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Aula 07 - Direito Administrativo - Curso Estágio Ministério Público Estadual

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AULA 07 – 
Direito ADMINISTRATIVO
	
	CURSO: Ministério Público Estadual
Estagiando Direito
@estagiando_direito_
2
Considerações iniciais
Vamos iniciar a nossa aula dessa matéria maravilhosa que é o Direito Administrativo falando sobre a parte II dos atos administrativos. Portanto, é de extrema necessidade saber na ponta da língua quais são os atos administrativos, pois é muito frequente nos depararmos com eles em questões e na vida pratica, pois é através deles que a administração se comunica. Depois dessa breve apresentação, vamos começar a colocar a mão na massa. 
Ato administrativo II
Espécies de Ato Administrativo
A legislação e doutrina majoritária estabelece os seguintes atos administrativos:
· Atos normativos: 
São atos dotados de generalidade e abstração (normatividade), não possuindo destinatários específicos. Possuem conteúdo análogo às leis, porém, com elas não se confundem, uma vez que não podem, em regra, inovar no ordenamento jurídico, criando direitos ou obrigações que não estejam previamente estabelecidas na lei.
· Atos ordinatórios:
São atos administrativos internos que possuem a finalidade de organizar a atividade administrativa nos órgãos e entidades públicas. Conforme estudamos, decorrem do poder hierárquico da administração, tendo em vista que são emitidos como ordens superiores aos servidores públicos, estabelecendo rotinas internas, distribuição de tarefas, dentre outros. Por se tratar de ato interno, dirigidos aos agentes públicos e não produzindo efeitos diretos em relação aos administrados, em regra, não há necessidade de publicidade em meio oficial, bastando a publicidade interna que alcance os agentes destinatários.
· Atos negociais (ou de consentimento):
São atos de consentimento da Administração Público ao pedido do administrado para exercer uma atividade ou direito de interesse dele ou a utilização de bem público. O ordenamento jurídico exige que o particular obtenha anuência prévia da administração para o exercício da atividade desejada. O ato negocial poderá ser vinculado ou discricionário. Além disso, poderá ser definitivo ou precário.
· Licença: é um ato administrativo vinculado e definitivo por meio do qual o poder público confere consentimento ao particular para exercer uma atividade privada de interesse individual, desde que preenchidos os requisitos previstos em ato normativo.
· Permissão: o ato administrativo discricionário e precário que permite o exercício de determinada atividade pelo particular ou o uso privativo de bem público. Por se tratar de ato precário, pode ser revogado a qualquer tempo pela Administração Pública por critérios de conveniência e oportunidade.
· Autorização: Ato administrativo discricionário e precário por meio do qual a Administração Pública autoriza o particular a realizar uma atividade privada, de interesse predominantemente privado, ou autoriza a utilização de bem público. Por se tratar de ato precário, pode ser revogado a qualquer tempo pela Administração Pública por critérios de conveniência e oportunidade. São exemplos tradicionais da autorização de polícia o trânsito por determinados locais, o porte de arma de fogo, dentre outros.
· Admissão: que consiste no ato administrativo vinculado que reconhece o direito ao recebimento de determinado serviço público. Preenchidos os requisitos, a administração deve emitir o ato de admissão do particular.
· Atos enunciativos:
· Possuem dois sentidos:
· Sentido estrito: atos que contém um juízo de valor, uma opinião, uma sugestão ou uma recomendação para a atuação administrativa, podendo ser esta manifestação jurídica, técnica ou política (quanto ao interesse público).
· Sentido amplo: além dos casos acima, abrange também os atos de conteúdo declaratório, sem qualquer emissão da opinião da Administração, tais como as certidões e atestados.
· Certidão -> cópia ou segunda via de informações registradas;
· Atestado -> declaração da administração referente a uma situação que ela toma conhecimento em decorrência da atuação de seus agentes.
