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Noções de processo do trabalho

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TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE MINAS GERAIS - PÓS EDITAL 
Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL 
 
Prof. Kelly Amorin profkamorim@gmail.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Noções de Direito 
Processual do 
Trabalho 
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Noções de Direito Processual do Trabalho – Aula INAUGURAL 
 
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AULA INAUGURAL 
1. OBSERVAÇÕES INICIAIS ...................................................................................................................... 3 
2. JUSTIÇA DO TRABALHO. ..................................................................................................................... 4 
2.1. ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIA ................................................................................................ 4 
2.2. JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA ....................................................................................................... 9 
2.2.1. COMPETÊNCIA ABSOLUTA EM RAZÃO DA MATÉRIA E DA PESSOA .................................. 10 
2.2.2. COMPETÊNCIA FUNCIONAL ........................................................................................................ 24 
2.2.3. COMPETÊNCIA RELATIVA EM RAZÃO DO LUGAR ................................................................. 25 
3. SERVIÇOS AUXILIARES DA JUSTIÇA DO TRABALHO ................................................................... 26 
3.1. SECRETARIAS DAS VARAS DO TRABALHO E DISTRIBUIDORES. ................................................. 27 
3.2. OS DISTRIBUIDORES ...................................................................................................................... 28 
3.3. DAS SECRETARIAS DOS TRTS ...................................................................................................... 29 
3.4. DOS CARTÓRIOS DOS JUÍZOS DE DIREITO .............................................................................. 30 
3.5. DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA AVALIADORES ................................................................................ 30 
4. QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................................................ 31 
5. OBSERVAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................... 36 
6. QUESTÕES APRESENTADAS EM AULA .......................................................................................... 37 
 
Curso de acordo com o Edital nº 1 de 7 de maio de 2015 
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO: 1 Justiça do trabalho. 1.1 Organização e 
competência. 2 Varas do trabalho e dos tribunais regionais do trabalho. 2.1 Jurisdição e competência. 
3 Serviços auxiliares da justiça do trabalho. 3.1 Secretarias das varas do trabalho e distribuidores. 4 
Processo judiciário do trabalho. 4.1 Princípios gerais do processo trabalhista (aplicação subsidiária do 
CPC). 5 Atos, termos e prazos processuais. 6 Distribuição. 7 Custas e emolumentos. 8 Partes e 
procuradores. 8.1 Jus postulandi. 8.2 substituição e representação processuais. 8.3 Assistência judiciária. 
8.4 Honorários de advogado. 9 Exceções. 10 Audiências. 10.1 De conciliação, de instrução e de 
julgamento. 10.2 Notificação das partes. 10.3 Arquivamento do processo. 10.4 Revelia e confissão. 11 
Provas. 12 Dissídios individuais. 12.1 Forma de reclamação e notificação. 12.2 Reclamação escrita e 
verbal. 12.3 Legitimidade para ajuizar. 13 Procedimento ordinário e sumaríssimo. 14 Sentença e coisa 
julgada. 14.1 Liquidação da sentença. 14.1.1 Por cálculo, por artigos e por arbitramento. 15 Execução. 
15.1 Citação. 15.2 Depósito da condenação e nomeação de bens. 15.3 Mandado e penhora. 16 
Embargos à execução. 17 Praça e leilão. 17.1 Arrematação. 17.2 Remição. 17.3 Custas na execução. 18 
Recursos no processo do trabalho. 
 
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1. Observações Iniciais 
Prezados alunos e alunas do Portal do Concurseiro 24h, 
Iniciamos agora o nosso Curso de Processo do Trabalho para você gabaritar a prova do TRT 
3ª Região! 
Trataremos ponto a ponto do edital lançado com prova marcada para o dia 26 de julho e 
nossa primeira aula vai apresentar um conteúdo bem teórico, mas também com questões da 
FCC para você saber como o tema é cobrado pela banca. 
Me chamo Kelly Amorim, sou Advogada Trabalhista em Brasília, Especialista em Direito e 
Processo do Trabalho, Professora Titular de Direito e Processo do Trabalho no Centro 
Universitário UDF e Coordenadora de Pós-Gradução na mesma Instituição de Ensino. 
Professora de Processo do Trabalho do Curso EVP na OAB e Professora de Processo do 
Trabalho do Curso Supremo TV de Belo Horizonte. Professora do Grupo de Estudos para a 
Magistratura Trabalhista - GEMT, Autora da linha Revisaço para Tribunais na Editora Jus 
Podvium e Autora Exclusiva da Editora Armador em Processo do Trabalho. Atuo na 
preparação de candidatos a cargos públicos e advogados desde 2007, em especial TRT, TST e 
Exame de Ordem. 
Tenha a certeza que teremos uma grande preparação para o concurso dos seus sonhos e a 
sua aprovação será a consequência do seu esforço, comprometimento e treinamento! Conte 
comigo sempre! 
Pode me mandar email (profkamorim@gmail.com) e até mesmo in box na fanpage (Professora 
Kelly Amorim) 
 
Tópicos da aula de hoje 1 Justiça do trabalho. 1.1 Organização e competência. 2 Varas do trabalho e 
dos tribunais regionais do trabalho. 2.1 Jurisdição e competência. 3 Serviços auxiliares da justiça do 
trabalho. 3.1 Secretarias das varas do trabalho e distribuidores. 
 
 
Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei n.º 9.610/1998, 
que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras 
providências. Valorize o trabalho do professor e adquira o curso de forma honesta, 
realizando sua matrícula individualmente no site www.concurseiro24horas.com.br 
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2. Justiça do trabalho. 
A justiça do Trabalho é um seguimento da justiça especializada. Com efeito, no Brasil a 
justiça é dividida em justiça comum e especial, sendo que a comum se divide em justiça comum 
e federal e a justiça especial em justiça do trabalho, militar e eleitoral. 
 
2.1. Organização e Competência 
A Constituição Federal da República determina artigo 111 que são três órgãos que compõem 
a justiça do trabalho, quais sejam: 
 
Tribunal Superior do Trabalho 
Tribunais Regionais do Trabalho 
Juízes do Trabalho 
 
Vamos destrinchar ponto a ponto das instâncias trabalhista, vem comigo! 
No que diz respeito ao Tribunal Superior do Trabalho cabe destacar as seguintes 
observações: 
 
TST – TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO 
 Terceira e última instância trabalhista 
 Situado em Brasília e com jurisdição em TODO o território nacional 
 Composto de 27 Ministros, escolhidos entre Brasileiros: 
1. Entre 35 a 65 anos 
2. Nomeados pelo Presidente da República, após aprovaçãopela 
maioria absoluta do Senado Federal (ATENÇÃO, no TRT não é 
necessária a sabatina!) 
3. 1/5 dos seus membros será composto por advogados e membros 
do Ministério Público com mais de 10 anos de efetiva atividade 
profissional e de efetivo exercício, respectivamente. Para que haja a 
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escolha do Ministro do TST advindo do quinto constitucional o 
respectivo órgão – OAB ou MPT – forma uma lista sêxtupla e após 
o Tribunal forma uma lista tríplice, enviando-a para o poder 
executivo, conforme previsão expressa do artigo 94 da CF/88, que 
determina: 
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos 
Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será 
composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez 
anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de 
reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade 
profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de 
representação das respectivas classes. 
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista 
tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias 
subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação. 
4. Os demais membros do TST serão desembargadores dos Tribunais 
Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura de carreira, 
indicados pelo próprio Tribunal Superior. [Art. 111-A, CF/88] 
 
