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Exame Físico Cardiovascular

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PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA 
BLOCO SÍNDROMES CARDIOLÓGICAS I 
TH 2 
 
Cardiovascular 
Introdução 
Objetivos do exame cardiovascular: 
 
Sintomas mais comuns: 
 
Composição do Exame físico 
 Ectoscopia 
 Inspeção 
 Percussão 
 Palpação 
 Ictus cordis 
 Palpação de Pulso 
 Ausculta 
 Focos aórticos 
▪ Bulhas (B1, B2, B3, B4) 
▪ Sopros 
 
ECTOSCOPIA 
 
Inspeção 
 Diâmetro ântero-posterior: aumento do diâmetro dificulta a 
ausculta cardíaca, visto que torna a janela acústica desfavorável. A 
redução do diâmetro, torna os sons mais audíveis, como ocorre em 
crianças. 
 Pesquisa de abaulamento na região precordial: feita com o 
examinador de pé do lado direito do paciente e junto aos pés do 
paciente, que permanece deitado. Pode indicar cardiomegalia, 
derrame pericárdico, dilatação e a hipertrofia do ventrículo direito 
por cardiopatia congênita em crianças. 
 
Obs.: Turgência jugular é ≠ de Pulsação Jugular 
➔ Dança das artérias na jugular: Pulsação Jugular 
Forma do tórax: 
 
Biotipo: caindo em desuso 
 
PERCUSSÃO 
 Pode estar presente no caso de derrame pericárdico (água → 
submaciço) 
 Macicez cardíaca 
 Percussão do foco pulmonar: evidência de dilação do cone na 
pulmonar 
 Som claro pulmonar 
 Som maciço 
 A percussão caiu em desuso. Antes, achavam que o som claro 
pulmonar era da região mais lateral, enquanto o submaçico, da região 
pré-cordial. Mas há variações anatômicas, o que deixa o exame 
pouco sensível e específico. 
Objetivos
Indicar o 
prognóstico
Indicar 
estadiamento de 
patologias
Topografar 
lesões 
anatômicas
Esclarecer 
sintomatologia
Auxíliar na HD 
Sintomas Comuns
Dor tóracica Dispneia/cansaço Síncope Palpitação Edema 
Exame 
Físico
Ectoscopia Inspeção Percussão Palpação
Ictus 
Cordis
Palpação 
de pulsos
Periféricos Carotídeos
Ausculta
Focos 
aórticos
bulhas (B1, 
B2, B3, B4
Sopros 
Ectoscopia
Nível de 
Consciência
Hidratação Coloração
Perfusão (> 3'' 
patológico)
Pele: turgor
Check-List da Inspeção
Abaulamento 
torácicas e 
precordiais
Retrações 
torácicas e 
precordiais + 
caixa torácica
Hematomas, 
machucados
Forma do 
Tórax
Biotipo
Padrão 
respiratório 
Gurgitações 
de pulso 
venoso jugular
Edema de 
membros 
inferiores 
Hipocratismo 
digital 
 
PROVA! 
PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA 
BLOCO SÍNDROMES CARDIOLÓGICAS I 
TH 2 
 
palpação 
 Composto por: 
 Palpação de pulso 
▪ Periféricos 
▪ Carotídeo 
 Palpação de ictus cordis 
Palpação de pulsos: 
 
 Pulso radial → dissociação puls-precórdio 
 Nem sempre o número de batimentos cardíacos é igual ao 
de pulsações periféricas 
 Quando isso ocorre, significa que algumas contrações 
ventriculares foram ineficazes = B3 
 Contrações não impulsionaram sangue para a aorta e não 
determinaram onda de pulso. 
 
