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Enterobiose

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Estro
ngiloidíase
Parasitologia
Clínica
PARASITOLOGIA CLÍNICA BRENDA RODRIGUES 5° SEMESTRE 
Enterobiose 
Características gerais Conhecida popularmente como oxiúros, ‘’lagartinha’’ ou ‘’caseira’’ 
A infecção costuma ser benigna 
Posição taxonômica Reino: Animalia; filo: Aschelminthes; classe: Nematoda; ordem: Oxyurida; família: Oxyuridae; gênero: 
Enterobius; espécie: vermicularis 
Epidemiologia Distribuição cosmopolita; alta prevalência no Brasil 
Maior incidência em países de clima temperado e tropical 
Frequente na infância em idade escolar 
Geralmente afeta mais de um membro da família 
Não causa óbitos 
Fatores para alta prevalência Os ovos tornam-se infectantes em horas 
Infecção por vários mecanismos [direto, indireto, retroinfecção] 
Resistência por até 3 semanas em ambientes domésticos 
Dispersão facilitada 
Localização Intestino grosso [ceco e apêndice] – aderem à mucosa c/ auxílio dos pequenos lábios 
Morfologia 
 
Representação dos adultos macho e fêmea de E. 
vermicularis. 
A) Macho; B) Fêmea; C) Extremidade anterior 
evidenciando as “asas cefálicas.” D) Corte transversal 
evidenciando as cristas laterais. 
 
E. posterior do macho com presença de espículo 
 
Extremidade anterior do macho 
 
 
Ovos em diferentes estágios de 
desenvolvimento; larvas podem 
ser visualizadas em A, B e D 
 
Visão geral da fêmea; extremidade anterior (B); 
extremidade posterior (C) 
Ovos 50-60µm comp. X 20µm larg.; são assimétricos, possuindo uma face achatada em 
''D'' e a outra convexa; apresenta larva em desenvolvimento circundada por uma 
membrana dupla espessa e incolor, casca tripla e transparente – permite 
observação do embrião; 
 
Podem resistir até 3 semanas em ambientes domésticos; 
Membrana externa M. intermediária M. interna 
Albuminosa – confere adesão a mucosa do hospedeiro Quitinosa Lipoide 
Vermes 
 
Ambos os vermes apresentam corpo 
alongado, fusiforme ou filiforme; 
coloração esbranquiçada; 
dimorfismo sexual 
 
Presença de asas cefálicas 
(dilatações da cutícula laterais a 
boca) 
Verme 
fêmea 
1cm comp x 0,4mm larg; 
extremidade posterior 
pontiaguda, retilínea 
ou ligeiramente 
encurvada; útero e 
ovário duplicados; os 
ovários são biformes 
(irão se unir em uma vagina que se abre na porção média anterior da 
vulva); 
 
Ovipostura; 5 – 16mil ovos (principalmente durante a noite); quando 
‘’grávida’’ é conhecida como saco de ovos 
Verme 
macho 
5mm comp. X 0,2,mm larg; extremidade posterior (cauda) 
recurvada; testículo único e vesícula seminal; apresentam espículo 
Transmissão 
Heteroinfecção Autoinfecção externa (direta) Autoinfecção 
interna (indireta) 
Retroinfecção 
Ingestão de ovos na poeira 
ou em alimentos, objetos, 
animais, roupas 
contaminadas c/ ovos 
contendo L2, atingindo o 
novo hospedeiro 
Responsável pela cronicidade e 
manutenção da doença; ingestão de 
ovos contendo L2 na região perianal – 
auto infestação no ato de coçar o 
ânus, assim, os ovos podem aderir 
aos dedos e serem levados a boca 
Raro; larvas 
eclodem no reto e 
voltam para o ceco, 
virando adultos; via 
oral de ovos 
contendo L2 
Larvas eclodem na região 
perianal, migrando para as 
regiões superiores do 
intestino grosso, indo até o 
ceco, onde se tornam 
adultos 
PARASITOLOGIA CLÍNICA BRENDA RODRIGUES 5° SEMESTRE 
Ciclo 
biológico 
É um ciclo monoxênico; o homem é o único 
hospedeiro 
 
Ovos, já embrionados – adquiridos pós-
deglutição – eclodem [L1 /rabditoide] no 
intestino delgado → se tornam infectantes 
[L2] em horas → no intestino grosso [ceco] 
se transformam em adultas [realizam duas 
mudas no trajeto intestino → ceco em aprox. 
45 – 60 dias] → fêmeas migram para o cólon 
e o reto → saem pelo esfíncter anal → 
ovipostura na região anal/perianal; machos 
morrem após a cópula e são eliminados nas 
fezes → larvas migram pela mucosa 
intestinal até o ceco e intestino grosso → 
atingem a maturidade 
 