 De acordo com o artigo 59 do Regimento Interno são órgãos do 
Tribunal Superior do Trabalho: 
I - Tribunal Pleno (composto por todos os Ministros do Tribunal - Para 
o funcionamento do Tribunal Pleno é exigida a presença de, no mínimo, 
quatorze Ministros, sendo necessário maioria absoluta quando a 
deliberação tratar de escolha dos nomes que integrarão a lista 
destinada ao preenchimento de vaga de Ministro do Tribunal, 
aprovação de Emenda Regimental, eleição dos Ministros para os cargos 
de direção do Tribunal, aprovação, revisão ou cancelamento de Súmula 
ou de Precedente Normativo e declaração de inconstitucionalidade de 
lei ou de ato normativo do poder público); 
II – Órgão Especial (Integram o Órgão Especial o Presidente e o Vice-
Presidente do Tribunal, o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho, os 
sete Ministros mais antigos, incluindo os membros da direção, e sete 
Ministros eleitos pelo Tribunal Pleno. Os Ministros integrantes do Órgão 
Especial comporão também outras Seções do Tribunal. O quorum para 
funcionamento do Órgão Especial é de oito Ministros, sendo necessário 
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maioria absoluta quando a deliberação tratar de disponibilidade ou 
aposentadoria de Magistrado); 
III - Seção Especializada em Dissídios Coletivos (Integram a Seção 
Especializada em Dissídios Coletivos o Presidente e o Vice-Presidente 
do Tribunal, o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho e mais seis 
Ministros. O quorum para o funcionamento da Seção Especializada em 
Dissídios Coletivos é de cinco Ministros); 
IV - Seção Especializada em Dissídios Individuais, dividida em duas 
subseções (A Seção Especializada em Dissídios Individuais é composta 
de vinte e um Ministros, sendo: o Presidente e o Vice-Presidente do 
Tribunal, o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho e mais dezoito 
Ministros, e funciona em composição plena ou dividida em duas 
subseções para julgamento dos processos de sua competência. O 
quorum exigido para o funcionamento da Seção de Dissídios Individuais 
plena é de onze Ministros, mas as deliberações só poderão ocorrer pelo 
voto da maioria absoluta dos integrantes da Seção. Integram a 
Subseção I Especializada em Dissídios Individuais quatorze Ministros: o 
Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal, o CorregedorGeral da 
Justiça do Trabalho e mais onze Ministros, preferencialmente os 
Presidentes de Turma, sendo exigida a presença de, no mínimo, oito 
Ministros para o seu funcionamento. § 3.º Haverá pelo menos um e no 
máximo dois integrantes de cada Turma na composição da Subseção I 
Especializada em Dissídios Individuais. § 4.º Integram a Subseção II da 
Seção Especializada em Dissídios Individuais o Presidente e o Vice-
Presidente do Tribunal, o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho e 
mais sete Ministros, sendo exigida a presença de, no mínimo, seis 
Ministros para o seu funcionamento); 
V – Turmas (Total de oito turmas, são constituídas, cada uma, por três 
Ministros. Para os julgamentos nas Turmas é necessária a presença de 
três Magistrados). 
 Junto ao TST funciona ainda: A Escola Nacional de Formação e 
Aperfeiçoamento dos Magistrados do Trabalho – ENAMAT e Conselho 
Superior da Justiça do Trabalho – CSJT. 
ATENÇÃO!!! O Conselho Superior da Justiça do Trabalho – CSJT NÃO TEM 
FUNÇÃO JURISDICIONAL e sim a supervisão administrativa, orçamentária, 
financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, 
como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante. 
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TRT – TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO 
 Segunda instância trabalhista. 
 São 24 Regiões no Brasil 
1. São Paulo é o único Estado com duas Regiões – 2ª na Capital e 15ª em 
Campinas. 
2. Ainda não existe TRT nos seguintes Estados: Acre, Amapá, Tocantins e 
Roraima. 
 Composto de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na 
respectiva região. 
 Nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de 
30 e menos de 65 anos. 
 Não tem sabatina do Senado Federal 
 1/5 dos seus membros será composto por advogados e membros do 
Ministério Público com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional 
e de efetivo exercício, respectivamente. 
 Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com 
a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, 
nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de 
equipamentos públicos e comunitários. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar 
descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de 
assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases 
do processo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
 
 
ATENÇÃO: A Constituição Federal não denomina os Juízes de TRT como 
Desembargadores e sim como “Juízes”, mas o seu Regimento do TRT 3ª 
Região conceitua de Desembargador do Trabalho. 
 
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De olho no Regimento Interno: 
De acordo com o artigo 4º do Regimento Interno do TRT de Minas Gerais – 
3ª Região o Tribunal compõe-se de quarenta e nove Desembargadores do 
Trabalho e tem como órgãos: Tribunal Pleno, Órgão Especial, Presidência, 
Corregedoria, Seções Especializadas em Dissídios Coletivos e em Dissídios 
Individuais, Turmas e os Desembargadores do Trabalho. 
De olho nas questões anteriores: 
Lembro bemde uma questão que a FCC perguntou a opção correta e tinha 
uma das alternativas que a justiça itinerante e as Câmaras regionais tem 
previsão na constituição Federal de 1988 e considerou incorreta, vez que foi 
introduzida apenas em 2004 pela Emenda Constitucional 45/2004! 
Isso é que é o verdadeiro animus ferrandi! 
JUÍZES DO TRABALHO – VARAS DO TRABALHO 
 Primeira Instância trabalhista 
 Desempenha as suas funções na Vara do Trabalho 
 Ingressa na carreira como Juiz do Trabalho substituto, após aprovação 
em concurso de provas e títulos. 
 De forma alternada, por antiguidade ou merecimento, o Juiz será 
promovido a juiz Titular da Vara do Trabalho. 
 A Lei criará varas da Justiça do Trabalho 
 De acordo com o artigo 112 da CF/88 nas localidades em que não existir 
juiz do trabalho, um juiz de direito poderá (SOMENTE POR LEI) ser 
investido na jurisdição trabalhista, mas ATENÇÃO, o recurso da 
sentença proferida pelo juiz de direito é o Recurso Ordinário para o 
respectivo TRT daquela determinada Região. 
 O ingresso na carreira da magistratura, de acordo com o artigo 93, I da 
CF é como Juiz substituto mediante aprovação em concurso de provas 
e títulos com participação da OAB em todas as fases, sendo necessária 
a atividade jurídica do bacharel em direito de, no mínimo, três anos 
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 De acordo com o artigo 95 da CF/88 são garantias dos Juízes: 
Vitaliciedade (após 2 anos de exercício), inamovibilidade e 
irredutibilidade de subsídio. 
 Ainda de acordo com o artigo 95 – parágrafo único - da CF/88 é vedado 
ao Juiz: 
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo 
uma de magistério; 
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em 
processo; 
III - dedicar-se à atividade político-partidária. 
IV receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de 
pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções 
previstas em lei; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
V exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de 
decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou 
exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
Muita Atenção! 
Desde 1999 não existem mais as Juntas de Conciliação e Julgamento, que era 
a primeira instância trabalhista. Foram extintas por meio da Emenda 
Constitucional 24/99, sendo assim, a primeira instância trabalhista é 
MONOCRÁTICA e não COLEGIADA como era antes. 
 
2.2. Jurisdição e competência 
A jurisdição é o poder de o Estado Juiz decidir as lides a ele apresentadas, partimos do 
princípio que a jurisdição é UNA ou INDIVISÍVEL, no entanto, para que haja seu melhor 
funcionamento é dividida em competência. 
A competência é um fracionamento da inteireza da justiça para facilitar a estrutura e 
atuação dos seguimentos existentes. 
A competência pode ser divida em absoluta e relativa. 
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De acordo com o artigo 111 do CPC, a competência absoluta não poderá ser derrogada 
pela vontade das partes, uma vez que é a vontade do Estado, tem natureza cogente! É o caso 
da competência: 
 em razão da matéria 
 em razão da pessoa 
 e funcional. 
 
