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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO/ OPERAÇÕES 1 Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. 2 Ementa da Disciplina 2 UNIDADE I 1. UMA APRESENTAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO/ OPERAÇÕES 1.1 – Evolução histórica da Administração da Produção; 1.2 – Visão geral de manufatura e serviços; 1.3 – O que é um Processo? 1.4 – O que é Administração de Operações? 1.5 – Objetivos de desempenho. 1.6 – Tipos de Sistemas de Produção – Definição, análise fluxo, volume e variedade, sistemas de produção tradicionais, características, vantagens e desvantagens e aplicação de cada sistema. 2. LOCALIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES 2.1 – O fator globalização da economia. 2.2 – O cenário da localização. 2.3 – Fatores que influem na localização. 2.4 – Localização de industrial. 2.5 – Localização de Serviços. 2.6 – Modelos adicionais. 3. LAYOUT/ARRANJO FISICO 3.1 – Layout de empresas industriais. 3.1 – Capacidade e turno de trabalho. 3.2 – Etapas para elaboração do layout. 3.3 – Layout funcional. 3.4 – Layout em linhas de montagem. 3.5 – Layout em células de manufatura. 3.6 – Layout de escritórios. 4. SISTEMA DE PCP NO CHÃO-DE-FÁBRICA 4.1 – Elementos de um Sistema Just-in-Time. 4.2 – O Sistema Kanban 4.3 – Sistema Jit versus MRP 4.4 – Sistema OPT. UNIDADE II 5. TÉCNICAS JAPONESAS 5.1 – Produção Enxuta 5.2 – 5s – Housekeeping 5.3 – Kaizen 5.4 – Poka-Yoke 5.5 – Manutenção Produtiva Total 6. ESTUDO DE TEMPOS E MÉTODOS 6.1 – Tempos cronometrados 6.2 – Finalidade do estudo de tempos 6.3 – Metodologia e equipamentos para o estudo de tempos 6.4 – Tempos predeterminados ou sintético 6.5 – Amostragem do trabalho 6.6 – Processos e operações 6.7 – Projeto do posto de trabalho – aspectos ergonômicos 6.8 – Melhoria de processos em serviço 6.9 – Melhoria na organização 7.ADMINISTRAÇÃO DE PROJETOS 7,1PERT/CPM 7.2 Gestão de caminho crítico; estimação probabilística de tempos de duração do projeto. 8. CONTROLE DE ESTOQUES – DEMANDA INDEPENDENTE 8.1Introdução 8.2 Modelos de reposição periódica 8.3Modelos de revisão contínua. 8.4 Uso do Sistema na Pratica 3 Bibliografia Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO. 2013. Editora Atlas Nigel Slack, Stuart Chambers e Robert Johnston ADMNISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES. 2 Ed. Editora Thomson Pioneira Daniel A. Moreira FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO. Editora Bookman Mark M. Davis, Nicholas J. Aquilano e Richard B. Chase O que é administração da produção? Por que a Adm. Da Produção é importante em todos os tipos de organizações? O que é processo de input (entrada) – transformação – output (saída)? O que é processo? Como os processos de produção têm características diferentes? Quais as atividades da Adm. Da produção. 4 Questões-chave Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. A Revolução Industrial do Século XVIII transformou a face do mundo; Este Revolução marca o início da produção industrial moderna: Watt inventou a máquina a vapor na Inglaterra em 1765; Utilização intensiva de máquinas; Criação de fábricas; Melhoria das condições de trabalho; Transformações urbanas e rurais. 5 Histórico Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. A Inglaterra foi o berço desta Revolução Transformou-‐se na grande potência econômica do XIX; Devido ao grande capacidade de produção de produtos manufaturados; Realizava trocas por alimentos, minerais e matérias-‐primas em geral em condições extremamente vantajosas. 6 Histórico Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Em 1801, Eli Whitney apresentou o conceito de padronização de peças, onde ele escolhia ao acaso as peças para montar um rifle e dispará-‐lo. As Técnicas de Administração que se tornaram populares durante a maior parte do século XX, entretanto, nasceram ou se desenvolveram nos EUA; De lá para cá as técnicas e instrumentos de gestão da produção se difundiram por inúmeros países. 7 Histórico Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. No início do Século XX um engenheiro chamado “Frederick Taylor”, introduziu o conceito da aplicação de racionalidade e métodos científicos à administração do trabalho nas fábricas, sendo conhecida como “administração científica”. A essência da filosofia de Taylor era que leis científicas governam o quanto um trabalhador pode produzir por dia, e que é função da administração descobrir e usar estas leis na operação de sistemas produtivos (e a função do trabalhador é de executar as desejos dos administradores sem questioná-‐ los). 8 Histórico Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. A chamada produção em massa, que foi e continua sendo a marca registrada dos EUA, pôde ser encontrada já em 1913, quando começou a linha de montagem da Ford; Diz-‐se que Ford teve a idéia ao observar o uso que um fabricante de relógios suíço fazia da tecnologia; 9 Histórico Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Todos os Ford modelo T forma pintados de preto; A introdução da linha de montagem em agosto daquele ano, cada chassi era montado por um trabalhador em aproximadamente 12 horas e mais, oito meses mais tarde, cada trabalhador realizava uma pequena unidade de trabalho e o chassi sendo movido mecanicamente o tempo médio era de 93 minutos. 10 Histórico Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Os principais mecanismos de Taylor foram: Estudos de tempos e plano de incentivos; As idéias de Taylor forma amplamente aceitas no Japão contemporâneo, e até hoje há um forte legado taylorismo nas abordagens Japonesas à gestãoda manufatura. 