 Pulsos periféricos: Diminuição de amplitude, ausência ou 
assimetria, palpar os proximais (poplíteo, femoral, braquial). 
 Em caso de assimetria de pulso (aterosclerose) → caminhar 
proximamente 
 Perfusão ↓ assimétrica: Claudicação intermitente “angina 
na panturrilha” 
 Assimetria de pulso: criança com HAS (coarctação da 
aorta) 
 
Legenda: Menos comum e Mais comum 
 Pulso carotídeo: pode-se auricular o fluxo da artéria carotídea em 
busca de sopros. O pulso carotídeo pode ser: 
 
 Pulsos venosos: Turgência Jugular (posição 45ºc) 
 Onda V: ↑ da pressão dentro do AD, que se transmite 
para a jugular, durante o enchimento atrial 
 Congestão venosa sistêmica: uso de diuréticos de alça 
 
 Ingurgitamento e pulsações das veias jugulares: 
 Pulso venoso reflete a dinâmica do coração direito. 
 Pulsações na parte mais inferior do pescoço, entre as duas 
inserções do esternocleidomastóideo. 
Turgência Jugular 
Condições Normais Ingurgitamento Jugular 
- Veias jugulares tornam-se 
túrgidas apenas quando em 
decúbito 
- Veias colabam na posição 
semissentada e quando se põe 
de pé ou sentado, ficando visível 
apenas o pulso venoso na raiz do 
pescoço 
Veias túrgidas em posição 
semissentada (ângulo de 45° 
entre o dorso e o leito) ou 
sentada. 
Significado: hipertensão venosa 
no sistema da veia cava superior. 
Causas: insuficiência ventricular 
direita, pericardite constritiva. 
 
 Refluxo hepatojugular: 
 Evidencia insuficiência do ventrículo direito. 
 Pressão realizada sobre a borda hepática por 10-30s e 
observar a ocorrência de turgência jugular (com duração 
mínima de 10s), com paciente semissentado. 
 Manobra positiva prescreve-se diurético, para aliviar a 
congestão sistêmica. 
Palpação do Ictus cordis ou choque de ponta: 
 Localização: linha hemiclavicular esquerda com o 4º a 5º espaço 
intercostal 
 
 Extensão em polpas digitais - Técnica 
 Condições normais: uma ou duas polpas digitais. 
Palpação de 
Pulsos
Pulso Radial
Pulso 
capilar
Pulsos 
Periféricos
Tibial 
Posterior
Pedioso
Pulso radial 
Frequência: 60-
100bpm
Taquisfigmia > 
100bpm 
Fisiológico: 
emoção, exercício
Patológico: 
estados febris, IC
Bradisfigmia < 60 
bpm
Fisiológico: atletas
Patológico: 
infecções, 
bradicardia
Ritmo
Irregular
Regular: intervalos 
iguais
Amplitude
amplo/magnus
mediano
pequeno/parvus
Check list dos pulsos periféricos
simetria frequência ritmo amplitude
tempo de 
duração
estado da 
parede
tipos de 
onda
Pulso carotídeo
Amplitude
Pulso Parvus (↓ 
amplitude)
Pulso tardus: 
amplitude tardia
Pulso Célere 
(hipercinético) 
insuficiência 
aórtica
vasodilatação 
acentuada
Pulsos bisferiens: 
dupla pulsão 
sistólica
insuficiência 
aórtica
miocardiopatia 
hipertrófica
Pulso alternante
disfunção grave 
de ventrículo 
esquerdo
Pulso Paradoxal: 
PAS na ins 
diminuída
PROVA! 
PROVA! 
PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA 
BLOCO SÍNDROMES CARDIOLÓGICAS I 
TH 2 
 