O macho é eliminado nas fezes; a fêmea se dirige 
ao ânus p/ fazer ovipostura [c/ frequência não 
retorna à ampola retal, morrendo no mesmo local] 
Patogênese Parasitismo com manifestações intestinais discretas 
Período pré-patente; 1 – 2 meses 
Intenso prurido anal 
Logo após a penetração, a larva pode provocar lesões traumáticas seguidas de lesões vasculares; 
Baixa carga 
parasitária 
Infecções leves; podem ser assintomáticas 
1 /20 crianças parasitadas apresentam sintomas 
Alta carga 
parasitária 
Gera ação mecânica e irritativa; prurido anal intenso [ noite; maior ativação das fêmeas] → escoriações 
da pele → ocorrência de infecções bacterianas secundárias; 
 Infecções → colite crônica → fezes moles/diarreicas; inapetência; perda de peso; náuseas, dor 
abdominal, 
Fenômenos de hipersensibilidade; prurido nasal, urticárias 
Formação de granulomas → ovos ou vermes;  granulomas peritoneais – infiltrado rico em linfócitos e 
eosinófilos → eosinofilia, linfocitose 
Outros sintomas; nervosismo, insônia, anemia associada a evacuações sanguinolentas, tenesmo 
 
Infecções bacterianas Podem formar abcessos, ulcerações e abcessos de mucosa 
 
Em mulheres 
 
A migração para a região genital (vulva e vagina) também provoca prurido 
valvar/vulvovaginite, sapingite, metrite, ovarite, corrimento vaginal e excitação sexual; 
grande possibilidade de necrose 
 
Localizações 
ectópicas 
Além da vagina, podem ser atingidos o endométrio, tuba uterina, ovário, miométrio, mesentério, peritônio, 
fígado, bexiga, ureter, rim, próstata, baço, pulmão e mama 
Ação Ação mecânica Ação irritativa Congestão anal 
Erosão da mucosa intestinal Inflamação do tipo catarral [exsudativa 
mucosa] 
Os vermes fazem a escarificação da 
mucosa intestinal e epiderme perianal 
Lesões 
Cortes histológicos de fêmea adulta de Enterobius vermicularis corados com 
H & E. 
A) Secção transversal de apêndice do paciente. As setas correspondem 
aos cortes dos nematoides intraluminais (40x). 
 
B) Ampliação maior (200×), mostrando as projeções cuticulares laterais 
ou cristas (setas). 
 
C) Útero gravídico (200x) das fêmeas mostrando ovos no trato 
reprodutivo (setas). 
 
D) D) Ampliação maior (400×) dos ovos de E. vermicularis. 
Diagnóstico Clínico Ocorrência de prurido anal c/ periodicidade regular 
Irritação anal/reto c/ pontos hemorrágicos – c/ ou s/ presença de muco [às vezes sanguinolento] 
Associação c fenômenos de hipersensibilidade 
Eosinofilia [4 – 15%] 
Laboratorial 
 
Método de Graham [ou ‘’fita gomada] – feito preferencialmente pela 
manhã, antes do banho, por dias sucessivos [cortar um pedaço de fita 
adesiva transparente → fita colocada sobre um tubo de ensaio c/ a 
parte adesiva para fora → apõe-se várias vezes a fita na região perianal 
→ cola-se o fragmento da fita sob a lâmina de vidro → microscópio c/ 
aumento de 10x – 40x 
 
Sedimentação espontânea [H&P&J ou Lutz] 
 
Pesquisa de ovos na região perianal e anal atrás de raspado anal 
[Swab] 
Tratamento Benzimidazóis [Albendazol & Mebendazol; inibem a divisão celular]; Pamoato de Pirantel [bloqueador neuromuscular] 
 
Todos esses fármacos são contraindicados em gestantes e portadores de disfunção hepática 
PARASITOLOGIA CLÍNICA BRENDA RODRIGUES 5° SEMESTRE 
 
Outros fármacos: Piperazina, Pamoato de Pirvínio 
 
Efeitos colaterais mais comuns; náuseas, vômitos, cefaleia, sonolência, erupção cutânea, desconfortos gastrintestinais 
Profilaxia Higiene pessoal [lavar as mãos, cortar as unhas...]; aplicação de pomada na região perianal ao deitar-se; limpeza doméstica 
c/ aspirador de pó; lavagem das roupas de cama do portador em água fervente/dia; tratamento de todos os infectados; 
evitar coçar a região anal desnuda; evitar levar as mãos à boca; eliminar fontes de infecção; manter limpas as instalações 
sanitárias banho diário de manhã p/ impedir o processo de autoinfecção

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