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Anamnese Cardiológicas

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PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA 
BLOCO SÍNDROMES PEDIÁTRICAS I 
TH 1 
 
 
 
Introdução 
 Elementos da identificação. 
 Antecedentes pessoais e familiares. 
 Hábito de vida. 
 Fatores biopsicossociais. 
Idade: 
 Crianças e jovens: predominam anomalias congênitas e episódios 
iniciais da doença reumática. Diagnóstico de hipertensão arterial 
sugere etiologia secundária. 
 20-50 anos: doença de Chagas e a hipertensão arterial são mais 
frequentes. 
 > 50 anos: doença arterial coronariana – angina e infarto agudo do 
miocárdio – é mais comum. 
Sexo: 
 Lesões mitrais, especialmente a estenose e o prolapso da valva 
mitral, ocorrem mais em mulheres jovens. 
 Aterosclerose coronária predomina no sexo masculino até os 45 
anos de idade; a partir desta idade, a incidência vai se tornando 
igual em ambos os sexos. 
Etnia: 
 Afrodescendentes: maior prevalência de hipertensão arterial, que 
aparece em faixas etárias mais baixas e apresenta evolução mais 
grave. 
Atividade laboral: 
 Esforço físico intenso: mais frequente insuficiência cardíaca. 
 Acompanhadas de estresse emocional: fator importante na 
hipertensão arterial e na cardiopatia isquêmica 
Naturalidade e residência: 
 Doenças endêmicas: 
 Doença de Chagas 
 Febre Amarela 
 Malária 
 Esquistossomose 
Antecedentes pessoas: 
 Relação entre infecções estreptocócicas da bucofaringe e lesões 
valvares de etiologia reumática. 
 Relação entre alimentação rica em lipídios e aterosclerose 
 Relação entre doenças renais e hipertensão arterial. 
 Relação entre infecção dentária e endocardite infecciosa. 
Antecedentes familiares: 
 Fator genético na: 
 Hipertensão arterial essencial 
 Cardiopatia isquêmica 
Hábito de vida 
 Relacionados com aterosclerose e hipertensão arterial: tabagismo, 
alcoolismo e sedentarismo. 
 Miocardiopatia dilatada associada ao uso excessivo de álcool 
Condições socioeconômicas e culturais: 
 Doença reumática mais frequente em pessoas de renda mais baixa, 
em consequência de más condições alimentares e habitacionais e de 
falta de tratamento precoce e adequado das infecções 
estreptocócicas. 
 Condições das habitações rurais e da periferia das cidades estão 
entre as causas da endemia chagásica. 
 Dor torácica 
 Palpitações 
 Dispneia 
 Edema 
 Desmaio (lipotimia e síncope) 
 Astenia / Fadiga 
 Tosse e expectoração 
 Hemoptise 
 Cianose 
Dor precordial 
Dor precordial: 
 Não é sinônimo de dor cardíaca. 
 Pode ter origem no coração e em outros órgãos ou 
estruturas (pleura, esôfago, aorta, mediastino, estômago e 
parede torácica). 
A
n
am
en
se
Idade
Sexo
Etnia
Profissão
Naturalidade
Atecedentes 
Pessoais
Antecedentes 
Familiares
Hábito de Vita
Condições $$ e 
culturias
 
PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA 
BLOCO SÍNDROMES PEDIÁTRICAS I 
TH 1 
 
