Brugia malayi Elefantáse Ascaris lumbricoides Ascaridíase Trichuris trichiura Tricuriase Enterobios vermiculares Enterobíase Fonte: RUBIN, 2013, p. 367- 481. Patologia geral 217 unidade 7 QUESTÃO 1 - d) com esse processo pessoas infectadas com ou sem sintomas levam o patógeno a todo o mundo QUESTÃO 2 - príons, bactérias, vírus, fungos, protozoários, helmintos, ectoparasitas. QUESTÃO 3 - b) são enzimas produzidas por determinados organismos que facilitam a invasão destes para outros órgãos e sistemas. QUESTÃO 4 - a) os vírus podem diretamente danificar as células dos hospedeiros entrando nelas e replicando. A forma que o vírus infecta uma célula e não a outra é denominado Tropismo. QUESTÃO 5 - infecção é caracterizada pela depleção dos linfócitos T CD4 e imunossupressão acentuada, originando outras infecções oportunistas, neoplasias secundárias e manifestações neurológicas. “Resumo da unidade” https://player.vimeo.com/video/193096472 UNIDADE Métodos de estudo em patologia • Métodos de estudo em patologia • Estudos Tradicionais • Citopatologia • Técnicas especiais • Citometria • Citogenética • Biologia molecular Patologia geral 220 unidade 8 Métodos de estudo em patologia O estudo patológico prevê o entendimento das causas, evoluções e consequências das doenças e é a base para o diagnóstico médico. O patologista é responsável por analisar e diagnosticar as doenças. O diagnóstico patológico é realizado tanto de forma analítica, por meio dos diversos métodos e técnicas de estudo, quanto de forma clínica, pela interpretação dos resultados. Além disso, cabe ao patologista assegurar a validação e a qualidade dos exames e testes laboratoriais (MONTENEGRO; FRANCO, 2004; REISNER, 2016). A análise patológica deriva de valores de referência, baseados no estado esperado de um indivíduo saudável (REISNER, 2016). Em relação a testes laboratoriais, o profissional deve se atentar sempre ao valor preditivo do teste, pois estes podem apresentar classificações incorretas. O valor preditivo positivo mede a probabilidade do resultado do teste positivo refletir com precisão a presença verdadeira de uma doença. Já o valor preditivo negativo calcula a probabilidade de indivíduos verdadeiramente sadios serem apontados como sadios pelo teste (REISNER, 2016). Valores preditivos de um teste estão relacionados com sensibilidade e especificidade dos teste e também com a prevalência e incidência da doença na população (REISNER, 2016). Sensibilidade é a proporção de indivíduos doentes que são identificados como doentes pelo teste. Por outro lado, a proporção de indivíduos verdadeiramente sadios apontados pelo teste como sadios (sem a doença) é chamada de Especificidade (PEREIRA, 1995). A prevalência é o número de casos da doença na população estudada em determinado momento. Já incidência corresponde ao número de casos relatados ao longo do tempo (REISNER, 2016). De acordo com os resultados dos testes e os sintomas manifestados pelo paciente o patologista avalia a situação e seleciona o melhor método a ser aplicado. O processo interpretativo dos resultados O patologista é responsável por analisar e diagnosticar as doenças. Patologia geral 221 unidade 8 requer extenso conhecimento etiológico e patogênico, além de um criterioso julgamento clínico e da veracidade do teste conduzido (REISNER, 2016). O patologista deve construir todos os aspectos da doença, sua etiologia, sua patogenia, ou seja, sua origem e o seu desenvolvimento, além de analisar as alterações morfológicas e suas consequências, constituindo a história clínica da doença. Pois ela pode ter mais de uma causa e vários eventos patogênicos, que levará a determinada evolução clínica (REISNER, 2016). No caso da prática clínica, o conhecimento da doença é feito de modo inverso ao seu desenvolvimento. Primeiro, são analisados os sintomas, as alterações apresentadas pelo paciente, e