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Aula-tema 01: O mundo como você vê. O cenário contemporâneo nos impõe constantes transformações e mudanças e cada indivíduo compreende-as de forma particular, pois depende da visão de mundo que possui. Visão de mundo é a forma pela qual vemos, percebemos e interpretamos o mundo e nos ajuda a tomar decisões e responder constantemente às necessidades. A visão de mundo que temos se baseia no modo como percebemos a realidade e isso inclui, valores pessoais, crenças e atitudes que irão influenciar a forma como agimos e reagimos às diferentes situações cotidianas. Se a sua visão de mundo é mais mecanicista você tenderá a desmembrar um problema - ou um acontecimento qualquer -, em diversas partes, buscando entender seu funcionamento antes de dar uma resposta, mas se for uma visão sistêmica, entenderá que as partes estão intimamente ligadas e tenderá a ver o conjunto dos dados - o todo. Nestes casos, a busca por respostas terá um curso de ação diferente, mas não se pode dizer que há uma visão melhor ou pior de mundo, pois tudo depende de cada realidade. Nota-se que alguns fenômenos recentes como: as mudanças de ordem econômica, financeira e política de integração dos mercados mundiais denominada Globalização e a evolução tecnológica e científica (nanotecnologia, por exemplo); tem gerado preocupação com a sustentabilidade do planeta, a diminuição dos recursos naturais e, consequentemente vem modificando a nossa visão de mundo, por abalar conceitos já enraizados e exigir novas formas de atuação inimagináveis num passado recente. Os valores que possuímos têm fundamental importância na formação de nossa visão de mundo, uma vez que estes são a base na formação das atitudes e orientam a vida de pessoas, organizações e países. A sociedade humana fundamenta-se em alguns valores fundamentais, essencialmente: econômicos, éticos, emocionais e espirituais.. De acordo com sua visão de mundo, o homem pode tomar uma atitude mais passiva e buscar se adaptar às mudanças, ou uma atitude mais ativa, mudando, transformando e/ou inovando a sua realidade. Importa saber como as mudanças estão lhe afetando e quais são as possíveis implicações pessoais ou profissionais que elas produzem em cada um. Tendo em vista que o mundo está em transformação constante, a nossa percepção de futuro também precisa ser dinâmica, portanto atualizar-se, buscando conhecer as tendências, possibilidades de inovação e problemas futuros é fundamental. É válido lembrar que, por meio da nossa visão de mundo temos a opção de decidir e a possibilidade de influenciar o futuro. Não deixe de exercitar a sua visão de mundo. A cada exercício, melhoramos enquanto observadores, melhoramos como participantes desse universo e passamos a compreender melhor o cenário em que estamos inseridos. Conceitos Fundamentais Mundo contemporâneo- é o mundo que vivemos hoje e foi historicamente influenciado por eventos diversos, especialmente as grandes guerras mundiais que marcaram o século XX e trouxeram mudanças significativas ao século XXI. Visão de mundo- perspectiva pela qual o indivíduo observa e analisa o mundo ao seu redor, extraindo suas opiniões e baseando seu modo de ação. Competências individuais- é o resultado da união de conhecimentos, habilidades e atitudes que permitem ao indivíduo desempenhar com eficácia determinadas tarefas. Fenômeno- acontecimento observável, literalmente “algo que pode ser visto”. Projetar- representar algo futuro por meio de estimativas. Predizer - antecipar-se ao futuro, profetizar algo. Criatividade- processo mental de geração de novas ideias. Inovação- é a implementação de algo novo ou significativamente melhorado. É a criatividade colocada em prática. Visão linear e hierárquica- considerada uma visão mecanicista onde os acontecimentos são vistos numa relação estrita de causa e efeito. Busca-se sempre uma resposta certa e tudo deve ser determinado objetivamente. Os fenômenos são divididos em partes e componentes cada vez menores para serem analisados e explicados. Visão sistêmica ou holística - consiste na compreensão do todo a partir de uma análise global das partes e da interação entre estas. Como holístico entende-se que o conjunto não é mera soma de todas as partes, mas as partes compõem o todo, e é o todo que determina o comportamento dessas partes. Valores- são normas, princípios ou padrões aceitos ou mantidos pelas pessoas ou sociedade, nos quais o homem se baseia para atuar. Globalização- fenomeno que diminuiu as barreiras entre os países em termos comerciais, de integração socio-cultural e política, impulsionada pelo aumento da tecnologia da informação que facilitou a comunicação, a mobilidade e as transações financeiras entre os continentes. Evolução tecnológica – mudanças e melhorias alcançadas nas ultimas décadas com relação aos recursos computacionais, meio de comunicação e aparatos tecnológicos que auxiliam o homem nas