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Transtorno Psicótico Agudo e Transitório Estudo de Caso Grupo 5B Discentes ● Isadora Viana Costa ● Juliana Santos Simão ● Larissa de Sousa Melo ● Milena Carvalho Lima Introdução Projeto Terapêutico Singular Processo de Enfermagem 01 Descrição do caso02 03 04 Sumário Introdução 01 Introdução Os transtornos mentais causam considerável impacto na vida de uma pessoa em termos de morbidade, prejuízos funcionais e baixa qualidade de vida. O diagnóstico de tais transtornos pode se fundamentar em diversas teorias. Parâmetro de classificação: A Classificação Internacional de Doenças CID-10, elaborada pela Organização Mundial da Saúde. (F23) Acomoda um grupo heterogêneo de transtornos caracterizados por início agudo de sintomas psicóticos. ● delírios ● alucinações ● alterações perceptivas ● grave alteração do comportamento Conceitua-se como início agudo o desenvolvimento progressivo de um quadro clínico claramente anormal, ao longo de 2 semanas ou menos. Para estes quadros não há evidência de causa orgânica, além de que o transtorno pode ou não estar associado a fatores supostamente desencadeantes ou a situações de estresse agudo. Quando o transtorno persiste por mais tempo o diagnóstico deve ser modificado. O trabalho de diferenciação diagnóstica é fundamental, pois estas codificações são difíceis, uma vez que os quadros são muito parecidos com os de episódios e surtos psicóticos incluídos em outros grupos classificatórios. Transtorno Psicótico Agudo e Transitório Quando diagnosticado, o tratamento pode ser feito em Unidades Básicas de Saúde (UBS), Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Prontos-socorros Hospitalares (PS) e/ou Serviços de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Em casos muito graves poderá haver necessidade de internação em hospital geral ou em hospital especializado (Uma vez que a crise tenha passado totalmente, é interessante manter um contato com o serviço, para fins preventivos, evitando novos episódios psicóticos) Descrição do caso 02 Descrição do caso ● Paciente I.M.S; ● Sexo feminino, 44 anos, parda, aposentada, evangélica, IMC 22 kg/m²; ● Diagnosticada com Transtorno Psicótico Agudo e Transitório (CID-10F23); ● Possui antecedentes familiares de transtornos mentais por parte da mãe; ● Admitida pela primeira vez por surto psicótico no dia 16/06/2014 no HMI. Transtorno psicótico agudo e transitório Ideias delirantes, alucinações, perturbações das percepções e por uma desorganização maciça do comportamento normal. ● Início abrupto associado a um fator estressor. Humor rebaixado, ideação suicida, alucinações auditivas e visuais,choro constante, desorientação, fobia, agitação psicótica, agressividade, confusão mental e insônia Os principais achados na paciente: Fatores desencadeantes Falta de Afeto Desestrutura familiar Surtos 1 2 43 Antecedentes familiares Medicações Haldol 5mg Neuroléptico Fenergam 25mg Anti-histamínico Diazepam 10mg Ansiolítico ● Neozine 100mg ● Tiamina 300mg ● Risperidona 2mg ● Midazolam 3ml Funções Mentais Aspecto geral: higiene e atitude Higiene preservada e atitude Nível de consciência Estado de vigília normal: estar totalmente desperto. Psicomotricidade Sem alterações Orientação Orientada em tempo e em espaço (sabia o dia e o local onde se situava). Atenção Atenção adequada à situação: concentração suficiente para o exercício das atividades, contrabalançada com a disponibilidade de atrair-se para estímulos importantes. Memória Memória preservada, conseguiu se lembrar e repetir todas as palavras. Palavras utilizadas: Casa, papel, televisão. Sensopercepção Apresentou alucinações auditivas e visuais em alguns momentos de crise, de acordo com o prontuário, mas no momento da avaliação, não apresentava. Pensamento Sem alterações Volição Preservada Inteligência Normal: equilíbrio entre os tipos de inteligência, boa adaptação ao meio. Afetividade Embotamento afetivo: o afeto está distanciado e/ou empobrecido. Auto patogênese Sim (relata que foi após uma crise) Instinto Alimentação: apetite normal (permite a manutenção de um peso adequado e estável); Sono: insônia (diminuição da quantidade ou da qualidade do sono); Sexualidade: não foi questionada. Projeto Terapêutico Singular 03 Projeto Terapêutico Singular (PTS) ● Humanização ● Integralidade ● Equidade ● Elaborado de acordo com a individualidade de cada paciente PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR Buscar conhecer os fatores desencadeantes das crises; Estimular a participação da família nas ações que acontecem no CAPS; Estimular a paciente a participar das ações executadas no CAPS; Orientar a paciente quanto a importância da continuidade do seu tratamento. Oferecer aos profissionais que atuam no CAPS novas formas de dinâmicas para avaliação da função mental; Processo de Enfermagem 04 Diagnósticos de Enfermagem Ansiedade relacionada a estressores e necessidades não atendidas, evidenciada por inquietação, agonia, desamparo e sofrimento. Risco de suicídio relacionado a transtorno psiquiátrico, desamparo, isolamento social e relato de desejo de morrer e vida familiar problemática. Enfrentamento familiar incapacitado relacionado a estilos de enfrentamento dissonantes entre a pessoa de apoio e o paciente, evidenciado por negligência em relação às necessidades básicas do paciente e negligência quanto ao relacionamento com membro da família. Ansiedade Intervenções de Enfermagem: Redução da ansiedade