Buscar

Trantorno de pânico

Prévia do material em texto

Conceito 
Transtorno de pânico consiste em ataques de pânico 
recorrentes e inesperados acompanhados de pelo 
menos um mês de preocupação persistente quanto 
a ter outro ataque. 
Esse trans-
torno 
pode 
ocorrer 
com ou 
sem 
agrofo-
bia. 
Para que um episódio de ansiedade 
possa ser definido como um ataque de pânico é ne-
cessário pelo menos 4 de 13 sintomas, segundo 
DSM-IV-TS, como falta de ar, tonturas, palpitações e 
tremores. Além de ocorrer pelo menos 3 a 4 crises 
por mês e os ataques ocorrerem de forma espon-
tânea, pois aqueles que estão ligados a alguma situa-
ção é denominada fobia. 
Os sintomas físicos acabam por levar pacientes, que 
ainda não apresenta o diagnostico, a buscar o serviço 
de emergência 
Epidemiologia 
O transtorno de pânico é a quarta causa mais comum 
de transtorno mental. 
Esse transtorno, geralmente, tem início da adolescên-
cia ou inicio da vida adulta, podendo reincidir por volta 
dos 45 anos. 
Apresenta maior frequência em mulheres e indiví-
duos viúvos, separados ou divorciados. 
Um dado importante é que pacientes que apresen-
tam esse transtorno apresentam menos anos de es-
tudo, tal informação pode estar relacionada as con-
sequências que tal transtorno causa ao individuo e sua 
relação com ambientes sociais. 
De modo geral, ele é considerado um transtorno crô-
nico, dessa forma é incomum a remissão. A frequên-
cia, intensidade e gravidades dos ataques podem ser 
flutuantes. 
Etiologia 
A etiologia não é 100% conhecida, mas há fatores que 
podem estar relacionadas tais como: 
 Fatores ambientais 
O estilo de vida do paciente pode estar relacionado 
com o surgimento dos ataques. São exemplos: uso 
abusivo de cafeína; consumo de chá preto, chimar-
rão, coca cola, chocolate; exercer funções laborais 
que muita pressão, cobrança e que acarretem altos 
níveis de estresse. 
 Fatores genéticos 
Sabe se que há um componente genético envolvido, 
contudo não está elucidado qual é o gene responsá-
vel. 
Essa sugestão de o transtorno ter caráter hereditá-
rio, decorre de estudos com famílias e gêmeos que 
demonstram que o risco de morbidade é de cerca 
de 20% entre parentes de primeiro grau comparado 
a 2% do grupo controle. Em estudos com gêmeos 
ficou evidente que há uma taxa maior em gêmeos 
idênticos comparados a não-idênticos, sendo as taxas 
de 45% e 15%, respectivamente. 
 Fatores neuroquímicos 
O modelo noradrénergico aborda a relação das cate-
colaminas com os sintomas apresentados por aqueles 
que sofrem com os ataques de pânicos. É de conhe-
cimento que pacientes que utilizam Ioimbina, estimu-
lantes do sistema nervoso simpático, acabam apre-
sentando uma crise de pânico. 
Há também o modelo serotoninérgico, esse foi for-
mulado em decorrência de resposta positivas de pa-
cientes que utilizaram drogas inibidoras de serotonina. 
Outro modelo é o gabaérgico, esse foi proposto, pois 
estudos demonstraram que animais com níveis redu-
zidos de Gaba apresentavam comportamento seme-
lhante a ansiedade humana. 
Além dos citados acima, há eventos capazes de sus-
citar esse transtorno como: experiencias traumáticas 
na infância e juventude, separação parental na infân-
cia e eventos de separação ou morte. 
Ataques de pânico é ca-
racterizado por uma crise 
aguda de muita ansie-
dade, com início súbito e 
duração limitada, geral-
mente de 5-30 minutos 
 
 
Quadro clinico 
O quadro clinico do transtorno do pânico será carac-
terizado por vários ataques de pânicos inesperados 
e recorrentes., podendo estar acompanhado de um 
medo de ter novos ataques, essa denominada ansie-
dade antecipatória, nos períodos de 30 dias. 
O paciente que apresenta ataques de pânicos retorna 
ao seu estado normal, após algum tempo, dessa 
forma ele difere de outros transtornos como o de-
pressivo que o estado deprimido do paciente incide 
durante todo dia por vários dias. 
A ansiedade antecipatória é presente continuamente 
entre os ataques, logo é uma ansiedade constante. 
O curso é crônico, porém., em geral, o prognóstico 
é bom, principalmente quando o paciente busca o 
tratamento de uma forma mais rápida, aceita e usa 
de forma regular a medicação, faz uma psicoeduca-
ção e tenha a noção do seu quadro. 
 Diagnostico diferencial 
O médico deve, primeiramente, antes de formular o 
diagnóstico de transtorno de pânico deve avaliar se 
esses ataques não são decorrentes de uso de subs-
tâncias tais quais: 
 Cocaína 
 Psicoestimulantes 
 Anfetaminas 
 Cafeína 
 Abstinência de álcool ou benzodiazepínicos 
Também devem ser descartadas doenças médicas, 
tais como: 
 Hipertireoidismo 
 Feocromocitoma 
 Hipoglicemia 
 Disfunção do nervo vestibular 
 Angina 
 Emboliia pulmonar 
 Arritmias cardíacas 
 Epilepsia do lobo temporal 
Para descartar essas enfermidades que podem se 
confundir com o transtorno de pânico é preciso soli-
citar exames como: cálcio sérico, ECG, TSH, cateco-
laminas plasmáticas e EEG. 
Comorbidades 
Tal como em outros transtornos psiquiátricos o 
transtorno de pânico também pode apresentar co-
morbidades, sendo muito comum apresentar relação 
com: 
 TAG 
 Transtorno depressivo 
 Fobia social 
 Abuso de substancias psicoativas 
 Agrofobia 
Esse último é extremamente habitual, sendo conside-
rada uma complicação desse transtorno, pois o indi-
viduo teme não ser capaz de controlar e passarem 
por constrangimento, dessa forma ele tende evitar 
lugares muitos cheios, buscam estar sempre acom-
panhados quando saem, estejam com um medica-
mento de emergência e, em casos mais graves, se 
restringem totalmente ao ambiente domiciliar. 
Tratamento 
A melhora dos sintomas pode advir da administração 
de benzodiazepínicos e antidepressivos tricíclicos. 
Os benzodiazepínicos são usados no início do trata-
mento, visto sua resposta rápida. Após, o controle 
dos sintomas esses medicamentos, então, passam a 
ser usados apenas em situações de emergências, 
principalmente na forma sublingual, pois esse ajuda a 
reduzir os sintomas de uma maneira mais rápida. 
O antidepressivo tricíclico usado normalmente é a 
Clomipramina. Ademais, podem ser prescritos ISRS 
como Fluoxetina, Sertralina, Paroxetina, Citalopram e 
Escitalopram. 
Em muitos casos, também, os pacientes são enca-
minhados para a terapia cognitivo-comportamental 
(TCC), pois essa promove, geralmente, exercícios 
de distração e respiração, além de formas do 
 
 
paciente se portar diante dos sintomas somáticos da 
doença. 
Nos indivíduos que apresentam junto a agrofobia é 
comum o paciente ser encorajado a se expor a si-
tuações que teme. 
Alguns pacientes, no início do tratamento, apresen-
tam uma relativa piora nos sintomas de ansiedade, 
por isso é essencial que haja uma explicação

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes