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Diagnóstico em Endodontia “Estudo dos sinais e sintomas das doenças humanas. A investigação criteriosa é muito importante para a determinação do correto tratamento”. Por que realizar o Diagnóstico? Conhecer a condição patológica para um tratamento mais adequado. 1. Anamnese · Questionar e ouvir; · Queixa principal: DOR; · História médica - Doenças sistêmicas (controladas ou não) - Alergias · História odontológica - Dados subjetivos e objetivos - Dor odontogênica (origem periodontal, pulpar ou periapical) · Dor odontogênica - Calor, frio ou a mastigação provocam dor? · Dor a mastigação pode estar relacionado a inflamação do ligamento periodontal. · Dor ao frio e ao calor a polpa ainda pode estar vital. - A dor é provocada ou espontânea? - A dor é aliviada pelo frio? · Característica de inflamação da polpa - Consegue localizar a dor? - A dor é continua ou intermitente? - Quando o calor ou frio provoca dor, ela cessa ao ser retirado o estimulo ou persiste por algum tempo? - A dor é aguda, pulsátil ou lancinante? 2. Exame físico · Expressão facial · Assimetrias faciais · Manifestações sistêmicas (febre, lifadenite, anorexia, prostração) · Inspeção visual/bucal · No dente: - Alteração da cor da coroa - Estado das restaurações - Exposição pulpar - Presença de cárie · Tecidos moles: - Tumefações ou edema - Fístulas - Limitações de abertura bucal · Testes de sensibilidade/vitalidade pulpar · Testes térmicos: Ativam o movimento hidrodinâmico do fluido dentário, estimulando as fibras A-delta (provoca dor) · TESTE AO FRIO: - Gases refrigerantes (tetrafluretano e diclorofluormetano) - Gelo seco (CO2) - (-23ºc a - 50ºc) Passo a passo: Utilizar em um dente hígido antes 1. Isolamento relativo 2. Direcionar o gás a uma golinha de algodão 3. Aplicação na superfície dentária (até 5 segundos) 4. Repetição após 5 min · Perguntar se após a remoção da bolinha o paciente continuou a sentir dor · Se sim, pode haver uma inflamação acentuada · Se sentir alívio da dor com o teste frio pode ser uma pulpite avançada · TESTE AO CALOR: - Taça de borracha - Bastão de guta-percha aquecida Passo a passo Utilizar em um dente hígido antes 1. Isolamento relativo 2. Vaselina na superfície do dente 3. Aquecimento da guta-percha 4. Aplicação no dentes (até 10 segundos) · Se sentiu dor o teste foi positivo · Se após o estimulo cessado ele continuou sentindo dor · Dentes traumatizados - Ausência de respostas aos testes: Edema causado pelas luxações - Nem sempre indica necrose por falta de resposta sensível · Teste de anestesia: · Dor difusa ou reflexiva · Dificuldade de identificação do dente afetado · Anestesiar o dente suspeito · Dente algógeno – causador · Dente sinálgico – refletor da dor · Teste de cavidade · Teste invasivo (último recurso) · Estimulador o dente sem anestesiar · Broca de alta rotação · Dor parar o teste/polpa com vitalidade/sobrevivência de fibras tipo C podem resistir mesmo com polpa necrosada · Sem dor Necrose · Teste elétrico Ativa diretamente as fibras A-delta (provoca dor) · Pulp tester · Corrente elétrica de alta frequência e baixa voltagem · Sensibilidade neural das fibras delta A · Resultado duvidoso Passo a passo: Utilizar primeiro em um dente hígido 1. Isolamento relativo 2. Umedecer a superfície dental com flúor gel 3. Ponta do eletrodo na porção média da coroa do dente 4. Paciente deve segurar a peça de mão 5. Orientar o paciente a retirar o dedo da peça quando a corrente passar · Se o paciente sentir a corrente elétrica entre os valores de: - 0 até 39: polpa viável - Acima de 40 até 80: pouca resposta encaminhando-se para polpa necrosada · Falso positivo: - Contato com restauração metálica - Ansiedade do paciente - Isolamento inadequado · Falso negativo - Análgesicos fortes - Trauma recente - Rizogênese incompleta - Calcificação excessiva da polpa - Necrose pulpar parcial · Fluxometria laser doppler Detecção de células sanguíneas em movimento ocorre a dissipação da luz · Aparelho de fluxometria circulatória – alto custo · Emissão de luz infravermelha · Dissipação de luz · Alteração doppler na frequência da luz emitida com o movimento dos eritrócitos · Oximetria de pulso Mede o nível de saturação do oxigênio e a taxa de pulso dos tecidos · 2 diodos vermelho e infravermelho · Sensor – quantidade de luz absorvida · Detecção da saturação de oxigênio e pulso · Testes dos tecidos periapicais · Palpação apical Comparar incialmente com um dente higido · Região apical – fundo de vestíbulo · Ponta do dedo indicador · Sensação de flutuação ou endurecimento · Relato de dor pelo paciente · Positivo Dor · Negativo Sem dor · Percussão Serve para avaliar se há inflamação no ligamento periodontal, fazer em um dente hígido