A competência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição, de 
acordo com o artigo 113 do cPC, no entanto, deve ter sido prequestionada/tratada para chegar 
até a instancia extraordinária que é o TST. Sendo assim deve ter sido suscitada em grade 
primeira e segunda instancia. Este é o posicionamento da OJ 62 da SDI-1 do TST: 
É necessário o prequestionamento como pressuposto de admissibilidade em recurso de 
natureza extraordinária, ainda que se trate de incompetência absoluta. 
Já a competência relativa é aquela que se não suscitada por uma parte prorroga-se, ou 
seja, as partes podem derrogá-la, é o caso da competência em razão do lugar. 
Cabe destacar que no processo do trabalho não existe a incompetência relativa em 
razão do valor da causa, existente no processo civil. O valkor da causa na nossa matéria é 
apenas para delimitar o procedimento a ser verificado se sumário, sumaríssimo ou ordinário. 
2.2.1. Competência Absoluta em razão da matéria e 
da pessoa 
A competência em razão da matéria e da pessoa é estudada em conjunto, em especial 
no estudo aprofundado do artigo 114 da Constituição Federal, modificado pela Emenda 
Constitucional 45/2004, hoje com a seguinte redação: 
Art. 114, CF. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito 
público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios; 
II - as ações que envolvam exercício do direito de greve; 
III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e 
trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; 
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IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato 
questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; 
V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, 
ressalvado o disposto no art. 102, I, o; 
VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da 
relação de trabalho; 
VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores 
pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 
VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, 
e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; IX - outras 
controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. 
§ 1º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. 
§ 2º - Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, 
é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza 
econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as 
disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as 
convencionadas anteriormente. 
§ 3º - Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do 
interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, 
competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. 
No que concerne ao inciso I faremos três pontos: 
 
PONTO 1. RELAÇÃO DE TRABALHO corresponde a qualquer vínculo jurídico por meio do qual 
uma pessoa natural executa obra ou serviços para outrem, mediante o pagamento de uma 
contraprestação. 
Relação de trabalho é gênero do qual relação de emprego é espécie. 
O candidato deverá ter cuidado com o posicionamento do STJ por meio da súmula 363 que 
determina “Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por 
profissional liberal contra cliente", ou seja, caso haja uma relação de consumo direta – aquele 
profissional atende diretamente o cliente na cadeia consumeirista – não será da justiça do 
trabalho a competência. 
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Exemplo 1: Uma médica que tem um consultório e atende diretamente seu paciente é uma 
prestadora de serviço, mas o cliente final é ligado diretamente a ela, existindo uma relação 
consumeirista. 
Exemplo 2: Imagine que essa mesma médica do exemplo anterior presta serviço para três 
clínicas diferentes por “diárias”, sem qualquer vínculo de emprego, neste caso o paciente não 
é dela e sim da clínica, numa nítida relação trabalhista. 
 
PONTO 2. No que concerne a competência da justiça do trabalho para julgar a relação de 
trabalho da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios é preciso ter muito cuidado! 
A administração pública pode contratar por três regimes diferentes, quais sejam: 
 Estatutário 
 Celetista 
 Temporário – artigo 37 da CF/88 
 Quanto aos servidores estatutários, a Justiça do Trabalho NÃO TEM COMPETÊNCIA, vez 
que o inciso I do artigo 114 da CF/88 foi alvo da ADI 3395-6 onde o STF entendeu por sua 
incompetência. 
O Min. Nelson Jobim concedeu liminar para suspender toda e qualquer interpretação 
dada ao inciso I do art. 114 que inclua os servidores da administração Pública direta e indireta 
regidos por norma estatutária. 
Mesmo que haja a contratação temporária de excepcional interesse público, prevista no 
art. 37, IX, da CF/88 a justiça do trabalho NÃO TERÁ COMPETÊNCIA, por conta desse 
entendimento a OJ 205 da SDI-1 foi cancelada. 
OJ 205 SDI-I (CANCELADA) 
I - Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho dirimir dissídio 
individual entre trabalhador e ente público se há controvérsia acerca do vínculo 
empregatício. 
II - A simples presença de lei que disciplina a contratação por tempo determinado 
para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público (art. 37, 
inciso IX, da CF/1988) não é o bastante para deslocar a competência da Justiça do 
Trabalho se alega desvirtuamento em tal contratação, mediante a prestação de 
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serviços à Administração para atendimento de necessidade permanente e não 
para acudir a situação transitória e emergencial. 
Se a administração contratar pelo regime CELETISTA, aí sim a Justiça do Trabalho terá 
competência para o julgamento da lide! 
Por fim, cabe destacar a súmula 382 do TST que aduz “A transferência do regime jurídico 
de celetista para estatutário implica extinção do contrato de trabalho, fluindo o prazo da 
prescrição bienal a partir da mudança de regime”, ou seja, se durante o pacto laboral houver 
mudança de regime, a justiça do trabalho será competente apenas pelo tempo celetista e a 
prescrição de dois anos prevista no artigo 7º, XXIX da CF/88 será observada a partir da data 
da mudança. 
Sendo assim devemos ter o seguinte raciocínio 
Tipo de Regime Justiça competente 
Celetista Justiça do Trabalho 
Estatutário Federal – Lei 8112/90 Justiça Federal 
Estatutário Estadual – súmula 218 STJ Justiça comum Estadual 
Estatutário Municipal – súmula 137 STJ Justiça comum Estadual 
 
ATENÇÃO!!! Nas ações que os Entes públicos figurem como responsáveis subsidiários em 
terceirização a justiça do trabalho é plenamente competente. Cuidado somente com a 
responsabilidade que, em regra, é subsidiária! 
Você fará um concurso que cobra bastante a letra de Lei, súmulas e Orientações 
jurisprudenciais, então é inevitável a transcrição de muitas delas, é o caso da leitura obrigatória 
da súmula 331 TST: 
 
Súmula nº 331 do TST 
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE 
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o 
vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho 
temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974). 
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera 
vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou 
fundacional (art. 37, II, da CF/1988). 
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III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de 
vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de 
serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente 
a pessoalidade e a subordinação direta. 
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, 
implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas 
obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do 
título executivo judicial. 
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem 
subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta 
culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, 
especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais 
da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não 
decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela 
empresa regularmente contratada. 
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas 
decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral. 
 
PONTO 3. ENTES DE DIREITO PÚBLICO EXTERNO: 
OO ponto em questão deverá ser dividido em dois aspectos: os Estados Estrangeiros e 
as Organizações ou Organismos Internacionais. 
No caso dos Estados Estrangeiros, o STF já se posicionou pacificamente que não há o 
que se falar em imunidade de jurisdição, possuindo a Justiça do trabalho competência para 
processar e julgar demanda envolvendo entes de direito público externo. Contudo, permanece 
o entendimento do STF de que o ente de direito público externo possui imunidade de 
execução, devendo socorrer as denominadas cartas rogatórias. 
Somente não incidirá a imunidade na execução quando o Estado Estrangeiro renunciar 
ou quando o bem a ser penhorado não tenha vinculação com a missão diplomática, eis o 
entendimento do STF no RE n. 222.368-4. 
Lembro-me de um caso interessante que ocorreu aqui em Brasília em que o TST mandou 
penhorar uma residência da Arábia Saudita vez que perdeu o status de residência oficial do 
Embaixador. 
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Veja abaixo a notícia do caso e lembre-se que faz toda a diferença ter conhecimento de 
decisões do TST em casos interessantes e passíveis de cobrança no estudo de casos que haverá 
na sua prova! 
A perda do status de residência oficial do embaixador do Reino da Arábia Saudita 
possibilitou que um imóvel localizado no Lago Sul, região nobre de Brasília/DF, 
fosse penhorado para pagar dívidas trabalhistas a um vigilante. A decisão é da 4ª 
turma do TST, que negou provimento a agravo de instrumento interposto pela 
representação diplomática do Reino. 
A ação, em fase de execução, foi movida por um vigilante que trabalhou por 22 
anos para a embaixada. Sem nunca ter recebido férias,13º e FGTS, o trabalhador 
brasileiro teve seus pedidos deferidos pela JT de Brasília. O valor líquido apurado 
na fase de liquidação da sentença era de R$ 124 mil, de acordo com informações 
apresentados pela embaixada no recurso ao TST. 
Na representação questionando decisão do TRT da 10ª região que permitiu a 
penhora, a representação da Arábia Saudita afirmou que o imóvel se destina ao 
cumprimento das funções diplomáticas e não estava abandonado, mas sim em 
reforma para em seguida abrigar as instalações da chancelaria. Alegou também 
que havia arquivos e documentos sigilosos no imóvel e citou que, de acordo com 
a Convenção de Viena, o imóvel não poderia ser objeto de constrição judicial, por 
ter imunidade na fase de execução. 
O relator do agravo no TST, ministro Fernando Eizo Ono, destacou que o imóvel 
estava desocupado e há muito tempo não era utilizado para a função diplomática 
nem consular. Além disso, para ele, não havia evidência de que voltasse a ser 
usado como residência oficial do embaixador. 
"Essa proteção é relativa e abrange apenas os bens afetos ao funcionamento da 
missão diplomática, conforme entendimento que tem prevalecido no 
TST", ressaltou, citando diversos precedentes do tribunal. Segundo o ministro, o 
parágrafo 3º do art. 31 da Convenção trata de imunidades dos agentes 
diplomáticos, mas "nada dispõe sobre a possibilidade ou não de penhora de bens 
de Estado estrangeiro não afetos à função diplomática ou consular, que é a 
matéria em controvérsia". 
 Processo relacionado: 18641-08.2005.5.10.0018 
 
