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Teoria das Relações Internacionais
O Realismo sob ataques:
1. Política burocrática e analise da política externa-Behaviorismo
No início das décadas de 50 e 60, cientistas foram persuadidos pela metodologia do behaviorismo. Ela é caracterizada pelo caráter cumulativo das esferas do conhecimento. Eles acreditam que as ciências sociais não são tão diferentes das exatas. Portanto, os métodos podem ser intercambiáveis, acreditando na interdisciplinaridade entre o estudo das ciências.
Por isso, seu objetivo é aplicar o método científico na política, tentando estudar a política de forma científica. Eles o fazem focando no comportamento humano em relação à política e o governo. Para fazê-lo, eles investigam ações, atitudes, preferências e expectativas das pessoas no contexto político
Um foco para o estudo do comportamento político é o papel do indivíduo na estrutura social onde se encontra. O estado não é físico e, portanto, não existe sem as pessoas que o controlam. Dessa forma, a decisão do Estado é um produto de decisões tomadas por aqueles que integram o sistema político de acordo com a sua posição dentro do mesmo.
Segundo esta visão, as decisões estatais não poderiam ser vistas como racionais. Elas não são tomadas livres da política, mas pela luta interna entre os membros das organizações burocráticas. O militar terá uma proposta de cunho militar, assim como o diplomata terá a sua sob a perspectiva da diplomacia e, assim, outros representantes de organizações burocráticas. Decisões estas em consonância as burocracias
Além disso, a reputação e o poder de barganha daquele que apresenta a proposta tem influência na decisão final. O fato de uma proposta ser escolhida, não quer dizer, necessariamente, que ela seja a melhor, mas que aquele que a apresentou possui reputação, poder de barganha o suficiente para que ela não seja refutada. Assim, a decisão final é uma colagem de decisões menores baseadas nas nuances internas das organizações.
Em resumo, temos 4 características desta vertente. (1) a política não é fruto da razão, mas de lutas políticas. (2) estas lutas políticas são baseadas nas percepções particulares dos indivíduos de acordo com a sua organização burocrática. (3) assim como tais indivíduos são oriundos de organizações burocráticas diferentes, a reputação e o poder de barganha de um indivíduo em relação ao outro são elementos relevantes para o produto final da decisão. (4) a decisão final é um arranjo de decisões, uma colagem baseada nas prioridades daqueles que conseguiram vencer a luta de poder.
2.Marxismo 
A visão marxista sobre as RI:
Os estados não são autônomos, mas guiados pelos interesses das classes. O estado capitalista é guiado particularmente pelo interesse da sua burguesia. Portanto, a guerra entre Estados deve ser vista como uma competição entre burguesias de cada Estado. Dessa forma, o mundo não é pressuposto sob uma perspectiva de um sistema de Estados, mas na existência de classes.
A luta de classes é uma constante na história e não a guerra. Seja no feudalismo, na relação entre o senhor feudal e o servo, seja no capitalismo a burguesia o proletariado, seja a época que for, haverá uma constante: a luta de dominação ente uma classe sobre outra. 
As ideias são derivadas das relações materiais da sociedade, de modo que as atividades socioeconômicas sejam mais velozes que as políticas. A existência do ser humano depende dos meios de subsistência, portando a produção econômica é a base para outras atividades humanas, inclusive a política. E, por isso, o modo de organização política será um reflexo do modo de organização econômica.
Se temos moinhos, artesãos, agricultura de subsistência, temos o feudalismo. Como consequência, temos as relações de poder entre o senhor e o servo. Similarmente, se temos maquinas, manufatura, produção em massa, temos a relação de poder entre a burguesia e o proletariado. 
Na passagem entre o feudalismo e o capitalismo ocorreram revoluções. Tais revoluções ocorreram, pois o modo pelo qual a sociedade se organizava economicamente, suas relações materiais, era mais veloz do que o modo pelo qual ela se organizava politicamente. As revoluções têm como objetivo alinhar a esfera econômica com a política.
As guerras capitalistas ocorrem pela lógica de desenvolvimento desigual do capitalismo, como disse Lenin. Uma vez que alguns países se desenvolvem mais que outros, os países inferiores buscam um revisionismo do seu lugar no mundo, como foi a relação entre a Alemanha e Inglaterra. Esses conflitos sempre ocorrem sob a lei do desenvolvimento desigual.