 Dilatação ventricular esquerda: três polpas digitais ou 
mais (ictus difuso). 
▪ Cardiopatia dilatada, cardiopatia chagásica 
crônica, ICC avançada. 
 Em casos de dificuldade na palpação do ictus, pede-se o 
paciente para ficar em decúbito lateral esquerdo 
(aumenta a superfície de contato do coração com a parede 
esternal) – mãos esquerda atrás da cabeça também ajuda 
 Mobilidade: 
 Marca o local do ictus em decúbito dorsal. 
 Marca o local do ictus nos decúbitos laterais (direito e 
esquerdo). 
 Condições normais: ictus desloca 1 a 2 cm com as 
mudanças de posição. 
 Sínfise pericárdica: ictus não se desloca (folhetos 
pericárdicos aderidos entre si ou com estruturas). 
 Tamanho: 
 Normal: 2,5 cm 
 Aumentado: > 3 cm 
 Sobrecarga ventricular: 4 a 5 cm 
 Intensidade: 
 Condições normais: mais forte em pessoas magras e após 
situações que aumentam a atividade cardíaca 
(hipertireoidismo, emoções, exercício e eretismo 
cardíaco). 
 Hipertrofia ventricular esquerda: ictus mais vigoroso. 
 Ritmo e frequência. 
 Invisível e não palpável: 
 Enfisema pulmonar 
 Tamponamento cardíaco 
 Obesidade 
 Aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax. 
 Deslocamento: 
 Indica dilatação e/ou hipertrofia do ventrículo esquerdo. 
▪ Causas: estenose aórtica, insuficiência aórtica, 
insuficiência mitral, hipertensão arterial, 
miocardiopatias e cardiopatias congênitas. 
 
 Ictus de ventrículo direito: 
 Palpação na borda paraesternal esquerda inferior. 
 Realizar pressão leve. 
 Paciente deverá fazer apneia inspiratória (inspirar e 
prender a respiração) facilitando a palpação do VD. 
 Palpação é patológico e pode significar cor pulmonale, 
insuficiência ventricular direita, doença de chagas. 
Palpação do precórdio: 
 Choque valvar: bulhas cardíacas hiperfonéticas sentidas como um 
choque de curta duração. 
 Pulsações epigástricas: pulsações da aorta (HVD). 
 Pulsação supraesternal ou na fúrcula esternal: pulsações da aorta. 
Frêmito cardiovascular 
 Sensação tátil das vibrações produzidas no coração ou nos vasos, 
que correspondem aos sopros. 
 Localização,usando-se como referência as áreas de ausculta. 
 Situação no ciclo cardíaco: sistólico, diastólico e sistodiastólico, 
coincidência com o ictus ou pulso carotídeo. 
PRESSÃO ARTERIAL 
 Fatores determinantes da pressão arterial: PA = DC (VS × FC) × 
RP 
 Medida da pressão arterial: repouso mínimo de 3 minutos, em local 
tranquilo. Bexiga deve estar vazia. Deve-se aguardar 1 hora após 
uso de tabaco, ingestão de café ou outras substâncias excitantes 
 Posição: sentada, deitada ou em pé. Manter a artéria braquial no 
nível do coração (4º espaço intercostal) e a palma da mão voltada 
para cima. 
Procedimento: 
 Localizar as pulsações da artéria braquial e colocar o manguito 2 
cm acima da fossa cubital. 
 Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento. 
 Desinsuflar o manguito lentamente. 
 Quando reaparece o pulso, tem-se o valor da pressão sistólica. 
 Colocar o estetoscópio sobre a artéria braquial. 
 Insuflar o manguito cerca de 30 mmHg acima da pressão sistólica 
pelo método palpatório. 
 Desinsuflar o manguito lenta e continuamente à razão de 2 a 3 
mmHg/segundo. 
Fases de Korotkoff (método auscultatório): 
 Fase I (aparecimento de sons): PAS – força da onda sistólica é 
maior que a resistência oferecida pelo manguito e o sangue volta a 
passar pela artéria. 
 Fase II (batimentos com murmúrio) 
 Fase III (murmúrio desaparece) 
 Fase IV (abafamento dos sons) 
 Fase V (desaparecimento de sons): PAD – restabelece-se o calibre 
normal da artéria e o sangue não mais provoca ruídos perceptíveis 
à ausculta da artéria radial. 
 Quando os ruídos persistirem até a desinsuflação completa, 
considerar PAD na fase IV. 
Hiato auscultatório: 
 desaparecimento dos sons, entre fase I e na fase II, podendo 
subestimar a pressão sistólica ou superestimar a pressão 
diastólica. Para evitá-lo, realizar o método palpatório. 
Ausculta cardíaca 
Posição do paciente: 
 Sentado. 
 Decúbito dorsal com cabeça apoiada por pequeno 
travesseiro. 
 Decúbito lateral esquerdo com a mão esquerda na cabeça 
(foco mitral, B3, sopro da estenose mitral). 
 Paciente em pé,debruçando-se sobre a mesa ou leito 
(hipofonese das bulhas e foco aórtico). 
Bulhas cardíacas: 
Localização dos fenômenos estetoacústicos: 
Localização é feita tomando por base a 1ª e a 2ª bulha. 
 Sístole / Holossístole: 
 Protossístole = terço inicial da sístole 
 Mesossístole = terço médio da sístole 
 Telessístole = terço final da sístole 
Check list do ictus cordias
Localização 
(4/5º EICE)
Técnica: polpas 
digitais
Tamanho
Normal: 2,5 cm
Aumentado > 
3cm
Ampltiude
sistema de 
cruzes +
PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA 
BLOCO SÍNDROMES CARDIOLÓGICAS I 
TH 2 
 
