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Aula 06 - Direito Constitucional - Curso Estágio Ministério Público Estadual

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3 
 
 
 
 
 
CURSO: Ministério Público Estadual 
 
 
 
Estagiando Direito 
@estagiando_direito_ 
 
AULA 06 – 
DIREITO 
CONSTITUCIONAL 
 
Mi 
 
 
 
2 
 
 
 
Olá alunos, vamos agora continuar nosso curso de Direito Constitucional, partindo para nossa 5° 
aula. Espero que estejam gostando e aprendendo bastante, para dúvidas, retornos, elogios e críticas podem 
nos contatar através de nosso perfil no Instagram @estagiando_direito_. 
 Vamos agora começar a nossa aula? Bora!!! 
 
Remédios Constitucionais 
Introdução 
 
Os remédios constitucionais são ferramentas que o povo tem para se proteger e garantir os direitos 
de possíveis irregularidades e ilegalidades. Estando todos os remédios previsto na Constituição da 
República, tendo alguns legislação própria, ou seja, leis que regulamentam tal remédio. 
Vale lembrar ao início desta aula, remédios constitucionais são diferentes de controle de 
constitucionalidade, que serão trabalhados na próxima aula. 
Iremos agora estudar cada um dos remédios constitucionais cabíveis, sendo eles: Habeas Corpus; 
Habeas Data; Mandado de segurança; Mandado de Injunção, Ação Popular; e Ação Civil Pública. 
 
Habeas Corpus 
 
Muito usado no Direito Penal, para concessão de liberdade, o Habeas Corpus e uma ação 
constitucional usada sempre que algum indivíduo sentir que seu direito à liberdade ameaçado ou cessado 
por meio de ilegalidade ou abuso de poder. 
Tal remédio constitucional está descrito no Art. 5°, LXVIII: “conceder-se-á "habeas-corpus" 
sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de 
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder”, podendo este remédio ser para dar a liberdade, quando o 
indivíduo já está privado de sua liberdade, ou para prevenção quando este se sentir ameaçado ou coagido 
quanto à sua liberdade. Podendo o Habeas Corpus ser utilizado nas hipóteses previstas no art. 648, CPP. 
Ressalta-se ainda que o Habeas Corpus é totalmente gratuito, e o único remédio constitucional que não 
necessita da presença do advogado para ser realizado. 
 
 
Habeas Data 
 
 O Habeas Data é um remédio constitucional desenvolvido a fim de garantir acesso a informações 
ligada à pessoa do impetrante, e informações inseridas em banco de dados e registros de órgãos públicos. 
Também pode ser utilizado para retificar algum dado juntamente aos órgãos públicos supracitados. 
O Habeas Data está previsto na legislação no Art. 5°, LXXII, da CF/88: 
“LXXII – conceder-se-á “habeas-data”: 
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros 
ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; 
3 
 
 
 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou 
administrativo.” 
Além do texto da constituição, o Habeas Data é regularizado por lei específica, a Lei 9,507/1997. 
Para sua impetração é necessário comprovar a tentativa de acesso ou alteração de dados de forma 
administrativa juntamente ao órgão público. 
Importante ressaltarmos, que com o advento da nova Lei Geral de Proteção de Dados, o Habeas 
Data está ganhando uma grande visibilidade no âmbito social. 
Por fim, o Habeas Data é gratuito e necessita da contratação de um advogado para o ajuizamento 
deste remédio constitucional. 
 