Sem dúvida, a burguesia é a classe mais revolucionária. Em poucos séculos, o capitalismo mudou a organização social que caminhava em marcha lenta há milênios. Tal sistema conseguiu ultrapassar a necessidade de subsistência. Isto é, através dele, se produz muito mais que o necessário. Porém a sua distribuição é irracional, dada a desigualdade. Dessa forma, uma vez ultrapassada a capacidade necessária para existência humana e dada a má distribuição, é necessário socializar as riquezas, redistribuir, fazer a revolução.
Teoria da dependência 
Essa teoria apresenta sua crítica ao realismo no que concerne a visão do Estado como ator principal. Ela não é uma teoria de segurança em si, mas uma teoria de desenvolvimento social econômico.
 De acordo com o pensamento econômico liberal, o crescimento da economia de qualquer país resulta de uma trajetória linear. Todas as economias para passar da condição de pobreza para a de abundância, teriam de cumprir o mesmo roteiro. Assim, os países que hoje são ricos teriam sido pobres no passado, ao mesmo tempo em que os que hoje são pobres poderiam tornar-se ricos no futuro. 
A falta de desenvolvimento, então, era caracterizada pela falta de progresso e desenvolvimento econômico, eles estariam atrasados, não possuíam uma sociedade urbanizada, uma classe média alta, um parque industrial eficiente e um mercado livre do intervencionismo estatal. Uma vez passando este estágio, viria a modernidade, tornar-se-iam países desenvolvidos. Esta foi a teoria de modernização.
Contrapondo tal teoria, os dependentistas negam a possibilidade de que os países pudessem se desenvolver de forma linear. Isso se dá, pois a estrutura do sistema é assimétrica. Tal assimetria surge a medida que o capitalismo se torna dominante no mundo, gerando desenvolvimento e riquezas para o mundo industrializado e subdesenvolvimento para o terceiro mundo. 
A economia mundial foi desenvolvida de forma desigual, produzindo uma relação hierárquica entre o centro e a periferia. A riqueza do centro (países desenvolvidos) foi gerada às custas das zonas periféricas (subdesenvolvidos), onde estes produzem commodities e aqueles, tecnologia, com o maior valor agregado. 
Embora o capitalismo tivesse continuado no centro, na periferia houve uma estagnação. Dessa forma, o centro possui uma burguesia e um proletariado, mas a periferia não. Nela, há latifundiários que exploram os trabalhadores rurais. Por serem dominantes, não há nenhum risco de ocorrer revolução na periferia, já que os latifundiários possuem um padrão de vida desejado e, por isso, fazem um pacto com a burguesia para manter o status quo.
Portanto, não haveria a possibilidade de que os países subdesenvolvidos trilhassem o mesmo caminho dos desenvolvidos, já que os desenvolvidos só puderam existir devida a exploração dos subdesenvolvidos, havendo ainda um acordo entre latifundiários e burgueses. Em resposta, a teoria da dependência não defende uma economia no modelo soviético, centralizada e autoritária, mas um modelo democrático e descentralizado com o intuito de ser um modelo alternativo para o desenvolvimento econômico.
3.Teoria da interdependência 
Na década de 70, o liberalismo começa a voltar a dominar o pensamento das relações internacionais. Esta década foi palco de diversos acontecimentos que colocaram em cheque a capacidade do pensamento realista em explicar as relações internacionais. 
O poder, governador das relações internacionaisé insuficiente para explicar acontecimentos como a guerra do Vietnã, onde os Estados Unidos eram indubitavelmente mais poderosos e não conseguiram atingir o seu objetivo. Ou a crise do petróleo, onde membros da OPEP, desprovidos de poderio militar em relação as potências, influenciaram drasticamente as relações internacionais. 
Nesse momento, o poder não é visto como militar, mas com a capacidade de influenciar resultados. Portanto, o poder bélico não seria, necessariamente, suficiente para determinar o sucesso de uns pais no sistema internacional. Em resposta, surgiram teorias com objetivo de explicar tais mudanças dessa época como a Teoria da Interdependência complexa.
Interdependência significa dependência mútua: pessoas, instituições, governos são afetados por terceiros. Isto é um reflexo da modernização, pois através dela, as redes internacionais estão se tornando mais densas, os países estão se tornando cada vez mais industrializados e isso é devido a sua interação. O comércio é o meio mais vantajoso de se obter a prosperidade, já que num mundo globalizado, com mais interdependência, o uso da força tornou-se custoso e ineficiente 
Todavia, tal aumento de conexão não é necessariamente positivo, tampouco simétrico. A interdependência encurta as distâncias entre os atores, promovendo mais contato, amplificando tanto a cooperação entre eles quanto os conflitos. Tanto as oportunidades quanto os riscos são amplificados. Similarmente, as relações não são simétricas entre os países, podendo uns ganhar e outros perder. De fato, a interdependência maximiza as possibilidades, para o bem ou para o mal.