 Diástole / Holodiástole: 
 Protodiástole = terço inicial da diástole 
 Mesodiástole = terço médio da diástole 
 Telediástole = terço final da diástole (pré-sístole). 
 
Frequência cardíaca e ritmo: 
 Frequência: contam-se os batimentos durante 1 minuto inteiro (60 
a 100 bpm) 
 Ritmo: 
 Em 2 tempos / binário: audíveis apenas as duas bulhas. 
 Em 3 tempos / tríplice: quando se torna audível um terceiro 
ruído (TUM-TA-TU – TUM-TA-TU) 
▪ 3º ruído ocorre na diástole. 
▪ Ritmos tríplices dividem-se em 
protodiastólicos (B3) e pré-
sistólicos/telediastólicos (B4). 
1ª Bulha (B1): 
 Vibrações originadas pelo fechamento das valvas mitral e 
tricúspide. “tum” 
 Coincide com o ictus cordis e com o pulso carotídeo. 
 Componente mitral (M) precede – ocorre primeiro que – o tricúspide 
(T). 
 Timbre mais grave e tempo de duração um pouco maior que o da 2ª 
bulha (“TUM”). 
 Maior intensidade no foco mitral, no qual costuma ser mais forte 
que a 2ª bulha. 
Intensidade de B1: 
 Hiperfonese: 
 Condições que levam à diminuição do enchimento 
ventricular, pois a contração ventricular tem início quando 
as valvas se encontram baixas. Quanto mais baixos 
estiverem os folhetos, maior será o trajeto a percorrer 
ao se fecharem e mais intenso será o ruído originado. 
▪ Taquicardia 
▪ Hipertireoidismo 
▪ Contrações prematuras (extrassístoles) 
 Pressão intra-atrial elevada faz com que as valvas se 
afastem mais amplamente e, ao se fecharem, determinam 
um ruído mais intenso. 
▪ Estenose mitral 
 Maior força de contração do miocárdio, causando o 
fechamento mais rápido das valvas. 
▪ Pós-exercício físico 
▪ Febre 
▪ Hipertireoidismo 
▪ Estenose mitral 
 Crianças (tórax delgado). 
 
 Hipofonese: 
 Velocidade de subida da pressão intraventricular se faz 
mais lentamente. 
▪ Miocardite 
▪ Miocardiopatia 
▪ Infarto agudo do miocárdio 
▪ Insuficiência cardíaca 
 Estenose mitral com intensa calcificação da valva, visto 
que os folhetos permanecem imobilizados. 
 Menor a força de contração do miocárdio, causando o 
fechamento mais lento das valvas. 
▪ Choque cardiogênico. 
 Obesidade 
 Enfisema pulmonar 
 Derrame pericárdico 
 
