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Objetivos OBJETIVO 1: Revisar os tipos de herança genética e fatores de coagulação OBJETIVO 2: Compreender a fisiopatologia da hemofilia, suas classificações e manifestações clínicas Heranças Genéticas Autossômica recessiva: • pode se manifestar em ambos os sexos e na mesma proporção; • pula gerações; • se manifesta pela herança de um alelo mutado de cada genitor • os pais geralmente são portadores assintomáticos • apenas em homozigotos; • pessoas normais podem ter filhos afetados • Localizadas em todos os cromossomos até o par 22 Autossômica dominante: • pode se manifestar em ambos os sexos e na mesma proporção • ocorre em todas as gerações • pessoas afetadas tendo filho afetados • aproximadamente 50% dos descendentes de um indivíduo afetado com uma pessoa normal também são afetados • geralmente um genitor é heterozigoto para a mutação e o outro genitor é homozigoto para o alelo normal • Localizadas em todos os cromossomos até o par 22 Ligada ao cromossomo X • Localizada no cromossomo X • Se manifestam em proporções diferentes em homens e mulheres Dominante: • Não se distribui igualmente • Não há transmissão direta de homem para homem • Mais mulheres afetadas do que homens afetados; porém com menor expressão Recessiva: • Não se distribui igualmente entre os sexos • Não há transmissão direta de um homem para um homem • Homozigotos Homens costumam manifestas mais pois tem apenas um cromossomo X. afinal ele só tem um alelo para manifestar. Enquanto na mãe um alelo pode ser acometido e o outro não. • Homens afetados tem filhos normais e filhas obrigatoriamente portadoras • Ex: hemofilia FATORES DE Coagulação Os fatores de coagulação são proteínas essenciais para a formação do coágulo sanguíneo Via Extrínseca: fatores II, VII, X, V e fibrinogênio • Inclui componentes do sangue e componentes não encontrados no sangue • Via responsável por dar início a cascara de coagulação após o dano vascular e liberação do fator tecidual • O fator IIa (trombina) converte fibrinogênio em fibrina • A trombina inicia a retroalimentação da cascata de coagulação por meio da ativação dos fatores VIII, V, e IX Via Intrínseca: Hemofilia Fatores VIII, IX, X, XI, XII, II • Componentes presentes no espaço intravascular • Via responsável por retroalimentar a cascata para que ocorra a formação do coágulo, uma vez use, a trombina inicial não é suficiente para a formação do mesmo • Os fatores VIII e IX juntos, ativam uma maior quantidade de fator X, que é o fator responsável por aumentar as quantidades de trombina. • Quando há uma falha nos fatores VIII e IX, o coágulo não é formado pois não há aumento de trombina, consequentemente, tem-se uma condição de hemofilia Via Comum: • Fatores V, X, II e fibrinogênio • A ativação do fator X na via intrínseca e extrínseca leva à via comum OBS: Tanto na via extrínseca quanto na via intrínseca, os íons de cálcio estão envolvidos e atuando como cofatores, permitindo o desenvolvimento das reações Hemofilia Fisiopatologia: • Doença recessiva ligada ao cromossomo X • Afeta principalmente sexo masculino (isso porque o homem possui apenas um cromossomo X) • A maioria dos casos ocorre por mutação nos genes codificantes dos fatores VIII e IX localizados no braço longo do cromossomo sexual X (não há necessidade de histórico familiar) • Esses fatores são responsáveis pela promoção da coagulação e adesão plaquetária a parede vascular • 90% das pessoas apresentam quantidades insuficientes do fator • 10% produzem o fator de forma defeituosa • A porcentagem de atividade dos fatores VIII e IX depende do defeito genético e determinam a gravidade da hemofilia • Estágio leve e moderado: não há sangramento a menos que haja lesão ou trauma no local (procedimento odontológico ou cirúrgico); pode não ser detectado na infância • Estágio grave: detectado na infância, episódios de sangramento espontâneo ocorrendo várias vezes ao mês. Hemofilia Tipo A: • Defeito no gene do fator VIII • Tipo mais comum, acometendo 1 em cada 5.000 homens • 80% das hemofilias Hemofilia Tipo B: • Defeito no gene do fator IX (Christmas) • A hemofilia B não se distingue da A pois os fatores VIII e IX trabalham juntos no processo de retroalimentação da cascata Manifestações Clínicas: • Depende da gravidade da doença (pacientes com menos de 20% do fator geralmente tem manifestações clínicas graves) • Sangramentos em tecidos moles, sistema digestório e articulações do quadril, joelho e tornozelo • Hemorragia articular espontânea – geralmente ocorre quando a criança começa a engatinhar ou andar • Quando não tratadas as hemorragias levam a dano articular irreversível (hemartrose) – joelhos, cotovelos, tornozelos • Outras complicações como fibrose articular, a inflamação da sinóvia, com dor aguda e tumefação, devido a inflamação causada pelo cumulo de sangue Referências: • PORTH, C.M.; MATFIN, G. Fisiopatologia. 8ª ed. Guanabara Koogan, 2010 • Manifestações clínicas e diagnóstico de hemofilia - W Keith Hoots, MD, Amy D Shapiro, MD - https://www.uptodate.com/contents/clinical- manifestations-and-diagnosis-of- hemophilia?search=hemofilia&source=search_res ult&selectedTitle=1~150&usage_type=default&di splay_rank=1#H2 https://www.uptodate.com/contents/clinical-manifestations-and-diagnosis-of-hemophilia/contributors https://www.uptodate.com/contents/clinical-manifestations-and-diagnosis-of-hemophilia/contributors
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