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Cabe destacar que no caso das Organizações ou Organismos Internacionais, tais como 
a ONU, OIT, OMS, entre outras, o TST por meio da recente OJ 416 da SDI-1 determina que a 
imunidade será absoluta, veja: 
As organizações ou organismos internacionais gozam de imunidade absoluta de 
jurisdição quando amparados por norma internacional incorporada ao 
ordenamento jurídico brasileiro, não se lhes aplicando a regra do Direito 
Consuetudinário relativa à natureza dos atos praticados. Excepcionalmente, 
prevalecerá a jurisdição brasileira na hipótese de renúncia expressa à cláusula de 
imunidade jurisdicional. 
 
Ações que envolvam o direito de greve 
A greve já passou por diversos momentos, até já foi prevista como “crime”, hoje é 
assegurada na Constituição Federal e regulamentada pela Lei 7783/1989 de importantíssima 
leitura para o seu concurso! 
O artigo 2º da Lei em comento conceitua greve como “a suspensão coletiva, temporária 
e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços a empregador” e lockout no artigo 
17 como “Fica vedada a paralisação das atividades, por iniciativa do empregador, com o 
objetivo de frustrar negociação ou dificultar o atendimento de reivindicações dos respectivos 
empregados”. 
Irregularidades no exercício do direito de greve podem gerar outras demandas da 
competência da Justiça do Trabalho: 
1. Ações de indenizatórias decorrentes do direito de greve 
2. Dissídios Coletivos de greve; 
3. Ações Possessórias (Interdito proibitório, esbulho, manutenção na posse); 
No que concerne aos dissídios coletivos é importante frisar que o escopo deste 
instrumento jurídico é a declaração da abusividade ou não da greve e tal competência é da 
justiça do trabalho, conforme previsão expressa da súmula 189 do TST. Destaque-se também 
que uma ação típica de Tribunal, se a greve envolver apenas uma Região de TRT, entenda, não 
é Estado, vez que alguns TRTs abarcam mais de um Estado, e sim Região – a competência será 
do TRT respectivo! 
Se a greve envolver mais de uma Região de TRT a competência será no TST, com 
exceção de São Paulo que é o único Estado do país que tem dois TRTs, imagine que uma greve 
envolta todo o Estado de São Paulo e, ou seja, a 2ª Região que é Capital e a 15ª Região que é 
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campinas, neste caso a competência será no TRT da 2ª Região, conforme previsão expressa do 
artigo 12 da Lei 7.520/86 que foi alterado pela Lei 9.524/96. 
 
Insta destacar que o servidor público também tem direito a greve assegurado na 
Constituição Federal, ocorre que a Lei para regulamentar tal direito, o que foi alvo de 
impetração de Mandado de Injunção de número 708/DF quando em 2007 o Ministro Gilmar 
Mendes entendeu pela aplicabilidade da Lei 7783/1989 também para os estatutários, no que 
couber. 
 
Acontece que mesmo os servidores públicos utilizando a Lei dos empregados a 
competência não será transferida para a Justiça do Trabalho, sendo cada justiça competente 
em decorrência do tipo de estatuto, ou seja, se servidores federais, justiça federal, se servidores 
estaduais ou municipais justiça comum. 
No que concerne as ações possessórias é imprescindível destacar a súmula vinculante 
23 do STF “A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória 
ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa 
privada.” 
 
Ações sobre representação sindical. 
 
A justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações entre: 
Sindicato x Sindicato – definição da base sindical 
Sindicato x trabalhadores; 
Sindicato x empregadores. 
Interpretação extensiva para incluir Federações e Confederações. 
Direito de filiação e desfiliação; 
Concernentes à eleição de dirigente sindical e ao respectivo processo eleitoral; 
Ações envolvendo contribuições assistenciais; 
Ações envolvendo contribuição sindical contra empregadores; 
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Ações de consignação de pagamento de contribuição sindical. 
 
Mandado de segurança, Habeas Corpus e Habeas data 
A competência para processar e julgar Mandado de Segurança, Habeas Corpus e 
Habeas Data se refere às questões da esfera trabalhista. 
No que concerne ao Mandado de segurança que é uma ação constitucional, prevista no 
artigo 5º, LXIX que prevê: “conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido 
e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela 
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício 
de atribuições do Poder Público”. 
O Mandado de Segurança é regulamentado pela Lei 12.016/2009 e tem bastante 
importância na esfera trabalhista, sendo previsto em várias súmulas e OJs do TST. 
A modificação trazida pela Emenda Constitucional 45/2004 foi no sentido de permitir a 
impetração do Mandado de Segurança na primeira Instancia quando o ato for da autoridade 
coatora da fiscalização do trabalho, aqui devemos conjugar este inciso o inciso VII do artigo 
114 da CF/88. 
No que concerne ao Habbeas corpus qua também é um remédio constitucional, previsto 
no artigo 5º LXVIII da CF/88 que prevê “LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que 
alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de 
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder”. 
Neste tocante devemos lembrar que a justiça do trabalho não é competente para 
julgamento de crime, já decidiu o STF na ADI 3684, sendo assim só é passívelde impetração 
de habeas corpus se houver matéria trabalhista e não penal. 
No que se refere ao Habeas Corpus trago outra notícia do TST sobre um jogador 
de futebol que precisou impetrar um HC para ter seu “passe” liberado para outro 
time de futebol. TST concede HC ao jogador Oscar, que poderá trabalhar onde 
desejar 
 