· Parecer: é a espécie de ato enunciativo mais importante para provas de concursos públicos. Trata-se de um documento técnico de caráter opinativo emitido pelo agente público que expressa sua opinião sobre determinada questão fática, técnica ou jurídica
· Atos punitivos (ou sancionatórios):
São os atos por meio dos quais a Administração Pública impõe punições aos seus agentes públicos ou aos administrados de maneira geral quando atuarem em desconformidade com a ordem jurídica.
Extinção dos Atos Administrativos
A extinção do ato administrativo é a sua retirada do mundo jurídico, deixando de produzir efeitos, possuindo as seguintes espécies:
· Normal ou natural: quando produz todos os seus efeitos a que estava destinado a produzir ou com o advento do prazo nele estipulado.
· Subjetiva: Desaparecimento da pessoa beneficiária do ato administrativo, como por ex. o falecimento da pessoa autorizada ao uso de bem público,
· Objetiva: desaparecimento do objeto da relação jurídica, como por ex. a extinção do ato de autorização de uso de bem público no caso em que este foi destruído por incêndio
· Por manifestação de vontade do particular:
· Renuncia: É a extinção do ato administrativo por vontade unilateral do administrado.
· Recusa: É a extinção do ato administrativo antes da produção dos efeitos a que estava destinado.
Renúncia é a extinção do ato administrativo por vontade do particular após o início da
produção dos seus regulares efeitos, enquanto a recusa é a extinção do ato por vontade
do particular antes que ele produza qualquer efeito.
· Por manifestação de vontade da Administração:
Decorre do princípio da autotutela, que permite à Administração Pública retirar do mundo jurídico seus próprios atos administrativos por motivo de legalidade ou de mérito administrativo (conveniência e oportunidade).
· Anulação: A anulação do ato administrativo tem lugar quando verificado algum vício de legalidade ou legitimidade, ofensa ao ordenamento jurídico como um todo. O vício poderá ser sanável ou não. Em caso de vício insanável, a anulação é obrigatória, não cabendo à administração fazer qualquer ponderação em relação à extinção do ato. Em caso de vícios sanáveis o ato poderá ser convalidado, desde que não acarrete prejuízo a terceiros ou lesão ao interesse público. A anulação do ato administrativo, seja qual for a espécie do vício verificado (sanável ou insanável), retroage os seus efeitos à data da prática do ato, daí ser correto dizer que a anulação produz efeitos ex tunc ou retroativos. Portanto, o prazo decadencial de 5 (cinco) anos para anulação dos atos inválidos deve ser aplicado para todos os Entes Federados.
· Revogação: é a retirada de um ato administrativo válido do mundo jurídico por critério de conveniência e oportunidade do administrador. O ato não possui qualquer irregularidade, está em perfeita harmonia com o ordenamento jurídico, mas a administração decide revogá-lo por entender ser a medida que melhor atende ao interesse público.
· Não podem ser revogados:
· Atos consumados: aqueles que já exauriram seus efeitos ou com prazo expirado;
· Atos vinculados; 
· Atos que já geraram direito adquirido; 
· Atos preclusos no processo administrativo: o processo administrativo é um procedimento com uma sucessão ordenada de atos administrativos, sendo que o ato anterior é pressuposto para a prática do posterior. Neste sentido, ao editar um novo ato dentro do procedimento, ocorre a preclusão administrativa quanto à etapa anterior; 
· Atos declaratórios (“meros atos administrativos”): tendo em vista que se limitam a declarar a existência ou não de uma situação e a sua forma jurídica, sendo impossível a revogação da realidade; 
· Atos opinativos (enunciativos): tendo em vista que não produzem efeitos por si só. A revogação tem a finalidade de impedir que um ato continue a produzir efeitos.
· Caducidade: é a espécie de extinção do ato administrativo quando sobrevém uma nova lei incompatível com a manutenção do ato no mundo jurídico. Desta forma, asituação contida no ato administrativo não é mais tolerada pela nova legislação.