No que concerne os Estados, tal teoria não os vê como atores unitários no sistema internacional, mas as ONGs, empresas transnacionais também possuem uma grande relevância. Em segundo lugar, a força não é o meio mais vantajoso de alcançar um objetivo, mas o comércio e instrumentos econômicos e institucionais. A preocupação principal não é a segurança militar, mas, o bem estar.
 	Tal teoria não desconsidera a visão realista, tampouco nega a relevância do poder nas relações internacionais. Contudo, deve se observar algumas limitações do realismo e tentar superá-las ao invés de ignorá-las. Não se limitando a ver os estados como bolas de bilhar, os teóricos dessa Escola analisam o Estado por dentro, bem como as interações entre outros agentes do sistema. Pois existem outros atores que necessitam ser considerados como organizações internacionais, empresas transnacionais que agem, muitas das vezes, sem o menor conhecimento do Estado.
4.Escola inglesa
A escola inglesa traz um complemento a teoria realista. Assumindo algumas premissas e dando uma grande importância ao estudo das normas nas relações internacionais, ignoradas pelos realistas, ela tenta demostrar a influência de tais normas nas relações entre os Estados.
O sistema internacional de Estados, nomeado pelos realistas, é concebido, por esta Escola, como uma sociedade. Um sistema é formado quando dois ou mais Estados interagem entre si, onde o cálculo da ação de um é influenciado pela ação de outros. Já uma sociedade de Estados, existe quando um grupo de Estados forma uma sociedade no sentido de que haja um compartilhamento de valores, sendo suas relações baseadas em regras comuns originadas do convívio em sociedade. A interação dos indivíduos dentro de uma sociedade não é mecânica, mas baseada em normas, valores compartilhados. Valores estes que geram uma ordem internacional. 
 A manutenção de tal ordem na sociedade internacional tem como ponto de partida desenvolvimento, entre os estados, de interesses comuns como meta elementar da vida social. Por mais diferentes e conflitantes que sejam esses interesses, os estados têm em comum a visão dessas metas como instrumentais. Sua percepção dos interesses comuns pode derivar do temor da violência irrestrita, da instabilidade dos acordos ou da insegurança da sua independência ou soberania. Pode ter origem em um cálculo racional do desejo dos estados de aceitar restrições recíprocas à sua liberdade de ação. Tais objetivos primários da vida social são então: vida, verdade e propriedade.
Dada a vulnerabilidade humana à violência e a inclinação a recorrer a ações violentas, levam os homens à noção de que há um interesse comum na limitação da violência, de modo que exista um conceito definindo quanto ao uso ou não da força, definindo a importância da vida.
A interdependência entre os homens no que se refere às necessidades materiais leva-os a perceber que há um interesse comum em garantir que os acordos sejam respeitados. Para que a relação entre os Estados ocorra é necessário partir do princípio que o outro manterá a sua palavra e, portando, há um valor de verdade definido. Isso ocorre para que haja meios que possibilitem o funcionamento das relações sociais.
 A abundância limitada e as limitações do altruísmo levam-nos a reconhecer que há interesse comum em tornar a posse estável. Dessa forma, é gerado um conceito de propriedade. De modo que fique claro o que é de quem e do que se pode se apossar.
Além disso, tais valores e definições exercem uma coerção sobre aqueles que agem em desacordo com esses valores. Há um conjunto de expectativas compartilhadas em que, uma vez não atendidas, torna-se evidente o desvio da norma. Contudo, a eficácia de uma norma não consiste na sua adoção por todas as pessoas ou grupos a que ela se aplica. Ao contrário, é normal que qualquer norma efetiva de conduta seja ocasionalmente violada, e se não houvesse violação, logo, a norma seria desnecessária. No entanto, para ser socialmente eficaz uma regra precisa contar com certo grau de obediência, e deve ser admitida como um fator de cálculo para as pessoas às quais se aplica, mesmo por aquelas que optam por violá-la.