diversas atividades de sua vida. Tecnologia da informação- é a somatória dos recursos tecnológicos e computacionais que são utilizados para armazenamento, processamento e comunicação da informação. Realidade virtual- visa recriar ao máximo a sensação de realidade para um indivíduo, com o uso de técnicas e de equipamentos de informática (computadores) que ajudem a reproduzir ambientes reais. Sustentabilidadei- envolve encontrar uma forma de desenvolvimento que atenda as necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das próximas gerações de suprir as próprias necessidades. Ecossistema - conjunto formado por todas as comunidades que vivem e interagem em determinada região incluindo animais, plantas e bactérias. Biodiversidade- diz respeito a diversidade (variedade) de natureza viva, incluindo plantas, animais e bactérias. Atitudes- tendência de uma pessoa a julgar fatos ou pessoas como favoráveis ou desfavoráveis, bons ou ruins, desejáveis ou indesejáveis. Crenças- relativa à convicção sobre determinada ideia, independente de sua realidade objetiva, pois sofre infuência de fatores subjetivos e das convicções pessoais, não estando necessáriamente ligada a provas concretas. Aula-tema 02: O Mundo do Trabalho O trabalho é fundamental na vida humana e a evolução da sociedade se deu, em grande parte, graças à capacidade do homem de transformar o meio ambiente e garantir um constante desenvolvimento. O significado que damos ao trabalho varia em função dos recursos e das condições oferecidas, podendo ser visto como algo estruturante e motivador ou como um instrumento de dominação, capaz apenas de produzir sofrimento. O trabalho sofreu mudanças significativas nas últimas décadas com a chamada globalização, que transformou as formas de produção e o próprio mercado de trabalho. Para compreender essa situação, é preciso destacar alguns fatores: o Mudanças na economia mundial – a pouca concorrência existente até a década de 1980 proporcionava estabilidade e bons lucros as empresas que, até então, não se preocupavam muito em “encantar o cliente”, mas a abertura do mercado às importações imprimiu um ritmo diferente, em que a disputa pelo consumidor se tornou feroz. o Mudanças no padrão de consumo – com as alterações acima, atualmente “o cliente é o rei”, e suas exigências e preferências estão em foco, fazendo com que as organizações busquem superar constantemente as expectativas dos consumidores. o Inovações no processo produtivo – para agradar o consumidor, fez-se necessário investir recursos na compra de maquinários mais modernos, na automação e automatização de diversos processos produtivos, o que resultou em cortes significativos de pessoal – o chamado desemprego estrutural. o Mudanças no perfil do trabalhador – a modernização das indústrias fez com que o trabalho passasse a ser mais intelectual que braçal, e ao trabalhador foi exigido buscar novos conhecimentos que pudessem trazê-lo de volta ao mercado e enfrentar relações de trabalho mais autônomas. O emprego formal (carteira assinada, benefícioslegais etc.) passa a ser substituído por trabalho (relação demanda e oferta, ganhos imprevisíveis, horários flexíveis, diversos clientes), que pode ser: terceirizado, por projeto, a distância, entre outros. Como resultado, surge a noção de empregabilidade, vista como um conjunto de competências e habilidades necessárias para uma pessoa ampliar suas chances de entrada no mundo do trabalho ou emprego. No mercado profissional do século XXI, muitas ocupações antigas estão desaparecendo e outras estão sendo criadas. Apenas como exemplo, atualmente, destacam-se as categorias profissionais de tecnólogos e aquelas relacionadas à nanotecnologia e à biotecnologia; as pesquisas da indústria farmacêutica; a agropecuária (etanol e biocombustível), e a indústria de gás (pré-sal). Compreender as tendências de atuação e áreas em crescimento pode ser útil para o desenvolvimento profissional, mas isso perde o sentido se você não tiver realizado adequadamente sua autoavaliação. Ponderar seus desejos e objetivos de vida com suas competências profissionais é importante para que você possa estabelecer metas de desenvolvimento adequadas ao sucesso profissional. Pesquisas científicas vêm tentando ilustrar quais as características mais desejadas pelas organizações, e um dado interessante a destacar é que as empresas parecem priorizar as habilidades tidas como genéricas e as atitudes dos indivíduos, mais que as habilidades específicas de trabalho. Isso reforça a importância de você conhecer os recursos que possui para a empregabilidade, em termos de conhecimentos, habilidades e atitudes que resultarão nas suas competências. Para auxiliar nessa tarefa, o capítulo apresenta ao final um exercício de autoanálise para a busca profissional. Conceitos Fundamentais Contrato psicológico – diz respeito às trocas estabelecidas na relação de trabalho entre a organização e o indivíduo, trocas