11 Histórico Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Ler o Texto Operações na Prática. IKEA 12 Operações na Prática Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Definição de AP: Gestão do processo de conversão que transforma insumos, tais como matéria-‐prima e mão-‐de-‐ obra , em resultados na forma de produtos acabados e serviços. 13 Conceitos de AP Davis et al, 2001 Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Administração da Produção É a atividade de gerenciar recursos que criam e entregam serviços e produtos. Função Produção É a parte da organização responsável por esta atividade (Adm. da Produção). Qualquer organização possui uma função produção, porque qualquer organização produz algum tipo de produto e/ou serviço. Nem todo organização denomina a função produção por este nome, em geral, "operação” ou “produção”. Gerentes de Produção São as pessoas que têm a responsabilidade particular em administrar algum ou todos os recursos envolvidos na função de produção. Ele pode ser denominado de outra forma, ex. Ger. De Frota, Ger. Adm, Ger. De Loja. 14 O Que é Adm. Da Produção Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Slack et al, 2013 Funções Centrais Função Marketing (inclui vendas): Responsável por comunicar os produtos e serviços da organização a seus mercados para gerar pedidos de serviços e produtos dos clientes. Função Desenvolvimento de Produto/Serviço: Responsável por desenvolver novos produtos e serviços ou modificá-‐lo para gerar futuras solicitações dos clientes. Função Produção: Responsável por satisfazer as solicitações dos clientes por meio da produção e entrega de produtos e serviços. É a razão da existência da organização, ela é responsável por produzir os bens e serviços. 15 Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Slack et al, 2013 Produção na Organização Funções de Apoio Dão condições para que as funções centrais operem efetivamente. Ex: Função Contabilidade: Fornece as informações para ajudar na tomada de decisão econômica e gerencia os recursos financeiros da organização Função RH: Recruta e desenvolve os funcionários da organização, bem como se encarrega de seu bem-‐estar. Função TI: Responsável por gerenciar todos os recursos de TI de informação com o objetivo de fornecer para a organização velocidade e confiabilidade das informações necessárias, através destes recursos. 16 Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Slack et al, 2013 Produção na Organização 17 Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Slack et al, 2013 Produção na Organização Sc an ne d by C am Sc an ne r Produção na Organização 18 Slack et al, 2002 Funções de Apoio Funções Principais Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. ACME WHISTLES Estudo de Caso 19 • Adm da Produção em organizações menores Estudo de caso da • Adm da Produção em organizações que não visam lucro Estudo de caso da Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Oxfram Internacional Processo de Input (Entrada) – Transformação – Output (Saída) 20 Slack et al, 2002 Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Processo de Transformação: Conversão real de entradas em saídas; 21 Conceito de processo de transformação Davis et al, 2001 Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Inputs Recursos transformados São os recursos que são tratados, transformados ou convertidos de alguma forma. ü materiais ü informações; e ü consumidores Ex: doente, farinha de trigo, notícia. 22 Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Recursos transformadores São os recursos que agem sobre os recursos transformados. ü Instalações – prédios, equipamentos, terreno e tecnologia do processo de produção ü Funcionários – Todas pessoas, de todos os níveis, envolvidas no processo de produção. 23 Ex: estetoscópio, batedeira, impressora. Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Inputs Processo de transformação É diretamente relacionado com a natureza dos recursos de input transformados. Processamento de materiais Propriedades físicas Propriedades de localização Propriedades de posse Propriedade de estoque ou acomodação 24 Ex: operações de manufatura, mineração, serviços postais, operações de varejo, armazéns, distribuidoras. Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. 25 – Processamento de informações l Propriedades informativas l Propriedades de localização l Propriedades de posse l Propriedade de estoque ou acomodação Ex: contadores, telecomunicações, empresas de pesquisa de mercado, arquivos, bibliotecas. Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Processo de transformação 26 – Processamento de consumidores l Propriedades físicas l Propriedades de localização l Propriedades fisiológicas l Propriedades psicológicas l Propriedade de estoque ou acomodação Ex: cabeleireiros, cirurgiões plásticos, táxis, hospitais, teatros, parques,faculdades, hotéis Prof. Wagner Barbosa dosSantos, M.Sc. Processo de transformação Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Outputs Os outputs e o propósito do processo de transformação são bens físicos e/ou serviços, e estes, geralmente, são vistos como diferentes em vários sentidos. Tangibilidade Estocabilidade Transportabilidade Simultaneidade Contato com o consumidor Qualidade 27 Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. 28 Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Outputs Bens Puros Serviços Puros Tangíveis Intangíveis Podem ser estocados Não podem ser estocados A produção precede o consumo Produção e consumo simultâneos Baixo nível de contato Alto nível de contato Qualidade evidente Qualidade percebida Produção de Petróleo Clínica Psicoterápica 29 l A maioria das operações produz tanto produtos como serviços. Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Outputs 30 Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Hierarquia de Processos Processo: É um “arranjo de recursos que produzem algum composto de produtos e serviços”. São os “blocos de construção” de toda as operações e formam uma “rede interna” dentro de um operação. Cada processo é, ao mesmo tempo, um fornecedor interno e um cliente interno de outros processos. 31 Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Hierarquia de Processos Scanned by CamScanner 32 A - 1 A - 2 B - 1 C - 1 C - 2 INPUT OUTPUT Processo de Transformação INPUT INPUT INPUT INPUT INPUT OUTPUT OUTPUT OUTPUT OUTPUT INPUT OUTPUT Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Hierarquia de Processos Exercício 1. Descreva as operações das organizações a seguir usando o modelo de transformação. Identifique cuidadosamente os recursos de transformação, os recursos transformados, o tipo de processo de transformação e os outputs resultantes do processo de transformação: a) Delegacia do GOE b) Fábrica de Massas Vitarella c) Clínica de Estética Modelle Center 33 Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Proteção da Produção 34 Os gerentes de produção devem procurar minimizar problemas e proteger a produção do ambiente externo. A produção é vulnerável às incertezas “ambientais” em termos de oferta e demanda. o Circunstâncias mutantes o Ambiente econômico instável o Intempéries naturais o Prever precisamente a safra de um alimento o Crises de insumos (petróleo), alta do dólar o Terremotos, chuvas, secas, etc. Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Uma forma de minimizar-se problemas “ambientais” é isolando a função produção do ambiente externo. Isso pode ser feito de duas maneiras: Proteção Física: manter estoque de recursos, seja input para o processo de transformação ou output; Proteção Organizacional: alocar as responsabilidades das várias funções da organização, de modo que a função produção seja protegida do ambiente externo pelas mesmas. 35 Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Proteção da Produção FÍSICA Envolve a construção de um estoque de recursos, de forma que qualquer interrupção de fornecimento possa ser absorvida pelo estoque, o chamado estoque de proteção. É usado tanto na entrada, no meio do processo como na saída do processo de transformação. 36 Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Proteção da Produção ORGANIZACIONAL Envolve as outras funções da organização, à medida em que, estas, efetivamente, formam uma barreira ou proteção entre as incertezas ambientais e a função produção. Busca-‐se com este tipo de proteção dar estabilidade, e permitir que a organização possa organizar-‐se para obter a máxima eficiência . 37 Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Proteção da Produção As operações são similares na forma de transformar recursos de input em output de bens e serviços. Existem diferenças, no entanto, medidas a partir de “4 dimensões”. Dimensões da Operação Produção: Volume de output; Variedade de output; Variação da demanda do output; Grau de contato com o consumidor. 38 (Slack et al., 1996) Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Tipos de Operações de Produção Dimensão Volume Baixa repetição Menor sistematização Alto custo unitário Cada funcionário par-‐ticipa mais do trabalho 39 Alta repetitividade Especialização Sistematização Capital intensivo Baixo custo unitário Restaurante Porto Ferreiro Lanchonete McDonald´s Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Dimensão Variedade Flexível Completo Atende as necessidades dos consumidores Alto custo unitário 40 Bem definida Rotineira Padronizada Regular Baixo custo unitário Táxi Ônibus Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Dimensão Variação Capacidade mutante Antecipação Flexibilidade Ajustado com a demanda Alto custo unitário 41 Estável Rotineira Previsível Alta utilização Baixo custo unitário Resort Muro Alto Mar Hotel Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Dimensão Visibilidade Tolerância de espera limitada; Satisfação definida pela percepção do consumidor; Necessidade de contato com o consumidor; Alto custo unitário. 42 Tempo entre produção e consumo; Padronização; Pouca habilidade de contato; Centralização; Baixo custo unitário; Atendimento em Loja (Claro) Atendimento Via Internet (Claro) Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Implicações dos 4 Vs Todas possuem implicações para o custo de produção 43 volume + visibilidade variação variedade ++ volume + visibilidade variação variedade ++ = CUSTO= CUSTO Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. 44 Modelo Geral da AP Slack et al, 2013 Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. Sc an ne d b y C am Sc an ne r 45 Lista de Exercício -‐ Aula 01 Prof. Wagner Barbosa dos Santos, M.Sc. 1. Descreva as fronteiras da função produção; exemplifique como outras funções podem estar envolvidas. 2. Explique os elementos constituintes dos sistemas de produção. 3. Compare os sistemas de bens e serviços, considerando os tipos de sistemas de produção, observando as seguintes características: tipo de produto, estoque, padronização de insumo, influência de mão de obra e padronização de produto. 4. Explique as formas de proteção da função produção. Descreva as razões para proteção da função produção e sobre suas desvantagens. 5. Ler o artigo “Função Producão do Teatro” e fazer um resumo resenha do artigo.
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