os sinais, detectados pelo médico no exame físico, que resulta no diagnóstico primário do caso, que conduz a exames radiográficos e laboratoriais específicos. Os exames farão uma avaliação final do estado do paciente, que com base nas demais informações, mostrarão a causa e o desenvolvimento da doença, que facilitarão o seu tratamento (Figura 42) (REISNER, 2016). No caso da prática clínica, o conhecimento da doença é feito de modo inverso ao seu desenvolvimento. Patologia geral 222 unidade 8 Nesta unidade serão abordados os diversos métodos de estudo patológicos que constituem a base do diagnóstico clínico. Os métodos de estudo são divididos em estudos tradicionais e técnicas especiais. Os estudos tradicionais compõem as técnicas convencionais micro e macroscópicas utilizadas para laudos anatomopatológicos, como a autópsia ou necropsia, biópsias e análises citopatológicas. As técnicas especiais representam a incorporação de novos métodos de diagnóstico a partir da utilização de instrumentos tecnológicos atualmente disponíveis. Técnicas histoquímicas, como a citometria, morfometria e técnicas de biologia molecular são exemplos de métodos especiais. fIGURA 42 - Passos necessários para prática clínica Fonte : Elaborado pelos autores. Patologia geral 223 unidade 8 QUESTÃO 1 - Quais são as principais técnicas de estudos tradicionais e especiais e porque existe essa distinção? O gabarito se encontra no final da unidade. “Estudo patológico e o trabalho do patologista.” Autor: Emanuel Giovani Cafofo Silva Estudos Tradicionais O ramo da patologia responsável por estudar as anomalias anatômicas macro e microscópicas no organismo, com intuito de diagnosticar doenças, é a anatomia patológica. Essa área inclui os estudos tradicionais como: a necropsia, a biópsia e a citopatologia, que serão tratadas neste tópico (REISNER, 2016). Os exames anatomorfológicos consistem no diagnóstico morfológico e anatômicos utilizando principalmente a coloração com hematoxilina e eosina (H&E), além de colorações especiais, descritos na Tabela 6. Tabela 6 - Principais colorações usadas em exames anatomorfológicos COLORAÇõES UTILIzADAS EM ANATOMIA PATOLÓGICA Técnica Estruturas coradas Hematoxilina-eosina Coloração histológica Método Papanicolau Coloração citológica https://player.vimeo.com/video/193096661 Patologia geral 224 unidade 8 Tricrômicos (gomori, masson, allory) Fibras colágenas, tecido conjuntivo Picrossirius Fibras colágenas Verhorff-van Gleson Fibras elásticas, colágeno, músculo Impregnação pela prata Fibras reticulares, melanina, axônio, placas neuríticas, emaranhados neurofibrilares Fontana Masson Melanina Grocott ou GMS Corpúsculos de Donovan, fungos Ácido periódico-schiff (PAS) Glicogênio, muco, membrana basal, fungos, parasitos Azul de toluidina Glicoaminoglicanos e outras substâncias metacromáticas Giemsa Células sanguíneas, bacilos espiralados, leishmânias Wade e Ziehl-Neelsem BAAR Ferrocianato de potássio (Perls) Hemossiderina Vermelho congo, violeta crista Substância amiloide Von Kossa Cálcio Orceína Colágeno, antígeno de superfície do vírus b Patologia geral 225 unidade 8 Levaditi e Warthin-Starry Espiroquetas, Treponema Carvolfucsina Bactérias espiraladas Grimelius Células APUD Ácido rubeânico Cobre, ácidos graxos Hematoxilina ácida fosfotúngstica Músculo estriado, fibras Azul de tripan ou de metileno Colorações vitais Cresil violeta Corpo celular dos neurônios Weil-weigert Mielina Golgi Dendritos fonte: Adaptada de Montenegro e Franco, 2004 e Brasileiro-filho, 2013. NECROPSIA A necropsia ou autópsia é o exame pós-morte do paciente. Seus principais objetivos são: confirmar a causa da morte, estabelecer um diagnóstico final e compreender a resposta fisiológica do tratamento (MOHAN, 2010). A necropsia é dividida em duas grandes áreas de interesse, sendo a primeira a médico-científica e a segunda a clínica-médica.