26/4/2012 - O ministro do Tribunal Superior do Trabalho Guilherme Caputo Bastos 
acaba de conceder habeas corpus em favor do jogador de futebol Oscar dos Santos 
Emboaba Júnior, o Oscar. Com a decisão, o atleta poderá trabalhar em qualquer 
lugar que pretenda. Como é integrante da SDI-2, órgão que detém a competência 
para julgar o HC, foi sorteado como relator do caso. 
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Na liminar, Caputo Bastos afirmou que "a obrigatoriedade da prestação de serviços 
a determinado empregador nos remete aos tempos de escravidão e servidão, 
épocas incompatíveis com a existência do Direito do Trabalho, nas quais não havia 
a subordinação jurídica daquele que trabalhava, mas sim a sua sujeição pessoal." 
Caputo Bastos ressaltou que "a liberdade, em suas várias dimensões, é elemento 
indispensável ao Direito do Trabalho, bem como a ‘a existência do trabalho livre (isto 
é, juridicamente livre) é pressuposto histórico-material do surgimento do trabalho 
subordinado (e via de consequência, da relação empregatícia)' ", apontou o ministro, 
citando o colega de TST, ministro Maurício Godinho Delgado. 
Oscar atualmente treina no Sport Club Internacional, de Porto Alegre (RS), clube com 
o qual tem contrato. Mas, por determinação da Justiça do Trabalho no estado de 
São Paulo, ele foi inscrito na Confederação Brasileira de Futebol como jogador do 
São Paulo Futebol Clube. 
O ministro Caputo Bastos ainda alertou que, qualquer que seja a decisão na ação 
entre Oscar e o São Paulo, ela "jamais poderá impor ao trabalhador o dever de 
empregar sua mão de obra a empregador ou em local que não deseje, sob pena de 
grave ofensa aos princípios da liberdade e da dignidade da pessoa humana e da 
autonomia da vontade, em torno dos quais é construído todo o ordenamento 
jurídico pátrio". 
Oscar já havia ajuizado ação cautelar no TST para que fosse liberado para julgar pelo 
Internacional. No entanto, o relator do pedido, ministro Renato de Lacerda Paiva, 
ficou impossibilitado de julgar em razão de um recurso pendente no Tribunal 
Regional do Trabalho da Segunda Região (TRT-SP). 
Na avaliação do relator do pedido de Oscar, a determinação que restabeleceu o 
vínculo de emprego entre o atleta e o São Paulo, proferida em uma reclamação 
trabalhista ajuizada pelo jogador, "além de afrontar os princípios basilares do nosso 
Direito, mostra-se totalmente incongruente, na medida em que agrava a situação 
jurídica daquele que submeteu sua demanda ao Poder Judiciário e excede os limites 
da lide, impondo comando judicial incompatível com a pretensão inicial. Note-se, 
nesse sentido, que, de acordo com a sentença prolatada na reclamação trabalhista 
retromencionada, não houve reconvenção por parte do empregador São Paulo 
Futebol Clube a justificar, em tese, esse tipo de determinação". 
O ministro relator do habeas corpus ainda alertou que a decisão judicial "que 
determina o restabelecimento obrigatório do vínculo desportivo com o São Paulo 
Futebol Clube, em contrariedade à vontade do trabalhador, cerceia o seu direito 
fundamental de exercício da profissão". Assim, Caputo Bastos concedeu liminar em 
habeas corpus para autorizar Oscar a exercer livremente a sua profissão, 
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participando de jogos e treinamentos em qualquer localidade e para qualquer 
empregador, "conforme sua livre escolha". 
Cabe destacar ainda que o STF, por meio da súmula vinculante 25, tem posicionamento 
que não poderá haver a prisão do depositário infiel, que era a mais comum verificação de 
habeas corpus na justiça do trabalho. 
No que se refere ao Habeas Data, previsto no artigo 5º, LXXII que prevê “conceder-se-
á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do 
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de 
caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo 
sigiloso, judicial ou administrativo”. 
Não é comum verificarmos na prática um Habeas Data na Justiça do Trabalho, sendo 
possível, por exemplo, quando um órgão da fiscalização do trabalho negar informação. 
Conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista. 
O conflito de competência está previsto no artigo 804 da CLT e 115 do CPC e ocorre 
quando: 
• dois ou mais juízes se declarem competentes (conflito positivo); 
• dois ou mais juízes se declarem incompetentes (conflito negativo); 
O conflito pode ser suscitado pelos Juízes e Tribunais do Trabalho, pelo MPT e pela parte 
interessada. 
 
Orgão solucionador 
do conflito 
Conflito 
TRT 
entre varas da mesma região, juízes de direito investido na 
jurisdição trabalhista da mesma região, ou entre varas do 
trabalho e juízes de direito investidos na jurisdição 
trabalhista (na mesma região) – art. 808, a da CLT 
TST 
entre TRTs, entre varas do trabalho e juízes de direito 
investidos na jurisdição trabalhista sujeitos à jurisdição de 
Tribunais Regionais diferentes, entre TRTs distintos – art. 
808, b da CLT. 
STJ 
entre varas do trabalho e juiz de direito não investido na 
jurisdição trabalhista – art. 105, I, d, CF/1988; 
STF 
quando envolver um Tribunal Superior – art. 102, I, o da 
CF/98. 
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ATENÇÃO: De acordo com a súmula 420 do TST “Não se configura conflito de competência 
entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada”. 
 
 Dano moral e material decorrente de acidente de trabalho. 
 
A competência para processar e julgar ações referentes a dano moral, já estava 
pacificada nos tribunais quando se tratava de relação de emprego. 
Sendo assim, quando um Trabalhador sofre dano moral esse pedido deverá ser 
pleiteado na justiça do trabalho. 
Cabe a leitura da súmula 392 do TST “Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da 
República, a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização 
por dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de 
acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas.” 
No que concerne ao dano moral e material decorrente de acidente de trabalho veja a 
Súmula Vinculante 22 do STF: 
A justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por 
danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado 
contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro 
grau quando da promulgação da Emenda Constitucional n° 45/04. 
CUIDADO!!!! 
Ação entre empregado x empregador (Justiça do Trabalho) 
Ação entre empregado x INSS – somente no caso de acidente do trabalho (Justiça 
Comum - artigo 109, I CF/88) 
 
Penalidades administrativas impostas aos empregadorespelos órgãos da fiscalização do 
trabalho. 
 A fiscalização do trabalho é feita pelo Ministério do trabalho e Emprego através da sua 
Superintendência Regional do Trabalho, com a mudança trazida pela Emenda constitucional 
45/2004 a Justiça do Trabalho passou a ter a competência para processar e julgar os atos da 
fiscalização do trabalho, entenda aqui tantos a discussão de autos de infração como ate mesmo 
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o Mandado de Segurança em face da autoridade coatora da fiscalização do trabalho. 
 
Execução de ofício da contribuição social das suas sentenças e acordos. 
 
A justiça do trabalho tem competência para executar a contribuição social apenas das 
suas sentenças e acordos, o que quer dizer que as parcelas de natureza salarial incidem 
contribuições previdenciárias para o INSS. 
Vale a pena a leitura da súmula 368 do TST. 
É devida a incidência das contribuições para a Previdência Social sobre o valor 
total do acordo homologado em juízo, independentemente do reconhecimento 
de vínculo de emprego, desde que não haja discriminação das parcelas sujeitas à 
incidência da contribuição previdenciária, conforme parágrafo único do art. 43 da 
Lei nº 8.212, de 24.07.1991, e do art. 195, I, “a”, da CF/1988. 
 
Cabe destacar ainda a súmula 414 TST. 
Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição referente 
ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de contribuição para 
a seguridade social (arts. 114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), pois se destina ao 
financiamento de benefícios relativos à incapacidade do empregado decorrente 
de infortúnio no trabalho (arts. 11 e 22 da Lei nº 8.212/1991). 
 
Outras competências 
Súmula 19 (Quadro de Carreira) 
A Justiça do Trabalho é competente para apreciar reclamação de empregado que tenha por 
objeto direito fundado em quadro de carreira. 
Súmula 189 (Greve) 
A Justiça do Trabalho é competente para declarar a abusividade, ou não, da greve. 
 
Súmula 300 (PIS) 
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Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações ajuizadas por empregados em face de 
empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integração Social (PIS). 
 
Súmula 389 (Seguro Desemprego) 
I - Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide entre empregado e 
empregador tendo por objeto indenização pelo não-fornecimento das guias do seguro-
desemprego. 
II - O não-fornecimento pelo empregador da guia necessária para o recebimento do seguro-
desemprego dá origem ao direito à indenização. 
Súmula 392 (Dano Moral) 
Nos termos do art. 114 da CF/1988, a Justiça do Trabalho é competente para dirimir controvérsias 
referentes à indenização por dano moral, quando decorrente da relação de trabalho. 
 
Súmula 419 (Embargos de Terceiro) 
Na execução por carta precatória, os embargos de terceiro serão oferecidos no juízo deprecante 
ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se 
versarem, unicamente, sobre vícios ou irregularidades da penhora, avaliação ou alienação dos 
bens, praticados pelo juízo deprecado, em que a competência será deste último. 
 