· Cassação: A cassação é a extinção do ato administrativo por descumprimento das condições fixadas pela Administração Pública ou pela ilegalidade superveniente imputada ao beneficiário do ato.
· Contraposição: A contraposição é a extinção do ato administrativo pela incompatibilidade material com ato administrativo posterior. Neste caso, a Administração edita um novo ato que se contrapõe ao ato anterior, que é extinto.
Convalidação e Conversão do Ato Administrativo
A convalidação do ato administrativo é a correção ou regularização de ato que contenha defeito sanável, desde a sua origem (ex tunc), fazendo com que os efeitos já produzidos permaneçam válidos e que o ato continue no mundo jurídico de forma válida.
· Requisitos: 
· Ato sanável; 
· Não acarretar lesão ao interesse público; 
· Não acarretar prejuízo ao erário; 
· Decisão discricionária da administração de acordo com a conveniência e oportunidade.
Vale lembrar que apenas dois elementos do ato administrativo podem conter vícios sanáveis:
· Competência, desde que não seja competência exclusiva ou em relação à matéria; 
· Forma, desde que a lei não considere a forma como essencial à prática do ato.
Convalidação tácita:
· Por fim, é importante destacar que parcela da doutrina entende que o decurso do prazo de cinco anos para a anulação do ato administrativo, configurando a decadência do direito de anular o ato, é uma espécie de convalidação involuntária ou convalidação por omissão.
Considerações finais:
Esse tópico da matéria além de ser de extrema importância para o entendimento de todo o decorrer do curso, é um pouco mais extenso e confusos em algumas partes. Para facilitar o entendimento e a organização do tema, dividimos em duas aulas, concluindo-a nesse momento. Logo abaixo vamos ter algumas questões referente ao tema da aula para fixar o conteúdo. 
Questões
1. Sobre o ato administrativo discricionário, é correto afirmar que: 
A. o agente público não tem liberdade de valorar a oportunidade e a conveniência na sua prática; 
B. pode ser revogado pelo Poder Judiciário e pela própria Administração, em razão de sua prerrogativa de autotutela; 
C. pode ser invalidado por vício de legalidade exclusivamente pelo Poder Judiciário; 
D. o agente público tem liberdade de valoração sobre seu motivo e objeto, respeitado o interesse público; 
E. o agente público não tem liberdade de apreciação de conduta, reproduzindo os elementos que a lei previamente estabeleceu.
2. Acerca da revogação e da anulação dos atos administrativos, é correto afirmar: 
A. Em face da presunção de legalidade, os atos administrativos somente podem ser anulados judicialmente quando comprovada violação de norma de competência ou de forma. 
B. A Administração Pública tem a faculdade de revogar seus atos por razões de conveniência e oportunidade, mas depende de decisão judicial para anulá-los. 
C. No âmbito federal, o direito da Administração Pública de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para seus destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. 
D. Os atos administrativos discricionários não são passíveis de revogação pela própria Administração Pública, mas estão sujeitos a controle judicial, inclusive no que se refere ao mérito administrativo. 
E. Apenas os atos vinculados são passíveis de controle judicial, vedando-se o exame dos aspectos de conveniência, oportunidade e legalidade dos atos discricionários.
3. São elementos do ato administrativo:
A. presunção de legalidade, economicidade, eficiência e motivação. 
B. competência, forma e vinculação. 
C. presunção de legitimidade e impessoalidade. 
D. competência, forma, objeto, finalidade e motivo 
E. vinculação e discricionariedade.
4. Considerando as alternativas abaixo, assinale a que representa um ato administrativo declaratório: 
A. licença. 
B. expedição de certidões 
C. sanção disciplinar 
D. autorização. 
E. nomeação de funcionário.
5. Dentre as alternativas abaixo, assinale a que NÃO contém um dos requisitos necessários à formação dos atos administrativos: 