 Dor relacionada com o coração e com a aorta: 
 Compreende a dor de origem isquêmica, a dor pericárdica e 
a dor aórtica. 
 Dor → penetra nos 4 ou 5 nervos simpáticos torácicos 
superiores (ramos comunicantes) → vão até gânglios 
espinais 
Avaliação semiológica da dor precordial: 
 Localização e irradiação 
 Caráter 
 Intensidade 
 Duração e frequência 
 Fatores desencadeantes ou agravantes 
 Fatores atenuantes 
 Sintomas concomitantes – podem preceder, acompanhar ou 
suceder a dor. 
Causas de dor torácica 
Estrutura/Órgão Afecção 
Parede torácica Processos inflamatórios superficiais; Lesões 
traumáticas; Neoplasias ósseas; Hérnia de 
disco; Distensão muscular 
Traqueia, brônquios, pulmões e 
pleuras 
Bronquites; Neoplasias; Pneumonias; Embolia 
pulmonar; 
Pleurites; Pneumotórax espontâneo 
Coração e pericárdio Angina pectoris 
Infarto agudo do miocárdio 
Prolapso da valva mitral 
Miocardiopatias 
Arritmias 
Pericardites 
Vasos Aneurisma da aorta torácica; Dissecção 
aórtica; 
Hipertensão pulmonar 
Esôfago Esofagite de refluxo; Hérnia hiatal; 
Câncer do esôfago 
Mediastino Tumores do mediastino; Mediastinites; 
Pneumomediastino 
Órgãos abdominais Úlcera péptica; Câncer do estômago; 
Colelitíase; Colecistite; 
Hepatomegalia; Pancreatite; Neoplasias do 
pâncreas; Esplenomegalia 
Causa psicogênica Tensão nervosa; Ansiedade e/ou depressão; 
Síndrome do pânico 
DOR TORÁCICA/dor anginosa 
 Dor de origem isquêmica tem origem na hipoxia celular. 
 Isquemia miocárdica: desequilíbrio entre a oferta e o consumo de 
oxigênio. 
 Causa mais comum de isquemia miocárdica é a aterosclerose 
coronária. 
 Manifestações menos típicas são comuns em mulheres, idosos e 
diabéticos (dispneia, dor epigástrica). 
Cacterísticas Semiológicas: 
 Localização: Fatpodendo ser sentida à esquerda ou, mais 
raramente, à direita da linha esternal. 
 
 Irradiação: pavilhões auriculares, maxilar, nuca, região cervical, 
membros superiores, ombros, região epigástrica e região 
interescapulovertebral. 
 Caráter: constritiva, sensação de que algo aperta a região 
retroesternal (aperto, opressão, peso, queimação). Paciente leva a 
mão fechada ao peito - sinal de Levine 
 Qualidade da dor: 
 Angina Pectoris: desconforto no tórax, sensação 
desconfortável, opressão, constrição, “estouro”, 
estrangulamento, queimação, aperto, peso etc. ( angina em 
geral não é descrito como dor). 
 O limiar de dor para angina é menor pela manhã, logo o 
paciente poderá informar que os sintomas são mais 
intensos pela manhã. 
 Quando o limiar de dor é muito variável e é proeminente 
em repouso, podemos estar diante de uma quadro de 
vasoespasmocoronariano. 
 Dor prolongada, severa, com fadiga, sudorese, sem 
melhora com nitrato, ocorrendo em repouso, 
freqüentementese trata de IAM ou Angina Instável 
 Pode não ocorrer dor---equivalente anginoso 
 Dispnéia,desconfortona região ulnar no braço esquerdo 
ou antebraço, mandíbula, dentes,pescoço 
 
 Duração: 
 Angina estável: curta, de 2 a 3 minutos, raramente 
ultrapassando 10 minutos. 
 Angina instável: mais prolongada, chegando a 20 minutos, 
ocorre em repouso, sem melhora com nitrato. 
 Infarto agudo do miocárdio: duração superior a 20 
minutos, podendo chegar a algumas horas. 
 Intensidade: intensidade da dor varia de acordo com o grau de 
comprometimento isquêmico. 
 Dor leve: “desconforto “ “peso” 
 Dor moderada: incomoda e agrava com exercício físico 
 Dor Intensa: inflinge sofrimento; paciente fica queito 
 Duração: angina demora de 2 a 10 minutos 
 Dor c/ < 15 segundos: pouco provável DAC 
 Dor > 10 minutos: angina instável? 
 Dor acima de 20 30 minutos: IAM? 
 Fatores desencadeantes ou agravantes: condições que aumentam 
o débito cardíaco: esforço físico, emocional, taquicardia, frio ou 
refeição copiosa, cigarro, Angina de Prinzmetal, refeições. 
 Fatores atenuantes da dor: repouso e vasodilatadores coronários. 
Dor desaparece 3 ou 4 minutos após o uso de nitrato sublingual (se 
levar maior tempo - 5 ou 10 minutos -, pode ser angina instável). 
 Pericardite aguda: amenizada quando o paciente inclina o 
tórax para frente. 
 Enfermidades gastrintestinais: amenizada após eructação 
ou eliminação de gases. 
 Sintomas concomitantes: náuseas, vômitos e sudorese fria (sugere 
infarto agudo do miocárdio); palpitações (sugere isquemia 
provocada por taquiarritmia), febre, dispneia 
 Equivalentes anginosos: dispneia, náuseas, fadiga e síncope 
 Diagnóstico diferencial: melhora da dor 
 Repouso e nitrato: melhoram a angina entre 1 a 5 minutos 
 10 minutos: angina instável? IAM? Outro tipo de dor? 
Dor de origem pericárdica/pericardite 
 Dor da inflamação do pericárdio. 
 Mecanismo provável: atrito entre as membranas ou grande e rápida 
distensão do pericárdio por líquido. 
 Precedida por infecção viral. 
Características Semiológicas: 
 Localização: região retroesternal junto da reborda esternal 
esquerda e irradia-se para o pescoço (músculotrapézio) e as costas. 
 Caráter: “constritiva”, “peso”, “opressão”, “queimação”. 
 Duração: costuma ser contínua – durante várias horas. 
PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA 
BLOCO SÍNDROMES PEDIÁTRICAS I 
TH 1 
 