OJ SDI-I 26 (Complementação de Pensão Requerida por Viúva de Ex-Empregado) 
A Justiça do Trabalho é competente para apreciar pedido de complementação de pensão 
postulada por viúva de ex-empregado, por se tratar de pedido que deriva do contrato de 
trabalho. 
 
ATENÇÃO PARA A SÚMULA DO TRT 3ª REGIÃO: 
SÚMULA N. 34 
DEMANDAS ENVOLVENDO ENTE DE DIREITO PÚBLICO E EMPREGADO PÚBLICO. 
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. Compete à Justiça do Trabalho, em 
razão da matéria, processar e julgar demandas envolvendo ente de Direito Público 
e empregado público, admitido por concurso público e a ele vinculado pelo regime 
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jurídico da CLT, consoante dispõe o inciso I do art. 114 da CR/88 (com a redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004). A decisão prolatada na ADI n. 
3.395-6/DF restringe-se às relações de ordem estatutária ou de caráter jurídico-
administrativo. (RA 175/2014, disponibilização/divulgação: DEJT/TRT3 26/09/2014, 
29/09/2014 e 30/09/2014) 
 
2.2.2. Competência funcional 
 A competência em questão diz respeito às atribuições dos órgãos da justiça do trabalho, 
ou seja, onde a ação se origina – competência originária e onde será julgado o recurso – 
competência recursal. 
 
 Existem ações que são típicas de primeira Instância, tais como: 
 
Reclamação Trabalhista 
Ação de consignação em Pagamento 
Inquérito para apuração da falta grave 
Ação Civil Pública 
 
Ações típicas de Tribunais, de forma exemplificativa: 
Dissídio Coletivo 
Ação Rescisória 
 
 
 
ATENÇÃO 1: A ação anulatória deverá ser ajuizada no mesmo juízo em que praticado o ato 
supostamente eivado de vício, posicionamento do TST através da OJ 129 da SDI-2. 
ATENÇÃO 2: A competência para julgamento do mandado de segurança será de acordo com 
a autoridade competente: 
 
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Autoridade Competente Órgão Julgador 
Fiscalização do trabalho Vara do Trabalho 
Juiz do Trabalho TRT 
Desembargadores e servidores do 
TRT 
TRT 
Ministros e servidores do TST TST 
 
 
2.2.3. Competência Relativa em razão do lugar 
 Pelo entendimento do artigo 651 da CLT a competência territorial da Justiça do 
Trabalho se faz pelo local da prestação dos serviços, ainda que o Empregado tenha sido 
contratado em outro lugar, ainda que tenha sido no estrangeiro! 
 Havendo mais de um local de trabalho sucessivos, a competência será do último local 
da prestação de serviços. 
 Os parágrafos subsequentes ao caput determinam algumas exceções, vejamos: 
§ 1º da CLT - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a 
competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou 
filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta 
da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais 
próxima. 
§ 2º da CLT - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida 
neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no 
estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção 
internacional dispondo em contrário. 
§ 3º da CLT - Em se tratando de empregador que promova realização de 
atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado 
apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos 
respectivos serviços. 
No que concerne ao agente ou viajante comercial a competência será da Vara da 
localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado 
se esta não existir terá competência a Vara da localidade do domicíliodo empregado ou local 
mais próximo. 
 
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Já a segunda exceção diz respeito ao trabalho realizado no exterior, mesmo o 
empregado prestando serviço no exterior será competente a justiça brasileira quando: 
 
 O trabalho ocorrer numa agência ou filial no estrangeiro – pressupõe um 
vinculo com o Brasil; 
 Empregado seja brasileiro e 
 Não haja convenção internacional dispondo em contrário. 
 
A terceira e última exceção se refere ao empregador que promova realização de 
atividades fora do lugar do contrato de trabalho, neste caso o empregado poderá apresentar 
reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. 
Se atente para a 149 da SDI-2 que determina: “Não cabe declaração de ofício de 
incompetência territorial no caso do uso, pelo trabalhador, da faculdade prevista no art. 651, § 
3º, da CLT. Nessa hipótese, resolve-se o conflito pelo reconhecimento da competência do juízo 
do local onde a ação foi proposta.” 
 
3. Serviços auxiliares da justiça do trabalho 
 
Pra que haja melhor eficiência na prestação jurisdicional existem os órgãos auxiliares da 
justiça do trabalho que, pela CLT são cinco: 
 
1. Secretarias das Varas do Trabalho 
2. Distribuidores 
3. Secretaria dos Tribunais 
4. Cartórios dos Juízos de direito 
5. Oficiais de Justiça 
 
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3.1. Secretarias das varas do trabalho e distribuidores. 
A secretaria da Vara é órgão auxiliar da primeira instância e está prevista no artigo 710 
da CLT que ainda menciona “Junta”, lembre-se que houve alteração desta instancia pela 
Emenda Constitucional 24/99 e a primeira Instância é o Juiz do trabalho que desempenha suas 
funções na Vara do Trabalho. 
O tema aqui tratado é extremamente teórico e é totalmente necessária a sua leitura nos 
artigos relacionados, vez que a sua banca cobra mesmo! 
 A CLT prevê que cada “Junta” terá 1 (uma) secretaria, sob a direção de funcionário que 
o Presidente designar, para exercer a função de secretário, e que receberá, além dos 
vencimentos correspondentes ao seu padrão, a gratificação de função fixada em lei. Acontece 
que atualmente chamamos o “secretário da Vara” de Diretor de Secretaria que será indicado 
de forma discricionária pelo Juiz Titular, preferencialmente entre bacharéis em direito, salvo se 
não houver possibilidade de atender a exigência da Resolução 147 do conselho Nacional de 
Justiça. 
 A competência da secretaria da Vara está prevista no artigo 711 da CLT, que determina: 
Compete à secretaria das Juntas: 
 a) o recebimento, a autuação, o andamento, a guarda e a conservação dos processos e 
outros papéis que lhe forem encaminhados; 
 b) a manutenção do protocolo de entrada e saída dos processos e demais papéis; 
 c) o registro das decisões; 
 d) a informação, às partes interessadas e seus procuradores, do andamento dos respectivos 
processos, cuja consulta lhes facilitará; 
 e) a abertura de vista dos processos às partes, na própria secretaria; 
 f) a contagem das custas devidas pelas partes, nos respectivos processos; 
 g) o fornecimento de certidões sobre o que constar dos livros ou do arquivamento da 
secretaria; 
 h) a realização das penhoras e demais diligências processuais; 
 i) o desempenho dos demais trabalhos que lhe forem cometidos pelo Presidente da Junta, 
para melhor execução dos serviços que lhe estão afetos. 
Cada Vara deverá ter um secretário que terá a competência prevista no artigo 712 da 
CLT: 
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 a) superintender os trabalhos da secretaria, velando pela boa ordem do serviço; 
 b) cumprir e fazer cumprir as ordens emanadas do Presidente e das autoridades 
superiores; 
 c) submeter a despacho e assinatura do Presidente o expediente e os papéis que devam 
ser por ele despachados e assinados; 
 d) abrir a correspondência oficial dirigida à Junta e ao seu Presidente, a cuja deliberação 
será submetida; 
 e) tomar por termo as reclamações verbais nos casos de dissídios individuais; 
 f) promover o rápido andamento dos processos, especialmente na fase de execução, e a 
pronta realização dos atos e diligências deprecadas pelas autoridades superiores; 
 g) secretariar as audiências da Junta, lavrando as respectivas atas; 
 h) subscrever as certidões e os termos processuais; 
 i) dar aos litigantes ciência das reclamações e demais atos processuais de que devam ter 
conhecimento, assinando as respectivas notificações; 
 j) executar os demais trabalhos que lhe forem atribuídos pelo Presidente da Junta. 
 
ATENÇÃO Os serventuários que, sem motivo justificado, não realizarem os atos, dentro dos 
prazos fixados, serão descontados em seus vencimentos, em tantos dias quantos os do 
excesso. 
 