primeiro. · Toque à coroa do dente · 1º ponta do dedo · 2º cabo do espelho · P. vertical Inflamação periapical · P. horizontal Alterações periodontais · Mobilidade Mobilidade patológica: perda óssea, sobrecarga dental, trauma oclusal, extensão da inflamação periapical · Dois instrumentos metálicos ou dedo no sentido V-L · Fistulografia/Rastreamento Bolinha/inchaço que nasce na região da gengiva inserida ou da mucosa alveolar que possui um orifício onde há a drenagem de exsudato purulento · Presença de fistula · Rarefação óssea envolvendo mais de um dente · Cone de guta-percha inserido na fistula até encontrar resistência (25 ou 30) · Diagnóstico de Fratura · Dor espontânea alternada por remissão · Dor ao mastigar · Difícil identificação · Testes diagnósticos - Tec. Mordida superfície maleável - Solução de azul de metileno - Microscopia clínica Exploração cirúrgica: - Último recurso (invasivo e não utiliza mais) - Fratura radicular vertical (lesão radiolúcida ao longo da raiz) 3. Exames complementares · Exame radiográfico - Radiolucência - Reabsorções radiculares - Presença de cáries Classificação de cárie pela radiografia Profunda: Pode não haver necessidade de tratamento endodôntico/ Remoção seletiva/ Capeamento Extremamente profunda: Necessidade de uma pulpotomia ou pulpectomia. · Tomografia computadorizada CONE-BEAM · 1998 Emprego na odontologia · 3 dimensões de profundidade sagital, axial e coronal · Emissão de feixe de raios-x em forma de cone em direção a um tubo detector Indicações: · Lesões periapicais · Reabsorções radiculares internas e externas · Instrumentos fraturados · Planejamento de apicectomias · Fraturas radiculares A tomografia computadorizada cone-beam demonstrou maior sensibilidade para diagnosticar lesões periapicais pequenas quando comparada à radiografia periapical Evitar tomografia em crianças com menos de 10 anos, recomendado para pessoas acima de 30 anos. Patologias Pulpares · Pulpite Reversível Características histológicas: · Polpa normal · Hiperemia pulpar Pequena inflamação na polpa devidos aos produtos tóxicos produzidos pelas bactérias que entra em contato pelos túbulos dentinários. · Dentina terciária · Ausência de exposição pulpar · Cárie profunda com uma camada de dentina saudável entre o tecido pulpar. Queixa principal: · Dor ao frio, calor ou doce - Provocada, aguda, rápida, localizada e fugaz - Limitada ao momento do teste de sensibilidade Teste periapicais: - Percussão: NEGATIVO - Palpação: NEGATIVO Radiografia: · Lesões de cárie sem exposição pulpar · Restaurações extensas Tratamento: · Remoção seletiva da cárie · Capeamento pulpar indireto · Capeamento pulpar direto Objetivo final: Reparo pulpar · Pulpite Irreversível Sintomática Características histológicas · Áreas de necrose pulpar · Microabscessos · Infiltrado inflamatório intenso · Presença de bactérias · Aumento da pressão Intra tecidual Dor: · Provoada – Estimulo frio de longa duração · Provocada – Decúbito · Espontânea – Intensa, contínua, pulsátio, difusa · Aliviada pelo frio · Não cessa com analgésicos/antiinflamatórios Estágio inicial: · Aumento da pressão tecidual · Calor – provoca dor · Frio – Dor de longa duração · Dor difusa e as vezes reflexa Estágio avançado (fibras C maisresistentes à hipóxia) · Frio – alivio da dor · Calor – Provoca dor · Dor localizada e à percussão · Dor ao se deitar Teste frio · Estágio inicial – Dor acentuada e remissão prolongada · Estágio avançado – alivio Teste calor · Exacerbação da dor (vasodilatação e pressão tecidual Testes periapicais: - Percurssão: · Negativo · Positivo: estágio avançado - Palpação: · Negativo Radiografia: · Lesões de cárie e/ou restaurações extensas · Exposição pulpar pequena · Suspeita de exposição pulpar · Pulpite Irreversível Assintomática Ulcerada Características: · Exposição pulpar por cárie ou trauma (sem pressão intrapulpar) · Drenagem do exsudato para cavidade oral (diminuição da pressão tecidual) · Tecido de granulação limitado a câmara pulpar Dor: · Estimulada/provocada Histopatologia: · A superfície pulpar exposta forma uma úlcera de aspecto granuloso e que sangra facilmente · Infiltrado inflamatório intenso com barreira leucocitária abaixo da zona ulcerada · Pulpite irreversível Assintomática hiperplásica Características: · Alternância entre inflamação aguda e crônica · Pólipo pulpar – fenômenos produtivos e proliferativos · Paciente jovens Dor: · Estimulada/provocada Histopatologia: · Tecido de granulação · Revestimento epitelial estratificado pavimentoso · Fibras nervosas no epitélio – anestesiar TRATAMENTO DA PULPITE IRREVERSIVEL (AMBAS) · Tratamento endodôntico tradicional · Pulpotomia – remoção apenas do tecido pulpar inflamado.
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