 
Mandado de Segurança 
 
O mandado de segurança é o remédio constitucional que busca resguardar um direito líquido e certo 
ameaçado ou violado por uma autoridade ou entidade de caráter público. O mandado de segurança é 
utilizado sempre que algum direito constitucional do indivíduo for ameaçado, desde que este direito não 
seja o direito à liberdade (Habeas Corpus) e o direito de acesso à informação (Habeas Data). Ressalta-se 
ainda que o Mandado de segurança é um remédio subsidiário, sendo assim, só deve ser impetrado quando 
o Habeas Corpus e/ou o Habeas Data não for cabível no caso concreto. 
O mandado ainda pode ser subsidiado em duas espécies: individual e coletivo, e repressivo e 
preventivo, sendo que o primeiro se refere aos direitos individuais, e o segundo aos direitos coletivos de 
determinadas entidades. Já repressivo é utilizado quando o órgão ou a entidade já acometeu o ato irregular 
e/ou ilegal, já o preventivo serve justamente para prevenir que o agente não chegue as vias de fato, ou seja, 
não cometa o ato irregular ou ilegal. 
O mandado de segurança está tipificado na Constituição no Art. 5°, LXIX e LXX, CR/88: 
“LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por 
“habeas-corpus” ou “habeas-data”, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade 
pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; 
LXX – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: 
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há 
pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados.” 
Por fim, vale destacar que diferentemente dos Habeas Corpus e Habeas Data, o Mandado de Segurança não 
é gratuito, e depende de um advogado para sua impetração. E é julgado mediante análise do órgão 
competente e a partir da sede funcional da autoridade autora do ato irregular. 
 
 
4 
 
 
 
Mandado de Injunção 
 
 O Mandado de Injunção tem como principal função a garantia de uma norma constitucional vigente, 
quando não for regulamentado seu exercício por um direito fundamental, ou seja, é usado para garantir a 
acessibilidade a todos os direitos fundamentais. 
O Mandado de Injunção é previsto na Constituição pelo Art. 5°, LXXI, CFRB/88: 
“LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável 
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à 
soberania e à cidadania.” 
Igualmente ao Mandado de Segurança, o Mandado de Injunção é oneroso e depende da impetração 
por meio de um advogado. 
 
 
Ação Popular 
 
 A Ação Popular é o remédio constitucional usado para proteger bens da sociedade, podendo ser a 
moralidade administrativa, o meio ambiente, o patrimônio histórico e o patrimônio cultural, protegidos 
assim de algum possível ato lesivo da Administração Pública. 
 O remédio constitucional da Ação Popular é previsto pela constituição no seu art. 5°, LXIII, CR/88, 
que demonstra: 
“LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao 
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas 
judiciais e do ônus da sucumbência.” 
 Além da especificação em lei, a Ação Popular tem legislação própria, expressa pela Lei 4.717/1965, 
onde é demonstrado a competência de julgamento, sujeitos passivos e etapas processuais do julgamento. 
Diferente do último remédio constitucional a Ação Popular é gratuita, e necessita da atuação do advogado 
para ser ajuizado. 
 
 
Ação Civil Pública 
 
Este remédio Constitucional tem como principal característica a proteção dos direitos difusos e 
coletivos da sociedade, logo, são bens de interesse de toda a sociedade, são estes bens: 
Meio Ambiente; 
Direitos do consumidor; 
Bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; 
5 
 
 
 
Interesses difusos e coletivos; 
Ordem econômica; 
Ordem Urbanística; 
Honra e dignidade de grupos raciais, étnicos e/ou religiosos; 
Patrimônio público e social. 
 A previsão da Ação Civil Pública é encontrada na Constituição no art. 129, III, CF/88, onde 
demonstra que: 
“Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
III – promover o inquérito civil e aação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do 
meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;” 
O seu ajuizamento ocorre de forma diferente dos demais remédios constitucionais, uma vez que a 
Ação Civil Pública para ser ajuizada não é por meio de advogado, mas sim apenas por entidades indicadas 
especificamente pela Lei 7.347/1985, lei específica que regulamenta a Ação Civil Pública, sendo definido 
que além do Ministério Público, a Defensoria Pública, União, Estados Membros, Distrito Federal e 
Municípios também são passíveis de ajuizarem uma Ação Civil Pública. 
Conforme visto acima, a Ação Civil Pública se difere completamente dos demais remédios 
constitucionais, seja na destinação e na forma de ajuizá-la. 
 