A. Finalidade. 
B. Objeto. 
C. Competência. 
D. Vantagem.
6. No 02/05/18, o Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público do Rio de Janeiro determinou a remoção de João, Técnico Administrativo estável, da Secretaria de uma Promotoria Criminal da Capital para a Secretaria de uma Promotoria Cível e de Família de Niterói, por motivo de excesso de trabalho no órgão de execução de Niterói, com eficácia a partir de 01/06/18. Ocorre que, no dia 25/05/18, o Chefe do parquet estadual revogou tal ato de remoção do citado servidor público, eis que recebeu estudo da Secretaria Geral do MPRJ revelando que a Promotoria Criminal da Capital também estava com sobrecarga de trabalho. No caso em tela, o ato administrativo de revogação praticado pelo Chefe do MP está: 
A. de acordo com o ordenamento jurídico, eis que o Administrador Público tem a prerrogativa de revogar o ato administrativo que se revele inoportuno ou inconveniente; 
B. de acordo com o ordenamento jurídico, eis que o Administrador Público tem a prerrogativa de anular o ato administrativo que se revele inoportuno ou inconveniente; 
C. de acordo com o ordenamento jurídico, eis que o Administrador Público tem a prerrogativa de revogar o ato administrativo que se revele ilegal; 
D. em desacordo com o ordenamento jurídico, eis que criou expectativa de direito para João e apenas poderia ser revisto com a prévia concordância do servidor; 
E. E em desacordo com o ordenamento jurídico, eis que criou direito público subjetivo de remoção para João e apenas poderia ser anulado com a prévia concordância do servidor.
7. Sobre a extinção do ato administrativo, assinale a afirmativa INCORRETA. 
A. Os atos que geram direitos não podem ser anulados. 
B. A revogação do ato administrativo tem efeitos ex nunc, ou seja, não retroagem. 
C. O Poder Judiciário e a Administração Pública podem ser sujeitos ativos na anulação de atos administrativos. 
D. A Administração Pública pode revogar seus próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
8. Custódio Bocaiúva é Chefe de Gabinete de uma Secretaria de determinado Estado. Certo dia, em vista da ausência do Secretário Estadual, que saíra para uma reunião com o Governador, Custódio assinou o ato de nomeação de um candidato aprovado em primeiro lugar para cargo efetivo, em concurso promovido pela Secretaria Estadual. No dia seguinte, tal ato saiu publicado no Diário Oficial do Estado. Sabendo-se que a legislação estadual havia atribuído ao Secretário a competência de promover tal nomeação, permitindo que este a delegasse a outras autoridades hierarquicamente subordinadas, é correto concluir que o ato praticado é: Marcar apenas uma oval. 
A. válido, pois havia direito subjetivo do candidato a ser nomeado para o cargo efetivo. 
B. inexistente, haja vista que não reúne os mínimos elementos que permitam seu reconhecimento como ato jurídico. 
C. válido, em vista da teoria do funcionário de fato, amplamente reconhecida na doutrina administrativa. 
D. inválido, porém sujeito à convalidação pelo Secretário de Estado, desde que não estejam presentes vícios relativos ao objeto, motivo ou finalidade do ato.
9. Considerando um ato administrativo o qual, contaminado por vício, tornou-se ilegal, ressalvada a apreciação judicial e respeitados os direitos adquiridos, a Administração: Marcar apenas uma oval. 
A. não pode anulá-lo, já que seus efeitos são regulares. 
B. pode revogá-lo, por motivo de conveniência ou oportunidade. 
C. pode anulá-lo, porque dele não se originam direitos. 
D. pode revogá-lo, porque dele se originam direitos.
10. Indique o item que preenche, corretamente, a lacuna da frase: A ________________ consiste na possibilidade de a própria Administração executar seus próprios atos, impondo aos particulares, de forma coativa, o fiel cumprimento das determinações nelesconsubstanciadas. 
A. tipicidade 
B. imperatividade 
C. discricionariedade 
D. auto-executoriedade 
E. presunção de legitimidade
Gabarito:
1: D 2: C 3: D 4: B 5: D 6: A 7: A 8: D 9: C 10: D

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