 Intensidade: grande intensidade, mais aguda que a da angina 
pectoris. 
 Fatores agravantes: não se relaciona com exercícios; Inspiração; 
Decúbito dorsal; Deglutição. 
 Fatores atenuantes: inclinação do tórax para frente ou posição 
genupeitoral. 
Dor na dissecção aguda da aorta 
 Aneurismas da aorta geralmente não provocam dor. 
 Dissecção aguda da aorta determina quadro doloroso. 
 Localização: retroesternal, com irradiação para o pescoço, 
região interescapular e ombro. 
 Caráter: dor do tipo lancinante de início súbito. 
 Intensidade: muito intensa. 
 Durante a crise dolorosa, o paciente fica inquieto – deita-se, 
levanta-se, revira-se na cama, comprime o tórax com um 
travesseiro, tentando obter alívio. 
Outras dores: 
 Hipertensão pulmonar: dor torácica, semelhante ao da angina. 
 Laceração da mucosa do esôfago – lesão de Mallory-Weiss: dor 
retroesternal após vômitos intensos. 
 Dor de origem na coluna cervical ou dorsal (osteoartrite, hérnia de 
disco): dor torácica após mudanças de decúbito ou movimentos do 
pescoço. 
 Esofagite: dor retroesternal e epigástrica durante a deglutição. 
 Osteocondrite (síndrome de Tietze): dor nas articulações 
condroesternais que piora a palpação 
palpitações 
 Percepção incômoda dos batimentos cardíacos. 
 Relatadas como “batimentos mais fortes”, “falhas”, “arrancos”, 
“paradas”, “tremor no coração”, “coração deixando de bater”, 
“coração aos pulos”. 
 Contrações cardíacas mais fortes e mais intensas, lentas ou rápidas, 
rítmicas ou arrítmicas, decorrentes de distúrbios do ritmo ou da 
frequência cardíaca. 
 Bradiarritmias 
 Taquiarritimias 
 Sobrecarga volumetria do VE (dormir de lado) 
Características semiológicas: 
 Frequência; 
 Ritmo; 
 Horário de aparecimento; 
 Modo de instalação e modo de desaparecimento - início e 
término súbitos? 
Causas de palpitação 
Cardíacas Não Cardíacas 
Arritmias (extrassístoles) 
Insuficiência cardíaca 
(sobrecarga de volume do VE) 
Miocardites 
Miocardiopatias 
Hipertensão arterial 
Hipertireoidismo 
Anemia 
Esforço físico 
Emoções 
Síndrome do pânico 
Medicamentos, café, tabaco, 
drogas ilícitas 
 