Sendo assim, finalizamos o capítulo dos remédios constitucionais, lembrando que estes remédios 
servem para proteger e garantir direitos, seja eles individuais ou coletivos, públicos ou privados. 
 
Conclusão 
 
 Esta foi a aula de hoje, espero que tenham gostado, não esqueça de deixar seu comentário, dúvida 
e ressalvas sobre a matéria. 
 A aula ficou relativamente curta, pois o nosso próximo tópico será o Controle de 
Constitucionalidade, uma matéria bem extensa, e passível de confusão com remédio constitucional, então 
para evitarmos confusões, ficou melhor separar estas aulas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
QUESTÕES 
 
1. O art. 5º, LXVIII, da Constituição Federal, dispõe que: “conceder-se-á habeas corpus sempre que 
alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, 
por ilegalidade ou abuso de poder”. Assinale a alternativa incorreta. 
A) O "habeas corpus" poderá ser utilizado para questionar a pena pecuniária. 
B) O "habeas corpus" pode ser repressivo ou preventivo. 
C) O "habeas corpus" pode ser impetrado por qualquer pessoa. 
D) No "habeas corpus" preventivo será concedido salvo conduto.Ano: 2021 Banca: FUNDATEC 
 
2. Assinale a alternativa correta. 
A) O "habeas corpus" será isento de custas, salvo má-fé do impetrante. (sua resposta) 
B) Cabe "habeas corpus" contra ato legal de autoridade, mas injusto. 
C) Não caberá "habeas corpus" quando já extinta a pena privativa de liberdade. 
D) No habeas corpus será admitida prova pericial, caso seja o único meio de demonstrar o direito 
lesado do impetrante. 
 
3. Assinale a alternativa correta. 
A) Cabe "habeas data" para obter informações de interesse particular do impetrante, porém, não 
personalíssimas. 
B) O pedido de "habeas data" não poderá ser renovado ainda que a decisão denegatória não lhe 
houver apreciado o mérito. 
C) De acordo com o entendimento do STJ, há necessidade de negativa da via administrativa para 
justificar o ajuizamento do "habeas data", de maneira que inexistirá interesse de agir a essa ação 
constitucional se não houver relutância do detentor das informações em fornecê-las ao interessado. 
D) O prazo para a conclusão do processo de "habeas data" não poderá exceder de quarenta e oito 
horas, a contar da distribuição. 
 
4. De acordo com o art. 5º, LXIX, da Constituição Federal: “conceder-se-á mandado de segurança 
para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas corpus" ou "habeas data", quando 
o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica 
no exercício de atribuições do Poder Público”. Assinale a alternativa correta. 
A) Cabe mandado de segurança para a anotação nos assentamentos do interessado, de contestação 
ou explicação sobre dado verdadeiro, mas justificável e que esteja sob pendência judicial ou 
amigável. 
B) Cabe mandado de segurança, ainda que haja recurso administrativo com efeito suspensivo, 
contra omissão de autoridade. 
7 
 
 
 
C) Cabe mandado de segurança para obtenção de informações personalíssimas do impetrante. 
D) Cabe prova pericial em mandado de segurança, quando ao impetrante for necessário demonstrar 
seu direito lesionado. 
 
5. Dispõe o art. 5º, LXXIII, da Constituição Federal: "qualquer cidadão é parte legítima para propor 
ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado 
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, 
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência". 
Assinale a alternativa incorreta. 
A) Para propor ação popular deverá haver lesividade ao patrimônio público ou de entidade de que 
o Estado participe; à moralidade administrativa; ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e 
cultural. 
B) A ação popular pode ser ajuizada por qualquer pessoa, inclusive pelo Ministério Público. 
C) O polo passivo da ação popular será composto pelo agente que praticou o ato, a entidade lesada 
e os beneficiários do ato ou do contrato lesivo ao patrimônio público. 
D) Conforme a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação popular, processá-
la e julgá-la o juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para as causas 
que interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
GABARITO 
 
1 2 3 4 5 
A C C B B

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