essas que não estão discriminadas no contrato formal nem são discutidas expressamente, pois fazem parte das expectativas de ambas as partes. Empregabilidade – ações empreendidas pelas pessoas, no intuito de desenvolver habilidades e buscar conhecimentos favoráveis ao alcance de uma colocação, seja ela formal ou informal, no mercado de trabalho. Formação de tecnólogo – curso superior com 2 anos de duração, que habilita especialmente para atuação prática em determinada área. Gerenciamento de carreira – planejamento prévio sobre o caminho a ser percorrido para alcançar uma determinada posição na profissão. Modo de conduzir a formação e estruturar a busca de conhecimentos específicos para o êxito em uma área de atuação. Identidade psíquica – envolve o conjunto de características próprias de uma pessoa e sofre influência de aspectos genéticos e ambientais. Identidade social – constitui-se pelos grupos sociais aos quais pertencemos e pelo lugar ocupado por esses grupos na formação de nossa própria identidade. Modus operandi – termo latim que significa modo de operação, forma de realização ou execução de algo. Nichos de mercado – seguimentos pouco explorados, onde exista potencial de consumo ou crescimento. Pré-sal – conjunto de reservatórios petrolíferos encontrados abaixo da camada de sal marinho. Significado do trabalho – grau de importância que o trabalho possui na vida de um indivíduo. Diz respeito ao porquê o indivíduo trabalha, podendo estar ligado à motivação e à satisfação ou ao sentido de punição e dever. Aula-tema 03: Projeto de Vida: “O Que Você Quer Ser Quando Crescer?” O desenvolvimento pessoal e profissional pode ser bastante facilitado com a compreensão do que é e de como construir o seu projeto de vida. Embora essa não seja uma tarefa simples, por não haver um modelo único a ser seguido, alguns caminhos podem auxiliar tal elaboração. Projeto de vida é uma visão de futuro que deve levar em consideração as expectativas e aspirações de uma pessoa com relação ao horizonte a que pretende chegar, sendo necessário um planejamento quanto a objetivos, tempo, recursos, bem como uma avaliação real das condições atuais e do que falta para chegar às condições almejadas. A diferenciação entre sonhos (querer), desejos (possibilidades) e projetos (dados reais) parece ser um passo importante para a construção do projeto de vida e para planejar o futuro. Tendo em vista que o projeto de vida é uma estratégia para atingir os seus objetivos pessoais e profissionais, de forma consciente e planejada, faz-se necessário organizar informações e estruturar ações a curto, médio e longo prazos. Estas definições podem ser alteradas ou corrigidas com o passar do tempo, mesmo assim, são norteadoras das ações a serem cumpridas para o alcance de suas metas. Para realizar um projeto de vida, é preciso, primeiramente, estabelecer uma missão de vida, algo que oriente aonde você quer chegar, e, nesse sentido, o autoconhecimento e sua visão de mundo são fundamentais. Na sequência, informações claras sobre o contexto em que se vive, o conhecimento das oportunidades existentes e a compreensão dos recursos que possui (financeiros, de tempo, conhecimento etc.) irão ditar significativamente o modo como você conseguirá se preparar para alcançar seus projetos. Projeto de vida é algo pessoal e intransferível, que sofre influência das suas características de personalidade, do contexto socioeconômico e da geração a que pertence, portanto não pode ser feito por outra pessoa, ele é individual. O projeto de vida deve levar em consideração fatores como saúde, família, trabalho, lazer etc., tidos como esferas importantes na manutenção da qualidade de vida de uma pessoa, que ajudarão tanto na realização pessoal quanto profissional. Vale lembrar que, com o aumento da expectativa de vida da população, torna-se ainda mais importante planejar não apenas seus anos de vida “produtiva”, como também a construção de uma vida saudável e confortável para o futuro após esse período. Alguns exercícios e técnicas oferecidos no Capítulo 3 do livro-texto (ex.: Análise SWOT) visam transpor metodologias consagradas no meio empresarial, para a utilização objetiva e pragmática na construção de um projeto de vida. Estas possibilitam definir um plano ou conjunto de ações a serem desenvolvidas em função dos seus objetivos. Conceitos Fundamentais 5W2H – ferramenta utilizada para elaboração de um planejamento consistente, que visa prever a identificação dos vários fatores envolvidos na execução de um plano, dentre eles: What (o que será feito), Who (quem o fará), Why (por que deve ser feito), When (quando, em qual período de tempo), Where (em qual área/onde), bem como o modo de realização (How) e quanto vai custar (How much). Análise SWOT – original da língua inglesa, é traduzida pelas noções de Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats), que podem ser identificadas em um ambiente ou em uma situação. Tal