Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Manejo da Insuficiência Cardíaca 1 � Manejo da Insuficiência Cardíaca Epidemiologia Normalmente pacientes de 72 - 73 anos de idade História prévia de IC e agudizou Sexo masculino compreende 48% dos casos Metade dos casos são com fração de ejeção normal 1/3 de fibrilação atrial ou insuficiência renal 40% dos pacientes são diabéticos Diagnóstico Principal sintoma: dispnéia Exame físico: congestão pulmonar e sistêmica, sinais de baixo débito cardíaco Presença de terceira bulha cardíaca e turgência jugular Edema periférico, hepatomegalia, ascite Sinais de baixo débito cardíaco: hipotensão, alteração no nível de consciência, oligúria (diurese diminuida, entre 100 - 400ml), pulso filiforme, extremidades frias 🚨 Anemia, insuficiência renal, sangramento oculto, infecção urinária e pulmomar → descompensam a IC Perfis hemodinâmicos Cerca de 80% dos pacientes apresentam congestão pulmonar e apenas 20% apresentam sinais de baixo débito, hipovolemia acontece em cerca de 7 - 10% dos casos 🚨 Crônica agudizada → hipervolemia pulmonar e periférica. Aguda → sem sinais de hipervolemia periférica, apenas hipervolemia pulmonar. Objetivos Terapêuticos Manejo da Insuficiência Cardíaca 2 a) Clínicos: Diminuir os sinais e sintomas Diminuir o peso corporal Adequar oxigenação Melhorar a perfusão orgânica Manter diurese adequada b) Laboratoriais: Normalização eletrolítica Diminuição da uréia e creatinina Diminuição do BNP (peptídeo natriurético do tipo B) c) Hemodinâmicos: Reduzir a pressão de enchimento Otimizar o débito cardíaco d) Desfechos: Redução do tempo de internação Prevenção de re-hospitalização Diminuição da mortalidade Tratamento Na fase aguda inicia-se com Diuréticos IV: A furosemida é o diurético mais utilizado hoje em dia 1. Alça: início de ação rápido, meia vida curta (1,5h) e duração do efeito de 6 horas. 2. Tiazídicos: início de ação mais tardio (2h), meia vida mais longa e duração do efeito de 12 horas. São usados quando mesmo com os diuréticos de alça, não se atinge uma boa diurese. 3. Poupadores de K+: baixo poder diurético, início de ação tardio e duração de ação mais prolongada. Promovem remodelamento dos miócitos. Também podem ser utilizados Vasodilatadores IV: 1. Nitroglicerina e nitroprussiato de Na+ 2. Vasodilatador coronariano (SCA) 3. São utilizados em pacientes QUENTES 4. Promovem alívio da congestão pulmonar. 5. Aumento do débito cardíaco. 6. Aumento da diurese. 7. Só utilizar se PAS ≥ 85mmHg. Nitroglicerina: Preferencial quando etiologia isquêmica Em doses baixas tem efeito venodilatador predominante Em doses maiores tem efeito vasodilatador arterial Reduz a congestão pulmonar e aumenta o fluxo coronariano Pode promover taquicardia reflexa, cefaleia e hipotensão Uso contínuo não é recomendado devido a taquifilaxia Nitroprussiato: Potente vasodilatador arterial e venoso Indicado no caso de hipertensão arterial, regurgitação mitral ou aórtica pela diminuição da pós-carga Efeito vasodilatador arterial pulmonar reduzindo a pós-carga do VD Rapidamente metabolizado em cianeto (→ tiocianato) Feito em acesso central Nesiritide (não falou muito sobre): É um peptídeo natriurético do tipo B-recombinante Manejo da Insuficiência Cardíaca 3 Ação vasodilatadora arterial e venosa Pequena ação diurética Indicado na ausência de hipotensão Uso dos Inotrópicos IV: Dobutamina, noradrenalina, adrenalina, vasopressina, dopamina, digoxina (oral) Paciente com baixo débito cardíaco, com ou sem congestão. Melhora a perfusão tecidual preservando a função dos órgãos vitais. Associados ao aumento de isquemias e predisposição à arritmias São utilizados no choque cardiogênico Dobutamina: Estimula beta1 e beta2 Melhora hemodinâmica, aumento do DC é dose-dependente Reservada para pacientes com IC aguda descompensada Pode ser associado com dopamina ou noradrenalina após ajuste da volemia e terapia inotrópica Efeitos adversos são aumento da FC, aumento do consumo miocárdico de O2 e aumento de TVs. Milrinone: Faz a ação da dobutamina, mas sem os seus efeitos adversos. Promove aumento do DC e queda da RVP e RVS sem aumentar consumo miocárdico de O2 Aumenta o débito cardíaco sem causar efeitos adversos Inibidor da fosfodiesterase 3 Tem propriedades inotrópicas e vasodilatadoras Levosimendan: Vasodilatador seguro e eficaz em paciente com uso de beta-bloqueadores Aumenta a sensibilidade da troponina C ao cálcio, melhora a hemodinâmica e a contratilidade miocárdica Possui ação vasodilatadora Manejo da Insuficiência Cardíaca 4 🚨 Paciente fez hipotensão e taquicardia → avaliar Ur e Cr, avaliar eletrólitos (principalmente Na+) Medicamentos orais como Digitálicos: Efeito inotrópico, vagomimético, simpaticoinibitórios São indicados em disfunções sistólicas graves Fazem bradicardia, tomar cuidado com isso, é recomendado como auxílio aos betabloqueadores no controle da FC Reduz a taxa de reinternação em pacientes sintomáticos portadores de disfunção diastólica, FE < 40%, sem inferir na mortalidade Outros VO como os Beta-Bloqueadores: Seletivos: carvedilol, metoprolol, isoprolol Em casos de asma, enfisema pulmonar ou DPOC → bisoprolol Prolongam a vida e reduzem os riscos de progressão da doença Manter a dose em pacientes que já estejam em uso crônico, e suspender naqueles em que apresentarem choque cardiogênico Após estabolização do quadro manter o betabloq com redução de 50% dose naqueles pacientes que estavam em uso crônico e apresentavam sinais de baixo débito Além dos VO na fase aguda como Inibidores da ECA e BRA: Começar com dose baixa e dobrar a cada duas semanas após a alta Durante a internação em pacientes que não estão hipotensos e com a função renal preservada, tentar titulação mais acelerada Tentar atingir a dose máxima tolerada e monitorizar tonteiras, tosse, função renal e pressão arterial a intervalos frequentes São medicamentos que mexem muito com a função renal. Se o paciente já é portador de IRC, pode usar normalmente. Já nos casos de função renal boa e começar a piorar, tem que suspender Sempre utilizar um OU o outro, nunca os dois juntos! Em geral, começa com o BRA, mas se continuar com hipotensão importante troca para o IECA Ainda também a Hidralazina e Nitrato orais: Usar em associação com IECA ou BRA caso não estejam surtindo efeito ou em casos que o paciente tem alguma contra-indicação para esses últimos Por fim um a Espironolactona: Manejo da Insuficiência Cardíaca 5 Utilizada em pacientes com FE baixa (acima de 50% é considerada normal) Usada em IC de terceiro grau Modelos de Tratamento
Compartilhar