No que tange tentativas de subverter a ordem, tal objetivo não é essencialmente destrui-la, mas colocá-la em seu favor. Os objetivos daqueles que, em qualquer sociedade, procuram alterar a ordem existente não é chegar a uma sociedade onde inexistam restrições ao recurso à violência, onde não se aceite a regra de que os acordos devam ser cumpridos ou não haja normas que assegurem os direitos da propriedade, mas apenas mudar os termos dessas regras, de tal forma que deixem de servir os interesses especiais dos elementos dominantes.
 Portanto, cabe fazer um breve resumo. A Escola inglesa vê as relações internacionais como um conjunto de relações humanas que ocorrem ao longo da história, envolvendo regras, normas e valores. Estados não são coisas, eles não existem e tomam decisões sem pessoas, cidadãos e governos. Por conseguinte, o foco da análise é, então, a compressão das decisões dos estadistas. Seus desejos, cálculos, expectativas. Pois, no final, eles que são os que tomam as decisões, representando o Estado.
O realismo clássico é rejeitado, no qual prevê relações conflituosas por excelência dentro de um sistema internacional de Estados tento a guerra como constante, refuta também o liberalismo clássico no qual a cooperação é tão presente que surgiria uma paz perpétua. O que é considerado é a sociedade internacional cujos atores são pessoas de Estado que regem a política externa, o exército, comércio, comunicação diplomática, negociação de tratados.
 Além disso, há um interesse em comum dos Estados em manter a ordem para a manutenção da vida social na qual os mesmos estão inseridos. Eles veem estes conceitos como instrumentais: (1) vida, já que há uma definição do valor da vida, quem merece viver ou não, sob que circunstâncias. (2) verdade, pois as relações sociais remetem uma certa confiança na palavra do outro, numa boa fé em que a palavra será mantida. (3) propriedade, há uma divisão, ou ausência de divisão daquilo que é de alguém ou de todos, de modo que se tenha consciência sob o significado de propriedade.
No que tange a anarquia, existe um argumento de que os estados não formam uma sociedade porque estão mergulhados na condição de anarquia internacional. Este argumento tem três pontos fracos, poiso sistema internacional moderno não se parece com o estado de natureza hobbesiano.
Em primeiro lugar, não há possibilidade de desenvolvimento a longo prazo. Nessa situação não pode haver indústria, agricultura, navegação, comércio ou outros refinamentos da vida, pois a sua força e a capacidade inventiva é absorvida pelas imposições da segurança recíproca. 
Em segundo lugar, não há regras legais ou morais. As noções de certo e errado, justo e injusto, não têm lugar nessa situação. Por conseguinte não pode haver propriedade ou domínio, a distinção entre o meu e o teu; a cada indivíduo cabe o que ele pode conseguir, pelo tempo que puder. 
Finalmente, o estado de natureza é um estado de guerra, "guerra" entendida "não como combate real, mas como a disposição reconhecida para combater, durante todo o tempo, não havendo garantia do contrário ... uma guerra de todos contra todos."
É claro também que a segunda característica do estado de natureza descrito por Hobbes , com a ausência das noções de certo e errado, inclusive a noção da propriedade, não se aplica as relações internacionais modernas. Dentro do sistema de estados que se desenvolveu na Europa e se difundiu por todo o mundo, as noções do certo e do errado na conduta internacional sempre ocuparam uma posição importante.
Das três características principais atribuídas por Hobbes ao estado de natureza só́ a terceira poderia ser aplicada as relações internacionais no mundo moderno - a existência de um "estado de guerra", no sentido de que há́ uma disposição da parte de todos os estados de fazer a guerra contra todos os demais. Com efeito, mesmo quando estão em paz, os estados soberanos mostram a disposição de guerrear entre si, na medida em que todos se preparam para a guerra e consideram que a guerra é uma das opções que se abrem para eles.
Podemos escolher não a descrição de Hobbes mas a de Locke. Ele concebe o estado de natureza como uma sociedade sem governo, oferecendo-nos assim uma analogia estreita com a sociedade dos estados. Na sociedade internacional moderna, como no estado de natureza de Locke, não há uma autoridade central capaz de interpretar e aplicar a lei, e assim os indivíduos que dela participam precisam eles próprios julgar e aplicá-lá. Como em tal sociedade cada participante é um juiz em causa própria, e como a opinião dos que pretendem aplicar a lei nem sempre prevalece, a justiça nessa sociedade é rustica e incerta. No entanto, há uma grande diferença entre essa forma rudimentar de vida social e a total ausência de ordem.

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