análise auxilia na compreensão global de um cenário e pode colaborar para a elaboração de estratégias para solução de problemas. Autoconhecimento – conhecimento de si mesmo, ou seja, saber quem você é, o que quer, do que gosta etc. Biografia – descrição de vida de alguém, história de vida de uma pessoa. Competências comportamentais – conjunto de atitudes e características pessoais compatíveis com as atribuições a serem desempenhadas. Competências técnicas – conjunto de conhecimentos, habilidades técnicas e aptidões específicas de determinada área. Cultura contemporânea – referente ao tempo atual, aquele que vivenciamos. Desejo – ligado à vontade; aspiração, querer algo que inspira satisfação, mas pressupõe a consideração de algumas possibilidades. Geração – conjunto de indivíduos nascidos em uma mesma época. Gerenciamento de carreira – modo de conduzir a formação e estruturar o desenvolvimento de conhecimentos específicos e habilidades para o êxito em uma área de atuação. Missão organizacional – diz respeito aos motivos pelos quais uma organização écriada, a que se destina. Planejamento de carreira – planejamento sobre o caminho a ser percorrido para alcançar uma determinada posição na profissão. Planejamento estratégico – baseia-se na junção de dados sobre uma situação atual, buscando determinar cenários futuros e tomar decisões sobre cursos de ação possíveis para se atingirem os resultados esperados. Projeto – baseia-se em elementos de realidade e envolve a construção gráfica ou descritiva de algo que pretendemos fazer. Projeto de vida – é um planejamento, geralmente “colocado no papel”, para que se possa ter uma visão de futuro. Para que seja viável, exige a identificação de objetivos, tempo e recursos adequados para alcançar as metas traçadas. Envolve ações que irão guiar para onde ir e como chegar aos objetivos propostos. Sonho – envolve a construção de imagens, ligada à noção de fantasia, em que “tudo é possível”, sem fundamentos concretos. Visão organizacional – traduz o que a organização quer atingir, como espera estar no futuro. Aula-tema 04: Eu e os outros (Competência Social) Os seres humanos são, por natureza, seres sociais, que interagem a todo instante nos diferentes ambientes (familiar, escolar, profissional etc.). Para que as interações sejam produtivas e construtivas, é preciso compreender conceitos como habilidades sociais, gestão da imagem, autoapresentação entre outros. A interação das pessoas com o ambiente social é um processo evolucionário, pois acontece ao longo de todos os estágios da vida. Durante a infância, por exemplo, os contextos familiar e escolar proporcionam o desenvolvimento de aspectos cognitivos, afetivos e sociais que influenciam as etapas posteriores. Já quando o indivíduo se insere no mundo do trabalho, o contexto profissional passa a influenciar o seu desenvolvimento, provocando mudanças que ocorrem diante das necessidades do ambiente social. As habilidades sociais são os comportamentos que uma pessoa emite para lidar com as exigências do ambiente social e dependem do contexto em que ocorrem os relacionamentos e dos aspectos culturais de cada grupo. Para ajudar a compreender o significado do desempenho socialmente competente, Del Prette e Del Prette (2001) classificam as habilidades sociais em categorias que incluem: Habilidades sociais de automonitoria – relacionadas ao autocontrole de pensamentos, sentimentos e ações, para manutenção do equilíbrio nos relacionamentos. Habilidades de comunicação – fundamentais para a interação humana. Estão presentes quando você consegue realizar diálogo amistoso, dar e receber feedback. Habilidades sociais de civilidade – envolvem a expressão de cortesia e educação nos contatos sociais. Assertiva de enfrentamento – observada quando você manifesta seus desejos de forma sincera, sem ofensas ou críticas negativas que destroem o outro. Empatia – refere-se à disposição para ouvir e colocar-se no lugar do outro, seja em situações positivas ou negativas, incorporando o ponto de vista e a percepção do outro. Por fim, as habilidades sociais de trabalho (relacionamentos interpessoais satisfatórios para a realização das atividades de trabalho) e a expressão de sentimentos positivos (como amizade, solidariedade e companheirismo) são fatores positivos para o relacionamento. Outro conceito tratado no texto é o de marketing pessoal que se relaciona com a construção e a manutenção de uma autoimagem positiva, reforçada perante a sociedade, pelas qualidades pessoais e profissionais que possui. Considerando que a imagem pessoal se associa à imagem profissional, diversos cuidados devem ser tomados para mantê-la positiva e, nesse sentido, o gerenciamento de impressões é fundamental para regular a impressão que os outros formam a seu respeito. Diversas estratégias e táticas de gerenciamento de impressões são apresentadas, tais como autopromoção, exemplificação, comportamentos não verbais, persuasão