Desdobramento de B1: perceber separadamente os componentes mitral 
e tricúspide. Estuda-se o desdobramento da 1ª bulha no foco mitral ou 
tricúspide. 
 Fisiológico: em metade das pessoas normais, especialmente em 
crianças e jovens, percebem-se separadamente os componentes 
mitral e tricúspide, fenômeno não relacionado com a respiração e 
sem significado patológico, devido a discreto assincronismo na 
contração dos ventrículos. 
 Patológico (TLUM-TA – TLUM-TA – TLUM-TA): 
 Bloqueio de ramo direito: desdobramento amplo 
▪ Retarda a contração ventricular direita e 
atrasa o fechamento da tricúspide. 
Mascaramento de B1: quando há um sopro sistólico de regurgitação, 
que tem início junto com a 1ª bulha, recobrindo-a e estendendo-se até o 
fim da sístole 
Segunda Bulha (B2): 
 Vibrações originadas pelo fechamento das valvas aórtica e 
pulmonar. 
 Componente aórtico (A) precede o pulmonar (P). 
 Timbre mais agudo, soa de maneira mais seca (“TA”). 
 Componente aórtico é auscultado em toda a região precordial. 
 Componente pulmonar é auscultado apenas no foco pulmonar e na 
borda esternal esquerda. 
Hiperfonese
↓ do enchimento 
ventricular
taquicardia
hipertireoidismo
contrações pré-
maturas
↑ da pressão intra-
atril
estenose mitral
↑ da força de 
contração <3
pós exercício 
físico
febre
hipertireoidismo
estenose
criança (tórax 
delgado)
Hipofonese
↓ velocidade de 
pressão 
intraventricular
miocardite
miocardiopatia
IAM
IC
estenose mitral
↓ força de 
contração 
choque 
cardiogênico
obesidade
enfisema 
pulmonar
derrame 
pericárdico 
PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA 
BLOCO SÍNDROMES CARDIOLÓGICAS I 
TH 2 
 