3.2. Os distribuidores 
 Quando houver mais de uma Vara do Trabalho em determinada localidade nascerá a 
obrigatoriedade do setor de distribuição para que haja a divisão aleatória e automática para 
que não exista a “escolha’ do juízo. 
Cabe destacar que a CLT abarca a competência do Distribuidor que já foi cobrada 
DIVERSAS vezes em provas de TRT, precisamos aprender! 
 Art. 714 - Compete ao distribuidor: 
 a) a distribuição, pela ordem rigorosa de entrada, e sucessivamente a cada Junta, dos 
feitos que, para esse fim, lhe forem apresentados pelos interessados; 
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 b) o fornecimento, aos interessados, do recibo correspondente a cada feito distribuído; 
 c) a manutenção de 2 (dois) fichários dos feitos distribuídos, sendo um organizado pelos 
nomes dos reclamantes e o outro dos reclamados, ambos por ordem alfabética; 
 d) o fornecimento a qualquer pessoa que o solicite, verbalmente ou por certidão, de 
informações sobre os feitos distribuídos; 
 e) a baixa na distribuição dos feitos, quando isto lhe for determinado pelos Presidentes 
das Juntas, formando, com as fichas correspondentes, fichários à parte, cujos dados poderão 
ser consultados pelos interessados, mas não serão mencionados em certidões. 
ATENÇÃO 1: A distribuição será feita pela rigorosa ordem de entrada de ações e não pela 
qualidade das ações, ou seja, se protocolada uma Reclamação Trabalhista, um Inquérito para 
apuração da falta grave e uma Consignação em pagamento cada uma delas para um Juiz 
diferente não importando a sua natureza! 
ATENÇÃO 2: Os distribuidores são designados pelo Presidente do Tribunal Regional dentre os 
funcionários das Juntas e do Tribunal Regional, existentes na mesma localidade, e ao mesmo 
Presidente diretamente subordinados. 
 
3.3. Das secretarias dos TRTs 
 O artigo 718 da CLT prevê que cada Tribunal Regional tem 1 (uma) secretaria, sob a 
direçãodo funcionário designado para exercer a função de secretário, com a gratificação de 
função fixada em lei. 
Em que pese a CLT estabelecer apenas uma secretaria por Tribunal é bem comum na 
vida real os TRTs terem mais de uma Secretaria para que haja melhor efetividade do trabalho 
no Tribunal. 
 A competência da Secretaria dos TRTs, prevista pela CLT como Secretaria dos Conselhos, 
além das atribuições estabelecidas no art. 711 para a Secretaria das Varas tem mais as seguintes: 
 a) a conclusão dos processos ao Presidente e sua remessa, depois de despachados, aos 
respectivos relatores; 
 b) a organização e a manutenção de um fichário de jurisprudência do Conselho, para 
consulta dos interessados. 
 Parágrafo único - No regimento interno dos Tribunais Regionais serão estabelecidas as 
demais atribuições, o funcionamento e a ordem dos trabalhos de suas secretarias. 
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As Secretarias dos Tribunais são chefiadas também por Diretores que a CLT ainda chama de 
Secretários que terão as mesmas atribuições dos Diretores da Secretaria da Vara, além das que 
lhes forem fixadas no regimento interno dos Tribunais. 
 
3.4. Dos cartórios dos Juízos de Direito 
 Vimos acima que naquelas localidades em que não haja juiz do trabalho um juiz de direito 
será investido na jurisdição trabalhista com recurso para o respectivo TRT daquela Região. 
De acordo com o artigo 716 da CLT os cartórios dos Juízos de Direito, investidos na 
administração da Justiça do Trabalho, têm, para esse fim, as mesmas atribuições e obrigações 
conferidas na Seção I às secretarias das Varas. 
Aos escrivães dos Juízos de Direito, investidos na administração da Justiça do Trabalho, 
competem especialmente as atribuições e obrigações dos Diretores das Varas do Trabalho e 
aos demais funcionários dos cartórios, as que couberem nas respectivas funções, dentre as que 
competem às secretarias das Varas enumeradas no art. 711. 
 
3.5. Dos Oficiais de Justiça Avaliadores 
O oficial de justiça na esfera trabalhista é mais comum na fase de execução, cabe a ele 
realização dos atos processuais externos, tanto nas Varas como Tribunais. 
É de extrema importância a leitura total e completa do artigo 721 da CLT: 
Incumbe aos Oficiais de Justiça e Oficiais de Justiça Avaliadores da Justiça do Trabalho a 
realização dos atos decorrentes da execução dos julgados das Juntas de Conciliação e 
Julgamento e dos Tribunais Regionais do Trabalho, que lhes forem cometidos pelos respectivos 
Presidentes. 
 § 1º Para efeito de distribuição dos referidos atos, cada Oficial de Justiça ou Oficial de 
Justiça Avaliador funcionará perante uma Junta de Conciliação e Julgamento, salvo quando da 
existência, nos Tribunais Regionais do Trabalho, de órgão específico, destinado à distribuição 
de mandados judiciais. 
 § 2º Nas localidades onde houver mais de uma Junta, respeitado o disposto no parágrafo 
anterior, a atribuição para o cumprimento do ato deprecado ao Oficial de Justiça ou Oficial de 
Justiça Avaliador será transferida a outro Oficial, sempre que, após o decurso de 9 (nove) dias, 
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sem razões que o justifiquem, não tiver sido cumprido o ato, sujeitando-se o serventuário às 
penalidades da lei. 
 § 3º No caso de avaliação, terá o Oficial de Justiça Avaliador, para cumprimento da ato, 
o prazo previsto no art. 888. 
 § 4º É facultado aos Presidentes dos Tribunais Regionais do Trabalho cometer a qualquer 
Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador a realização dos atos de execução das decisões 
desses Tribunais. 
 § 5º Na falta ou impedimento do Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador, o 
Presidente da Junta poderá atribuir a realização do ato a qualquer serventuário. 
Cabe ressaltar que o Oficial de justiça desempenha a função de avaliador, neste caso 
teremos a verificação do artigo 888 da CLT, que reza: 
Art. 888 - Concluída a avaliação, dentro de dez dias, contados da data da nomeação do 
avaliador, seguir-se-á a arrematação, que será anunciada por edital afixado na sede do juízo 
ou tribunal e publicado no jornal local, se houver, com a antecedência de vinte (20) 
dias. (Redação dada pela Lei nº 5.584, de 26.6.1970) 
 § 1º A arrematação far-se-á em dia, hora e lugar anunciados e os bens serão vendidos 
pelo maior lance, tendo o exequente preferência para a adjudicação. (Redação dada pela Lei 
nº 5.584, de 26.6.1970) 
 § 2º O arrematante deverá garantir o lance com o sinal correspondente a 20% (vinte por 
cento) do seu valor. (Redação dada pela Lei nº 5.584, de 26.6.1970) 
 § 3º Não havendo licitante, e não requerendo o exequente a adjudicação dos bens 
penhorados, poderão os mesmos ser vendidos por leiloeiro nomeado pelo Juiz ou 
Presidente. (Redação dada pela Lei nº 5.584, de 26.6.1970) 
 § 4º Se o arrematante, ou seu fiador, não pagar dentro de 24 (vinte e quatro) horas o 
preço da arrematação, perderá, em benefício da execução, o sinal de que trata o § 2º deste 
artigo, voltando à praça os bens executados. (Redação dada pela Lei nº 5.584, de 26.6.1970) 
4. Questões Comentadas 
Com relação as questões trataremos apenas da banca do nosso concurso, vamos lá?! 
 (FCC - 2014 - TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Analista Judiciário - Área Administrativa) Com 
relação à organização da Justiça do Trabalho, é correto afirmar que 
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a) é composta pelos Juízes do Trabalho, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, bem como pelo 
Tribunal Superior do Trabalho, além dos chamados órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, tais como, 
Secretarias das Varas, Secretarias dos Tribunais e Cartórios dos Juízos de Direito. 
b) o Tribunal Superior do Trabalho é composto de, no mínimo, 17 Ministros, nomeados pelo Presidente 
da República, após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal. 
c) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, nomeados pelo 
presidente do Tribunal Superior do Trabalho, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e menos 
de sessenta e cinco anos. 
d) a lei criará varas da Justiça do Trabalho, sendo que nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, 
as ações trabalhistas serão endereçadas aos juízes de direito, com recurso cabível para o respectivo 
Tribunal de Justiça. 
e) a Emenda Constitucional no 45/2004 incluiu dois novos organismos de funcionamento junto ao TST 
que são a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho e o Conselho 
Nacional de Justiça. 
Comentários: Aqui a banca misturou os órgãos da justiça do trabalho com os órgãos auxiliares 
da justiça do trabalho. 
Coloquei em vermelho o que está errado nas outras questões! Veja que o que estudamos cai 
bastante! 
Gabarito: Alternativa A 
 