etc., que ajudam a alcançar objetivos, sejam eles de curto ou longo prazo. Como consequência, o poder pessoal (impacto da nossa apresentação sobre as outras pessoas) e o networking (rede de relacionamento) passam a ser bastante valorizados como habilidades que contribuem para a efetividade social e se destacam em um mundo onde as relações virtuais (mantidas com pessoas que não se conhecem fisicamente) e as redes sociais (Facebook, Twitter) se tornaram formas de compartilhamento de informações e interesses. Por fim, é feita a definição do conceito de competência, que resulta da combinação de conhecimentos, habilidades e atitudes que conduzem uma pessoa aos resultados esperados. No trabalho, diversas competências individuais são requeridas, dentre elas: autocontrole emocional, capacidade de aprender e capacidade de comunicação. É importante assinalar que as competências sociais devem ser constantemente desenvolvidas por promoverem experiências de conhecimento, crescimento e aprendizagem. Conceitos Fundamentais Altruísmo – é o comportamento de ajudar as outras pessoas, mesmo ser sem exigido (Spector, 2005). Assertividade – quando você manifesta seus desejos de forma sincera, sem ofensas e críticas negativas, que destroem o outro. Automonitoria – relaciona-se ao autocontrole de pensamentos, sentimentos e ações para manutenção do equilíbrio nos relacionamentos interpessoais. Cidadania – diz respeito aos direitos inerentes a cada cidadão e envolve a noção de limites que ajudam a resguardar os direitos das outras pessoas. Civilidade – relativo à expressão de cortesia, educação, boas maneiras e etiqueta social. Competência – envolve um conjunto de características, especialmente os conhecimentos, as habilidades e a atitudes que, integradas em um propósito, conduzem à obtenção dos resultados esperados. Competência social – refere-se à capacidade de cumprir tarefas em cooperação e comunicação com outras pessoas (Markertin, 2000). Conformidade – é ter comportamentos conforme as regras definidas, como ser assíduo, evitar desperdícios (Spector, 2005). Empatia – habilidade de colocar-se no lugar do outro, compreender o ponto de vista e a percepção do outro sem julgamento prévio. Etiqueta social – saber apresentar-se em situações sociais, o que inclui fazer apresentações e cumprimentos, manter diálogos, respeitar costumes etc. Feedback – pressupõe a noção de troca, reciprocidade e quer dizer retroalimentação. Gerenciamento de impressões ou autoapresentação – forma pela qual uma pessoa se apresenta e expõe suas atividades aos demais, em situações do dia a dia, visando conduzir e regular a impressão que os outros formam sobre ela. Habilidades sociais – referem-se aos comportamentos sociais que uma pessoa emite para lidar adequadamente com as exigências do ambiente e devem estar adaptadas aos valores e às normas dos diferentes grupos sociais. Habilidades sociais de expressão de sentimentos positivos – refere-se a lidar com a afetividade e a expressão de sentimentos positivos. A amizade, a solidariedade e o companheirismo são exemplos de manifestação de sentimentos positivos. Habilidades sociais profissionais – são aquelas que atendem às necessidades de relacionamentos interpessoais para a realização das atividades de trabalho, tais como: coordenar grupos de trabalho, falar em público, resolver problemas e mediar conflitos (Del Prette e Del Prette, 2001). Marketing pessoal – é resultante do modo como o indivíduo demonstra suas atitudes, seus comportamentos, sua forma de ser e de se expressar, que gera uma imagem aos outros. Networking – definido também como a “arte do relacionamento”, serve para captar, integrar e distribuir informações, bens e serviços de forma eficiente. Deve ser utilizado ao longo da vida e não apenas nos momentos de necessidades. Organismos interativos – são aqueles capazes de atuar coletivamente, os seres humanos, por exemplo, são sociáveis por natureza e, assim, não conseguem viver sozinhos. Poder dos relacionamentos – é o somatório de conhecimento e influência, tambémconhecido como “capital social”. Poder pessoal – impacto da nossa apresentação sobre as outras pessoas. É resultante das impressões gerais que causamos aos outros (Quinn et al., 2003). Princípio da humanidade – orienta para a realização de negócios que agreguem valor e visem ao bem comum (exemplo: não violência e respeito pela vida; justiça). Redes sociais – são formas de compartilhamento de informações, interesses e necessidades mediados pela informática, por exemplo: MySpace, Facebook etc. Relações virtuais – são aquelas mantidas por pessoas que não se conhecem fisicamente, mas por meio de redes de tecnologias digitais: internet e telefonia celular, por exemplo. Aula-tema 05: Eu, Você, Nós: Comunicar é Preciso A comunicação faz parte do nosso dia a dia e está presente, em suas várias formas, durante quase todo o tempo que passamos acordados. Considerada o ato ou o efeito