Domínio 9: Enfrentamento/tolerância ao estresse / Classe 2: Respostas de enfrentamento ● Utilizar abordagem calma e tranquilizadora; ● Fornecer informações factuais a respeito do diagnóstico, do tratamento e do prognóstico; ● Permanecer com o paciente para promover segurança e diminuir o medo; ● Encorajar a família a permanecer com o paciente, conforme indicado; ● Escutar atentamente; ● Encorajar a verbalização dos sentimentos, das percepções e dos medos; ● Proporcionar atividades de diversão voltadas à redução da tensão; ● Auxiliar o paciente a identificar situações que precipitam a ansiedade; ● Orientar o paciente sobre o uso de técnicas de relaxamento; ● Avaliar sinais verbais e não verbais de ansiedade. Domínio 3: Comportamental / Classe T: Promoção do Conforto Psicológico Ansiedade Resultados de Enfermagem: Autocontrole da ansiedade Domínio 9: Enfrentamento/tolerância ao estresse / Classe 2: Respostas de enfrentamento ● Eliminação dos precursores de ansiedade: 2 (raramente demonstrado) aumentar para 5 (consistentemente demonstrado); ● Planejamento de estratégias de enfrentamento de situações estressantes: 2 (raramente demonstrado) aumentar para 5 (consistentemente demonstrado); ● Uso de técnicas de relaxamento para reduzir a ansiedade: 2 (raramente demonstrado) aumentar para 5 (consistentemente demonstrado). Domínio 3: Saúde Psicossocial / Classe O: Autocontrole Risco de suicídio Intervenções de Enfermagem: Prevenção do suicídio Domínio 11: Segurança/proteção / Classe 3: Violência ● Determinar presença e grau do risco de suicídio; ● Determinar se o paciente dispõe de meios para executar planos de suicídio; ● Tratar e controlar doenças ou sintomas psiquiátricos que possam colocar o paciente em situação de risco de suicídio; ● Defender as questões relacionadas com qualidade de vida e controle da dor; ● Orientar o paciente sobre estratégias de enfrentamento (p. ex., treinamento da assertividade, controle de impulsos e relaxamento muscular progressivo), conforme apropriado; ● Encorajar o paciente a procurar os prestadores de cuidado para conversar, caso surja necessidade urgente de atentar contra si próprio. Domínio 4: Segurança / Classe U: Controle de crises Risco de suicídio Resultados de Enfermagem: Autocontenção do suicídio Domínio 11: Segurança/proteção / Classe 3: Violência ●Expressão dos sentimentos: 3 (algumas vezes demonstrado) aumentar para 5 (consistentemente demonstrado); ● Verbalização de ideias suicidas: 3 (algumas vezes demonstrado) aumentar para 5 (consistentemente demonstrado); ● Controle de impulsos: 3 (algumas vezes demonstrado) aumentar para 5 (consistentemente demonstrado); ● Uso de serviços disponíveis de cuidados de saúde mental: manter em 5 (consistentemente demonstrado). Domínio 3: Saúde Psicossocial / Classe O: Autocontrole Enfrentamento familiar incapacitado Intervenções de Enfermagem: Melhora do sistema de apoio Domínio 9: Enfrentamento/tolerância ao estresse / Classe 2: Respostas de enfrentamento ● Identificar o grau de apoio familiar, apoio financeiro e outros recursos; ● Monitorar a atual situação familiar e a rede de apoio; ● Encorajar o paciente a participar das atividades sociais e comunitárias; ● Envolver a família, outras pessoas relevantes e amigos no cuidado e planejamento; ● Explicar aos demais interessados como podem ajudar. Domínio 3: Comportamental / Classe R: Assistência no Enfrentamento Enfrentamento familiar incapacitado Resultados de Enfermagem: Enfrentamento familiar Domínio 9: Enfrentamento/tolerância ao estresse / Classe 2: Respostas de enfrentamento ● Manejo de problemas familiares: 2 (raramente demonstrado) aumentar para 5 (consistentemente demonstrado); ● Expressão franca de sentimentos e emoções entre os membros: 1 (nunca demonstrado) aumentar para 5 (consistentemente demonstrado); ● Cuidado de necessidades de todos os membros da família: 1 (nunca demonstrado) aumentar para 5 (consistentemente demonstrado); ● Partilhamento de responsabilidade pelas tarefas da família: 1 (nunca demonstrado) aumentar para 5 (consistentemente demonstrado). Domínio 4: Saúde Familiar / Classe X: Bem-estar Familiar Referências BAPTISTA, Juliana Ávila et al. Singular therapeutic project in mental health: an integrative review. Revista Brasileira de Enfermagem [online]. 2020, v. 73, n. 2 [Acessado 12 Março 2022] , e20180508. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0508>. Epub 09 Mar 2020. ISSN 1984-0446. https://doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0508 CARVALHO, Laura Graças Padilha de et al. A construção de um Projeto Terapêutico Singular com usuário e família: potencialidades e limitações. O Mundo da Saúde, São Paulo - 2012;36(3):521-525. GOVERNO DE SANTA CATARINA. Quadros psicóticos psicóticos agudos e transitórios - Protocolo Clínico. Florianópolis; Santa Catarina (Estado). Secretaria da Saúde; [2015]. Disponível em: https://www.saude.sc.gov.br/index.php/documentos/atencao-basica/saude-mental/protocolos-da-raps/920 3-psicoses-agudos-e-transitorias/file#:~:text=F23%20Transtornos%20psic%C3%B3ticos%20agudos%20 e,desorganiza%C3%A7%C3%A3o%20maci%C3%A7a%20do%20comportamento%20normal. SILVEIRA, Mônica Silva et al. Caracterização dos usuários com esquizofrenia e outros transtornos psicóticos dos Centros de Atenção Psicossocial. Cad. Saúde Colet., 2011, Rio de Janeiro, 19 (1): 27-32. https://doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0508 Obrigada!
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