Tipos de palpitação: 
 Palpitações de esforço: ocorrem no esforço físico e desaparecem 
com o repouso. 
 Na insuficiência cardíaca, as palpitações, assim como a 
dispneia, iniciam-se de modo súbito, após esforço físico, 
e desaparecem com o repouso, de maneira gradual e 
lenta. 
 Palpitações por alterações do ritmo cardíaco. 
 Relato de “falhas”, “arrancos” e “tremor” indica quase 
sempre extrassístoles. 
 Sensação de que o coração “deixa de bater” corresponde 
quase sempre à pausa compensadora. 
 Extrassístoles “em salvas” são descritas como “disparos 
do coração”, com curta duração. 
 Relato de taquicardia com batimentos irregulares pode 
levantar a suspeita de fibrilação atrial. 
Dispneia: 
 Sensação consciente e desagradável do ato de respirar. 
 Na linguagem leiga, dispneia recebe a designação de cansaço, falta 
de ar/fôlego, fadiga ou respiração difícil. 
 É o principal sintoma de doença cardíaca ou pulmonar 
 Diferenciar da astenia e da fadiga. 
 Dispneia em paciente com uma cardiopatia indica congestão 
pulmonar. 
Causas da dispneia 
Dispneia inspiratória: obstrução das vias respiratórias superiores 
Dispneia expiratória: obstrução de vias respiratórias inferiores 
Dispneia súbita: 
 Edema agudo de pulmão 
 Pneumotórax 
 Embolia pulmonar 
 Pneumonias 
 Asma brônquica em crise 
Dispneia crônica: 
 Obesidade 
 Doença pulmonar obstrutiva crônica 
 Derrame pleural 
 Estenose mitral 
 Insuficiência ventricular esquerda 
 Anemia 
Dispneia em repouso: 
 Insuficiência ventricular esquerda descompensada 
 Tromboembolismo 
Dispneia com dor precordial: IAM 
 “Equivalente anginoso”-dispnéia de esforço, ou “stress” emocional, 
melhora com repouso , dura o tempo da angina( 2 a 10 min), melhora ou 
é evitado com nitratos. 
Dispneia súbita relacionada ao assentar ou determinada posição 
 sugere mixoma atrial ou trombo em átrio esquerdo. 
Dispneia que melhora com o acocoramento 
 –Tetralogia de Fallot 
 
Características semiológicas: 
 Apresentação: 
 Sintoma: dificuldade respiratória sentida pelo paciente. 
 Sinais: aceleração dos movimentos respiratórios 
(taquipneia) e participação ativa da musculatura acessória 
da respiração (músculos do pescoço na inspiração e 
músculos abdominais na expiração). 
 Relação com esforços. 
 Dispneia de esforço: DPOC, descondicionamento físico, angina pectoris 
atípica. 
 Aparece quando o paciente executa esforço físico. 
 Classificada em dispneia aos grandes, médios e pequenos esforços, 
podendo ocorrer em repouso. 
Causas da 
Dispenia 
Dispneia 
Inspiratória
Dispneia 
Expiratória
Dispenia 
Súbita
Dispneia 
Crônica
Gravidez 
Dispneia em 
repouso
PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA 
BLOCO SÍNDROMES PEDIÁTRICAS I 
TH 1 
 
▪ Diferença fundamental entre a dispneia de 
esforço de uma pessoa normal e a de um 
cardiopata está no grau de atividade física 
necessário para produzir a dificuldade 
respiratória. 
 Dispneia de esforço da insuficiência ventricular esquerda: 
▪ Rápida progressão, passando dos grandes 
aos pequenos esforços em curto período. 
▪ Progressão a diferencia da dispneia que 
das enfermidades pulmonares e nas 
anemias, condições em que a dispneia se 
agrava lentamente. 
 Dispneia de decúbito (ortopneia): 
 Aparece quando o paciente se põe na posição deitada, o 
que a diferencia da dispneia paroxística noturna. 
 Para atenuá-la, paciente eleva a cabeça e o tórax, usando 
dois ou mais travesseiros. 
 Melhora com a posição assentada. 
 Mecanismo: aumento da congestão pulmonar pelo maior 
afluxo de sangue proveniente dos membros inferiores e 
do leito esplâncnico (aumento do retorno venoso). 
 Dispneia paroxística noturna: 
 Paciente acorda 2 a 4 horas após o sono com intensa 
dispneia. 
 Acompanha tosse seca, pele fria e pálida, às vezes 
cianótica, tórax expandido, sudorese e taquicardia. 
 Paciente é obrigado a sentar-se na beira do leito ou 
levantar-se da cama. 
 Melhora com a posição assentada após 15 a 30 minutos. 
 Edema agudo de pulmão na ICC: 
▪ Intensa dispneia associada à tosse com 
expectoração espumosa, cianose, sibilos e 
estertores. 
▪ Mecanismo: aumento da pressão no átrio 
esquerdo, que se transmite às veias 
pulmonares. Aumento da pressão nos 
capilares pulmonares ocasiona transudação 
de líquido para o interstício, que, se 
ocorrer rapidamente, configura edema 
agudo do pulmão 
 são devido a edema intersticial e às vezes alveolar e é muito 
comum na IVE, inicia geralmente após 2 a 4 horas do início do sono 
e é acompanhado por tosse, chieira e sudorese. Melhora com a 
posição assentada após cerca de 15 a 30 minutos.( geralmente a 
dispnéia precede a tosse ** no paciente pneumopata geralmente a 
tosse com expectoração precede a dispnéia que é aliviado com a 
mobilização de secreção ). 
 Na TEPgeralmente a dispnéia é súbita, acompanhada de ansiedade, 
palpitação, hemoptise ou dor torácica. O desenvolvimento ou piora 
de dispnéia , às vezes associada a sensação de desmaio, pode ser o 
único sintoma da embolia pulmonar. 
 Pneumotórax e enfisema mediastinal; dispnéia súbita com dor 
intensa, lancinante em tórax. 
 