de emitir, transmitir e receber mensagens, pode ser efetivada de diferentes modos e por meio de diversos canais, como, por exemplo, a fala ou a escrita, ou por gestos, sinais etc. Embora o tema comunicação possa parecer simples, interessa saber quantos de nós desenvolvemos uma comunicação adequada e obtemos os resultados esperados. A isso chamamos comunicação eficiente, pois requer que as pessoas entendam sua mensagem, respondam a ela e, de preferência, na direção que você deseja ou espera. O processo de comunicação envolve alguns passos, nos quais está inserido o emissor de uma mensagem, ou seja, a fonte de onde partiu a ideia ou o conteúdo a ser transmitido para outro(s), que usualmente chamamos de receptor(es). Nesse processo é preciso eleger como e por qual meio transmitir as informações e cuidar para que ela chegue de modo claro (sem ruídos) ao receptor, que idealmente nos dará um feedback para sabermos se a mensagem foi compreendida. Quando ocorre um descompasso entre a mensagem que queremos transmitir e aquela que as pessoas recebem, em geral estamos falando de ruídos ou barreiras à comunicação, que podem ser de diferentes tipos, entre eles: problemas de semântica (escolha de palavras e expressões com significado incompreensível ou desconhecido pelos receptores da informação), distrações físicas (barulho, interrupções), efeito de status (a diferença entre níveis hierárquicos ou sociais entre os interlocutores), bem como as diferenças culturais e a falta de feedback. Outros elementos que interferem diretamente nesse processo são as formas de comunicação (verbal e não verbal) e a escolha dos canais para a transmissão da mensagem (conversa face a face, telefone, e-mails etc.). Há que se destacar a importância do saber ouvir, a chamada escuta ativa, e do estabelecimento de diálogos como base para uma comunicação de qualidade. Outro fator bastante relevante, em especial nas organizações atuais, é o feedback, que vem sendo usado por gerentes para oferecer orientações ou avaliações aos funcionários quanto ao seu comportamento e desempenho. O “fazer e receber críticas” não é uma tarefa fácil de ser realizada, mas, muitas vezes, é necessário para reestabelecer um relacionamento pessoal ou profissional, no qual esteja havendo algum desencontro ou problema entre as expectativas e o que está ocorrendo efetivamente. Para que um feedback seja produtivo e promova as mudanças de comportamento desejadas, a crítica deve ser feita de forma construtiva, independentemente de o conteúdo a ser tratado ter um foco positivo ou negativo. Para elaborar e receber críticas de forma construtiva, a habilidade de comunicação é imprescindível, bem como a assertividade, que se refere a expressar o que realmente se pensa ou se sente, ser honesto e autêntico, sem ser agressivo ou grosseiro, e a empatia, que, por sua vez, significa conseguir se colocar no lugar do “outro”, percebendo a situação ou o problema da perspectiva dele. Tais cuidados são essenciais para se evitar o desgaste dos relacionamentos e mantê-los saudáveis e produtivos, já que as críticas inadequadas e repetidas podem se transformar, inclusive, em um problema legal de “assédio moral”. O capitulo também propõe uma discussão sobre as dificuldades do “falar em público”, lembrando que esse medo é muito comum e, para vencê-lo, existem hoje algumas alternativas como cursos de formação e treinamentos em oratória e técnicas de apresentação, além de extensa literatura a respeito. Há consenso sobre a necessidade de se preparar para fazer apresentações e isso inclui planejamento (objetivo, público-alvo, recursos), preparação (estudar o tema, elaborar as falas) e cuidados na execução (colocar em prática o que foi planejado) da apresentação. Conceitos Fundamentais Assédio moral – ocorre quando há um conjunto de condutas abusivas, frequentes e intencionais, usadas para constranger e desqualificar uma pessoa. Não se trata de uma simples situação de conflito ou estresse (Heloani, 2010). Assertividade – se refere a conseguir expressar o que realmente se pensa ou se sente, ser honesto e autêntico, sem ser agressivo ou grosseiro. Barreira à comunicação – qualquer distúrbio dentro do processo de comunicação que o interrompe ou interfere na transmissão de mensagens (Schermerhorn, 1999). Canais de comunicação – forma pela qual a informação é transmitida, podendo-se citar: a conversa face a face, videoconferências, telefone, e-mails etc. Comunicação – do latim communicatione, significa ato ou efeito de emitir, transmitir e receber mensagens por meio de métodos e/ou processos convencionados, quer através da linguagem falada ou escrita, quer de outros sinais, signos ou símbolos, quer de aparelhamento técnico especializado, sonoro e/ou visual (Ferreira, 2004). Comunicação eficiente – requer que as pessoas entendam sua mensagem, respondam a ela e, de preferência, na direção que você deseja ou espera. Comunicação não verbal – é a