menos prospectáveis. Também 
é um factor positivo é a baixa actividade actividade tectónica na fase pós-rifte, de modo a não 
dispersar os hidrocarbonetos, em caso de terem sido formados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 
12. Bibliografia 
✓ ALLEN, J. & ALLEN, P. Basin Analysis: Principles and Applications. Blackwell 
Science. 2a edição, Oxford. 2005. 
✓ CUMBA, N. Instituto Nacional de Petróleo. Quadro de políticas e regulamentação de 
petróleo e gás em Moçambique. Maputo, 2015. 
✓ EINSEL, G. Sedimentary Basins: Evolution, facies, and budgets. Springer-Verlag, 
Berlim.1992. 
✓ McKenzie, D., 1978. Some remarks on the development of sedimentary basins. Earth 
Planet. Sci. Lett., 40: 25-32. 
✓ Royden, L., Sclater, J.G. and Von Herzen, R.P., 1980. Continental margin subsidence and 
heat flow: important parameters in formation of petroleum hydrocarbons. Bull. Am. 
Assoc. Pet. Geol., 64: 173-187. 
✓ Mougenot, D., Recq, M., Virlogeux, P. and Lepvrier, C., 1986. Seaward extension of the 
East African Rift. Nature, 321: 599-603.

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