 Dispneia periódica ou de Cheyne-Stokes: Caracteriza-se por: 
 Períodos de apneia (duração variável de 15 a 30 segundos). 
 Seguidos de movimentos respiratórios, superficiais a 
princípio. 
 Movimentos que se tornam cada vez mais profundos, até 
chegar a um máximo. 
 Depois, diminuem gradativamente de amplitudeaté uma 
nova fase de apneia. 
 Pode ocorrer na hipertensão arterial, insuficiência 
ventricular esquerda e doença arterial coronariana. 
Crianças sadias e pessoas idosas podem apresentar, 
durante o sono, este tipo de respiração. 
 Mecanismo: Durante a fase de apneia, ocorre uma gradativa 
diminuição da tensão de O2 (hipoxemia) junto com aumento 
da tensão de CO2, que estimula o centro respiratório. 
 Estimulação súbita e enérgica do centro respiratório 
produz a hiperpneia. 
 Hiperpneia determina queda no nível de CO2 e aumento da 
oxigenação arterial, chegando a um nível em que são 
insuficientes para estimular o centro respiratório, o qual 
deixa de emitir estímulos que provoquem movimentos 
respiratórios. 
 Isso dura certo período até que se alterem novamente os 
níveis de O2 e CO2 no sangue. 
 Dispneia na insuficiência ventricular esquerda: 
 Dispneia acompanha elevação da pressão nos segmentos 
do leito vascular pulmonar, secundária ao aumento de 
pressão no átrio esquerdo. 
 Pressão elevada nas veias e nos capilares pulmonares 
provoca transudação de líquido para o espaço intersticial, 
resultando na congestão pulmonar. 
 Congestão pulmonar é a causa básica da dispneia dos 
pacientes com cardiopatia 
 
Tosse e expectoração 
Tosse da insuficiência ventricular esquerda: 
 Tosse seca e mais intensa à noite. 
 Causada pela congestão pulmonar; por isso, quase sempre está 
associada à dispneia. 
 Tosse do edema pulmonar agudo: tosse acompanhada de 
expectoração espumosa de cor rósea. 
Causas da tosse 
 Amigdalites; Pleurites; Tuberculose pulmonar; 
 Bronquites; Asma brônquica; Pneumonias; Câncer do 
pulmão; Embolia pulmonar; 
 Megaesôfago; Refluxo gastroesofágico; 
 Insuficiência ventricular esquerda; Estenose mitral; 
Infarto agudo do miocárdio; 
 Medicamentos (inibidores da ECA) 
Expectoração: 
 Produto eliminado por intermédio da tosse, procedente das vias 
respiratórias. 
 Expectoração dos pacientes com insuficiência ventricular 
esquerda: 
 Expectoração serosa, de pouca consistência, com aspecto 
espumoso. 
 Principal causa é o edema agudo pulmonar (líquido que 
inunda os alvéolos não é formado unicamente por plasma, 
pois contém hemácias, a expectoração pode adquirir 
aspecto hemoptoico). 
 Expectoração da bronquite, broncopneumonia: mucopurulenta – 
de cor amarelada ou esverdeada (congestão pulmonar propicia 
infecção bacteriana). 
Tipos de Dispneia 
Dispenia em 
Decúbito 
(ortopneia)
Dispneia 
paraxísitica 
Noturna
Tosse Seca
Dispneia de 
Esforço 
Grandes Esforços
Médios Esforços
Pequenos Esforços
Dispenia Periódica
PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA 
BLOCO SÍNDROMES PEDIÁTRICAS I 
TH 1 
 