comunicação realizada por meio de gestos, expressões faciais, posturas corporais, enfim, sem o uso exclusivo de palavras. Comunicação verbal – é a comunicação realizada por meio do uso da linguagem falada ou escrita. Críticas construtivas – críticas que possibilitam promover o desenvolvimento daquele que as recebe. Críticas destrutivas – críticas que impedem ou dificultam o desenvolvimento daquele que as recebe. Diferenças culturais – gestos e palavras podem ter significados diferentes para pessoas pertencentes a culturas diferentes, tanto dentro de um país quanto entre países ou continentes. Distrações físicas – fatores que causam distração ou deslocam o foco de atenção do que se quer comunicar, como: barulho, interrupções etc. Efeito de status – a diferença entre níveis hierárquicos ou sociais entre os interlocutores que pode dificultar a comunicação. Empatia – conseguir se colocar no lugar do “outro”, tentar perceber e respeitar as razões e os sentimentos do “outro”, tentar entender uma situação ou um problema da perspectiva dele. Feedback – no meio organizacional, utiliza-se o termo para designar uma atividade gerencial de oferecer orientações ou avaliações aos funcionários quanto ao seu comportamento e desempenho. Problemas de semântica – diz respeito à escolha de palavras e expressões que tenham significado incompreensível ou desconhecido pelos receptores da informação. Processo de comunicação – recursos envolvidos na atividade de transmitir e receber mensagens, é composto de: fonte: a origem da mensagem; codificação: a transformação da informação em um código que permita a transmissão; canal: a forma escolhida para transmissão da informação; decodificação: a transformação da mensagem recebida em informação compreensível para o receptor (pessoa a quem a informação foi destinada); e feedback: resposta que o receptor produz, possibilitando confirmar que a informação foi recebida e compreendida. Aula-tema 06: Oh, Mundo Cruel – Processo Seletivo É comum que as pessoas se sintam incomodadas, inseguras ou ansiosas diante da possibilidade de participarem de um processo seletivo, e oobjetivo deste capítulo é ajudá-lo a conhecer melhor as etapas a serem cumpridas, fornecer ferramentas que lhe auxiliem na elaboração de um currículo e no aproveitamento de situações de entrevista, dinâmicas de grupo ou provas diversas. O processo seletivo envolve um conjunto de técnicas e procedimentos que são utilizados para conhecer um candidato e aumentar a probabilidade de êxito na escolha daquele que melhor se adapta às atividades e ao contexto existentes na organização. Para começar o processo, será necessário investir esforços na elaboração de um bom currículo que possa lhe abrir as portas da organização. Para tanto, ele deve demonstrar as suas principais habilidades, conquistas e experiências, ser sempre atualizado, escrito de forma correta e bem distribuída. Aqui o planejamento pessoal é fundamental, pois, quanto mais você conhecer seus interesses, preferências, forças e fraquezas, maiores serão as chances de conquistar uma vaga. Conhecimentos da realidade da área pretendida e atualização constante sobre a profissão também são diferenciais importantes. O currículo é um documento e, como tal, não pode conter exageros, deve apenas comunicar claramente quais são os seus objetivos e destacar seu potencial. Os itens mais comuns em um currículo incluem: dados pessoais, objetivo, formação acadêmica, resumo das qualificações, experiência profissional, cursos, idiomas, informática e outras informações, mas sempre é possível alterar a posição desses itens de acordo com seu objetivo e com os fatores que o tornam mais qualificado. Buscar emprego é uma questão de estratégia e exige o planejamento dos canais e recursos disponíveis para isso. Atualmente, uma das ferramentas mais poderosas e abrangentes que temos é a internet, então se prepare também para preencher fichas virtuais e use o currículo para resgatar as informações necessárias. Encontrar uma colocação no mercado é uma tarefa complexa e você deve ter em mente que está “oferecendo seus serviços” e não “implorando por uma vaga", pois a autoimagem positiva é percebida por todos. Considere que a entrevista é um momento de troca de informações, em que poderá mostrar ao entrevistador quais são as suas qualidades e por quais motivos deveria ser contratado. Ao mesmo tempo, você conhecerá a organização e estará analisando se este local “se encaixa” no seu projeto de vida. Essa é uma conversa com objetivos predefinidos para ambos, em que as pessoas estarão frente a frente para descobrirem-se mutuamente. Vale lembrar a importância de cuidar da postura e da apresentação pessoal, dentre outros aspectos a serem considerados nesse momento. Os entrevistadores em geral têm certa rotina de perguntas a fazer e o ideal é que você se prepare antecipadamente para respondê-las, por exemplo: dados pessoais e familiares, formação escolar, experiência