 FCC - 2013 - TRT - 5ª Região (BA) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador 
Em relação ao Oficial de Justiça Avaliador da Justiça do Trabalho, é correto afirmar que 
a) incumbe ao mesmo a realização dos atos decorrentes da execução dos julgados dasVaras do 
Trabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho, que lhe forem cometidos pelos respectivos 
Presidentes. 
b) é facultado ao Presidente do Tribunal Superior do Trabalho cometer a qualquer Oficial de Justiça 
Avaliador a realização dos atos de execução das decisões de qualquer Tribunal. 
c) na falta ou impedimento do mesmo, o Juiz deverá requisitar outro Oficial ao Tribunal Regional do 
Trabalho. 
d) no caso de avaliação, o mesmo terá o prazo de vinte dias para cumprimento do ato. 
e) funcionarão perante as Varas do Trabalho, não cabendo aos Tribunais Regionais do Trabalho a 
criação de órgão específico destinado a distribuição de mandados judiciais. 
Comentários: Literalidade do artigo 721 da CLT! 
Incumbe aos Oficiais de Justiça e Oficiais de Justiça Avaliadores da Justiça do Trabalho a 
realização dos atos decorrentes da execução dos julgados das Juntas de Conciliação e 
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Julgamento e dos Tribunais Regionais do Trabalho, que lhes forem cometidos pelos respectivos 
Presidentes. 
Gabarito: Alternativa A 
 
 FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Área Judiciária 
A Consolidação das Leis do Trabalho disciplina os serviços auxiliares da Justiça do Trabalho, prevendo 
que 
 a) o Juiz da Vara do Trabalho, na falta ou impedimento do Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça 
Avaliador, deverá requisitar ao advogado da parte interessada ou a agente policial militar a realização 
do ato. 
b) haverá um distribuidor em todas as localidades incluindo aquelas que possuam apenas uma Vara 
do Trabalho. 
 c) os distribuidores serão designados e diretamente subordinados ao Juiz Diretor do Fórum, escolhidos 
entre os funcionários das Varas do Trabalho de qualquer localidade da circunscrição do Tribunal. 
 d) o prazo previsto para o cumprimento do ato de avaliação pelo Oficial de Justiça Avaliador será de 
05 dias, contados da data da sua nomeação. 
 e) compete à Secretaria das Varas do Trabalho a contagem das custas devidas pelas partes, nos 
respectivos processos. 
Comentários: Literalidade do artigo 711 alinea f “ Compete à secretaria das Juntas:f) a contagem 
das custas devidas pelas partes, nos respectivos processos”. 
Gabarito: Alternativa E 
 
 FCC - 2014 - TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador 
A Emenda Constitucional 45/2004 incorporou as seguintes matérias à competência da Justiça do 
Trabalho, EXCETO: 
a) quanto aos funcionários públicos estatutários. 
b) que envolvam exercício do direito de greve. 
c) sobre representação sindical. 
d) alusivas a eleições sindicais. 
e) execução, de ofício, de contribuições sociais, decorrentes das decisões proferidas pelos Juízes do 
Trabalho. 
Comentários: A Justiça do Trabalho não é competente para julgar estatutários, lembra-se do 
inciso I do artigo 114 da CF/88 e da ADI 3.395-6 Julgada pelo STF. 
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Gabarito: Alternativa A 
 
 FCC - 2013 - TRT - 5ª Região (BA) - Analista Judiciário - Área Administrativa 
Conforme previsão constitucional, a competência da Justiça do Trabalho abrange 
 a) as ações oriundas da relação de trabalho. 
 b) os conflitos decorrentes das relações de emprego e, mediante lei especial, outras controvérsias 
decorrentes de relações de trabalho, exceto as que envolvam representação sindical. 
 c) todos os conflitos decorrentes de relações de trabalho e alguns casos de relações de emprego, 
sempre nos termos da lei específica. 
d) os conflitos decorrentes de relações de emprego e, mediante lei ou convenção coletiva, outras 
controvérsias decorrentes de relação de trabalho. 
e) todos os conflitos decorrentes das relações de trabalho, exceto naqueles em que forem parte os 
entes de direito público externo e da Administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios. 
Comentários: A justiça do trabalho é competente para julgar relação de trabalho, desde que 
não derive de relação de consumo e estatutários. 
Gabarito: Alternativa A 
 
 FCC - 2013 - TRT - 5ª Região (BA) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador 
A competência da Justiça do Trabalho foi ampliada pela Emenda Constitucional 45/2004, tendo sido 
definidas pelo legislador constituinte hipóteses que, até então, geravam diversas discussões. NÃO se 
inserem, porém, nesse contexto de ampliação da competência material da Justiça do Trabalho as ações 
a) envolvendo o exercício do direito de greve. 
 b) que visam discutir penalidades administrativas impostas aos empregadores pelo INSS, em relação 
às contribuições previdenciárias incidentes sobre a folha de pagamento. 
 c) em que se pleiteia indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho. 
d) que versem sobre questões relativas a representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e 
trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores. 
 e) decorrentes da relação de trabalho mantidas com entes de direito público externo. 
Comentários: Não se insere na justiça do trabalho as ações que visam discutir penalidades 
administrativas impostas aos empregadores pelo INSS, em relação às contribuições 
previdenciárias incidentes sobre a folha de pagamento e sim apenas referentes as nossas 
sentenças e acordos. 
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Gabarito: Alternativa B 
 
 FCC - 2014 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador 
Mateus, residente na cidade de São Bernardo do Campo, foi contratado em Diadema para trabalhar 
como Auxiliar Administrativo da Empresa Tudo Azul Ltda., cuja matriz está sediada em São Caetano 
do Sul. Após dois anos de contrato prestado na filial da empresa em São Paulo, foi dispensado, mesmo 
tendo informado ao empregador que está em vias de se aposentar. Mateus decidiu ajuizar reclamação 
trabalhista requerendo sua reintegração ao emprego por estabilidade pré aposentadoria. No presente 
caso, a Vara do Trabalho competente para processar e julgar a demanda é a do município de: 
a) Diadema, porque foi o local da contratação do trabalhador. 
b) São Paulo, por ser o local da prestação de serviços. 
c) São Caetano do Sul, em razão de ser a matriz da empresa empregadora. 
d) São Paulo, porque, neste caso, a comarca competente é a Capital do Estado. 
e) São Bernardo do Campo, por ser o local da residência do trabalhador. 
Comentários: Regra do artigo 651 CLT é o local da prestação de serviço ainda que o empregado 
tenha sido contratado em outro lugar, ainda que no estrangeiro. 
Gabarito: Alternativa B 
 
 FCC - 2013 - TRT - 5ª Região (BA) - Analista Judiciário - Área Judiciária 
Fernando, residente em Camaçari, foi contratado em Salvador para trabalhar na filial da empresa Ao 
Homem Elegante Comércio de Roupas Ltda. que fica em Feira de Santana. Considerando que a sede 
da empresa fica em São Paulo, de acordo com as regras sobre competência territorial previstas em lei, 
a competência para o ajuizamento de reclamação trabalhista por Fernando em face do ex-empregador 
é de uma das Varas do Trabalho de 
a) São Paulo. 
b) Feira de Santana.

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