sibilância 
 Aparecimento de um ruído junto com a respiração, a qual quase 
sempre se torna difícil. 
 Traduz a passagem de ar, em alta velocidade, através de vias 
respiratórias estreitadas. 
 Estreitamento pode ocorrer por edema da mucosa brônquica, como 
na insuficiência ventricular esquerda. 
 Ocorre na dispneia paroxística noturna e na asma cardíaca, quando 
a congestão acompanha broncospasmo. 
hemoptise 
 Eliminação de sangue pelas vias respiratórias inferiores (abaixo da 
glote – traqueia, brônquios ou pulmões). 
 Distinguir a hemoptise das hemorragias provenientes do 
nariz (epistaxe) e do sistema digestório (hematêmese – 
vômito, acompanhado de náuseas e mal-estar epigástrico). 
 Mecanismos da hemoptiase em cardiopatas: 
 Passagem de hemácias de vasos pulmonares congestos 
para alvéolos → edema pulmonar agudo. 
▪ Hemoptise acompanha expectoração 
espumosa e rósea. 
 Ruptura de vasos endobronquiais dilatados, que conectam 
a circulação venosa brônquica e a pulmonar → estenose mitral. 
 Necrose hemorrágica dos alvéolos → infarto pulmonar, secundário 
a tromboembolismo pulmonar 
CAUSAS DE HEMOPTISE 
 Tuberculose (ulceração da mucosa bronquial) 
 Bronquites; Pneumonias 
 Câncer do pulmão (invasão dos vasos pulmonares) 
 Embolia pulmonar 
 Estenose mitral; Insuficiência ventricular esquerda; Edema agudo de 
pulmão; 
 Medicamentos (anticoagulantes) 
Sincope 
 Síncope/Desmaio: perda súbita e transitória da consciência e do 
tônus muscular postural, por hipoperfusão cerebral, com rápida 
recuperação. 
 Pode ser consequência de distúrbios do ritmo e da condução do 
estímulo cardíaco. 
 Diminuição do débito cardíaco 
 Perturbação dos mecanismos vasomotores 
 Redução do retorno venoso 
 Redução do volume sanguíneo circulante (hipovolemia). 
 Eventualidades que podem preceder o desmaio: irregularidades do 
ritmo cardíaco, dor anginosa, auras, paresias, parestesias, 
incoordenação, vertigem ou movimentos involuntários. 
 Na síncope, a pressão arterial cai, frequência cardíaca diminui e a 
respiração torna-se irregular. 
Síncope cardíaca: 
 Início súbito. 
 Sem aura (vertigem, astenia, tontura, instabilidade postural). 
 Não acompanha convulsão. 
 Não ocorre perda de controle de esfíncteres. 
 Não há estado pós-comicial (confusão, letargia). 
Sincope vaso-vagal: 
 Início gradual. 
 Com aura (manifestações indicativas da atuação dos mecanismos 
que conduzem a síncope – vertigem, astenia, tontura, instabilidade 
postural). 
 Benigna na maioria dos casos 
Causas de sincope 
Causas cardíacas (diminuição do 
fluxo sanguíneo cerebral): 
 
Causas extracardíacas: 
 
 Arritmias e distúrbios da 
condução 
 Metabólicas 
 Hipoglicemia 
 Bradiarritmias 
(bloqueio 
atrioventricular) 
 Taquiarritmias 
(taquicardia 
paroxística) 
 Diminuição do débito 
cardíaco 
 Insuficiência 
cardíaca aguda 
(IAM) 
 Choque 
cardiogênico 
 Embolia pulmonar 
 Regulação vasomotora 
anormal 
 Estenose aórtica 
 Hipotensão 
postural ou 
ortostática 
 Hipovolemia aguda 
 Hipotensão arterial 
 
 Alcalose 
respiratória por 
hiperventilação 
 Hipóxia 
 Neurogênica 
 Síncope vasovagal 
 Epilepsia 
 Obstruções 
“extracardíacas” do fluxo 
de sangue: 
 Aterosclerose 
cerebral e de 
vasos da aorta 
 Compressão 
torácica 
 Tamponamento 
cardíaco 
 Psicogênica. 
 