 No foco aórtico e no mitral, a 2ª bulha é sempre única, visto que se 
ausculta somente o componente aórtico. 
 Maior intensidade nos focos da base (aórtico e pulmonar). 
Intensidade de B2: 
 Hiperfonese: 
 Condições em que há diminuição do débito cardíaco, as 
valvas se mantêm próximas umas das outras quando seu 
fechamento inicia, e o ruído resultante tem menor 
intensidade. 
▪ Extrassístoles 
▪ Estenose aórtica 
▪ Estenose pulmonar 
▪ Miocardiopatias. 
 Níveis tensionais da circulação sistêmica ou pulmonar: 
aumento da pressão na aorta ou na pulmonar faz com que 
as cúspides correspondentes se fechem com mais força. 
▪ Hipertensão arterial sistêmica – 
hiperfonese de B2 no foco aórtico. 
▪ Hipertensão pulmonar – hiperfonese de B2 
no foco pulmonar 
 Condições que facilitam a transmissão do ruído: tórax 
delgado. 
Hipofonese: 
 Condições com aumento do débito cardíaco: persistência do canal 
arterial, comunicação interatrial. 
 Condições anatômicas das valvas: estenose aórtica calcificada 
(valvas calcificadas se movimentam pouco produzindo ruído de 
pequena intensidade). 
 Condições que dificultam a transmissão do ruído: obesidade, mamas 
volumosas. 
Desdobramento de B2: 
 perceber separadamente os componentes aórtico e pulmonar.Estuda-se o desdobramento da 2ª bulha no foco pulmonar, onde se 
ouvem os dois componentes. 
 Bulha está desdobrada (“TLA”). 
Fisiológico: 
 Desdobramento de acordo com as fases da respiração. 
 Na expiração, ambas as valvas se fecham 
sincronicamente, dando origem a um ruído único. 
 Na inspiração percebem-se os dois componentes 
separadamente. 
▪ Durante a inspiração reduz a pressão 
intratorácica e aumenta o retorno venoso. 
▪ Sístole do ventrículo direito se prolonga, 
em função do maior afluxo sanguíneo. 
▪ Componente pulmonar sofre um retardo. 
Patológico: Desdobramento constante e variável; Fixo; Invertido ou 
“paradoxal”. 
 Desdobramento constante e variável (TUM-TLA – TUM-TLA – 
TUM-TLA): 
 Bloqueio do ramo direito do feixe de His. 
 Distúrbio na condução faz com que o estímulo chegue 
atrasado ao lado direito. 
 Provocando um assincronismo na contração dos 
ventrículos. 
 Fechamento da valva pulmonar se retarda. 
 Desdobramento constante de B2, que acentua na 
inspiração profunda (variável). 
 Desdobramento fixo: 
 Comunicação interatrial. 
 Desdobramento fixo de B2, que é independente da fase 
da respiração. 
 Inspiração: aumento do retorno venoso ao coração direito 
→ atrasa o componente pulmonar da 2ª bulha e diminui a 
passagem de sangue do átrio esquerdo para o direito. 
 Expiração: diminuição do retorno venoso ao coração 
direito → em compensação aumenta a passagem de sangue 
do átrio esquerdo para o direito pela comunicação 
interatrial → novamente atrasa o fechamento da valva 
pulmonar. 
 Em ambos os casos há aumento de fluxo do sangue para o 
ventrículo direito. 
 Ventrículo direito vai despender mais tempo para se 
esvaziar. 
 Como consequência, a valva pulmonar se fecha após a 
aórtica. 
 Componente pulmonar se atrasa. 
 Estenose pulmonar. 
 Sístole ventricular direita se prolonga. 
 Em decorrência da dificuldade de esvaziamento da 
câmara (sobrecarga de pressão). 
 Fechamento da valva pulmonar se retarda. 
Terceira bulha (B3) 
 Ruído protodiastólico de baixa frequência (campânula) (“TU”). 
 Origina-se das vibrações da parede ventricular subitamente 
distendida pela corrente sanguínea que penetra na cavidade durante 
o enchimento ventricular rápido (sobrecarga de volume sanguíneo). 
 Mais audível no foco mitral, com o paciente em decúbito lateral 
esquerdo. 
Ritmo tríplice protodiastólico patológico fisiológica: crianças e nos 
adultos jovens. Gestantes. 
Ritmo tríplice protodiastólico patológico: 
 Diferenciação entre os ritmos por 3ª bulha fisiológica e patológica 
é clínico. 
 Para 3ª bulha ser patológica são necessárias alterações 
que indicam a existência de cardiopatia: cardiomegalia, 
sopros e sinais de insuficiência cardíaca. 
▪ Insuficiência mitral 
▪ Miocardite 
▪ Miocardiopatia (ICC) 
▪ Shunts da esquerda para direita 
(comunicação interatrial, comunicação 
interventricular). 
 Na ausência de uma destas cardiopatias, uma 3ª bulha 
deve ser considerada fisiológica. 
 Ritmo tríplice fisiológico (TUM-TA-TU – TUM-TA-TU): 
 Nunca lembra o galope de cavalo. 
 Assemelha-se um desdobramento longo da 2ª bulha. 
 Ritmo de galope (PA-TA-TA – PA-TA-TA): 
 É patológico. 
 Mais audível com a campânula. 
 Mais audível no foco mitral ou no foco tricúspide, com o 
paciente em decúbito lateral esquerdo 
 
Quarta bulha (B4) 
 Ruído débil telediastólico ou pré-sístole. 
 Origina-se pela brusca desaceleração do fluxo sanguíneo 
mobilizado pela contração atrial de encontro à massa sanguínea 
existente no interior do ventrículo hipertrofiado, no final da 
diástole. 
Ritmo tríplice pré-sistólico fisiológica: crianças e nos adultos jovens 
(auscultada raramente). Idosos. 
Ritmo tríplice pré-sistólico patológico: 
 Condições em que há diminuição da complacência ventricular. 
 Miocardiopatia hipertrófica 
 Isquemia miocárdica; doença arterial coronariana. 
 Sobrecarga de pressão: 
▪ Estenose aórtica 
▪ Estenose pulmonar 
PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA 
BLOCO SÍNDROMES CARDIOLÓGICAS I 
TH 2 
 