profissional, realizações, pontos fortes e aspectos a serem desenvolvidos, motivação, expectativas etc. Outra etapa seletiva são as dinâmicas, isto é, situações estruturadas para acontecer em grupos nas quais as pessoas participam desempenhando um papel, cumprindo uma tarefa, relacionando-se com outros candidatos, discutindo e debatendo, sempre com propósitos já estabelecidos pelo selecionador. Os testes psicológicos são instrumentos planejados e padronizados, usados pelos psicólogos, que se baseiam nas diferenças individuais procurando estabelecer uma relação com o desempenho do cargo. Eles permitem avaliar, por exemplo: aptidões, tendências de comportamento, capacidades mentais e aspectos da personalidade do candidato. Já as provas situacionais consistem na exposição de uma situação-problema, bem próxima de um acontecimento real, na qual o profissional deve apresentar uma alternativa de solução para o contexto proposto. Na mesma linha, os testes práticos e as provas técnicas são exigidos em algumas profissões que necessitam de demonstração de habilidade na tarefa. Também podem ser propostos testes de conhecimentos, tais como provas de português ou de matemática. Preparar-se de modo sério e comprometido para se submeter a essas técnicas seguramente será de grande valia para o seu êxito na busca profissional. Conceitos Fundamentais Carta de apresentação – trata-se de documento reduzido, que deve ser uma prévia do currículo e não uma cópia dele, cujo objetivo é destacar as principais realizações profissionais que justifiquem o porquê um candidato se julga ideal para uma vaga. Conhecimento – são informações, ideias e noções de domínio das pessoas; acúmulo de saber, aprendizado. Curriculum vitae – é uma expressão que vem do latim e significa “trajetória de vida”. Também são usados termos como résumé, em francês, significando “resumo”, e summary, em inglês, que significa “sumário”. Currículo é a forma abreviada e aportuguesada (Ozaki, 2010) que relata a trajetória de uma pessoa, como forma de demonstrar suas habilidades e competências, tendo por objetivo fornecer, de forma resumida, o perfil do candidato para um empregador. Dinâmicas de grupo – são situações estruturadas nas quais as pessoas participam desempenhando um papel, cumprindo uma tarefa, discutindo e debatendo. O objetivo é identificar comportamentos que possam estar de acordo com a vaga em questão e colher mais dados que subsidiem a escolha do candidato. Entrevista – é uma conversa com objetivos predefinidos, um momento de troca de informações em que o candidato visa demonstra ao entrevistador quais são as suas qualidades e por quais motivos deveria ser contratado, ao mesmo tempo ele poderá conhecer a organização e avaliar a proposta de trabalho oferecida. Gerenciamento de carreira – trata-se do modo de conduzir a formação e estruturar a busca de conhecimentos específicos para o êxito em uma área de atuação. Habilidade – relaciona-se com a maneira de executar tarefas, de aplicar conhecimentos, de agir, e pode ser treinada ou aperfeiçoada. Planejamento de carreira – é o planejamento sobre o caminho a ser percorrido para alcançar uma determinada posição na profissão. Envolve o conhecimento pessoal no que se refere aos seus interesses, preferências, forças e fraquezas. Portfólio – é uma variante do currículo que tem o mesmo objetivo em linhas gerais, mas presta-se a dar pequenas mostras das habilidades da pessoa, sendo mais utilizado por profissionais das áreas relacionadas com artes ou produção. Potencial – é uma condição ou situação passível de ser desenvolvida. Conjunto de recursos inatos ou desenvolvidos, disponíveis para aplicação em qualquer situação de vida ou trabalho. Processo seletivo – é o conjunto de técnicas e procedimentos utilizados para conhecer um candidato e aumentar a probabilidade de êxito na escolha daquele que melhor se adapta às atividades e ao contexto existentes na organização Provas situacionais – consistem na exposição de uma situação-problema, bem próxima de um acontecimento real, em que o profissional deve apresentar uma alternativa de solução para o contexto proposto. Provas técnicas – são situações e/ou problemas inerentes às atividades da função que são respondidos de forma oral ou escrita pelo candidato. Testes de conhecimentos – são provas de português, matemática, conhecimentos gerais etc. Testes práticos – são testes necessários em algumas profissões que exigem habilidade na tarefa. É o caso, por exemplo, dos motoristas ou digitadores. Testes psicológicos – são instrumentos planejados e padronizados, realizados especificamente por psicólogo, que permitem avaliar diferentes características do individuo, entre elas: aptidões, tendências de comportamento, capacidades mentais e aspectos da personalidade. Valores pessoais – são princípios que orientam sua vida e ajudam a estabelecer quem de fato você é.
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