 P´re-síncope: Near Syncope → sintomas sugestivos – turvação 
visual, escotomas, dor abdominal, sudorese, etc 
Cianose 
 Coloração azulada da pele e das mucosas, em razão do aumento da 
hemoglobina reduzida no sangue capilar. 
 Pacientes intensamente anêmicos nunca apresentarão cianose, 
porque não há hemoglobina reduzida suficiente para produzir 
cianose. 
TIPOS DE CIANOSE 
 Cianose central: diminuição da saturação arterial de oxigênio. 
 Causas pulmonares: 
▪ Obstrução das vias respiratórias por 
neoplasias ou corpos estranhos. 
▪ Pneumonia, bronquite crônica, enfisema 
pulmonar e asma brônquica. 
▪ Cor pulmonale (hipertrofia do VD, 
secundário à hipertensão arterial 
pulmonar). 
 Causas cardíacas: 
▪ Cardiopatias congênitas 
▪ Grave insuficiência ventricular direita 
▪ Embolias pulmonares 
 Curto-circuito (shunt): 
▪ Ocorre desvio de sangue da direita para a 
esquerda. 
▪ Ocorre na síndrome de Eisenmenger e 
comunicações interatriais e 
interventriculares. 
 Cianose periférica: consequência da perda exagerada de oxigênio 
ao nível da rede capilar por estase venosa ou diminuição funcional 
ou orgânica do calibre dos vasos da microcirculação. Ocorre em 
áreas distais como membros inferiores e sempre se acompanhada 
de pele fria. 
 Vasoconstrição generalizada em consequência da exposição ao 
ar ou à água fria. 
 Insuficiência cardíaca congestiva (estase venosa periférica 
retarda a circulação nos capilares dilatados). 
 Obstrução venosa ou arterial, quando se restringir a uma 
extremidade. 
 Fenômeno de Raynaud, quando se restringe as mãos. 
 Cianose mista: associam os mecanismos responsáveis por 
cianose central com os da periférica. 
 Cianose da insuficiência cardíaca congestiva grave:PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA 
BLOCO SÍNDROMES PEDIÁTRICAS I 
TH 1 
 
 Congestão pulmonar impede uma oxigenação adequada do 
sangue. 
 Estase venosa periférica com grande perda de oxigenação 
Edema 
 Edema é o resultado do aumento do líquido intersticial, proveniente 
do plasma sanguíneo. 
 Peso corporal pode aumentar até 10% do peso total. 
 Comprova-se a ocorrência de edema subcutâneo pela depressão, à 
qual se dá o nome de fóvea. 
Localização: 
 Edema de MMII bilateral c/ piora à tardinha ICC 
 Edema simétrico e ansarca (cirrose, sin. Nefrótica, ICC) 
 Edema periorbitário 
 Edema localizado em face, braço ou pescoço 
 Edema de um membro isolado 
Sintomas concomitantes: 
 Dispneia ICC, derrame pleural, ascite volumosa, laringe e mbolia 
pulmonar 
 Edema que prece dispneia 
 Edema sem dispneia 
Classificação: 
 Edema generalizado/Anasarca: acúmulo de líquido não se restringe 
ao tecido subcutâneo, podendo acumular nas cavidades serosas, 
seja no abdome (ascite), no tórax (hidrotórax), no pericárdio 
(hidropericárdio) ou na bolsa escrotal. Ocorre no hepatopata grave 
(cirrose), na doença renal e na ICC grave. 
 Edema cardíaco por insuficiência ventricular direita: elevação da 
pressão venosa central é determinante do aumento da pressão 
hidrostática nos capilares venosos, aumentando a passagem de água 
para o interstício, associado à ativação do sistema renina-
angiotensina-aldosterona, que determina retenção de sódio. 
 Inicialmente acomete os membros inferiores, pela ação da 
gravidade, concentrando-se nos maléolos. 
 À medida que vai progredindo, acomete pernas e coxas, 
podendo alcançar a raiz dos membros inferiores. 
 Bilateral, podendo ser assimétrico. 
 Por influência da gravidade, intensifica-se com o decorrer 
do dia. 
 Diminui ou desaparece com o repouso noturno. 
 Com o agravamento da função cardíaca, o edema acomete 
o corpo todo (condição denominada anasarca). 
 Sinais associados: Outros sinais de insuficiência 
ventricular direita; Ingurgitamento das jugulares, 
refluxo hepatojugular; Hepatomegalia. 
 Edema unilateral: obstrução venosa ou arterial. 
 Edema periorbitário: síndrome nefrótica, mixedema, 
glomerulopatias, edema angioneurótico. 
 Edema de face, pescoço e membros superiores: obstrução da 
veia cava superior devido neoplasias ou aneurismas do arco aórtico. 
Fadiga 
 Indisposição, inaptidão de cumprir tarefas que antes eram cumpridas. 
 Ocorre devido baixo débito cardíaco ou depressão mental. 
 CAUSAS DE FADIGA 
 ICC com baixo débito 
 Hipovolemia 
 Desnutrição 
 Infecção 
 Hipotensão arterial 
 