 Hipertensão arterial 
 
Sopros: 
 Produzidos por vibrações decorrentes de alterações do fluxo 
sanguíneo. Em condições normais o sangue flui como corrente 
laminar, com velocidade um pouco mais rápida na porção central, 
sem formar turbilhões. Vibrações que originam os sopros ocorrem 
quando se forma turbilhões e o fluxo deixa de ser laminar. 
Mecanismos de formação dos sopros: 
 
 Aumento da velocidade da corrente sanguínea: 
 Pode provocar a formação de turbulência capaz de dar 
origem a sopros. 
 Sopros após exercício físico, na anemia, no 
hipertireoidismo e na síndrome febril. 
 Diminuição da viscosidade sanguínea: 
 Viscosidade sanguínea exerce efeito amortecedor sobre 
a turbulência do sangue. 
 Sopros na anemia (sopros anêmicos) decorrem da 
diminuição da viscosidade sanguínea. 
 Passagem de sangue através de uma zona estreitada. 
 Fluxo sanguíneo sofre radicais modificações, deixando de 
ser laminar para ser feito em turbilhões. 
 Turbilhonamento produz vibrações que correspondem aos 
sopros. 
 Passagem do sangue para uma zona dilatada: 
 Sopros de alguns defeitos valvares, dos aneurismas e o 
rumor venoso 
Sopros sistólicos: 
 Estenose aórtica (A): 
 Situação: durante a sístole, começa após B1 e termina 
antes de B2. 
 Sopro de ejeção: dificuldade de o sangue passar do 
ventrículo esquerdo para a aorta. 
 Foco: aórtico e aórtico acessório. 
 Irradiação: para cima, na direção dos vasos do pescoço. 
 Tonalidade: diamante, crescendo e decrescendo. 
 Insuficiência mitral (B): 
 Situação: durante a sístole, começa com a B1, recobrindo-
a, e termina no fim de B2. 
 Sopro de regurgitação: valva não fecha completamente, 
havendo o refluxo de sangue para o átrio esquerdo. 
 Foco: mitral. 
 Irradiação: direção da axila. 
Sopros diastólicos: 
 Podem ser: protodiastólicos, mesodiastólicos e telediastólicos/pré-
sistólicos. 
 Estenose mitral e tricúspide: 
 Situação: mesodiastólicos, nítido intervalo entre a 2ª 
bulha e o início desses sopros. 
 Frequência: baixa frequência (campânula). 
 Foco: mitral. 
 Tonalidade: grave, padrão de “ruflar”. 
 
 Insuficiência aórtica e pulmonar: 
 Situação no ciclo cardíaco: protodiastólicos, início 
imediato após a 2ª bulha. 
 Frequência: alta frequência (diafragma). 
 Foco: aórtico ou aórtico acessório. 
 Tonalidade: aguda, padrão “aspirativo” decrescendo 
Sopros inocentes: 
 Não caracteriza um tipo especial de sopro, é uma conclusão 
diagnóstica. 
 É sopro de febre, anemia, etc → geram hiperfluxo 
 Características semiológicas: 
 Sistólicos: proto ou mesossistólicos, nunca 
holossistólicos 
 Baixa intensidade (+ a ++) e suaves 
 Sem irradiação 
 Variações pelas mudanças de posição do paciente. 
 Não acompanhado alterações das bulhas cardíacas e de 
frêmito 
 Sem evidências de dilatação e/ou hipertrofia das 
cavidades cardíacas 
Mecansimo de formação 
dos sopros
↑ da velocidade da 
corrente sanguínea: 
formação de turbulência -
> sopros. 
↓ da viscosidade 
sanguínea: 
Viscosidade: efeito 
amortecedor sobre a 
turbulência do sangue. 
Passagem de sangue 
através de uma zona 
estreitada. 
FS sofre radicais 
modificações, deixando 
de ser laminar para ser 
feito em turbilhões. 
Turbilhonamento produz 
vibrações que 
correspondem aos sopros. 
Passagem do sangue para 
uma zona dilatada: 
Sopros de alguns defeitos 
valvares, dos aneurismas 
e o rumor venoso

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