Sintomas e a probabilidade de incidência das cardiopatias: 
 Cefaleia e epistaxe: HAS 
 Zumbidos: aterosclerose 
 Alterações visuais: HAS, intoxicação digitálica 
 Anemia: endocardite, sopros, cor anêmico 
 Febre: endocardite, doença reumática, doenças do tecido conectivo 
 Edema, dispneia, oligúria, noctúria: ICC 
 Dor abdominal: hepatomegalia decorrente de ICC direita 
 Sudorese: infecção, ICC, IAM, hipotensão 
 Aumento de peso: ICC 
 Diminuição de peso: diuréticos na ICC 
 Náuseas/vômitos: intoxicação digitálica, ICC, insuficiência coronariana 
 Estado confusional agudo: hipoperfusão cerebral 
 Sintomas cardinais: dispneia, dor torácica, palpitação, tosse, fadiga, 
hemoptise, sincope. 
 Sinais cardinais: cianose, edema. 
 Causas cardíacas de dispneia aguda: ICC descompensada, derrame pericárdio. 
 Causas não cardíacas de dispneia aguda: embolia pulmonar, pneumotórax, 
pneumonia, edema pulmonar agudo. 
 Causas não cardíacas de dispneia crônica: DPOC, obesidade, gravidez, 
derrame pleural. 
 Avaliar para diagnostico diferencial de dispneia de esforço: hemoptise, 
edema, tosse. 
 Causas de sincope cardíaca: bradiarritimia, hipotensão arterial, HAS, choque 
cardiogênico. 
 Causas fisiológicas de palpitação: exercício físico, ansiedade, emoções, café, 
uso de drogas. 
 Causas não fisiológicas de palpitação: arritmia, sobrecarga volumétrica do VE, 
ICC. 
 Causas cardiovasculares de hemoptise: ICC descompensada, estenose mitral, 
doença valvar. 
 Fator cardinal indica mal prognostico para cardiopatia: síncope e dor torácica. 
 Causas de perda de peso no paciente com ICC: uso de diuréticos e caquexia 
cardíaca. 
 Paciente com comunicação interatrial tem cianose: tem cianose tardia se 
houver inversão do shunt. 
 Sinais e sintomas do paciente com tromboembolismo pulmonar: dor torácica, 
hemoptise, tosse e dispneia. 
Exames complementares 
 
 
Tipos de diagnóstico 
 Sindrômico 
 ICC, Insuficiência coronariana, arritmia, dor tóracica 
 Anatômico 
 IC esquerda, miocárdio, endocárdio, válvula mitral, artéria 
coronária direita, nó sinusal 
 Etiológico 
 Álcool, aterosclerose, Estreptoccos Viridans 
 Funcional 
 Grau I, II, III, IV 
 
 
Exames 
Complementares
Eletrocardiograma
Radiografia
Ecograma
Teste ergômetro
PERGUNTA DE PROVA: 
Quais são as causas de edema unilateral em Membros 
inferiores? 
 Anlodipino (droga) 
 Trombose arterial/venosas/linfática 
 Obstrução linfática – alterações tróficas 
 Trauma

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